Meu "Babá"? (Completo)

By miin_sntos13

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(#1 em Diverso 13/07/2020) (Você gosta de romance? Bastante drama? Uma boa quantidade de hot e muita tensão s... More

Oieee
Personagens
Cap 1 - "Babá"?
Cap 2 - Pedaço de Mau Caminho
Cap 3 - Previsível
Cap 4 - Dedo Duro!
Cap 5 - Circo Pegando Fogo
Cap 6 - Fatality
Cap 7 - Nova Oportunidade
Cap 8 - Grande Aproximação
Cap 9 - Péssima Brincadeira
Cap 10 - Cartela de Calmantes
Cap 11 - A Viagem
Cap 12 - "Amante de Quinta"
Cap 13 - Doce Piscina
Cap 14 - Ignorada
Cap 16 - Luau (Part 1)
Cap 17 - Luau (Part 2)
Cap 18 - Doce Vingança
Cap 19 - Natal
Cap 20 - Proposta
Cap 21 - Sim ou Não?
Cap 22 - Compras
Cap 23 - Milkshake da Verdade
Cap 24 - Piscina?
Cap 25 - Bêbados Demais Para Lembrar
Cap 26 - Preparativos
Cap 27 - Ano Novo Part 1
Cap 28 - Ano Novo Part 2 (Por Um Segundo)
Cap 29 - Luz Do Luar
AVISO KKKK
Cap 30 - Um Grande Problema
Cap 31 - Acerto de Contas
Cap 32 - Pós Briga
Cap 33 - Dúvidas
Cap 34 - Complicated
Cap 35 - Voltando Para Casa
Cap 36 - Irmãos Rossi
Cap 37 - Namoro? Sim ou Não?
Cap 38 - Malditas Mudanças
Cap 39 - Conexão
Cap 40 - Um Brinde
Cap 41 - Fria Verdade
Cap 42 - Atrás da Porta
Cap 43 - Pedido Ofegante
Cap 44 - Dor da Despedida
Cap 45 - Um Segredo Escuro
Cap 46 - Convite
Cap 47 - Grande Incentivo
Cap 48 - Hora da Verdade
Cap 49 - Autoaceitação
Cap 50 - Porto Seguro
Cap 51 - Ruínas
Cap 52 - Mundo Cinza
Cap 53 - Lembranças Amaldiçoadas
Cap 54 - Sangue, Sangue e Sangue
Cap 55 - Cores Neon
Cap 56 - Bolha
Cap 57 - "Meus Sentimentos"
Cap 58 - A História de Nathalina
Cap 59 - Saudades de Casa
Cap 60 - Pequenos Momentos
Cap 61 - "Adeus"
Cap 62 - Rivalidade
Cap 63 - Nova Rota
Cap 64 - Embarque
Cap 65 - Minha Garota
Cap 66 - Pequeno Cômodo
Cap 67 - "Seria Capaz?"
Cap 68 - Plateia de Estrelas
Cap 69 - Happy Birthday
Cap 70 - Revolta
Cap 71 - Imprevisto
Cap 72 - Pequeno Começo
Cap 73 - Mariposa Preta
Cap 74 - Última Luz
Cap 75 - "Com Amor, Vovó"
Cap 76 - Chapéus Voando
Cap 77 - Baile de Formandos
Cap 78 - Águas Luminosas
AAAAAAAAA
Cap 79 - Perdição
Cap 80 - Doce Final.
Cap Extra¹
Cap Extra²
Top 10 Curiosidades "Mb"?
Livro novo ❤️
Lançou!!!
Livro novo!!!

Cap 15 - Caixinha de fósforos

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By miin_sntos13

~ Amber ~

Passei direto pelo Dener e pela Julie, ignorando - ou tentando - o máximo possível. Fui para a areia, retirando a sapatilha e olhando em volta com um sorriso leve. Lembrei da época em que eu vinha aqui com meus pais e meus avós, comer algo e ver o por do sol. Foi uma época muito preciosa, e eu me sinto mais do que bem com esse ar de familiaridade. Coloquei minha mochila no chão, firmando o melhor local para ficarmos.

