Love

By _darknessgirl

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"Estou vivo, logo amo (Viver e amar, viver e amar) (Se é amor, eu vou te amar) Você transforma o I em O Eu de... More

Epílogo
One
Two
Three
Four
Five
Six
Seven
Euphoria
Eight
Nine
Ten
Eleven
Twelve
Thirteen
Fourteen
Fifteen
Sixteen
Seventeen
Eighteen
Nineteen
Twenty
Twenty Two
Twenty Three
Twenty Four
Twenty Five
Twenty Six
Twenty Seven
Twenty Eight
Twenty Nine
Thirty
Thirty One
Thirty Two
Thirty Three
Thirty Four
Thirty Five
Thirty Six
Thirty Seven
Thirty Eight
Thirty Nine
Forth
Final
Prólogo

Twenty One

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By _darknessgirl

"Eu apenas sinto
Como a Lua sempre surgindo após o Sol
Como unhas crescendo, como árvores soltando suas folhas
Quando o inverno vem
Você é a escolhida
Para transformar minhas recordações em memórias
Antes de te conhecer
Meu coração se movia apenas linearmente..."

Kim Namjoon

Eu estava deitado em meu quarto, encarando o teto, inerte e sem reação alguma. Ao meu lado estava um livro, aberto na cama, o qual eu não tinha a concentração suficiente para abstrair suas palavras. Não havia luz acessa dentro do meu quarto, sendo apenas iluminado pela luz noturna. Este era um dos raros dias que eu não tinha para onde correr, entregue ao completo tédio ocioso. RapMon estava deitado ao meu lado, com a cabeça escorada em tronco, enquanto eu o acariciava.

Viro meu corpo na cama, quando ouço meu celular vibrar na cômoda, o pegando e vendo o nome no identificador de chamada: YongSuck.

-Nam? -sua voz soa doce e calma.

-Sim?

- Você está ocupado? - dessa vez, ela parece mais hesitante em escolher suas palavras.

-Vou olhar minha agenda só um momento... - brinco, ouvindo uma leve risada ao outro lado.

-Ya, então o grande homem de negócios está com sua agenda livre nos próximos minutos?

-Próximos minutos? Eu não tenho certeza... - continuo com a brincadeira, mas dessa vez nenhuma risada é ouvida

-Nam, eu preciso conversar... - sua voz soa séria. -Pessoalmente, não acho que falar isso por telefone seja a melhor maneira...

-Eu vou até aí. - me sento na cama, passando a mão em meus cabelos.

-Certo! Obrigada, Nam...

-Tudo bem.

Desligo meu telefone, olhando meu reflexo no espelho em frente a minha cama, os pontos escuros abaixo dos meus olhos chamam a minha antenção. Eram raras as vezes que estas apareciam, geralmente quando me havia algum problema, mas em quase todas circunstâncias haviam soluções, exceto neste. Não havia solução para o que eu sentia.

Eu estava dividido, tentando evitar YongSuck, acreditando que tudo poderia desaparecer aos poucos, mas ao mesmo tempo querendo estar ao seu lado, sentir o seu perfume de canela, olhar para suas esferas cinzas e ouvir as ondas sonoras pacíficas que sua voz gerava. Eu queria estar longe, mas ao mesmo tempo ao seu lado. E, todas as vezes que tentava me afastar, Go me puxava de volta.

-Acho que preciso encarar meu problema. - digo ao cachorro que se aproxima, tocando meu braço com sua cabeça.

Pego meu casaco, o vestindo e descendo as escadas, enquanto meu fiel companheiro me segue, meus pais se encontravam na sala, jogando algo com MiSo. Seus olhos correm para mim, como se estranhassem minha presença.

-Achei que estivesse dormindo, querido. - minha mãe diz.

-Oppa, vamos jogar! - MiSo se levanta, puxando minha mão.

-Me desculpe, Mi. Mas agora o oppa não pode...

