O Último Dia

By Batatynha03

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Elizabeth Mitchell é uma jovem escritora que está voltando para sua cidade natal depois de um longo tempo na... More

AVISOS E ELENCO
prólogo
(0.1) ㅡ O pior está por vir.

(0.2) ㅡ De volta para casa

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By Batatynha03

      O orgulho sempre está ao meu lado. O que acontece quando você deixa de fazer algo por puro orgulho?  Bom, a minha resposta para essa pergunta é bem simples: você se arrepende. No meu caso, eu realmente me arrependo de não fazer algo que eu queria tanto, por conta do famoso 'egoísmo' e 'orgulho'.

     Era para eu ter ido para Fernandópolis na semana passada, mas eu — Elizabeth, resolvi ficar remoendo o fato de eu ser a "filhinha ruim" e chorando por uns três dias. 

    Tomei vergonha na cara e decidi pedir minhas férias imediatamente para poder ir até a casa dos meus pais e também rever meu namorado — o Aron. Ele estava diferente comigo, não me tratava mais como sua namorada e muito menos me ligava quando eu estava livre (como ele fazia a duas semanas atrás).

    Sigo em direção a cafeteria e pego a estrada novamente para ir ao trabalho. Chegando, encontro minha colega, a Marina.

— Bom dia, Mari. Como está se sentindo hoje? — entrego seu café do dia.

— Bom dia Beth, estou bem, obrigada pelo café. Ahn, você já se decidiu se vai de uma vez para Fernandópolis?

— Então amiga, depois de alguns dias remoendo, irei sim. Vou tentar pedir férias hoje — dou um leve sorriso de esperança.

— Boa sorte! — ela sorri também — E o seu namorado, o Aron? Ele vem te respondendo?

— Não. Já tentei ligar, mandar mensagem e nada. Até desisti, esse menino está aprontando alguma coisa...

— Liza, não fique assim... deve ter acontecido alguma coisa, você ainda não sabe.

    A realidade é que a Marina tem a absoluta razão, eu não posso simplesmente sair julgando o Aron por conta de não me responder. Ele pode estar ocupado, com muitas tarefas para realizar ou até mesmo doente/cansado demais para conseguir me responder. Bom, pelo menos era o que queria acreditar que fosse.

    Assim que acabou meu horário de serviço no período da manhã, decido ir até a sala do meu chefe e conversar com ele sobre as férias. Sinto-me um pouco nervosa e com um pouco de ansiedade.

— Entra Elizabeth, o que devo a honra?

— Olá senhor Roney, estava querendo conversar sobre as minhas férias. Estou precisando ir visitar meus pais, sei que nunca pedi isso ao senhor, mas eu realmente preciso ir até a minha cidade...

— Bom, vendo como você vem se comportando ultimamente, vou te dar uma trégua e adiar suas férias. Você é uma excelente profissional, Elizabeth.

— Muito obrigada, senhor Roney. — Abro um grande sorriso.

— Você pode tirar o dia de folga e já considerar como férias para pode se organizar e arrumar as malas. Tenha um bom dia, até daqui um mês. — ele aperta minha mão e me acompanha até a porta.

— Tchau senhor Roney, obrigada novamente.

     Saio de sua sala e ando até meu escritório para pegar algumas coisas que serão úteis para a minha viagem. Marina me olha, um pouco duvidosa, querendo me perguntar alguma coisa.

— O que foi Mari?

— Como foi com o senhor Roney?

— Ele aceitou e me deu o resto do dia para organizar as malas... — Marina bate palmas e me dá um abraço de alegria pelo ocorrido.

     Termino de pegar minhas coisas, dou um beijo de despedida nela e peço um automóvel por aplicativo.

     Antes de eu ir embora, passei na cafeteria Madame's e encontrei Ariane — era ela mesmo que eu precisava. Sento em uma das cadeiras disponíveis da bancada e espero-a terminar de atender um cliente. Observo o cardápio do almoço e decido que vou comer um salgado de queijo com tomate, aviso-a o que eu havia escolhido e a mesma já manda para o preparo.

    Depois de alguns minutos, meu lanche já estava pronto. Enquanto minha amiga terminava de atender mais alguns clientes, foquei no meu livro e terminei de comer.

— Oi amiga, agora acho que estou um pouco livre — diz Ariane, dando uma leve risada.

— Oi Ari, vim aqui para te contar uma coisa.

— O que foi? O que aprontou dessa vez, Beth?

— Ei, relaxa. Eu pedi férias e vou viajar amanhã de manhã para Fernandópolis, "tcharam".

— Finalmente, já não estava mais aguentando você remoendo por não ir logo.

