✓ Fix You¹ • Bucky Barnes

By sarahverso

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𝑭𝑰𝑿 𝒀𝑶𝑼. 𝐃𝐔𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 '𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒' ● 𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐔𝐌 ⸻ Após dois anos no Missouri, aproveitando... More

fix you
galeria + playlist
epígrafe
prólogo
parte um
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
flashback: o começo
parte dois
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21
22
23.1
23.2
flashback: a hydra
parte três
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26
27.1
27.2
28
29
flashback: fazenda barton
parte quatro
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flashback: james
parte cinco
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epílogo
agradecimentos
extra #1: a festa
extra #2: melhores amigos
extra #3: o porquinho
extra #4: preparativos
samtasha #1
samtasha #2
dear amelia - especial de 100K
SEGUNDA TEMPORADA

17

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By sarahverso

O vento frio da noite entrava pela janela aberta e fazia os papéis sobre a mesa voarem para todos os lados. A sala estava em um completo silêncio em meio a escuridão, podendo ser possível ver apenas as sombras dos móveis da enfermaria.

Um lençol fino e branco cobria o corpo gelado e imóvel da menina, diversos fios ainda ligados no seu corpo. A pele arroxeada e os lábios secos e brancos, os cabelos que um dia foram de um tom vermelho forte e brilhante, já não eram mais os mesmos.

Ninguém diria que aquela sobre a maca era Amelia Griffins, não se parecia nem um pouco com ela.

A luz sobre a maca começou a piscar e em algum lugar da mansão uma televisão se ligou em um canal de notícias. A força do vento fez com que uma luminária que estava sobre uma estante caísse contra o chão de mármore.

"Não... Não!"

A porta da enfermaria bateu com violência, trincando o seu vidro. A máquina de batimentos cardíacos — que estava no mudo — ecoou um som alto e estridente pela sala, sua tela ligando e desligando até ficar completamente preta e muda.

"O-o que vai ser d-de mim sem ela?"

O vento gelado bateu contra o rosto pálido de Amelia, soprando seus cabelos para todos os lados. O dedo indicador se mexeu bem lentamente e na ponta do mesmo o tom avermelhado se prevalecia.

"Respira fundo..."

"Ela não vai voltar. A minha menina"

As vozes ecoavam e faziam com que todo o corpo da menina se arrepiasse. O tom arroxeado de sua pele aos poucos foi sumindo, trazendo de volta o tom natural de sua pele e levando embora todos os hematomas e cicatrizando as feridas.

As pálpebras se moviam em desespero, ao mesmo tempo em que aura vermelha tomava conta de toda a enfermaria, sacudindo as estantes e armários e trincando janelas e portas.

"Não vai ter sido em vão! Eles vão pagar por tudo!"

De repente, a aura vermelha desapareceu e toda a bagunça se cessou. O silêncio se prevaleceu novamente e a luz amarelada se acendeu de vez.

Em um ímpeto, os olhos de Amelia Griffins se abriram e encararam o teto fixamente.

A ruiva abriu os lábios secos e respirou fundo, puxando o máximo de ar para seus pulmões e se engasgando em meio ao processo. Ela se sentou na maca e levou as mãos ao peito, olhando ao redor confusa. O que havia acontecido?

Ao recuperar o fôlego, ela virou-se de lado, sentindo as pernas fracas e a cabeça girar. Com brutalidade ela arrancou os fios de seu corpo, e foi quando viu a cicatriz enorme na parte superior de seu seio esquerdo. Com a ponta dos dedos ela dedilhou o local e fechou os olhos com força.

Com os olhos fechados ela pode sentir uma dor avassaladora tomar conta de si. A angústia, desespero e medo. Ela arregalou os olhos e engoliu seco. Lentamente ela desceu da maca, ajeitando a camisola hospitalar em seu corpo e ajeitando o cabelo atrás da orelha.

Amy não sabia o que estava acontecendo, não entendia o que estava fazendo na enfermaria.

Pode ouvir o som de choro ecoar em sua mente. O choro de Clint. Com passos lentos e arrastados ela saiu da enfermaria, seguindo para o corredor central dos alojamentos e notando a destruição pelo caminho e as luzes oscilando sobre a sua cabeça.

Atrás de Amy, a aura avermelhada a seguia de perto, deixando um rastro de destruição no piso. Os olhos curiosos e confusos de Amelia observaram cada detalhe de seu caminho e ao chegar no fim do corredor, foi abraçada pelo vento gelado e cortante da noite que vinha do teto aberto.

