FRIENDS | sirius black. ✓

By lokireign

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Apesar de ser lembrada pelas ótimas notas e por sua coragem, Margot Louise Goldwing nunca foi conhecida por t... More

𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒
𝐆𝐑𝐀𝐏𝐇𝐈𝐂𝐒
𝟬𝟬 | 𝗣𝗥𝗢𝗟𝗢𝗚𝗨𝗘
01 | COBRANÇA DE DÍVIDAS
02 | UMA (FALSA) PROPOSTA
03 | O CASAL PERFEITO
04 | QUESTÃO DE TEMPO
06 | FORA DE CONTROLE
07 | DESCOBRINDO SENTIMENTOS
08 | O CONVITE
09 | VESTIDOS E CONFUSÕES
10 | FIM DA LINHA
─── especial de páscoa

05 | DEBAIXO DO VISGO

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By lokireign

𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒
CAPÍTULO CINCO

DEBAIXO DO VISGO

A GOLDWING PUXAVA O BLACK, rapidamente, pelas ruas movimentadas de uma pequena cidade francesa que ela não se importou em sequer decorar o nome. Precisava comprar os presentes para seus familiares, e bom, teriam que ser presentes trouxas.

Deveria ter lembrado disso antes, quando estava cercada por lojas bruxas que vendiam todo tipo de coisa e com certeza agradariam seus familiares.

─ Ei, ei! Você vai arrancar o meu braço, sua louca!

─ Acredite, eu te esquartejaria se estivesse com tempo. ─ retrucou, estressada. ─ O que eu compro pra vovó?

─ Sei lá, bebidas alcoólicas? ─ sugeriu, fazendo a garota o olhar com fúria. ─ Qual é, eu a conheço há dois dias! E então, o que eles estão achando de mim?

Margot suspirou, entortando a cabeça para o lado e murmurando, com a confusão explícita na voz:

─ Eles estão te amando. Seja mais detestável, por favor! ─ pediu. ─ Até mesmo mamãe está amolecendo.

─ Isso é bom, é importante se dar bem com a sogra. ─ ele concluiu, logo sentindo uma cotovelada forte em sua barriga, o fazendo se curvar para a frente. ─ Ai!

─ Dê um jeito, Sirius. Não quero que eles fiquem tristes quando eu enviar uma carta falando que você morreu.

Sirius riu nasalado, entrando em uma loja e puxando a namorada junto. Viu ali uma oportunidade de irritar Margot ainda mais; se dando bem com sua família. Não seria difícil, na verdade ─ o rapaz havia realmente gostado dos Goldwing e tentava entender porquê Margot era tão chata e insuportável, considerando que todos de sua família eram tão divertidos.

A parte preferida de Sirius sobre os Goldwing; era que eles não se pareciam em nada com os Black.

Ora, ele não agiria mais como um delinquente. Na verdade, agiria sim; mas como o delinquente que sempre era. Faria a família de Margot amá-lo ainda mais, e com certeza a garota explodiria após a ceia; não pela quantidade de comida ingerida, e sim após entrar em combustão pelo ódio.

─ Acho que Louise pode gostar disso.

─ Como estou?

─ Parecendo Yvette. ─ Aaron opinou, vendo a prima revirar os olhos. ─ É brincadeira, Margot.

Margot usava calças jeans claras, levemente largas e de cintura alta, com as bordas batendo no fim de suas canelas. A blusa, que contava com mangas longas e gola alta, era vermelha e sobreposta por um fino colar prateado, com um pequeno pingente em formato de leão.

Os cabelos estavam soltos e esvoaçavam livremente por suas costas, como sempre, e seus pés eram cobertos por um tênis baixo e preto.

Não poderia se parecer mais com ela mesma.

─ Eu sei que é. ─ respondeu, lhe dando um leve tapa. ─ Yvette deve estar parecendo uma princesa.

─ Com certeza. ─ sorriu, pensando na irmã mais nova. ─ Aquele rostinho engana, não? Quem vê, imagina que ela realmente é uma princesa delicada.

─ Ela é delicada. ─ Margot pontuou. ─ Assim como Rubeo Hagrid.

Aaron riu, concordando. Margot então se virou para o mesmo novamente, com o semblante preocupado e mexendo nos cabelos de um jeito frenético, formando algumas linhas em sua testa.

─ Acho que estão todos gostando de Sirius. ─ contou. ─ Está tudo dando errado, Aaron!