     Ficamos conversando por mais algumas horas e logo depois sigo para minha residência para arrumar minha mala. Amanhã será um grande dia.

     No dia seguinte, mais ou menos umas 7:00 AM sigo para o metrô mais movimentado da cidade. Vocês devem estar se perguntando o porquê desta escolha. Bem, os que vão mais rápidos geralmente vão mais pessoas.

     Estava com uma grande mala de rodinha e uma mochila preta, aonde se encontra meus materiais de trabalho, meu carregador, uma garrafinha de água e um pacote de salgadinho. Espero que lá dentro tenha alguma barrinha de cereal.

     Quando cheguei ao local, o mesmo estava lotado de pessoas e então fico no meio delas para tentar entrar no metrô quando o mesmo chegasse. Pego meus fones que estavam no bolso da minha mochila e começo a escutar músicas internacionais.

     Demorou um pouco mais para o metrô chegar, já que ocorreu uns problemas no motor e ele não podia sair. Felizmente o problema foi resolvido. Então quando ia entrar, fui literalmente amassada por pessoas que também queriam entrar nele.

     Sento-me em um banco do lado de um garoto alto e com a cara fechada, cantarolando minha música preferida da Billie Eilish. Ele tinha uma mala jogada aos seus pés e em suas costas havia um travesseiro de fronha azul.

     Coloco minha mala na parede e minha mochila no meu colo.

— Você também gosta da Billie Eilish? — O tal garoto perguntou sorrindo.

Droga, foi alto demais.

— Ahn, gosto sim. — Sorrio sem mostrar os dentes tirando meu fone de ouvido.

— Sei lá, eu acho ela um máximo!

Sério, quem usa "máximo" hoje em dia?

— Eu também.

— Prazer, meu nome é Mattew Carter.

— Elizabeth Mitchell. — Encosto minha cabeça na janela sem ânimo.

— Está indo ao aeroporto? — Ele olha minha mala preta.

Ele é lerdo ou se faz?

— Sim. Estou indo ver meus pais e meu namorado em Fernandópolis.

— Estou indo para o aeroporto também!

— É sério?

— Sim!— Ele responde animado. — Vou passar minhas férias na casa da minha mãe em Recife.

— Ela mora sozinha?

— Infelizmente sim. Meu pai faleceu faz alguns meses e não tem como eu ir morar lá por conta do meu emprego. Então eu trabalho muito para ir vê-la nos finais de semana ou nas minhas férias.

— Oh.. Meus sentimentos.

— Obrigado. — Ele olha para as pessoas ao redor dele, parecendo que estava procurando alguém.

— Tá tudo bem?

— Está sim. — Ele pega seu celular e o desbloqueia, me entregando.

— Você pode me passar seu número?

Sabia que em uma hora ou outra isso iria acontecer.

— Passo sim. — Pego seu celular e digito meu número e salvo o contato como: Liza.

— Posso te chamar assim? — Ele pergunta referente ao apelido do contato.

— Claro, bobinho.

    Conversa vai e conversa vem, finalmente chegamos ao aeroporto. Cada um vai para um banco a espera de seu voo.

Número desconhecido: Hey Liza! [13:12 PM]

Olho para Mattew que sorri para mim.

Eu: Oi Matt. [13:12 PM]

Mattew: Pelo visto ganhei um apelido pela senhorita. [13:12 PM]

Eu: E porque não? [13:13 PM]

Mattew: Ninguém nunca me deu algum apelido antes. [13:14 PM]

Eu: Que cavalheiro triste. [13:14 PM]

Mattew: Se eu for um cavalheiro preciso de salvar minha princesa! [13:15 PM]

Eu: E quem é essa princesa? [13:15 PM]

Mattew: Você não irá saber! Kkk. [13:15 PM]

Eu: Seu bobão. [13:16 PM]

    Escuto a atendente falar sobre o avião que vai até Fernandópolis, então me levanto indo em direção a uma fila de pessoas para entrar no tal avião.

Eu: Já vou indo. Até algum dia, cavalheiro. [13:18 PM]

Mattew: Até. [13:18 PM]

    Após guardar minha mala, vou até meu banco, sentando no mesmo e colocando minha mochila em meu colo para pegar algo para comer. Por sorte ainda tinha uma barrinha de cereal de chocolate, uma das minhas preferidas. Começo a comer a mesma e quando termino viro-me para a janela e acabo pegando no sono.

    Acordo com a aeromoça me chamando para descer do avião. Concordo levemente com a cabeça e pego minha mochila saindo do avião. Pego minha mala e vou para dentro do aeroporto, já pegando meu celular para mandar mensagem para minha mãe avisando que já cheguei na cidade.

