Série Guerreira - Livro 1 - A...

By GabrielaMaria2907

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No interior de Taurdin, a floresta densa e silenciosa no Reino de Armendor, Aria, uma jovem garota, aprimorav... More

Capítulo 1 - A caçada
Capítulo 2 - Duas esmeraldas observam a caçadora
Capítulo 3 - Ferreiros, livros e fontes
Capítulo 4 - Thoronbar
Capítulo 5 - O presente
Capítulo 6 - O pomar
Capítulo 7 - Uma conversa muito séria
Capítulo 8 - O casamento
Capítulo 9 - A cachoeira
Capítulo 10 - Preocupações
Capítulo 11 - Hinaran
Capítulo 12 - Mentiras
Capítulo 14 - Preparando-se para a guerra
Capítulo 15 - Armadilha
Capítulo 16 - Perdão
Capítulo 17 - Antepassados
Capítulo 18 - Noivo
Capítulo 19 - Fuga
Capítulo 20 - Batalha
Capítulo 21 - Memória
Agradecimentos
Curiosidades sobre o livro Armendor
Prêmios

Capítulo 13 - Conselho

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By GabrielaMaria2907

– Aria! – exclamou tia Célia. – Que bom que chegou. Temos notícias de Anne, ela já está voltando das núpcias.

Aria já estava em casa e nem percebera, levou Ganis ao celeiro e nem se dera conta disso.

– Que boa notícia, tia Célia! – disse Aria fazendo esforço para não chorar de novo. – Preciso falar com ela. A senhora sabe que dia ela vem aqui?

– Não sei! – disse tia Célia. – Mas pode ter certeza que eu lhe aviso.

– Tudo bem! – disse Aria. – Agora eu vou para o quarto deitar, estou com dor de cabeça.

Aquilo não era verdade, só queria ficar sozinha, e se fingisse estar com dor, tia Célia não iria incomodá-la. Pelo menos tivera uma boa notícia. Anne estaria de volta em poucos dias e Aria precisava falar com a prima. Não existia ninguém melhor que Anne para dar conselhos.

Conselhos... Era o que Aria mais precisava nesse momento. Mais do que isso, alguém precisava saber de tudo. Anne não iria brigar com Aria, não iria magoá-la, iria oferecer o ombro para Aria chorar, iria falar que isso passaria. Era disso que Aria precisava.

Aria apenas saía de casa para caçar desde o dia em que falara com Tumen em Thoronbar. Depois que voltava da caçada, não saía para mais nada. Ficava ajudando tia Célia ou ficava no quarto polindo sua espada ou ajustando seu arco.

Os dias foram passando, e nada de Anne chegar. Aria já não aguentava mais esperar. Começou a ficar impaciente. Passou a ficar mais tempo no celeiro do que dentro de casa. Lá ao menos tinha Águia e Ganis. Até os animais percebiam como a garota estava mal, distante, pensando no que fizera.

Cinco dias depois Anne voltou. Aria estava no celeiro quando ela foi visitá-los. Ela saiu correndo quando escutou o grito de tia Célia.

– Anne, minha filha querida! – gritou tia Célia.

– Mamãe, que bom ver você! – disse Anne abraçando-a. – Estava com tanta saudade.

– Como foi a viagem? – perguntou tio Palomir, abraçando Anne também.

– Foi maravilhosa, pai – respondeu Anne.

– Anne! – disse Aria parada na porta. – Que bom que veio!

Aria não pensou duas vezes e correu para abraçar Anne. Foi um alívio sentir as mãos dela afagando sua cabeça como uma irmã mais velha. Aria precisou segurar para não chorar ali mesmo.

– Minha nossa, Aria – exclamou Anne. – Isso tudo é saudade?

– Sim – respondeu Aria. – E alívio também. Preciso contar tanta coisa.

– Eu também – disse Anne. – Vamos sentar para eu poder lhes contar.

Anne contou tudo sobre a viagem que fizera com Julian. Ela estava tão feliz. Agora Anne moraria com Julian na Cidade das Árvores. Ficaria mais fácil para ela vir visitar seus pais. Aria estava aliviada, a prima estava ali e ela poderia desabafar. Esperou pacientemente Anne matar a saudade de seus pais. Ela sabia que a prima logo iria chamá-la para conversar a sós, então não se importou que seus tios ficassem estimando a filha.

– Nossa! – exclamou Anne. – Estou com tanta saudade dessa casa. Aria venha comigo até o meu antigo quarto, quero ver se você não o transformou em uma oficina de ferreiro.

Aria levantou-se rindo. Havia tempo que ela não ria. Seguiu Anne até o quarto, quando entraram Aria fechou a porta. Anne sentou em sua antiga cama e esperou Aria ir se sentar também. Quando elas se acomodaram, Anne perguntou.

– Diga-me o que aconteceu?

