Ensina-me amar

بواسطة alinemoretho

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Sarah Rodrigues era uma bela e jovem garota criada sobre a dura disciplina de seu pai e rígida supervisão de... المزيد

Bem-vindo@:
Epígrafe
Prólogo
Um: Desamparada
Dois: Socorro
Três: Amizade
Quatro: Uma Chance
Cinco: Humilhação
Seis: Nova Vida
Sete: Boas-Vindas
Oito: Reencontro
Nove: Ele
Dez: Quebrada
Onze: Perdão?
Doze: Verdade
Treze: Bagunça
Quatorze: Reconciliação
Quinze: Medo
Dezesseis: Adaptação
Dezessete: Covarde
Dezoito: Sentimentos
Dezenove: Ciúmes
Vinte: Viagem
Vinte e Um: Pai
Vinte e Dois: Fé
Vinte e Três: Família
Vinte e Quatro: Sufoco
Vinte e Cinco: Retorno
Vinte e Seis: Confusão
Vinte e Sete: Temores
Vinte e Oito: Tormento
Vinte e Nove: Fuga
Trinta: Confissões
Trinta e Um: O Retorno
Trinta e Dois: Correção
Trinta e Três: Fazer o certo?
Trinta e Quatro: Temor
Trinta e Cinco: Voltar?
Trinta e Seis: Sujeição
Trinta e Oito: Casar?
Trinta e Nove: Mãe
Quarenta: Padrinho
Quarenta e Um: Casamento
EPÍLOGO:
Agradecimentos

Trinta e Sete: Aniversário

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بواسطة alinemoretho

Olá, queridos!
Desculpem a minha demora pra postar. A história está quase chegando ao fim, mas eu ainda tenho tido bloqueios :(
Vou me esforçar pra acabar o mais rápido possível hehe

Boa leitura!!!

— E obrigado, Senhor, por sua graça na vida da Sarah, sua filha, que está completando mais um ano de vida e esses momentos em família, em nome de Jesus, amém — Victor concluiu nosso momento devocional ao ar livre com uma oração e quando abri meus olhos, tive uma agradável surpresa. Ele estava sorrindo, segurando um bolinho cujo topo possuía uma velhinha acesa em uma mão, enquanto em seu outro braço impedia Mabel de tentar roubar o doce. — É o aniversário da mamãe, filha. Vamos cantar parabéns? Ela merece.

— Oh, Victor, não precisa. — Sorri por um lado comovida com aquele e por outro constrangida pela ideia de passarmos vergonha em público, caso ele começasse a cantar. — Que tal se a gente apenas aproveitar esse piquenique neste parque lindo, olhando para esse céu azul e essa  lago em silêncio? Cantar parabéns não é necessário e...

Os meus pedidos foram ignorados e interrompidos por aquela famosa música sendo cantada por ele com animação e em tom alto o bastante para me matar de vergonha e ainda chamar atenção das pessoas em redor.

— Assopre as velhinhas, Sarah! — Vic aproximou o bolinho do meu rosto e não parou de fazer farra até me ver usando o ar dos meus pulmões para cessar aquela chama. Em seguida ele bateu palmas e para nossa surpresa Maria o acompanhou. — Isso aí! Bate palmas, filhinha!

— Tá bom, Vic! Chega de comemorar — pedi e dei um sorriso nervoso quando uma mulher passou rindo de nós.

— O quê? Mas é seu aniversário e ainda temos presentes! — Ele agilmente me entregou Mabel e virou para a cesta de comidas que havia preparado com muito requinte para aquele dia e depois de alguns segundos tirou de lá uma caixa muito bem embrulhada. — Esse aqui é o da bebê, abra primeiro.

Ergui uma sobrancelha e aceitei o presente, sem conseguir conter o espanto de ver o imenso esforço de Vic para me mimar naquele dia. Era meu aniversário, tudo bem, mas eu não estava acostumada com tudo aquilo.

— Hum, o que é isso, hein? — Franzi o cenho e me concentrei em abrir a caixa com cuidado. Quando vi o que havia lá dentro senti o coração dar um salto e olhos encherem de lágrimas no momento seguinte. — Oh, Vic...