A menina tombou a cabeça para o lado e examinou a sala de estar, tendo pequenas lembranças do que havia acontecido ali. Ela deu dois passos pra frente e encarou a televisão quebrada que passava as notícias da noite. Estranho, ela pensou com as sobrancelhas franzidas.

A aura flutuava pela sala de estar, aquecendo o local gelado e dançando graciosa por entre os escombros, iluminando o caminho por onde passava com o seu vermelho forte e bonito.

Amelia então viu seus amigos espalhados pela sala em um completo silêncio. Natasha e Sam se abraçavam em um canto. Steve e Tony estavam sentados lado a lado no sofá empoeirado. Bruce estava encostado contra uma parede, encarando as mãos. E Clint e Bucky estavam ajoelhados ao chão, escondido em meio a um abraço doloroso.

Todos pareciam estar devastados. E ela sentiu seu peito doer ao ver seus amigos naquele estado, não sabendo o que havia acontecido para os deixarem daquele jeito.

Bucky foi o primeiro a notar o brilho avermelhado reluzindo no metal de seu braço, seus olhos azuis inchados se arregalaram levemente e o coração disparou em seu peito. A aura deslizou para perto dele e tocou suas bochechas, fazendo sua pele esquentar pelo contato quente das ondas avermelhadas e se arrepiar pelo que estava acontecendo.

— Amy... — sussurrou contra os ombros de Clinton, vendo a aura circular as pernas de Nat e Sam e serpentear pela sala em um movimento lento. Era só sua mente lhe pregando peças. Certo?

A menina sentiu os pelos de sua nuca se arrepiarem ao escutar o sussurro de Bucky ecoando em sua mente, sentindo o calor do corpo dele formigando em seus dedos. Ela podia sentir a angústia e a dor que ele sentia. Que todos eles sentiam.

Levando as mãos ao peito e sentindo as pernas fraquejarem, ela se apoiou a parede, a aura a mantendo de pé e a dando forças para não ir de encontro ao chão.

— O-O que h-houve? — falou com a voz rouca, sentindo a garganta queimar pelo esforço e os olhos lacrimejarem.

Em câmera lenta os sete vingadores viraram as cabeças em direção ao corredor dos alojamentos. Não acreditando no que estava diante de seus olhos arregalados. Era uma alucinação coletiva? O luto era tanto que estavam vendo coisas? Era isso?

— Parece que vocês viram um fantasma! — Sua voz saiu fraca e falhada, mas não deixou de sorrir no final de sua frase. Ela viu Clint soltar-se dos braços de Bucky e erguer-se em um pulo, caminhando até ela e parando em sua frente.

— Amy? — questionou incrédulo com o que seus olhos viam, os olhos vermelhos dela piscando com preguiça para ele.

— Pai? — riu baixo e a sala inteira suspirou. A menina sentiu Clint a puxar para um abraço apertado e escutou o choro de Natasha e Sam.

Mesmo sem entender o que estava acontecendo, ela abraçou seu pai de volta, afundando o rosto no peito dele e fechando os olhos com força.

— Você está aqui... — murmurou contra os cabelos ruivos, deslizando as mãos pelas costas dela com carinho e sentindo o calor exagerado do corpo dela. — Minha menina!

Enquanto abraçava Clint, ela observou seus amigos. Estavam felizes. Aliviados. Deveria ter acontecido algo horrível para todos estarem agindo daquela forma. Com certeza algo relacionado com toda a destruição da casa, mas o que?

A única coisa que ela lembrava era de ver os girassóis ao chão da cozinha e Yo-Yo Ma ecoando em sua mente repetidas vezes. Podia ter o vislumbre de vidros estilhaçados, de arcos e flechas voando pelos ares e Hulk grunhindo. Era isso que havia acontecido?

Seus olhos caíram sobre Bucky, que ainda estava ajoelhado ao chão, a olhando incrédulo e com os lábios abertos. Não poderia ser real. Não conseguia acreditar que Amelia estava viva e bem.

"Eu estou bem" Ela pensou olhando para os olhos tristes dele, queria poder tirar toda a dor que ele sentia e colocar em si.

Bucky arregalou os olhos ao ouvir a voz dela soando em seus ouvidos. O que era aquilo? Ele sacudiu a cabeça com força e puxou os cabelos para trás, ficando de pé e dando um passo para frente em direção a Amy e Clint.