  - Parece que alguém se animou, em. - Jéssica sorriu, parando ao meu lado.

Colocou sua mochila ali também, junto com um saco de dormir.

  - As lembranças são boas. - Falei observando o mar.

Uma brisa gélida bateu contra meu rosto, fazendo meu cabelo alvoroçar. O cheiro trouxe consigo momentos inesquecíveis, e sem perceber eu já estava viajando para dentro de memórias perfeitas. De fato, vivi uma época ótima.

  - Amber? - Pisquei repetidas vezes, voltando à tona. - Vai ou não? - Max me perguntou.

  - O que?

  - Colocar os sacos de dormir agora.

  - Sim. Vamos ir adiantando as coisas.

Colocamos alguns galhos secos em uma roda no chão, com pedras médias em volta, decorando. Arrumamos os travesseiros e os sacos de dormir, junto com o violão que Max segurou o tempo inteiro. Sebastian e Andy arrastaram o cooler e as coisas de comer um pouco mais longe de ondem preparamos para ser a fogueira.

Por sorte, Lúcia trouxe alguns cobertores também, o que impediu o frio de incomodar tanto. Ninguém lembrou de separar casacos, então os cobertores foi de uma grande ajuda. Sentei no meu canto.

  - Que tal algumas histórias de terror antes de acender a fogueira? - Dener deu ideia. Não o olhei.

  - Se conta histórias de terror em luau? - Julie franziu as sobrancelhas.

  - Bom, na maioria das vezes não. - Ele deu de ombros. - Só acho que vai ser bom para distrair antes de todo mundo cair bêbado na areia.

Dei um sorriso para Lúcia ao me lembrar das bebidas alcoólicas que Max trouxe para a casa dos meus avós sem meus pais saberem. Felizmente, ele lembrou de trazer para cá, já que um luau sem bebida não é um luau tão divertido.

  - Fique a vontade para contar a história. - Jéssica disse, dando a deixa para ele.

Dener foi contando com um sorriso no rosto meio "assustador" - pelo menos em sua percepção -, tentando incorporar a ideia de fazer os outros ficarem apavorados, ou apenas com medo. Eu nem estava prestando atenção, ficava mais atenta ao lugar em si. A noite estava perfeita com o céu aberto, uma brisa gelada e estrelas à vista. Deixei o pessoal ali e levantei, saindo de perto. Não era por nada, mas a ideia de me aproximar do mar me cativou.

Andei até a beira do mar. Fiquei parada na areia, quando a água extremamente fria ficou um pouco a cima do meu pé. A sensação de nostalgia me rodeou. Lembro que minha avó me trouxe segurando minha mão para a borda, me deixando perto da água, mas impedindo que eu entrasse. Quando questionei sobre isso, ela me olhou sorrindo e disse: "Aprecie as pequenas coisas, querida. Você não está na água, mas está molhando os pés, não é? Ainda sim está se conectando com o mar"

Na época eu não entendia isso, e acho que nem entendo atualmente. A questão é que ela sempre marcou muito com essas frases e ensinamentos que faz questão de nos deixar descobrirmos sozinhos o verdadeiro significado. Eu não lembro de muita coisa, mas as poucas já bastam. Hoje em dia fico apreciando a ideia de ficar observando o mar ao invés de entrar no mesmo. Lúcia por outro lado sempre foi um peixinho na água. Se deixar, fica o dia todo na mesma, já que pelo meu avô, devemos fazer o que nosso coração mandar, e apreciar as coisas usufruindo o máximo delas.

Os dois sempre tiveram uma relação meio doida. Brigas? Ah, toda hora. Chega a ser engraçado ver eles discutindo pelas coisas mais simples, porém, é um volta e não volta. Após grandes discussões, oferecem café, perguntam coisas básicas e até esquecem que estavam brigados. Perdi a conta de quantas vezes meus pais ficaram loucos com os dois, tentando resolver as situações. Sinto falta deles, já faz um tempo que não os vejo.

Sentei um pouco mais para trás, me afastando da água. Olhei para aonde o mar e o céu se tocam, tentando imaginar o que vou fazer assim que retornar para casa. Graças às palavras dos outros, eu já estou começando a ver essa história do Sebastian com outros olhos.