— Incrível, não é? Um velho amigo e sua esposa são fotógrafos e concordaram em fazer as fotos dela e prepararem esse álbum em tempo recorde — ele explicou e eu tomei o objeto em mãos admirada com a foto de capa. Comecei a folhear e me  enquanto admirava as fotos profissionais tiradas da nossa bebê em inúmeros figurinos e poses fofas. — Foi por isso que dona Socorro e eu saímos com Mabel aquele dia e demoramos pra voltar e você ficou brava comigo.

— Oh, Vic! Eu amei! Antes de voltar pra Santa Fé, acabei perdendo todas as recordações dela pequenininha e isso é... Estou sem palavras — Comovida, eu sentei Mabel sobre o pano estendido sobre a grama, me adiantei até ele e o abracei com força. — Obrigada, obrigada mesmo!

Ele sorriu um pouco sem jeito e se afastou.

— Isso não é tudo. O meu presente darei mais tarde. Acho que você vai gostar — falou empolgado e começou a separar e guardar as comidas de volta na cesta.

Fiquei admirando-o por algum tempo, sentindo aquelas borboletas querendo ganhar asas em meu estômago novamente.

Não, eu não podia me deixar levar pelos sentimentos, por isso respirei fundo e orei rapidamente, entregando tudo aquilo a Deus.

— Eu é quem tinha que te presentear. — Cocei a cabeça e percebi o sorriso gentil se formando nos lábios dele. — Caso não se lembre, você também merece ser parabenizado, afinal agora é um pediatra formado.

— Sim, eu me lembro.— Ele riu um pouco. — Quase não dormi esperando o resultado das provas. Mas Deus me ajudou muito, eu não seria nada sem Ele.

Pobre, Victor...

Já fazia algum tempo que ele corria sem parar a fim de conseguir sua especialização como pediatra e, graças a Deus, a tensão dessa fase de estudos estava prestes a acabar. Ele concluiu sua residência, era médico pediatra e havia realizado uma prova admissional difícil e aguardava ansiosamente o resultado que lhe permitiria trabalhar no hospital da cidade. Sabendo que tinha algum tempo livre, ele resolveu planejar tudo aquilo pra mim, mesmo sendo ele quem merecia comemorações.

— Pelo menos está acabando. Logo você poderá atuar como o pediatra mais incrível que Santa Fé já teve. — Dei algumas batidas de consolo nas costas dele e ganhei um de seus sorrisos. — Lembro-me perfeitamente de quando nos conhecemos. Seus olhos sempre brilhavam quando contava seus planos de fazer a diferença, trazendo alívio e amor aos seus pacientes. Você até se comprometeu a tentar entrar para os Médicos Sem Fronteiras, ir para algum país subdesenvolvido. Ainda pensa nisso?

Victor massageou o maxilar e pareceu intrigado.

— Às vezes. Mas eu tenho novos objetivos, muito melhores, se quer saber. — Ele foi rápido em segurar a bebê, quando ela ameaçou fugir engatinhando para longe de nós. — Prefiro servir ao Senhor aqui mesmo em Santa Fé. — Beijou as bochechas da filha para consolá-la de sua crise de choro por não poder realizar seus desejos. — Sei que não temos tantos problemas graves quanto outros países onde pessoas não tem o mínimo para viver, mas as criancinhas daqui também precisam de um médico. Além do mais, como serei um bom marido e pai se estiver a milhares de quilômetros longe de vocês?

Meu coração gelou naquele instante e eu fiquei me questionando se ouvi as palavras certas. Que Victor queria ser um bom pai, disse eu já sabia, mas um bom marido? Por que ele diria aquilo?

— Seja como for, em todos os aspectos, eu preciso me lembrar que sou um simples instrumento nas mãos do Senhor. Sei que Ele estará me conduzindo para onde desejar, pois é meu único e verdadeiro pastor  — Ele então me encarou e certamente percebeu a dúvida em meu semblante. — O que foi? Você parece um pouco pálida.

Eu suspirei e achei por bem não me deixar levar por aquele detalhe. Talvez Victor tenha se enganado ou pensava mesmo em ser um bom esposo para alguma outra mulher. E se assim fosse, tudo bem. Já estava cansada de sofrer por antecipação e depois de tantos tombos e aprendizados com a Palavra, eu finalmente entendi que nada estava sobre o meu controle e como filha de Deus, meu coração deveria estar descansado na vontade do Senhor.