Eu: Oi mãe, já cheguei aqui na cidade e estou ansiosa para chegar em casa. Beijos. Te amo.

Saio do Whatsapp e peço um carro para ir para casa.

    A cidade continua a mesma. As mesmas sorveterias e bares locais, a mesma praça, a mesma quadra de vôlei... Sinceramente, eu sinto muita falta daqui.

    Quando cheguei na casa de meus pais, respirei fundo e toquei a campainha. Logo fui atendida pela minha irmã mais nova, Melissa.

— Você nem está atrasada. — Ela diz irônica me dando um abraço.

— Não tenho culpa se o metrô atrasou um pouco. — a abraço de volta e logo nos separamos.

— O pai está em casa?

— Está sim.

— Ele está pelo menos de bom humor?

— Creio que sim. — ela ri baixinho.

    Entro dentro de casa e me deparo com minha mãe na cozinha preparando macarrão, minha comida preferida.

— Oi mãe! — minha mãe olha pra mim surpresa, vindo até mim me dando um abraço caloroso. — Senti sua falta.

— Eu também filha. — Ela sorri, desfazendo o abraço e me encarando.

— Como anda o trabalho filha? E sua casa?

— Sobre o trabalho... Ando bem ocupada e focada, e está indo tudo bem! Relaxa mãe, minha casa está ótima. — Começamos a rir.

— Elizabeth! — Meu pai grita meu nome da sala, e pelo seu tom de voz não é algo amigável.

— Estou indo! — Grito de volta andando em passos lentos para a sala. Meu pai estava sentado em sua poltrona, assistindo TV.

— Você nunca mais veio.. Porquê?

— Já te expliquei pai, eu ando muito atarefada no trabalho.

— Atarefada!? Você me conta essa sua histórinha já fazem sete anos, Elizabeth. Sete anos em que eu pensava que voltaria para sua casa, sua família. Sua imbecil!

— Você já parou pra pensar que eu fui embora atrás do meu futuro? Se eu não saísse de casa nunca iria ter o emprego que eu tenho!

— E você só pensa em trabalhar! Você só passa de uma orgulhosa fodida! Filha minha é para ser médica, não uma escritora como você. Elizabeth, você acha que é importante para nós? Que é a melhor? Pois bem, você não é.

— Eu fui em busca dos meus sonhos, batalhei muito para ter tudo oque tenho. Você acha que a Melissa quer fazer medicina? Ah, você nem deve ter perguntado oque ela quer fazer. É pai, você tem razão. Eu sou uma orgulhosa. E vamos concordar, você também é um. — Lágrimas percorriam livremente em meu rosto e volto até a cozinha rapidamente.

— Oque ele te disse? — Minha irmã pergunta preocupada.

— Nada, está tudo bem. — Limpo minhas lágrimas.— Mãe, me desculpe por não ser oque vocês queriam. Eu dei tudo de mim. Eu só quero que vocês fiquem bem.

— Tá' tudo bem querida, irei te apoiar sempre que precisar, como eu sempre fiz. — Ela sorri.

— Mel, vá arrumar suas malas.

— O que!? — Minha mãe e minha irmã perguntam em uníssono.

— Eu quero que ela vá para São Paulo comigo. Lá ela irá viver melhor, sem a pressão do papai, mesmo ela sendo a preferida dele.

— Promete cuidar dela?

— Prometo.

      Após minha mãe explicar para meu pai a saída de Melissa, fomos até a casa de meu namorado, com um carro alugado por algumas horas, para lhe fazer uma visita antes de voltar para nossa casa.

     Minha irmã fica dentro do carro me esperando, já que seria algo rápido.Toco a campainha e fico esperando. E esperando. E esperando. Até que eu me canso e pego minha chave reserva da casa dele (Sim, eu tenho uma chave da casa dele desde quando começamos a namorar, se por algum acaso precisasse ir até lá as escondidas de meu pai) e abro a porta delicadamente.

— Aron? — O chamo, porém sem respostas.

    Subo as escadas rapidamente, e vejo que a porta de seu quarto estava entre-aberta, saindo alguma música baixa de lá. Quando me aproximo da porta vejo Aron fazendo sexo com outra mulher.

    Isso foi realmente a gota d'água para mim. Abro a porta bruscamente olhando para a cara de assustado dos dois.

— Aron? Sinceramente.. Como pode fazer isso?

— Saia da minha casa! — Ele sai de cima da garota e vai até mim cobrindo seu membro com um travesseiro.