Sempre fui extremamente segura com minhas decisões, mas estou começando a duvidar. O ideal agora é continuar como sempre ficamos, e sem deixar ninguém atrapalhar ou mudar o que temos de melhor.

Me tiraram dos meus pensamentos.

  - E ai - Jéssica sorriu, sentando ao meu lado com uma coberta nas costas. Ofereceu a mesma pra mim. Me cobri sem hesitar. - Está tudo bem?

  - Sim. Estou só lembrando de coisas antigas. Gosto de recordar. - Sorri de forma sincera.

A mesma concordou, e então as lembranças mais intensas voltaram. Lembrei de Dener e da situação. Vou me sentir melhor contando para minha melhor amiga, já que não escondo nada dela.

  - Jess, tenho que te falar...

Jéssica virou o rosto em minha direção, me observando atentamente.

  - Eu fiquei com o Dener ontem.

Seus olhos castanhos se arregalaram, e sua boca foi entreaberta para com certeza sair um grito agudo que sou obrigada a escutar sempre que algo grande acontece. Coloquei a mão sobre sua boca, evitando que ela faça um escândalo.

  - Nem ouse gritar! - Murmurei, fazendo ela retirar minha mão em choque.

  - Isso é sério? Você reclamou comigo e com a Lu quando falamos sobre, mas na primeira oportunidade não perdeu tempo, né safada? - Revirei os olhos com um sorriso contido. - O que está esperando? Me conta!

  - Ah, não foi nada de mais... - Cocei a nuca. A mesma ergueu uma sobrancelha. - Brigamos, porque ele falou algumas coisas péssimas sobre minha relação com o Sebastian. Fui para a piscina, e o Dener veio atrás. Ficamos conversando até eu jogar ele na água e... - Tentei me lembrar. Fiquei em um choque tão grande que me deu branco. - Estávamos prestes a discutir novamente, mas eu roubei um selinho. Quando me dei conta, já estava na piscina também, mas dando um beijo de verdade.

Jéssica colocou ambas as mãos na boca em sinal de animação e surpresa. Se não a conhecesse, ia achar que ela já está shippando.

  - E então? - Seus olhos exibiram esperança, na intenção que tivéssemos um final feliz. Tadinha.

  - Detesto te decepcionar, Jess. Depois disso o Andy nos viu, e eu fui correndo para o quarto. Agora o Dener nem está olhando na minha cara, e ainda deixou a vaca da Julie subir na moto. - Falei com desdém.

Ai que raiva.

  - Você sabe que negou antes, né?

  - Eu sei... - Suspirei. - Não é como se ele tivesse me chamado. Eu não ia me convidar.

  - Foi exatamente o que a Julie fez, e não sei o porquê está tão preocupada se ela namora.

  - Não tem nada a ver com isso. Pouco me importa se eles ficarem. A questão é que ele fez isso para me irritar, tenho certeza.

  - Parece que funcionou. - A mesma riu.

Talvez.

  - E Sebastian também namora, e olha a situação.

  - Amber, não é a mesma coisa. A diferença é que Julie é, e sempre foi apaixonada por ele. Sebastian, bom... - Tentou dizer, mas notei que estava ressentida. - Não quero brigar com você, só que na minha concepção, ele não gosta de ninguém. - Respirei fundo. - Sabe o que vai fazer em relação ao Den?

  - O que eu posso fazer? - Franzi as sobrancelhas, aborrecida. - Ficamos, ele nem me olha mais, sabemos que foi um erro e pronto, problema resolvido. Não tem mais nada a ser feito, já que isso não vai se repetir.

Jéssica desviou o olhar, olhando para frente.

  - Acha mesmo isso?

  - Claro. Por que não?

  - Curiosidade. - Deu de ombros. - Acho que vocês dariam um belo casal.

Ri de forma sarcástica, negando com a cabeça.

  - Só pode estar louca, Jess. - Ela me deu dedo do meio. - E você com o Andy? Vai rolar?

  - Não sei. Para ser sincera, não estou pensando muito sobre isso. Prefiro deixar o barco correr e ver aonde para.