-Vai sair, filho? - meu pai pergunta e eu respondo em positivo. -Com amigos?

-Eu acho que é com a Yong unnie. - MiSo coloca a mão lateral na boca, com um tentativa falha de sussurrar para os meus pais, e eu apenas penso esconder minha cabeça em algum buraco quando meus pais me olham com um sorriso que continha um pensamento explícito.

-Certo, queridas eu já volto, continuem o jogo! MiSo, pode jogar por mim? - meu pai estende as cartas para a mais nova da família. -Prometo que volto logo!

Sigo até a porta, enquanto RapMon vem logo atrás, me abaixo acariciando sua cabeça, e me desculpando por não levá-lo desta vez.

-Filho... - meu pai me segue, fechando a porta atrás de nós. -Está gostando daquela moça, a professora de MiSo? - meu pai não enrola, jogando logo o ponto em que queria chegar.

-Eu não sei pai... - assumo.

-Venha! - ele bate no espaço ao seu lado no chão, no degrau em que estava sentado, eu me aproximo, sentando ali. -Eu não posso dizer o que sente, as vezes tudo é muito confuso em nós. Quando eu era mais novo, era apaixonado pelos negócios, a pequena empresa que meu pai havia criado, eu queria estar um dia a frente e levá-la para o alto, queria que seu nome estivesse entre os maiores da Coréia. Estava focado, tanto que não percebi que havia uma vida além dos negócios, um dia quando estava sentando em meu escritório, eu me peguei pensando em tudo que estava perdendo e o que queria para o meu futuro, eu senti que não queria apenas ser bem sucedido, aqueles status não eram tudo.

"Eu estava vivendo solitário, percebi ali que não queria chegar ao topo sozinho, queria alguém para segurar minha mão quando chegassemos ao alto ou quando eu caísse, talvez eu soubesse disso antes, mas tentava esconder de mim mesmo. Eu tinha medo de cair, demorou um tempo para que eu percebesse que poderia levantar, nenhuma queda é eterna. Quando estava prestes a desistir, cansado de procurar por respostas e resultados, a porta daquele pequeno escritório se abriu, e ela me trouxe respostas e resultados, ali eu vi uma das melhores estratégias de negócios e percebi que em uma única pessoa eu tinha tudo o que precisava, mesmo que ela estivesse ali a muito tempo.

Eu demorei para perceber, mas tudo o que eu precisava estava a minha volta. Ali estava a única pessoa, que seria capaz de me tirar um domingo a noite do meu quarto. Filho, você tem o cérebro brilhante daquela mulher, e talvez tenha um coração um pouco mais duro. Você já tem os negócios, busque o amor que merece, Kim!"

A mão do meu pai aperta meu ombro, talvez na tentativa de me encorajar, meu olhar se levanta, não para olhar o homem, mas o céu acima de nós, o topo do mundo, que detinha a grande esfera refletora de luz, a lua paracia sorrir para mim.

-Acho que entendi o que o senhor quer dizer. Obrigada, pai! - o abraço.

Me levanto, respirando fundo, subindo em minha bicicleta e tomando rumo para onde meu coração sabia que deveria ir, pela primeira vez eu o deixava falar mais alto que minha mente. A cada pedalada eu sentia suas batidas, enquanto era acompanhado pela grande lua.

O caminho parecia menor que o normal, já que logo avisto o grande prédio, e segundos depois vejo a mulher já na calçada, vestida em uma camisa de botões branca e manga curta, junto à uma calça preta.

-O que acha de sairmos para andar? Não quero ficar em casa...

-Oh, claro.

-Quer guardá-la na garagem? - Yong sugere, apontando para bicicleta.

-Acho que seria melhor. - aceito a seguindo até a garagem.

-Vamos! - inesperadamente ela segura em meu braço, me puxando para fora e seguindo para rua.

