Seu Nome
Corri pela estrada que levava até a mansão Xavier apenas com uma mochila nas costas e o desespero tomando conta de mim. Eu não sabia a quem recorrer e mesmo depois de tanto tempo, eu tinha quase certeza e esperança de que Charles me ajudasse.
Eu fiz parte da formação original dos X-Men quando o professor decidiu criar uma equipe de mutantes. Eu era considerada uma mutante de nível ômega por causa das minhas habilidades de duplicação de poderes e assim que concordei ser parte da equipe, eu logo me apaixonei por Erik. A princípio sempre fomos muitos unidos e eu tinha Charles como meu irmão, mas estava tão inerte em meus desejos com Erik que o apoiei quando ele decidiu se rebelar. Nunca fiz mal a nenhum dos meus companheiros e acabei me casando com ele, mas de uns tempos para cá ele se tornou cada vez mais distante. Eu precisava deixá-lo ou então não suportaria vê-lo cometendo ainda mais atrocidades. Sem que Erik soubesse, entrei em contato com Charles e expliquei tudo que estava acontecendo. Ele disse que eu poderia vir para o Instituto a hora que eu quisesse e é exatamente isso que eu estou fazendo.
Passei pelo portão da propriedade e caminhei a passos largos pelo gramado verde, sendo iluminada apenas pela luz da lua. Assim que aproximei da porta principal, ela foi aberta, revelando o professor e Hank que me aguardavam.
— Seu Nome! — ele falou, vindo ao meu encontro e me abraçando — Fiquei muito feliz quando o professor disse que estava vindo.
— Eu nunca deveria ter ido, Hank. — retribui seu aperto, me afastando e indo até Charles — Obrigada por me acolher.
— Você sabe que poderia vir quando quisesse. — ele me abraçou um pouco desajeitado.
Assim que nos separamos, pude ver a feição de interrogação do professor, que olhava para mim como se quisesse que eu falasse algo. Eu realmente tinha que contar algumas coisas para ele, porém conhecendo como eu o conheço, eu tinha certeza de que ele já sabia.
— Então esse foi o verdadeiro motivo? — ele perguntou, olhando-me.
— Sim, eu não podia deixar que ele soubesse.
— Do que estão falando? — Hank perguntou, arrumando seus óculos.
— Seu Nome está grávida.
Cinco anos depois
Meus olhos se abriram quando a cama se movimentou, fazendo com que eu olhasse ao redor a procura de quem tinha sido o responsável. Assim que eu encontrei, coloquei as mãos na cintura dele e o puxei para cima, sorrindo quando seu olhar encontrou com o meu.
— Achou mesmo que eu deixaria você me assustar? — perguntei e ele assentiu.
— Você sempre deixa. — ele comentou
— Não dessa vez mocinho. — dei um sorriso, beijando sua bochecha — Onde está sua irmã?
— Ela disse que iria brincar no jardim. — ele sentou-se na cama, passando a mão no rosto — Posso ir com ela?
— Claro que sim querido. — ajeitei os seus fios brancos — Não se esqueça que não pode sair dos arredores do Instituto, que não...
— Não pode conversar com estranhos e que eu não posso usar minha velocidade fora daqui. — ele tirou os olhos — Eu sei disso tudo mãe.
— Eu sei que sabe. — Desci da cama e o coloquei no chão — Você tem 4 anos, mas ainda é meu bebê.
— Por que você não é assim com a Wanda? — ele questionou, fazendo com que eu o olhasse — Acho melhor eu ir brincar.
Antes que eu pudesse responder alguma coisa, ele saiu em disparada para o lado de fora do quarto, deixando que eu ficasse sozinha olhando para o nada. Pietro tinha razão quando dizia que eu era mais cuidadoso com ele do que com a irmã, porém eu sabia que Wanda tinha muito mais do pai do que ele. Eu tinha medo de que ela seguisse os seus instintos do mal e que se rebelasse contra nós, mas eu fazia o possível e o impossível para que isso não acontecesse.
Estava inerte em meus devaneios quando a casa toda começou a tremer e diversos ítens de metal se moveram. Eu sabia que somente uma pessoa poderia fazer isso e se estava acontecendo aqui, é porque ele finalmente havia me encontrado. Comecei a minha corrida pelo corredor, passando pela sala de estar e saindo para os fundos no jardim. Assim que coloquei os meus pés do lado de fora, eu o vi próximo aos nossos filhos. Erik estava fascinado com as crianças que mal notara a minha presença e muito menos se esquivou quando eu reproduzi os seus poderes e o prendi em um tronco de árvore com as hastes do portão. Corri até as crianças e o coloquei atrás de mim, pedindo para que eu ficasse calma mentalmente.
— Depois de tanto tempo, achei que seria recepcionado melhor. — ele comentou, olhando-me.
— Não desta vez, Erik. — respirei fundo, me virando para as crianças. — Pietro, quero que você leve sua irmã para dentro e que aperte aquele botão que a mamãe mostrou para você. — suas mãos tremiam e eu sabia que ele estava com medo — Filha, não saia do lado de seu irmão, tudo bem?
— Mãe, eu quero ficar com você. — ela disse e eu a abracei.
— Eu sei meu amor, mas quando a mamãe acabar aqui, a gente irá ficar juntas. — dei um beijo na testa de cada um — Vá Pietro.
Ele desapareceu de repente e eu me virei para trás, vendo Erik nos encarando com curiosidade. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele puxou-me em sua direção, colando nossos corpos e me prendendo na sua frente com as mesmas barras de metal.
— Por que não me disse que estava grávida? — ele perguntou, forçando com que eu o olhasse diretamente nos olhos.
— Eu não queria que você os machucassem. — falei baixo, sentindo meu coração muito acelerado.
— Eu não sou um monstro, Seu Nome. — sua voz saiu como fio e eu pude perceber que ele havia ficado chateado com a minha revelação — Nunca faria mal a nenhum dos meus filhos.
— Eles merecem ficar fora de toda essa merda Erik. — tentei me desvencilhar, mas o metal me apertava ainda mais contra seu corpo — Se mantê-los longe de você iria ajudar com que isso acontecesse, eu não pensei duas vezes em fugir.
Ele ficou em silêncio, apenas me olhando como ele fazia antigamente assim que nos conhecemos. Ele inclinou-se para frente e me beijou, passando suas mãos livres pela minha cintura. A princípio eu fiquei imóvel, querendo demonstrar que ele não me afetava mais, porém eu e ele sabíamos que isso era mentira e quando ele mordiscou o meu lábio inferior, eu cedi. O metal ao nosso redor foi sedendo apenas para que eu conseguisse passar meus braços ao redor do seu pescoço, puxando-o para o mais perto possível de mim. Nossas línguas brincavam entre si em um ritmo lento, fazendo-me arfar a cada investida que ele dava quando tocava minha pele. Nós nos separamos pela falta de ar e foi possível ver como ele estava mexido com a minha presença.
— Volte para casa comigo. — pediu, acariciando minha bochecha — Eu percebi que você era muito mais importante do que ideia de dominar o mundo. — colou sua testa na minha — E agora nós temos eles e dessa vez eu quero fazer diferente.
— Você promete que vai abandonar todo esse plano maligno se nós formos com você?
— Eu prometo.
Finalizeeeeeei!!
Eu realmente espero que vocês tenham gostado da maratona, procurei escolher personagens que eu faço bem pouco ou quase nunca.
Se você gostou, não se esqueça da estrelinha e do comentário.
Um beijo e até a próxima!
❤