  - É, bem a sua cara mesmo. Você sempre foi na sua, nunca se importou muito com esses lances.

Do nosso grupinho, Jéssica sempre foi a mais na dela. Nunca mostrou que abstinência de ficar ou namorar fosse realmente um problema. Seu interesse nessas coisas sempre foi bem baixo, e deixava acontecer de forma natural. Forçar a barra também nunca foi minha ideia, pois sempre a invejei pela forma simples que Jéssica lida com isso. Ao contrário de sua melhor amiga, ela mantêm a cabeça no lugar e espera as coisas rolarem de maneira organizada e espontâneas, sem ficar fazendo planos ou criando expectativa. Quisera eu ser equilibrada dessa maneira.

  - Aham. Quem sabe dessa vez seja diferente, não é? - Sorriu, mostrando estar calma, satisfeita e segura com o assunto. - Nunca se sabe quando as coisas podem mudar da água para o vinho.

Eu que o diga.

Ficamos conversando mais um pouquinho, até Max se aproximar.

  - Amber, onde está os fósforos e o marshmello?

  - Na minha mochila. - Tirei o cobertor das minhas costas, indo até a mesma.

Procurei em todos os bolsos, mas não encontrei. Será que coloquei mesmo nas minhas coisas? Tenho certeza que separei, só que, acho que esqueci no meu quarto. Que droga.

  - Então, péssima notícia, pessoal - Fechei o zíper, ficando de pé. - Eu vou em casa buscar as coisas, porque esqueci no meu quarto. Alguém quer que eu traga alguma coisa?

Eles se entreolharam, mas ninguém disse nada. Ótimo, economizo tempo.

  - Bem, estou indo. - Falei virando as costas.

A praia fica há uns quarenta minutos de distância. Apesar de não ser muito longe, ir andando me dar dor de cabeça. Não é como se fosse a pior coisa do mundo, mas encho a mente com coisas desnecessárias e que me deixam irritada.

Fui andando pela beira da estrada quase deserta, até ouvir um barulho e uma derrapada. Um retardado parou a moto inclinada na minha frente. Seu capacete estava no lugar e a viseira abaixada, porém, eu reconheceria essa blusa branca e bermuda jeans de longe. Esse retardado eu conheço.

Dener levantou a viseira, me observando com esse par de olhos azuis. Contornei sua moto, voltando a andar normalmente.

  - Sabe que sou eu, né? - Perguntou, vindo com a moto um pouco mais rápida que eu. Infelizmente não o suficiente para que eu não pudesse o ouvir.

  - Sei.

  - E por que desviou?

  - Exatamente por ser você.

Ele franziu as sobrancelhas, visivelmente confuso. A maneira dele ser sonso me estressa.

  - Qual o problema?

Respirei fundo, tentando evitar sua presença ali.

  - Vai me fazer sair da moto para ir do seu lado?

Definitivamente não!

  - Você me ignorou, fingiu o dia todo que eu não existo e agora está me seguindo para a casa dos meus avós? Obrigada, não quero companhia. - Falei sem o encarar.

  - Calma, eu não fingi que você não existe.

Dei uma risada sarcástica.

  - Claro, Dener. Óbvio que não.

  - Tudo bem, eu fiquei mais na minha porque fiquei meio assustado pela situação. Quero dizer, você é mais nova que eu.

  - Sim, quatro anos. Uau, que pedofilia, não?

Ele mordiscou o lábio, de maneira confusa e frustrada.

  - Pode voltar para a praia, já disse que não preciso de companhia.

  - Acontece que não vim te fazer companhia. Vim te levar.

  - Dispenso.

  - Okay, se você não vier comigo vamos demorar quase uma hora para voltar. Eles podem ou morrer de frio ou de sono, o que acontecer primeiro. Quer mesmo ouvir a reclamação de todos na sua cabeça?

Parei instantaneamente, fechando os olhos. Não surta, não surta, não surta.

  - Tudo bem, eu subo nessa bicicleta mecânica com você, mas saiba que vai ser a penúltima vez. Depois dessa, vamos voltar para a fogueira e eu nunca mais subo nela, entendeu?