– Como sabe que aconteceu alguma coisa? – perguntou Aria surpresa.

– Aria – respondeu Anne –, está nos seus olhos. Você está triste, muito triste. Nem sei como minha mãe não percebeu. Agora fale o que houve entre você e o "cavaleiro" com quem anda se encontrando.

Aria quase engasgou quando escutou aquilo. Como Anne sabia? Ninguém sabia. Mas agora ela não podia mentir, Anne conhecia cada gesto de Aria.

– Como você sabe que eu estava me encontrando com alguém? – perguntou Aria.

– Eu já tive sua idade! – disse Anne. – E, aliás, não é comum ficar murmurando a noite que o cavaleiro está chegando à cidade. Além disso, você voltava para casa cada dia mais feliz.

– Talvez eu seja muito previsível – respondeu Aria.

– Você é nem um pouco previsível – respondeu Anne. – Por isso eu descobri. Seus olhos, seus sorrisos falam por você. E eles não mentem. Mas, agora, conte o que aconteceu entre vocês dois?

– Ele mentiu para mim – disse Aria triste. – Ele não era quem eu pensava que era. Mas ele preferiu esconder de mim a me contar a verdade.

– Veja bem – começou Anne –, não quero saber quem ele é ou qual é o nome dele. Mas preciso saber se ele é um bom rapaz, se tem uma boa família.

– Talvez ele tenha uma ótima família – respondeu Aria.

– Você conhece a família dele? – perguntou Anne.

– Não – apressou-se Aria –, não pessoalmente. Mas ele é uma boa pessoa, nunca quis o meu mal. Ele foi um ótimo amigo.

– Ele é um cavaleiro de verdade? – perguntou Anne.

– Ele é mais que um cavaleiro qualquer – respondeu Aria. – Ele comanda um exército inteiro.

Aria percebeu que estava dizendo a mesma coisa que Tumen dissera a ela. Não era mentira, ela pensou, mas também não era a verdade completa.

– Quantos anos ele tem? – perguntou Anne.

– Dezesseis – respondeu Aria.

– E ele já comanda um exército inteiro? – perguntou Anne desconfiada. – Aria, você está mentindo para mim?

– Não, Anne – disse Aria. – É verdade. Eu sei que parece estranho, mas é verdade.

– Tudo bem – disse Anne. – Eu acredito em você, mas vocês brigaram por causa de uma mentira?

– Não – respondeu Aria, desanimando. – Na verdade, eu briguei com ele. Ele mentiu para ficar perto de mim, e eu o magoei por causa disso tudo.

Aria abaixou a cabeça e sentiu uma lágrima cair em seu colo. Anne sentou ao lado dela e a abraçou.

– Anne – disse Aria, entre soluços –, eu o fiz chorar. Ele chorou quando eu disse que não o perdoaria pelo o que ele fez.

– Ele estava chorando? – perguntou Anne, afagando os cabelos de Aria. – O que ele disse enquanto estavam conversando?

– Ele disse que me amava – respondeu Aria –, por isso havia mentido. Ele também pediu perdão várias vezes. E a minha resposta foi sempre não. Antes de eu ir embora, eu disse que não tinha sentimentos por ele.

Anne afastou de leve a cabeça de Aria do seu ombro, olhou nos olhos da prima.

– Aria, vou lhe fazer uma única pergunta, e você vai me responder do fundo do seu coração. Você ama esse rapaz?

– Sim – respondeu Aria. – Apesar de ter dito aquilo a ele, eu o amo.

– E o que você pretende fazer? – perguntou Anne.

– Nada – respondeu Aria. – Agora já é tarde. Ele está indo para uma guerra. E tenho certeza que depois do que eu disse, ele nunca mais vai querer me ver.

– O único conselho que eu posso lhe dar é para ir atrás dele antes que outra faça isso – disse Anne. – Ou esperar.

– Esperar? – perguntou Aria confusa.

– Sim – disse Anne –, esperar. Se ele ama você de verdade, ele virá atrás de você. Tenho certeza. Eu e Julian já brigamos várias vezes antes de nos casarmos. E ele sempre me procurou para pedir perdão, quando a culpa era dele, é claro.

– Talvez tenha razão – disse Aria. – Eu vou esperar. Obrigada, Anne.

– Conte sempre comigo – disse Anne.

Conversaram o resto do dia sobre tudo. Aria estava melhor, mais aliviada e Anne estava feliz por ter ajudado a prima. Quando a noite chegou, Julian foi buscar Anne para levá-la para sua nova casa. Naquela noite Aria voltou a dormir em paz. Ia seguir o conselho da prima. Esperar... Não era tão difícil fazer isso.

Temos uma crise no relacionamento desses dois jovens.

Como será que eles vão resolver esse mal entendido.

Quero ver muitos comentários e votos!!!

Até o próximo capítulo.

o/

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