Nós andávamos lado a lado, em completo silêncio, eu estava perdido no que sentia, o seu cheiro de canela puxava todos os meus pontos norteadores, ao nível em que eu não era capaz de ao menos lembrar o caminho que estávamos fazendo, se Yong me deixasse aqui, com certeza eu não saberia voltar.

O silêncio parecia me sufocar, Go em certos momentos pairava seu olhar em mim, e aquilo apenas apertava algo em mim. A mulher abraça seus braços, provavelmente sentido o vento que tomava a noite, coloco a blusa que estava em minha mão sobre ela.

-Não precisa, você irá ficar com frio. - ela se movimenta para retirar e eu a seguro.

-Está tudo bem, eu não estou com frio.

-Certo, obrigada Nam! 

-Então, o que queria falar? - quebro o silêncio, buscando escapar do que me sufocava.

-Nam, não sou eu que tenho algo para dizer, é você... - ela levanta seu olhar, me encarando e eu não consigo escapar. -O que está acontecendo com você? Parece que algo o prende...

-Não é nada, está tudo...

-Não diga que está bem, Namjoon. - a mulher me interrompe.

Eu estava prestes a deixar a covardia me pegar, eu tinha muito em jogo, isso não deveria ser como negócios, mas eu me sentia na posição em que já havia perdido, e fazer poderia me dar a certeza de realmente ter perdido, ou inesperadamente poderia ganhar.

-Tem algo, um completo inesperado, ao qual não sei como lhe dar... - eu paro por um momento, pensando em voltar atrás, mas quando meus olhos fogem para o céu, eu a vejo. -Eu estou perdido em mim mesmo, no que sinto para ser mais exato. Acho que lutei muito tempo contra isso, e inesperadamente eu perdi, não sei como correr.

-O que a lua te diz, Kim? - Go sorrio olhando para o céu.

-Acho que durante o dia, eu me sinto sufocado, mas a noite eu sou livre. Ela me diz que brilho, quando nasce..

-Por muito tempo ela me dizia que nasci para ser triste, que deveria sofrer para ser feliz, que aquele era meu destino, durante anos eu soube que deveria dançar na dor. - Yong dá um passo maior, parando a minha frente. -Mas hoje, ela me diz que eu brilho, e que alguém pode ver meus espinhos.

-Eu posso ver cada uma deles. - respondo, tocando levemente sua bochecha, seus olhos se enchem, brilhando como a lua.

Os próximos segundos ocorrem em um relance, ao qual sinto seus lábios juntos aos meus. Meu coração parece ir além, batendo no ritmo ao qual eu nunca o senti, então eu conseguia ver o meu reflexo, e neste exato momento eu entendia, nós não procuramos pela nossa exata imagem, mas pelo nosso reflexo, aquele que está a sua frente, mas é todo ao contrário, o que te completa. Go YongSuck era meu exato reflexo.

Sob a lua eu não precisava esconder meu coração, na verdade nunca precisei, pois ela poderia vê-lo e senti-lo, talvez tenha o sentido antes mesmo de mim. Neste momento estávamos nascendo sob a mesma luz, selando ali o nosso brilho. Era como fechar negócios, talvez este fosse um dos maiores, pois estava custando o que mais valia em mim. Sob a lua, eu selava um contrato, puxando meu reflexo e lhe entregando aquilo que deveria ser meu brilho.

Quando seus lábios se afastam, os olhos de Yong sobem para o meu, com certa preocupação, ela parecia se preparar para se desculpar. Minhas mãos são mais ágeis, tocando seu rosto e selando rapidamente nossos lábios. Eu sorrio para mulher a minha frente, que expressa a mesma reação, sabendo as palavras certas que deveria lhe dizer.

-Filhos da lua também amam, Yong.

...

Att:

Olá anjinhos, como estão depois deste capítulo?

Finalmente Nam está se entregando ao seu coração, como será essa nova relação para Yong? Será que o passado ainda pode prende-la?

Até a próxima att! XxNanda

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