— O que aconteceu? — Sua voz estava fraca e lentamente empurrou Clint. Eles a encaravam confusos, não entendendo o motivo da pergunta dela.

Tony aproximou-se da menina e tocou os ombros dela com cuidado, sentindo a mão queimar ao tocar a pele dela. Amelia olhou ao redor e então viu a poça seca no corredor da sala. Com passos arrastados ela caminhou até lá, caindo de joelhos e tocando o chão com a ponta dos dedos.

Fechando os olhos com força e sentindo tudo girar ao seu redor, ela teve flashes de cada momento daquela noite. A noite em que havia morrido. A noite em que a Hydra havia atacado a mansão dos Vingadores em busca dela.

Zemo... — murmurou fechando as mãos em punho e sentindo o peito latejar. Ela levou os dedos até a cicatriz em seu seio e mordeu o interior da bochecha.

— A gente pensou que você tivesse morrido! — Sam disse quebrando o silêncio e vendo Amelia sentar-se ao lado da poça, os olhos vermelhos observando-o com atenção. — Você não acordava...

— Tinha um funeral marcado para amanhã... — Tony falou com a voz baixa e com um tom brincalhão. Amelia prendeu os lábios entre os dentes e negou com a cabeça sem acreditar.

Um funeral.

Um funeral para ela que havia morrido. Eles iriam a enterrar amanhã.

A aura voltou a circular pela sala e desta vez todos eles notaram, encolhendo-se levemente em seus lugares e observando Amelia com cautela.

— Eu... Eu sabia que você ia acordar... — Bucky murmurou, sentindo a aura tocar sua pele com delicadeza e jogar seus cabelos para trás. Ela sabia. Conseguia se recordar da voz suplicante dele e os toques trêmulos em sua pele gelada.

— Nós tentamos de tudo e você não dava sinal... — Bruce explicou para Amy, que concordou com a cabeça lentamente.

— Quanto tempo? — questionou após alguns minutos refletindo a sua até então morte. — Quanto tempo eu fiquei morta?

— Dois dias! — falou Clint cruzando os braços em frente ao peito e abaixando a cabeça. — Foram dois dias, Amy.

— Que? — Ela arregalou os olhos e ergueu-se do chão. Dois dias? Não conseguia se lembrar de nenhum experimento em que havia ficado tanto tempo desacordada. Dois dias era muito tempo.

Se não fosse sua vontade de viver e voltar para Clint e Bucky, ela estaria morta naquele momento e seu corpo seria velado no dia seguinte. Ela sentiu a cabeça latejar e seu corpo tombar para o lado, sentiu Clint a segurar pelo cotovelo e puxar seus cabelos para o lado.

— Acho melhor a gente deixar esse assunto para amanhã. — Natasha disse enxugando o rosto úmido na blusa e caminhando até Amy. — Você precisa descansar.

— Eu não quer–

— Você precisa! — Natasha disse com a voz firme. Ela estava fraca e cansada. Precisava recuperar suas forças e assim todos poderiam sentar e conversar sobre tudo que havia acontecido.

Amy revirou os olhos e sentiu Clint a puxar para o corredor dos alojamentos. Atrás deles Bucky seguia com passos incertos, os olhos presos nos fios ruivos e bagunçados dela. Precisava tanto a tocar, ter certeza de que ela estava ali mesmo e de que não era mais um sonho.

Ao chegarem ao quarto da menina, Bucky aguardou do lado de fora, observando Amy e Clint conversarem e se abraçarem. O mais velho chorava contra os cabelos da filha, murmurando agradecimentos e frases desconexas. A garota apenas retribuía o abraço, confortando o homem com tudo que tinha em si. Afinal, ela era a causadora da dor de todos eles, certo?

Ainda estava confusa com tudo que lhe foi dito, suas memórias estavam uma bagunça e as vozes em sua cabeça não se calavam.

Sentia os olhos azuis dele queimando em seu rosto, com curiosidade e surpresa. E tudo que ela queria era segura-lo em seus braços e dizer que tudo iria ficar bem.

— Não fique até muito tarde acordada... — Clint comentou após se afastar do abraço, seus olhos indo de Amy e Bucky. — Você está muito cansada.

— Não quero dormir!

— Amy! — falou com a voz firme, sentindo o coração aquecer por estar tendo a oportunidade de a ter por perto novamente. O alívio que sentiu ao ver ela no corredor, o peso que saiu de seus ombros. E no fim do dia, Laura e seus filhos não teriam que se preocupar com a falta da irmã e filha. Ela estava ali. Viva e saudável.