— Não é nada com você. Estou preocupada com Luana — desconversei, procurando não alimentar minhas loucuras. — Nós conversamos ontem e ela decidiu fazer o teste de HIV. Me avisou que ia ao postinho hoje, mas não quis minha companhia. Até então não recebi notícias.

Victor, que até então brincava jogando bebê para o alto, voltou-se em minha direção, mostrando-se levemente espantado.

— Você conseguiu convencê-la? — ele quis saber e eu assenti. — Oh, Sarah! Isso é muito bom! Há dias eu tento persuadi-la, sem sucesso. Até propus pagar todo o tratamento, como fiz com algumas pacientes sem condições de esperar, se fosse o caso, mas ela negou tudo. O que você falou? E por que não me avisou antes?

Eu dei de ombros e olhei para baixo.

— Foi uma conversa de mãe para mãe, nada demais e eu não quis criar alardes, pois Lu ainda está muito magoada e sensível com essa história. É preciso cuidado e paciência, coisa que não tive em nossos últimos confrontos — expliquei calmamente e suspirei. — Falei pra ela matar suas dúvidas e pensar no que fará depois. Mantendo a confiança em Deus.

— Olha só! Estou gostando de ver. — Ele empurrou meu ombro com leveza. — Mabel tem sorte de ter uma mãe sábia assim.

Revirei os olhos e reparei em Vic se preparando para levantar.

— Eu não sou nada. Preciso receber muitos puxões de orelha até poder aconselhar alguém sobre alguma coisa. Só consegui com Luana porque a questão era a saúde dela e seu filho. — Fiz alguns instantes de silêncio refletindo em tudo aquilo. — Por falar nisso, pensei de irmos visitá-la no Instituto. Estamos perto, o que acha? Talvez ela já tenha o resultado em mãos.

Um pouco contrariado, Vic mordeu o lábio.

— É, bem, tenho outros planos. — Ele sacudiu a cabeça e notei sua hesitação. — Preciso conversar com o Coelho com urgência e como ele e sua família moram por aqui, pensei em passar lá. Não posso adiar.

Cruzei meus braços e estranhei a atitude de nervosismo dele.

— O que é tão urgente que não pode esperar até amanhã? — argui atenta ao modo como ele se levantou rápido. — Pensei que passaríamos o dia juntos e sem querer fazer chantagem, é meu aniversário.

— Bem, e eu não adiei nossos planos. Depois de passarmos no Coelho, podemos, quem sabe,  comer em algum restaurante. — Deu de ombros. — Não se preocupe, você não conheceu a mãe do Coelho nessa semana? Enquanto levo um papinho com ele, você pode ficar conversando com ela. 

— Ok, se você insiste... — Umedeci os lábios e após me levantar, planejei começar a ajudar Vic a guardar tudo, mas ele parou e então segurou em meu braço. — O que foi?

Um pouco desanimado com minha resposta, ele deixou os ombros caírem.

— O que foi? Você aceitou, mas vai ficar emburrada? Não é justo, hein, aniversariante — ele perguntou em tom de zombaria e me fez rir quando imitou minha expressão. Depois ergueu Mabel para que olhasse em direção ao seu rosto. — Está vendo, filha? Nós trouxemos sua mãe para um baita de um piquenique, cantamos parabéns e ela nem quer nos acompanhar na casa do Tio Coelho. — Para minha surpresa, a bebê entrou no jogo dele quando murmurou e choramingou. — Pois é! Exatamente isso! Como pode uma mulher ser tão bela e tão cri-cri?

— Victor! — Acertei um murro no bíceps dele. — Quer que a nossa filha pense na mãe como uma cri-cri? Aliás, o que é ser cri-cri?

Ele riu e para me provocar, bagunçou meu cabelo exatamente como fazia em nossos tempos de namoro.

— Sabe, estudos comprovam que entre os pais das crianças, sempre haverá um cri-cri, ou seja, um chato e o outro super maneiro? — ele brincou e me fez cócegas quando tentei erguer os braços para ajeitar minhas madeixas no lugar. — Adivinha quem eu sou? 