O rapaz deu de ombros, e entortou a cabeça para o lado.

─ Isso é muito ruim? Quero dizer, o importante é que a família apenas acredite que você está namorando, não?

─ Isso não seria o suficiente. ─ explicou. ─ Se ele não fôr tão ruim quanto eu preciso, eles podem querer me casar mesmo depois que eu mande a carta anunciando a morte dele!

─ Apenas relaxe, Margot. ─ pediu, encarando o teto. ─ Talvez eles desistam do mesmo jeito. Se não, você pode ir embora do país e eles nunca te encontrariam na Romênia.

A menina preferiu não responder, revirando os olhos e se levantando da cama, indo em direção à porta com uma enorme sacola que continha os presentes comprados juntamente a Sirius.

─ Vamos logo, seu lerdo.

Desceram as escadas rapidamente, encontrando todos na sala, que era iluminada pelos incontáveis pisca-piscas, que deixavam o local com uma coloração diferente a cada instante.

Azul, vermelho, verde; e então, branco amarelado.

Margot quase engasgou ao ver a mãe; Rachel usava um longo vestido vermelho brilhante, com uma enorme fenda na perna direita. Os brincos em suas orelhas pareciam prestes a fazê-las cair. Como sempre, a mulher se mostrava a criadora do exagero.

─ Porquê não usa o vestido que lhe comprei? ─ perguntou a filha, assim que a mesma se aproximou.

─ Não faz muito meu estilo, mamãe. ─ franziu o cenho, arregslando os olhos assim que sua mãe se virou' com uma reclamação.

Saindo da cozinha, ela pôde ver o pai indo para a sala de jantar acompanhado de sua irmã, tia Josephine, mãe de Aaron. Os dois arrumava a mesa onde aconteceria a ceia, e mesmo de longe, um cheiro delicioso era sentido.

Mais uma vez, ela quase se engasgou ─ viu Sirius Black saindo de lá junto à avó, carregando taças e garrafas de hidromel e, como sempre, whisky de fogo.

─ Oh, os dois. ─ Rachel acompanhou o olhar da filha. ─ Sirius foi bem prestativo hoje, ajudando na decoração e na cozinha enquanto você se arrumava. Acho que ele e sua avó são melhores amigos agora. ─ ela riu, balançando a cabeça negativamente. ─ Ele até que não é tão ruim.

─ Fico feliz de ver que estão todos se dando bem! ─ Margot falou, rapidamente subindo as escadas de volta à seu quarto, deixando a mãe confusa, e botando sua última refeição para fora, com uma reclamação: ─ Eu odeio esse meu problema com mentiras!

Escovou os dentes novamente, descendo as escadas e se jogando no sofá ao lado de Yvette, que a lançou um pequeno sorriso forçado. Passados alguns segundos, o assento ao seu lado afundou mais uma vez.

─ Seja lá o que estiver fazendo, apenas pare. ─ murmurou, entredentes, enquanto sorria para o rapaz ao seu lado.

─ Não estou fazendo nada, amor. ─ murmurou de volta, colocando uma mecha de cabelo até as da orelha da menina.

─ Fofos! ─ tia Jo exclamou, batendo uma foto dos dois, que piscaram forte após a luz do flash iluminar seus rostos, enquanto a fotógrafa observava a foto ser revelada. ─ Está na hora de abrir os presentes!

Os Goldwing não eram nada convencionais; não abririam os presentes após a ceia, que também não aconteceria a meia-noite.

Que comessem quando estivessem com fome, certo?

Sirius riu com aquilo. Em sua casa, a comemoração de Natal era desanimada e sem-graça. Após a ceia, todos iam dormir. Já na casa de James, onde passara os dois últimos natais, as coisas eram divertidas, ainda que seguissem horários e tradições.

Ele nunca conhecera uma família tão maluca e desajustada quanto os Goldwing.

─ Abrão os meus primeiro! ─ a mais velha da família mandou, jogando uma sacola em cada um dos netos, acertando a testa de Margot, e por último, em Sirius. ─ Sirius, querido, não tive tempo de fazer o seu presente igual aos dos meus netinhos, espero que não se importe.

Aaron olhou atravessado para Black, que agradeceu a senhora antes de abrir. Margot olhou aterrorizada para o suéter amarelo com um enorme M bordado no centro. O do lufano era idêntico ao da prima, exceto que ao invés do M, continha um enorme A, assim como o de Yvette era enfeitado ─ ou destruído ─ por um Y.