— Pra que tampar se eu já vi? — Pergunto sínica — Não sabia que você era capaz disso. Seu filho da puta! Oque eu irei fazer agora, hum? — Dou um tapa no rosto do mesmo, fazendo com que ele pegasse em meu pescoço, o apertando fortemente.

— Saindo da minha vida já seria um grande avanço.

    Eu olho para ele seriamente e lágrimas começam a escorrer novamente. Começo a me debater a procura de ar, e no mesmo instante ele me deixa cair ao chão.

    Um chão frio, cheio de lágrimas. Poderia matá-lo ali mesmo. E sua amante também não escaparia.

    Me levanto lentamente, arrumo minha saia que estava amarrotada e saio do quarto sem dizer uma palavra.

    Estava com o coração quebrado novamente. Ele era uma pessoa na qual eu confiava até demais.

    Desci as escadas e fui até o carro limpando minhas lágrimas que insistiam em cair mais uma vez.

   Entro dentro do carro arrasada e com os olhos vermelhos.

— O que aquele idiota fez com você?

— Ele.. Me traiu.

— Eu te avisei que ele não era uma boa pessoa. Já faziam quatro anos que estavam namorando e eu sempre te falei sobre isso. Quem avisa amiga é. — Ela coloca sua mão em meu ombro suavemente fazendo um carinho. — Mas isso foi um livramento. Vamos lá, coloque um sorriso no seu rosto que já está ficando tarde e precisamos dormir em algum lugar.

— Tem um hotel no fim da cidade, mas teríamos que ir de metrô, já que eu tenho que devolver o carro.

    Assim que entregamos o carro de aluguel, fomos caminhando para o metrô. Meu celular apitava várias notificações ao mesmo tempo e decido, então, finalmente olhar. As mensagens que chegavam eram sobre o vírus que haviam descoberto a algum tempo atrás. Decido ignorar e apagar todas as notificações.

— O que era? Não parava de chegar mensagem.. Não era o Aron, né? — Pergunta minha irmã.

— Eram notícias sobre aquele vírus que tinham descoberto a pouco tempo. Mas deve ser uma possível cura que estão comentando.

Quem me dera se fosse uma cura.

— Ah, então tá tudo bem, né?

— Sim, e porque não estaria?

— Não sei. Estou com um pressentimento ruim sobre isso.

— Ei, relaxa. Não irá acontecer nada com você, eu prometo.

    Minha irmã estava sentada a minha frente, enquanto eu estou em pé. Não haviam tantas pessoas no metrô quanto em São Paulo de manhã. Me sinto até aliviada por estar junto de minha irmã. Ela é tudo pra mim. Com o passar de alguns minutos chegamos no fim da cidade, onde saímos do tal metrô.

Olho meu celular e vejo que tem mensagens de Matt que eu ainda não havia visto.

Mattew: Ei, está tudo bem ai em Fernandópolis? [17:37 PM]

Mattew: Aqui está um caos. É sobre aquele novo vírus, o tal de vírus Z. Sinceramente, eu não sei muito bem sobre ele, mas sei que ele transforma humanos em canibais, ou algo assim. Não prestei muita atenção no noticiário. Estou realmente muito preocupado com o que pode acontecer. [17:39 PM]

Mattew: Aqui está tudo em chamas. Também ocorreram muitos acidentes no trânsito. [17:39 PM]

Mattew: Eu e minha mãe fomos ao mercado algumas horas antes e estava tudo literalmente vazio. [17:40 PM]

Mattew: Passamos também na farmácia, já que minha mãe já é de idade e tem asma. [17:40 PM]

Mattew: Aqui não tá nada bem. [17:41 PM]

Mattew: Espero que você retorne alguma mensagem minha e que você esteja bem. [17:41 PM]

Eu: Matt.. Está tudo bem?? Estou preocupada. [18:48 PM]

Eu: Aqui está tudo bem. E espero que continue assim. [18:48 PM]

Eu: Creio que você também tenha recebido mensagens sobre o vírus. Eu li rápido demais, então acabei nem lendo direito. Parece que estão atrás de uma cura para este vírus. Aqui em Fernandópolis tem o total de 40 casos confirmados dessa doença. Mas afirmaram que estão todos em quarentena no hospital. Tinha também aqueles avisos de ficar em casa e não sair de lá. Espero realmente que isso passe logo. [18:52 PM]

Eu: Fique bem, cavalheiro. [18:52 PM]

    As mensagens, infelizmente não chegaram no celular de Mattew, deixando Elizabeth ainda mais preocupada. Mas por que você está preocupada com uma pessoa que conheceu hoje Liz? Às vezes eu não me entendo.

— L-liza.. — Sussurra minha irmã tocando meu braço de leve.

— Puta merda.




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