BBFY - 2 Nada será como antes...

By Reinhartforyou

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↬ 1° ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ: ᴀ ʙᴀᴅ ʙɪᴛᴄʜ ғᴏʀ yᴏᴜ, ʙᴀʙʏ ↬ ᴅɪsᴘᴏɴɪ́ᴠᴇʟ ɴᴏ ᴍᴇᴜ ᴘᴇʀғɪʟ Depois da pena cumprida, tudo o que Col... More

0.1 Eu senti tanto a sua falta
0.2 Tem uma pessoa que você precisa conhecer
0.3 Nada mais pode nos assombrar
0.4 Ele tem direito de saber
0.5 Nós vamos dar um passeio
0.6 Quero que você veja uma coisa
0.7 O que você fez?
0.8 Você traiu a minha confiança
0.9 Sua chefe
1.0 Não aguento mais toda essa tensão
1.1 Nem tudo é como a gente quer
1.2 Relaxa, Lil
1.3 O que você está fazendo aqui?
1.4 Por água abaixo
1.5 Um dia conturbado
1.7 Por que escondeu isso?
1.8 É só uma fase ruim
1.9 Eu devo estar sonhando
2.0 Quando você pretendia me contar?
2.1 Tudo o que me resta é conviver com a dor
2.2 Você vai superar
2.3 Não demora
2.4 Nós teremos muito o que conversar
2.5 Eu não quero mais você aqui
2.6 Estou boquiaberta
2.7 Proporcionar uma oportunidade
2.8 Preciso dar um jeito em minha vida
2.9 Nada de homens
3.0 Tesão e saudade
3.1 Surpresa
3.2 Uma injustiça!
3.3 Eu não á mereço
3.4 Nada se encaixa
3.5 Impulsiva
3.6 Inseguros
3.7 Clichê!?
3.8 Maldito vinho!
3.9 Preencher o vazio
4.0 O que está fazendo aqui?
4.1 Te proteger de mim
4.2 Palavras
4.3 Não acredito no que vejo
4.4 Rápido
4.5 Preciso de você
Queridos leitores...

1.6 Nós precisamos conversar

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By Reinhartforyou

Lili

Após uma noite enfim tranquila, consigo descansar um pouco para poder trabalhar. O Kendall tem me dado algumas dores de cabeça, já que os sócios já não estão mais interessados na ações.

Dou um beijo em Cole antes de sair de casa, Anna ainda está dormindo e aproveito para dar um jeito nela também, mas com cuidado para não acordá-la.

Quando entro no trânsito de Vegas, me pergunto se deveria contratar um gerente para me ajudar com as questões do clube, ou um diretor financeiro, não sei bem.

De qualquer forma, preciso tomar uma decisão. Não posso cuidar de tudo o tempo todo, minha filha é um bebê ainda e precisa de mim. Não posso me dedicar tanto ao meu trabalho e esquecer da minha obrigação maior, que é ser mãe.

Depois de cuidar de algumas circunstâncias da galeria, me pego pensando se terei de remarcar a exposição das obras. As pessoas estão ansiosas para o evento de certa forma, mas sei que Cole não vai aprovar isso agora.

Preciso convencê-lo de que isso é uma coisa boa, as pessoas verem o seu trabalho. Ele é simplesmente incrível e magnífico, suas fotografias são perfeitas e suas pinturas são maravilhosas.

De qualquer forma, é uma escolha dele, e eu não posso decidir sozinha, até porque a autoria da arte não é minha, e sim dele.

Quando saio da galeria, já passa das 10:30, e decido ligar para Cole para saber como andam as coisas, mas a ligação cai na caixa postal, então apenas mando uma mensagem de texto mandando bom dia.

O trânsito de Vegas hoje está terrível, parece pior que os outros dias, o clima está chuvoso e frio, e o céu está nublado. Fico me perguntando se deveria passar em casa para trocar a roupa, mas já estou atrasada para uma das reuniões do Kendall, então decido ir direto pra la.

Por sorte, consigo chegar antes das 12:00 no clube, e dou graças a Deus por isso. A reunião estava prevista para 12:15, e sinto que se tivesse demorado mais um pouquinho não teria chegado a tempo.

- Senhorita Reinhart! - Jud chama minha atenção assim que me vê descendo do carro. - A senhorita tem uma reunião marcada daqui 15 minutos.

- Sei disso, Jud. Obrigada por me lembrar.

- Os sócios já estão a sua espera na sala de reuniões, quer que eu mande cafés para lá?

- Por favor, querida. - Digo e ela assente com um gesto de cabeça. - Inclusive, adorei o cabelo verde.

- Obrigada. - Ela diz, sem graça. E eu sorrio.

Depois de chegar a minha sala, envio outra mensagem de texto a meu amor para ver se acordou, mas suponho que esteja dormindo ainda. Então apenas mando um ponto interrogação.

Jogo minha bolsa no sofá e me dirijo ao espelho que há na parede da sala, analiso meu cabelo, que não está da forma como gostaria, mas está razoável.

Não tenho dado tanta importância assim para minha aparência ultimamente, e me arrependo extremamente disso. Sempre cuidei tanto de mim mesma, eu era a minha prioridade.

Como as coisas mudam, não!?

Quando chego a enorme sala de reuniões, que é formada por vidros e uma porta branca, os meus sócios já estão sentados em seus supostos lugares, e quase nem notam quando eu chego.

