He Saved Me...

By FilipaG

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Jasmine Marie Villegas, uma rapariga de 17 anos, que cresceu sobre a sombra da sua mãe, vai aprender a viver... More

Prólogo.
New Beginning?

This is war

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By FilipaG

O ambiente há mesa encontrava-se pesado, demasiado pesado. Ninguém dizia uma única palavra, não que falássemos muito quando nos encontrava-mos todos juntos, poucas coisas eram ditas naquelas horas, existiam perguntas de como tinha corrido o nosso dia, o que tínhamos feito, se havia novidades, enfim, coisas do dia-a-dia, mas certamente nada normal numa família, se assim o posso dizer.

Vamos admitir, eu era uma intrusa no meio deles, mesmo tendo o sangue do meu pai correr nas minhas veias, eu tinha chegado ali de surpresa, ninguém me esperava. Talvez fosse mais um peso na vida deles, ou então só na vida de alguns.

Enquanto levava pequenas garfadas a minha boca, posicionava o meu olhar em Justin discretamente, sentindo-me desconfortável pelos olhares e sorrisos deste. Um arrepio percorreu o meu corpo assim que aquele momento nada reconfortante passou pela minha mente vezes sem conta, pensando que podia ter acontecido algo pior, mas sabia que isto não iria ficar por aqui.

Cansada daqueles olhares, pousei o garfo na beira do prato, juntamente com a faca, desviando calmamente o olhar para o meu pai, que me olhava agora confuso, olhando várias vezes o meu prato.

- Jasmine, passa-se algo? - perguntou ele, ainda a olhar-me com uma expressão confusa no rosto.

Imaginava as perguntas que lhe passavam pela mente ao ver que a comida encontrava-se de uma forma apresentável, como se ninguém tivesse tocado nela.

- Não, nada, só não tenho muita fome. Posso levantar-me da mesa e ir para o meu quarto? - esperei a resposta dele, olhando-o de forma piedosa, esperando que ele me desse autorização para sair da mesa.

- Mas mal tocas-te na comida, tens de comer mais um pouco. - olhava-me com uma expressão rígida, dando-me a perceber que aquilo era uma ordem e uma obrigação da minha parte.

Suspirei pesadamente, olhando o meu prato, e levantando depois o meu olhar para Justin de forma discreta, reparando no ar de divertido que este mantinha estampada no rosto. Devia ter muita piada gozar com a minha cara, não sei, as pessoas divertiam-se com esta forma de me torturar.

Sim, o Justin não é o primeiro que me faz isto, infelizmente. Durante muitos anos, quando a minha mãe ainda era viva, eu era muito julgada na escola, pela minha forma de ser, pela forma de me vestir, de falar, por tudo. Mas nem por isso desejei sair de Califórnia, pois apesar desses tempos difíceis, foi lá que conheci a pessoa que mais me apoiou e claro, que me tem vindo a apoiar apesar da distância. Sharon, a minha melhor amiga de infância. Ela é um doce de pessoa, vocês não imaginam, somos muito diferentes, mas entendemos-nos na perfeição, tenho um carinho enorme por ela, e sei que ela tem esse mesmo carinho por mim.

Deixei os meus pensamentos de lado, voltando a olhar o prato, levando uma das minhas mãos ao garfo e espetando o mesmo num pedaço de carne que se encontrava já cortado. Brinquei um pouco com o mesmo, tentando arranjar espaço no meu estômago.

Apoiei o cotovelo na mesa, apoiando a minha cabeça com a mão, enquanto andava a "passear" o garfo pelo prato, fazendo figuras imaginárias no mesmo.

Ouvi alguém bufar, acabando em certa parte por ignorar, continuando a brincar com a comida, sem olhar quem se encontrava impaciente.

- Importas-te de parar de brincar com a comida e comer de uma vez por todas? - ouvi a voz grossa e rouca, que me despertou do transe por completo, fazendo-me arrepiar por tamanha frieza.

Levei o meu olhar a Justin, que se encontrava enraivecido, mas eu nem sabia porquê, estava a incomoda-lo? Nem tinha falado nem nada, porque se encontrava ele assim?

- Desculpa se ficas-te enjoadinho com a minha brincadeira, mas nem precisas de falar assim comigo, não te estava a incomodar, e se estivesse, existe uma coisa chamada educação, pedir com jeitinho, não sei, podias ser mais cauteloso com as tuas palavras. - murmurei simples, encolhendo os ombros, enquanto o olhava.

Não tinha gostado da maneira dele falar comigo, custava muito dizer "Podes parar se faz favor?", o rapaz é de todo insensível com o que diz.

O que possivelmente me irritava mais nele, era o facto de em vez de responder algo concreto, só sabia rir de forma forçado, como se eu fosse a única que lhe dissesse algo deste calibre.

- Mas acabas-te de chegar e já pensas que podes falar da maneira que te apetece com as pessoas? Atualiza-te miúda! Já não estás naquele lugar de malucos, onde podias reinar com a tua idade, onde tinham de ter respeito por ti. Estás numa casa, em minha casa. - respondeu-me passado pouco tempo, não mostrando satisfação com a minha abordagem.

- Da tua mãe. -corrigi-o, reparando na expressão de quem não estava a achar piada nenhuma aquele momento no seu rosto, o que em certa parte me estava a divertir.

Assim que ele ia abrir a boca para falar, Pattie cortou-o, olhando-nos.

- Meninos, estamos a mesa, importam-se de se comportarem? - interrogou-nos, olhando-nos de forma delicada.

Baixei o meu olhar, sentindo-me um pouco mal por ter estragado ainda mais o ambiente, mordendo levemente o meu lábio inferior.