Clint deu um beijo demorado na testa de Amelia, os dedos longos deslizando pelo cabelo amassado dela. Não queria ir embora, não queria a deixar sozinha nunca mais. Porém, a garota bocejou e ele decidiu que precisava a deixar por aquele momento. Bucky também necessitava do seu momento com a ruiva e ele respeitava aquilo.

Antes de sair do quarto, ele trocou um sorriso significativo com Bucky, que concordou com a cabeça diversas vezes com lágrimas presas no canto dos olhos. Ela estava de volta. Os dois se abraçaram brevemente, sendo observados pela mais nova que franziu o cenho confusa com a aproximação repentina dos dois homens de sua vida.

O que eu perdi? Ela pensou com um sorriso sincero nos lábios avermelhados. Bucky franziu as sobrancelhas espantado em direção a menina e viu Clint soltar-se do abraço, dando dois tapinhas em seu ombro e sumindo na escuridão do corredor.

Amelia colocou o cabelo atrás da orelha e encarou Bucky, o vendo fechar a porta atrás de si e suspirar com as mãos espalmadas na madeira branca. A menina caminhou lentamente até ele, deslizando as mãos pequenas pelas costas dele.

O corpo de Bucky tremeu ao sentir o toque dela, a pele arrepiando-se. Seu coração batia disparado no peito, a testa encostada na porta e as lágrimas escorrendo lentamente pelo seu rosto.

— Eu estou aqui... — sussurrou Amy, abraçando a cintura dele com os braços e apoiando a cabeça nas costas largas. Bucky soluçou alto e com a mão normal, segurou a mão fria dela, apertando levemente e levando aos lábios.

Ele chorava alto, o corpo tremia nos braços da menina, que tinha os olhos embaçados por conta das lágrimas e o coração apertado. Doía saber que ele estava daquele jeito por culpa dela.

— Eu... Eu achei que t-tinha te perdido... — balbuciou em meio aos soluços, sentindo Amelia apertar os braços em sua cintura e beijar suas costas.

— Shh... — Ela murmurou virando o corpo dele e encarando os olhos azuis, suas mãos agora tocavam o rosto dele. — Está tudo bem agora, meu amor.

Bucky mordeu o lábio e dedilhou o rosto dela com a ponta dos dedos de metal. Era real. Ela o puxou para mais um abraço e o homem enfiou o rosto no pescoço dela, sentindo o cheiro natural de Amelia e embrenhando os dedos nos cabelos dela.

— Achei que nunca mais iria te segurar nos meu braços... — falou com a voz abafada, apertando ela contra seu corpo e encharcando o ombro dela com suas lágrimas. — Doll... E-Eu não ia saber o que fazer sem você...

— James... — Amelia disse em um suspiro, afastando-se lentamente dele e ficando na ponta dos pés. Bucky colou suas testas e deslizou o nariz no dela, escutando a risada gostosa dela ao tocar o ponto em sua cintura em que sentia cócegas.

— Você está aqui! — murmurou tirando o corpo de Amy do chão e rodopiando no lugar, sentindo ela abraçar seu pescoço e beijar seu ombro de metal. — Minha doll...

O homem parou de rodopiar e encarou os olhos dela, sorrindo abertamente e sentindo seu coração recuperar as batidas e a felicidade tomar conta da angústia em seu peito. Amelia tombou a cabeça para o lado e limpou as lágrimas do rosto dele com as palmas da mão.

E sorrindo para o homem que amava, ela lentamente se aproximou, brincando com os fios do cabelo dele e selou seus lábios em um beijo demorado e cheio de sentimentos.

Bucky sentia que iria explodir, que estava flutuando. Ele sempre soube que ela iria acordar. Mesmo quando sua esperança estava por um triz, ele continuou tendo aquela pontinha de certeza. Amelia era uma garota forte e não seria uma bala em seu peito que a derrubaria. Não depois de todo o sofrimento que havia passado.

Ela havia voltado para ele. Para os seus braços.

— Eu não iria te deixar... — Ela sussurrou contra os lábios dele, que ergueu as sobrancelhas.

— Você...? — questionou tomando a cabeça e a colocando no chão.

— Não sei como isso aconteceu! — Ela comentou gesticulando com as mãos e sentando-se na cama. — Eu venho ouvindo vozes e é uma loucura...