— Você? É o pai que pensa ser maneiro, mas na verdade é aquele que as crianças enganam com mais facilidade. — Numa estratégia rápida eu me abaixei e peguei umas uvas da tigela e tentei acertá-lo várias vezes. Como punição, ele se aproximou e me fez mais cócegas na barriga, me fazendo gargalhar enquanto lutava para me afastar. — Chega! As pessoas estão olhando.

— Olhando nossa família louca? — Ele virou-se para trás e analisou, antes de gritar: — É isso aí! Somos loucos mesmo!

Por instinto, adiantei-me até ele e tapei sua boca, enquato sorria com aquela divertida situação. Afastei-me com cautela e fiquei um pouco sem jeito com nossa proximidade. 

— Se comporta, Vic — e apertei o nariz dele com força.

— Tá bom, mas só estou me divertindo, oras — Ele riu.

— Podemos ir agora? — perguntei um tanto embaraçada.

— Sim, madame Cri-Cri. — Ele fez um mesura e acabou ganhando outro tapa.

Depois que tudo já estava no carro, aproveitei um momento de distração de Vic e, curiosa, mandei uma mensagem ao Josué, perguntando o que eles dois estavam aprontando. 

— Gostei muito de hoje, Victor — comentei apressada quando ele me flagrou guardando celular com rapidez na bolsa. — Foi um dos melhores aniversários.

Vic ne lançou um olhar rápido através do retrovisor, mas logo voltou-se ao seu celular também.

— Mas o seu dia ainda não acabou — respondeu meio distraído e depois olhou para mim. — Contudo, sou extremamente grato pela mulher que você se tornou, que é totalmente diferente da Sarah que namorei um dia e muito melhor, porque Cristo preencheu o vazio do seu coração com graça e te deu parâmetros eternos de alegria.Tenho orgulho por você ser a mãe da nossa filha, mas me alegro ainda mais por ser filha de Deus.

Se o objetivo dele era me deixar emocionada, conseguiu em cheio. Não haviam elogios mais incríveis do que aqueles exaltavam a obra do Senhor na vida de um cristão.

Depois disso, eu fiquei quieta pelo restante do curto caminho, apenas pensando em como Victor me surpreendia cada vez mais.

Quando chegamos Vic me pediu que eu cuidasse de tirar a bebê com cuidado da cadeirinha enquanto foi tratar de apertar a campanhia da grande e bela casa da família Coelho. Poucos minutos depois, já com Mabel em meu colo, avistei Josué abrindo o portão e trocando algumas palavras com Victor que de um instante ao outro passou para dentro da casa sem ao menos me esperar.

— Olha só se não é a aniversariante — Josué veio ao meu encontro, me recebendo com um abraço.

Logo me afastei dele apenas para encará-lo com um olhar desconfiado.

— Você viu minha mensagem e não respondeu.

Coelho mordeu o lábio e pensou um pouco antes de responder.

— Meus sobrinhos estão aí. E enfim, você  como sou requisitado pelos pequenos — ele se gabou e fez questão de tomar a bebê noa braços apenas para apertá-la e fazê-la gargalhar como era de seu costume. Depois de algum tempo ele parou e me olhou. — Vamos entrar? Minha mãe está te esperando.

Concordei com ele e após espera-lo fechar o portão, nós seguimos pelo jardim até os fundos daquela linda casa, enquanto ele ia me contando histórias sobre suas estripulias com seus irmãos em sua infância vivida naquele espaço. Conforme nos aproximavámos da área de piscina, comecei a ouvir alguns burburinhos que foram cessando até o ponto de tudo ficar no mais absoluto silêncio.

— Surpresa! — ouvi em uníssono e tomei um grande susto ao ver meu pai, irmãos e cunhadas e também amigos todos presentes, envolvidos naquela trama de festa surpresa. Coelho me levou para trás de uma linda mesa decorada por flores, um bolo e muitos docinhos e puxou novamente o parabéns.

Mais uma vez fiquei muito emocionada e embaraçada por receber todo aquele carinho e acabei em lágrimas.

— E-eu não tenho nem palavras para dizer o quanto amo cada um de vocês e... — Sequei minhas bochechas com os punhos. — Obrigada...

Preocupado, papai colocou-se ao meu lado e me deu uma grande abraço.