- Peço desculpa. - murmurei baixo, mantendo a cabeça baixa, completamente arrependida por aquilo.

Levantei o meu olhar, olhando Justin que se encontrava com cara de quem me ia fuzilar, já sabia mais ao menos o que me esperava assim que fosse só eu e ele naquela mansão gigantesca. Suspirei baixo, olhando para Pattie, que tinha um pequeno sorriso nos lábios.

- Não tem mal querida, o Justin é impaciente e diz as coisas sem pensar. - finalizou, olhando para ele logo de seguida com uma certa frieza no olhar, como se o tivesse a avisar sobre algo.

Olhei-o, reparando num único rolar de olhos da sua parte, levantando-se logo da mesa, e subindo para o quarto.

Parte de mim ainda se encontrava confusa sobre a reação dele, outra parte, encontrava-se a tentar mentalizar que aquilo não ia ficar só por aqui, eu podia só conhecer a Justin há 2 dias, mas já me havia apercebido que ele era daqueles rapazes vingativos, que só se alimentam da maldade para com os outros de uma forma gananciosa. Não devia ter reagido daquela forma, mas foi mais forte que eu, de qualquer das formas, eu tinha de me impor, ou daqui para a frente seria pior, o problema é que agora não deveria parar.

Comecei uma guerra, há que a levar até ao fim.

P.O.V. Jasmine Off.

P.O.V. Justin On.

Mas será possível que aquela vagabunda só cá está há 2 dias e já tem assim a confiança da minha mãe na mão dela? Isto vai de mal a pior.

1.º Não me responde, 2.º pensa que pode chegar aqui e falar comigo daquela maneira, só cá estando há 2 dias e 3.º nunca ninguém me pode faltar ao respeito, nem mesmo a minha mãe, apesar de que em parte quem tem de ter respeito por ela sou eu.

Mas aquela gaja não é nada, nem ninguém cá dentro, odeio que me tirem completamente do sério, engraçado é a facilidade que ela o tem para o fazer.

Assim que abri a porta do meu quarto, fechando a mesma com alguma brutalidade pouco depois de entrar, mandei-me para cima da cama, ficando a encarar o teto, com as mãos atrás da cabeça, tentando arranjar um plano para me vingar daquela vadia.

Não fui muito longe com os meus pensamentos, sendo que os mesmos foram interrompidos pelo toque do meu telemóvel. Olhei o mesmo que se encontrava em cima da mesinha de cabeceira com o ecrã a piscar, revirando os olhos com o mau humor com que me encontrava.

- Mas quem é o cabrão que me está a ligar agora? - balbuciei rapidamente irritado, esticando o braço para alcançar o telemóvel. Assim que tive acesso ao mesmo, atendi sem olhar quem era, encostando o telemóvel ao ouvido, a espera que alguém do outro lado dissesse algo.

- Justin? - ouvi uma voz fininha, falar do outro lado da linha, acabando por me fazer sorrir de canto ao perceber de quem se tratava.

- Sim, sou eu, que queres? - respondi-lhe, sentando-me na cama, passando a mão que se encontrava livre pelos cabelos, esperando ouvir algo.

- Oi, eu estou a ligar, porque... bem, porque... - ouvi-a atentamente, revirando os olhos ao perceber que aquilo estava a roubar-me tempo que precisava.

- Vai logo ao assunto sem enrolanços, por favor.
- Aí Justin, que grosso, de certeza que não és assim para as tuas outras amigas. - murmurou, podendo escutar ela bufar do outro lado da linha, o que me fez gargalhar ao perceber a pitada de ciúmes com que ela se encontrava.
- Diz logo o que queres princesa, e não me faças perder tempo. - respondi-lhe querendo não ser muito rude, algo que em mim não calhava bem, o que supôs que esse objetivo correu mal.
- Olha, esquece, adeus.
- Eve, que se passa?

- Eu estava a ligar para saber se estavas a sentir a minha falta, mas pelos visto a única aqui com saudades sou eu. - pude ouvir a sua voz suar do outro lado neste momento sem qualquer entusiasmo, como se tivesse desanimada comigo, o que me fez revirar os olhos por ela saber exatamente o tipo de rapaz que eu era.

- Ok, para mim basta, chegou aqui o limite. Eve entende... - murmurei um pouco grosso, sentando-me na ponta da cama, querendo esclarecer tudo o que tinha acontecido entre nós os dois - Foi só uma noite, uma simples noite que tive contigo, entre muitas outras raparigas, não significou nada e eu pensava que já tinha esclarecido isso. Agora, se sou demasiado tentador para tu e outras me resistirem, a conversa é outra. Formem o clube de fãs ou mandem-me hate, I don't care, simplesmente deixem-me longe desses vossos romances de novelas, porque eu lamento informar mas não entro nelas. Arrivederci. - dito isto, forcei um sorriso mesmo sabendo que ela não o poderia ver, desligando a chamada na cara dela, sem a deixar no mínimo despedir-se. Aquela persistência das mulheres para comigo era demasiado, não tinha cabeça para romances, posso dizer que o único amor que sentira por alguém é o amor que nunca vou puder dar, não se ama alguém de igual forma, e até hoje só uma rapariga conseguiu arrancar de mim o que muitas tentam e falham. Suspirei, passando as mãos pelo meu rosto, com a minha cabeça a mil, aquela minha meia-irmã dá comigo em doido

Teria de arranjar um plano para me vingar, eu não sou rapaz de deixar as coisas a meio, gosto que acabem da melhor forma, isto para mim, para os meus inimigos, a boa forma deles é não se meterem com quem não conhecem realmente.

A menina Jasmine quer guerra? Guerra vai ter. Tudo começa aqui...


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