— Desde quando?

— Desde aquele dia — mencionou o fatídico dia em que a Hydra os atacou, di este que Bucky ainda preferia não lembrar.

— Você então lê pensamentos? — questionou sentando-se ao lado dela e erguendo uma sobrancelha.

— Acredito que seja isso! Só pode ser — comentou pensativa. Bucky molhou os lábios com a ponta da língua e desviou o olhar para o chão.

— No que estou pensando agora? — Voltou a olhar para Amy, que revirou os olhos e riu baixo. Como ele sentiu falta dela!

— Você está pensando em mim, em como sentiu falta do meu sorriso e quer me beijar. — Ela pontuou cruzando os braços em frente aos olhos e vendo Bucky abrir os lábios levemente. — Estou certa?

O homem engoliu seco e riu, a puxando para seu colo e abraçando por trás. Ele apoiou o queixo sobre o ombro dela e abraçou a cintura de Amélia, suspirando com os olhos fechados.

Sentia-se completo novamente. Ainda era surreal a ter ali novamente depois de tudo o que aconteceu. Porém, Bucky estava feliz. Muito feliz. Não iria soltar Amelia nunca mais. Ninguém iria a tirar de si novamente.

— No que você está pensando? — Ele questionou para Amy, que resmungou baixinho e encarava a porta do guarda roupa com atenção.

— Muitas coisas! — disse sem emoção, podia sentir o sangue esquentar e a ponta dos dedos ficarem avermelhadas. E logo a aura refletia e serpenteava pelo quarto, Bucky abriu os olhos e brincou com os dedos dela. — Eu vou acabar com a Hydra.

— Quê?

Bucky ponderou se ela havia escutado seu pensamento de mais cedo, onde ele havia deixado explícito o seu desejo em destruir Zemo. Amy remexeu-se se no colo dele e jogou os cabelos para o lado, segurando a mão de Bucky e observando a aura flutuando em seu quarto.

— Eu vou fazer ele pagar por cada dor que me fez passar, James! — prometeu com os olhos ficando vermelhos e a voz fria. Bucky sentiu o corpo arrepiar pela forma que ela havia dito.

— Doll...

— Ele vai se arrepender de ter cruzado meu caminho, de ter mexido com minha família! — sorriu maldosa. O chão estremeceu sobre seus pés, os móveis se movendo levemente e o vento gelado irrompendo pela janela.

Bucky engoliu seco e beijou as costas dela com delicadeza, o chão parou de tremer e a aura diminuiu devagar até desaparecer por completo. Amelia sentia os dedos dele deslizarem pelo dorso de sua mão, em uma tentativa de a acalmar do jeito que só ele sabia.

Eu vou destruir o Zemo — anunciou por fim, sentindo o homem a puxar com delicadeza para a cama e deitar ao seu lado. Bucky beijou cada pedaço do rosto dela e sorriu, vendo os olhos castanhos de volta e a pele dela arrepiar pelo seu toque.

O homem beijou os lábios dela rapidamente e a puxou para seu peito, deslizando os dedos pelo cabelo longo e fazendo um cafuné gostoso. A garota bocejou e apertou o corpo contra o de James, que sorriu abertamente e deixou uma solitária lágrima escorrer por seu rosto.

O resto da noite se seguiu com Amelia dormindo em paz nos braços do homem, que não pregou os olhos bem por um minuto sequer. Admirando a mulher adormecida e agradecendo por ter tido suas preces ouvidas, por a ter de volta em seus braços. Em sua vida.

❄️

Nota da autora: Oi, oi... Olha só quem está de volta, nossa queridíssima Amy! Pra quem achou que ela tinha morrido mesmo, desculpa pelo sofrimento pessoal. Esse capítulo é apenas um amor e mais uma vez me deixou com o coração apertadinho. E Amelia acordou com sangue nos olhos...

Me contem o que acharam desse capitulo, podem me xingar que eu deixo hahaha E o que acham que pode acontecer futuramente???? Quero teorias!!!!!

Mais uma vez queria agradecer a todos que estão lendo Fix You! 😭❤️

Temos um GRUPO NO WHATSAPP agora! Eu vou compartilhar muitas coisas legais (spoilers) sobre a história por lá, além de papear com vocês. Quem quiser entrar, tem um link direto no meu perfil, só clicar lá que você já vai ser redirecionado para o grupo do amor. ♥️

Até o próximo capítulo!

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