  - Claro, princesa. - Sorriu em deboche.

  - Não me chame de princesa.

Sentei na parte de trás, quando vi Dener retirar seu capacete, deixando seu cabelo loiro visível. Antes que eu pudesse perguntar, ele colocou por cima do ombro, querendo que eu segurasse. Franzi as sobrancelhas.

  - Por que isso?

  - Deixei o outro capacete lá, e como aqui é deserto, não vai ter problema se eu ficar sem, então usa.

  - Não quero usar.

  - Amber, coloca logo. Não vou te deixar ficar sem nada na cabeça para proteger caso algo aconteça. - Eu tentei o encarar por cima do ombro, mas não consegui. - Só coloca.

Sabendo que já estávamos demorando tempo suficiente, coloquei sem hesitar. Agarrei sua cintura, lembrando da primeira vez que fiz isso. Apertei com força como na primeira também, vai que dessa vez eu morro, né.

Dener arrancou com a moto, percorrendo a estrada que estava com pouquíssimos carros pelo caminho. Seu cabelo loiro ficou balançando, e seu cheiro voltou a ficar forte. Fechei os olhos, tentando mudar o rumo dos pensamentos. Não ouse focar nisso, Amber.

Em questão de poucos minutos, já estávamos na porta de casa. Saí da moto retirando o capacete, sem nem o olhar. Depois de destrancar, entrei rapidamente e fui até o meu quarto, dando uma bela revirada para encontrar a caixa com os fósforos. Peguei a mesma, e em seguida desci para a cozinha. Dener ficou no sofá, e eu ignorando totalmente sua presença.

Fui até o armário e tirei do mesmo três sacos de marshmello que Andy comprou junto com Jéssica mais cedo aqui perto. Se eles souberem que ao invés de levar para o meu quarto deixei na cozinha, já sei que vou ouvir reclamações até o fim desse luau. Espero que o peixe morto não me caguete.

Passei pela sala novamente, dessa vez na intenção de sair da casa e irmos para a praia. Joguei a caixinha de fósforos em cima de Dener, que encarou confuso.

  - Não tenho bolso. - Falei por fim antes de fazer menção em sair.

  - Espera, podemos ao menos conversar?

Mordi o lábio com força, sentindo aquela raiva se alastrar novamente. Ele só pode estar de zoação comigo. Me virei na força do ódio, com as sobrancelhas franzidas.

  - Uma pergunta... - O mesmo continuou a me observar. - Deixar a Julie subir na sua garupa foi só uma maneira de me irritar?

  - Am? Do que está falando?

Preferindo não entrar no assunto - e totalmente arrependida de ter feito isso -, suspirei.

  - Nada. Vamos.

Ia sair, mas Dener levantou e segurou meu pulso, me fazendo virar para o mesmo.

  - Ficou com ciúmes, é? - Sorriu de maneira convencida.

  - Eu, Dener? Não me faz rir. - Tentei dar as costas, mas o mesmo me puxou, colocando seu rosto perto do meu. - Me larga. Cansei de joguinhos!

  - Certeza que não ficou com ciúmes? - Saiu quase como um sussurro.

  - Sim.

Não.

  - Não está me convencendo. - Seu sorrisinho me deu raiva.

O empurrei, já sentindo vontade de quebrar a sua cara.

  - E o que isso importa? Já te falei a verdade, acredite se quiser. Não preciso te convencer de nada! - Disse decidida.

Ele deu um passo a frente. Minha respiração ficou mais pesada, e meu corpo gelou.

  - Eu sei no que você está pensando, só não quer admitir.

  - Me esquece, Dener. - Revirei os olhos querendo sair daqui ou esse lugar vai ficar muito pequeno para nós dois.

Ele balançou a chave no dedo, girando a mesma. Estávamos prestes a deixar a casa, até Dener fazer a pior coisa do mundo: abrir a porra da boca.

  - Não sei o motivo de não gostar da Julie, ela é bem legal. Curte motos também.

O encarei sem acreditar que ele está mesmo dizendo isso.

  - Ótimo, bom para vocês. Aproveita e leva ela para bem longe de mim.