- Boa tarde! - Cumprimento, me sentando ao meu lugar. - Desculpem por fazê-los esperarem.

- Não esperávamos menos. - Um deles diz, e eu suspiro.

- Bem, como sabemos, o intuito desta reunião é resolver a questão do marketing do clube. Nossos lucros estão bem abaixo do esperado, ainda. E precisamos tomar uma decisão cabível para que isso seja solucionado. Pensei em fazer uma central de marketing para que o clube volte a ser conhecido como antes.

- Você quis dizer antes do seu marido estragar tudo, né!? - O dono de uma das empresas farmacêuticas sócias diz, com ironia.

- Não. O clube perdeu movimento pela forma como era conduzido.

- Por favor, senhorita Reinhart. Todos sabemos que Skeet controlava super bem o clube.

- Se controlasse, não estaríamos aqui tendo está reunião, não acha!? - Debato cruzando as pernas.

- Não precisa ficar na defensiva, Reinhart. Só estamos comentando.

- De fato.

- Mas é claro que a senhorita não sabe exatamente o que está fazendo com o clube, não? Quer dizer, você era uma das prostitutas daqui. - O dono de um dos cassinos de Vegas diz, ironicamente.

- Exatamente, eu era. E olha só onde cheguei, né!? Então podemos concluir que se eu não fosse boa o suficiente para meu cargo eu não estaria aqui, agora.

- Boa o suficiente? Puf quem nós garante que você chegou por mérito próprio?

- O que está querendo insinuar, senhor Smith?

- O Skeet é facilmente manipulado pelo poder que vocês, mulheres, tem no meio das pernas. Não duvido que este tenha sido o motivo para a senhorita estar aqui, agora. Foi uma troca.

- Como é? - Pergunto, incrédula.

- Isso mesmo. - Ele diz, arqueando as suas sobrancelhas negras. - Skeet ama um rabo de saia, não é atoa que tornou Marisol a gerente.

- Mas convenhamos, Marisol é o rabo de saia, né. Que mulher espetacular.

- Já chega! - Digo me levantando. - Eu vim aqui para resolvermos a questão do marketing, e não para ficar ouvindo comentários extremamente machistas e nojentos.

- Não se empolga muito, Reinhart. Até porque, sem nós, este clube não é nada.

- Exato. Nós somos o marketing deste clube.

- Estão errados. O clube só melhorou depois que eu comecei a direcioná-lo. Antes disso, ele estava a beira da falência.

- Do que está falando? Você é mulher.

- E qual o problema disso, senhor Smith?

- Mulheres não nasceram para isso. Nem sei o que a senhorita está fazendo aqui, na verdade. Deveria estar se preparando para dançar naquela barra.

- Exatamente. Administração é serviço para homens, chame seu marido e deixe que os homens cuidem disso, neném.

- Serviço para homens? - Altero meu tom de voz, e o elevo. - Se esse fosse um serviço para homens, Skeet não teria me vendido este clube. E, sim, eu era uma funcionária, mas pela minha dedicação e força de querer cheguei até aqui, sozinha. Se para os senhores isso não é suficiente, pois bem, sabem onde fica a porta.

Dito isso, pego meu notebook em cima da mesa e saio. Não consigo ficar nem mais um minuto neste local tóxico e preconceituoso.

Quando chego em minha minha sala, sinto que vou explodir de tanto ódio. Por Deus, como Marisol aguentava esses comentários nojentos desses sócios mais nojentos ainda?

De qualquer forma, sinto que a última chance que eu tinha de salvar meu clube foi por água abaixo, já que esses eram os sócios mais importantes que o clube tinha.

Após dispensar o resto de meus compromissos pendentes do dia, pego minha bolsa e me dirijo ao trânsito de minha cidade, mais uma vez, afim de chegar em minha casa.

Tudo o que eu quero agora é um banho quente e o abraço de meu Cole. Ele ainda não respondeu minhas mensagens, nem retornou minha ligação. Será que ainda está dormindo?

Como ja passa da hora do almoço, decido passar em algum lugar para comprar uma marmita, afinal estou com fome e suponho que Cole não deve ter feito comida em casa.

Suspiro quando viro a esquina de casa, meus nervos estão a flor da pele e só Deus sabe quanto tempo mais vou aguentar assim, estou ficando doente de tanto estresse que ando passando.

Já no elevador, com minha bolsa e as sacolas de marmita na mão, me olho no reflexo do piso de porcelana e percebo que estou acabando comigo mesma, me afundando sozinha.

Preciso de um tempo para mim, para descansar minha cabeça e renovar minhas energias. Só assim poderei ficar de bem comigo mesma e com a vida.

- Cole!? - Chamo o nome do homem da minha vida assim que adentro o apartamento.

Quando olho para a sala, vejo Cole com uma expressão fechada. Assim que nossos olhares se encontram, ele praticamente salta do sofá.

Ao seu lado está.. Melanie? Não é possível. Ela segura minha filha nos braços, e sinto minha espinha congelar ao ver essa cena.

- Lili! - A voz de Cole me acorda de meus pensamentos. - Nós precisamos conversar.


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Desculpem pelos seis dias sumida seguidos, terminei meu relacionamento de 1 ano e está doendo de uma forma absurda.

Estou me reerguendo aos poucos e escrevendo no ritmo que estou conseguindo.

Espero que possam entender.

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