— Acredito que essa seja uma boa hora de agradecermos a Deus pela vida dessa moça linda e carinhosa que chamo de minha filha — ele disse enquanto, com ternura, acariciava minhas costas. — E também ao Victor por ter organizado tudo.

Nesse momento meus olhos encontraram os de Vic e eu ri, me achando boba por ter ficado irritada por ele ter mudado nossos planos, quando, na verdade, tudo aconteceu conforme o planejado.

Em seguida, papai fez uma oração e ao encerrar, dona Socorro já estava ao meu lado para cortar o bolo. Aproveitei a deixa para sair e fui cumprimentar pessoa por pessoa, agradecendo e abraçando a todos.

Para alegrar ainda mais aquele dia, Judá, um dos irmãos de Josué, trouxe seu violão e resolveu animar ainda mais aqueles momentos com música.

Após falar com a maioria dos convidados resolvi ir checar Mabel e ao ver que ela estava segura, sendo assistida por Davi enquanto brincava com outras crianças, fui conversar com Luana, ficando extremamente feliz ao descobrir que Deus atendeu as nossas orações e o teste dela para a doença dera negativo, para o nosso alívio. Eu a abracei, nós comemoramos muito e em seguida ela me prometeu descansar seu coração no Senhor a partir daquele dia.

Logo então ofereci o meu auxílio á dona Piedade, mãe de Coelho, para arrumar a cozinha e fui lavar a louça enquanto a ouvia relatar histórias hilárias sobre seus cinco meninos.

— Ah, querida! Fico me perguntando se Josué se casará algum dia. Ele só trabalha e trabalha e sabe, algumas moças já até se mostraram bem interessadas, mas aquele menino nunca se importa — ela confessou enquanto guardava os pratos no armário. — Acho que é muito exigente.

— Mas isso é uma coisa boa! Coelho está sendo prudente — Sorri e a observei franzindo o cenho. — Não é bom rebaixar os padrões bíblicos apenas pra encontrar alguém que se encaixe, sabe? Claro que é necessário ser a pessoa certa. — Pensei um pouco. — Veja o meu caso e o de Victor. Nós precipitamos tudo e agora que entendemos o que Deus deseja de nós, precisamos da ajuda Dele para consertar tudo, percebe? Se Coelho pode fazer o certo, mesmo que demore, é melhor esperar e não precisar consertar tudo mais tarde.

— É, tem toda razão, querida — Ela deu algumas batidinhas em meu braço. — E por falar em Victor, quando vocês vão se casar? Espero ser convidada!

Sorri constrangida, deixei os pratos limpos no escorredor e a encarei.

— Não sei, mas Deus sabe o melhor pra mim, pra ele e pra nossa filha.

— Muito bem, Sarah! — Ela sorriu.

Nós continuamos aquele papo até dona Piedade ser requisitada por um de seus netos. Eu terminava de lavar a louça quando avistei Victor entrando no cômodo com as mãos para trás. Ele se aproximou com aquele sorriso bobô e eu quase me derreti completamente.

— Gostou da festa? — perguntou quando já estava próximo o suficiente para me fazer sentir o seu calor.

Voltei-me para ele e após secar as mãos toquei seu braço.

— Você é incrível, sabia? — elogiei sentindo um rubor — Preparou tudo isso com o maior carinho e eu ainda fiquei irritada.

— Tudo bem, já estou acostumada com seu desprezo — brincou e me empurrou de leve. — Mas fico feliz que tenha gostado. Todos aqui te amam muito.

— Eu também amo a todos... — Fiz uma pausa.— Ok, uns mais do que outros, admito. — Ri e me assustei um pouco quando ele segurou minha mão.

— Obrigado, Sarah. Eu não a mereço, mas agradeço por sua vida, sobretudo por ter me perdoado pelo passado e me aceitado de volta em sua vida — disse sério.

— E eu fico feliz por você estar aqui e fazer parte da vida da nossa ovelhinha — declarei e fui surpreendida quando depois de alguns instantes em silêncio, ele me abraçou rápido afastou um pouco e me encarou.

— Aqui está meu presente — ele entregou o pacote embrulhado. — Abra em casa e pense no significado, pois amanhã, você, eu e seu pai, vamos conversar.

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