Os três se viraram para Sirius com a testa franzida, esperando o rapaz abrir seu embrulho. Arregalaram os olhos em sincronia quando ele o fez.

─ Muito obrigado, Louise! ─ ele exclamou, observando a jaqueta de couro e se levantando para agradecer a mulher.

Margot, Aaron e Yvette observavam boquiabertos, indignados com a situação.

Ele está ganhando presentes melhores que os nossos! ─ Yvette exclamou, em um sussurro. ─ Inacreditável!

Por um milagre, ninguém perguntou à Margot se gostara do presente; não precisaria vomitar mais uma vez em menos de uma hora.

A troca de presentes durou bons 15 minutos, repletos de gargalhadas e piadas acerca de alguns recebidos. Roupas, livros que se mexiam, sapatos e acessórios, ursos de pelúcia com os formatos mais peculiares possíveis e até adereços decorativos falantes foram trocados, quando Sirius se levantou mais uma vez, chamando a atenção para si.

Margot cerrou os dentes, apoiando as costas no sofá e cruzando as pernas, nervosa. Não sabia o que aquele idiota estava fazendo, mas já sentia vontade de o matar.

─ Também comprei alguns presentes. ─ ele anunciou. ─ Infelizmente, não comprei para todos pois não sabia exatamente quantos eram e Margot não me disse muito sobre a personalidade de cada um.

A menina apertou o braço de Aaron, para não socar o rosto de Sirius, que ia em direção a sua mãe.

─ Margot me contou que é uma sonserina orgulhosa de sua casa. ─ a entregou uma caixa quadrada, com um sorriso. ─ Espero que goste, sogrinha.

Rachel o deu um abraço apertado ao abrir e encontrar um cordão prata com um pingente de serpente, que contava com pequenas esmeraldas em seus olhos. Extravagante e brega, na visão de Margot.

Ele continuou seu showzinho, dando presentes para Louise e Scott, que a grifinória preferiu ignorar, fechando os olhos e bufando.

─ Não me esqueci de você, amor! ─ ele se aproximou, com um sorriso sarcástico e os olhos desafiadores. ─ Estamos namorando, mas sua família deve ter notado que ainda não temos aliança. Ora, vão pensar que sou um descompromissado!

─ Você é. ─ murmurou em resposta, com um sorriso duro e falso, vendo o menino pegar sua mão direita e colocar em seu dedo anelar uma aliança fina de aço com um fio de ouro no centro.

Era linda.

A Goldwing se questionava porquê raios Sirius estava fazendo todo aquele circo. Ela o mataria, com certeza, e seria de um jeito lento e doloroso.

A família emitiu um coro de ownt, e pelo canto dos olhos, Margot viu a mãe secando uma lágrima e Aaron segurando o riso.

─ Margot, ele é um amor! Deveria ter nos apresentado antes, estou surpresa.

─ Eu também estou, vovó.

Os dois sorriam mais uma vez para a foto que a tia da garota tirou. Sirius, é claro, saiu como uma verdadeira obra renascentista. Margot, por outro lado, dava um sorriso tão falso quanto o vaso preferido de sua avó.

Mas desejou que Sirius fosse o vaso. Assim, poderia quebrá-lo.

─ Vejam só, que surpresa! ─ Yvette exclamou, olhando para um ponto acima dos dois. ─ É um visgo!

Era impossível piorar.

Ou talvez fosse. Margot já não sabia ao certo.

─ Bom, temos que seguir as tradições, amorzinho. ─ Sirius sussurrou, aproximando seus rostos.

Quando seus lábios se tocaram, Margot mal se moveu, com os olhos arregalados e a boca entreaberta. Feche os olhos!, viu Aaron mexer a boca, atrás de Sirius, e obedeceu.

Passou uma mão pelo pescoço do rapaz, o apertando. Talvez, apenas talvez, em uma tentativa de o enforcar.

Se segurou, correspondendo ao beijo e pensando em vomitar. Não aconteceu, graças a Merlin. Precisava continuar o teatro.

Podia sentir Black sorrindo contra sua boca, durante o beijo, e quis socá-lo.

─ Certo, já podem parar! ─ Scott gritou, revirando os olhos ao lado da esposa.

Se sentaram no sofá novamente, e a menina sentia o rosto queimando de vergonha.

Mas sorriu, encostando a cabeça no ombro do namorado.

─ Foi o pior beijo da minha vida.

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Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.