  - Vou adorar.

Antes de ir para a porta da frente, me virei colocando uma mão na cintura. Forcei os olhos.

  - Está me atentando, não é?

  - Eu? - Ergueu uma sobrancelha. - Só não sei como não gosta de alguém tão legal.

  - Da mesma forma que não gosto de você, apesar de não ser nada legal.

Dener riu.

  - Bem educada, em.

  - Você me da nojo. - Falei com desdém.

  - Eu te dou nojo? Não sei se lembra Amber, mas quem vem transformando as coisas em um inferno desde o primeiro dia é você.

Dei uma risada escandalosa e forçada. O sorriso de Dener sumiu.

  - Escuta aqui, meu bem. Não te pedi para trabalhar lá em casa.

  - Ah, e você acha que eu pedi para ser babá?

  - Não preciso de babá!

Isso vai demorar.

  - Não é o que seus pais acham, princesa. - Enfatizou a última palavra, me fazendo bufar.

  - Vai se foder, Dener. Eu não sou uma princesa.

Fiz questão de virar as costas para sair dali, mas ele me segurou pelo braço pela décima vez hoje. Puxei o mesmo antes de me virar.

  - O que foi? - Gritei.

  - Sim, você é uma princesa. Vive em sua torre incrível, esperando ser salva por um babaca que nem conhece, com seus vestidos brilhantes e luxuosos.

Cruzei os braços, erguendo o rosto.

  - E suponho que você o conheça, né?

  - Acredite, conheço bem mais do que pensa.

Neguei com a cabeça, rindo. Ele só pode ter batido a cabeça.

  - Então escuta essa, "Den" - Disse, debochando de seu apelido. - Você andou de moto com a namoradinha dele, e acredite se quiser, mas eles são igualzinhos. Se acha ele tão ruim, devia achar ela também.

  - Julie é diferente daquele canalha.

Meu estômago revirou, sentindo o nojo subindo pela garganta. Dei um sorriso nervoso, já não sabendo mais controlar essa raiva.

  - Não tenho que ouvir isso. Não de você.

  - O que quer dizer?

  - Você é um covarde, Dener! Não assume um namoro com a Milla porque tem medo de relacionamentos, e fica enrolando dizendo que um dia talvez isso aconteça. Enquanto isso, ela vai ficar te esperando.

O garoto me encarou confuso e tenso.

  - Quem te contou isso?

  - "Conheço bem mais do que pensa" - Voltei a sorrir, de forma convencida. - Fala tanto do Sebastian, mas parece muito com ele. Ninguém me contou, isso já está escrito e desenhado na porra da sua testa!

  - Se acha que sabe tanto da minha vida quanto eu, então não sei porque fica me perguntando as coisas. Além de mimada decidiu ser mais insuportável?

  - Eu não teria que perguntar se você simplesmente saísse da minha vida por onde entrou, babaca!

Dener respirou fundo.

  - Adivinha, princesa. Fui contratado pelos seus pais, não por você. Eu vou continuar na sua vida por tempo indeterminado, e nada que você faça pode mudar isso. Vai ser um ano bem longo.

Pior que o desgraçado está certo.

  - Ah, que ótimo. - Falei de forma irônica. - Vou ter que ficar aturando essa sua cara de peixe morto até o fim dos tempos então.

  - E eu essa sua marra desnecessária e jeito mimado de ser.

  - Ótimo!

  - Ótimo!

Não falamos mais nada, apenas encarei no fundo de seus olhos enquanto Dener fazia o mesmo. Não sei em qual momento foi, mas apenas o puxei pela blusa, o beijando de forma intensa. O garoto levou ambas as mãos para minha bunda, me puxando pra si. Agarrei seu cabelo da nuca, afundando mais nossas bocas uma na outra.

E lá vamos nós de novo...
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O que estão achando, meus amores? Estou surtando por dentro e ficando maluca já KKKKK

Me perdoem, mas amo um clichê previsível. Está no sangue.

Já que isso nunca vai acontecer comigo, por que não deixar acontecer com a Amber, né? Sofro.

Curtam e comentem.

Amo vocês 💜

Miin.

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