Anime: ???
— Ao que tudo indica, haviam dois adolescentes a bordo do carro, os dois foram levados para o hospital, o estado e identidade deles não foram revelados. Ana Clara para o Jornal local.
Júlia desligou a televisão, ninguém queria acreditar que era a Amanda que estava naquele carro todo destruído.
— A diretora chegou. — July chegou gritando.
Kasiane, que até aquele momento estava abraçada a Alex, levantou. Ela foi na direção de onde July tinha vindo.
A garota correu até encontrar a diretora e Thiago no estacionamento.
— Como ela está? Como a Amanda está? — Ela gritou em meio as lágrimas.
Mas quem estava alí não era a diretora Handler. Alí junto com Thiago estava uma mulher de cabelo curto e preto.
— Onde está a diretora? — Kasiane falou enxugando as lágrimas.
— Ela foi para o hospital junto com a Amanda. — Thiago falou baixo.
Os três entraram, a mulher de cabelos pretos acalmou os nervos das alunas, ela explicou que não foi muito grave, mas que Amanda ia demorar para voltar.
Alguns dias se passaram, tudo foi voltando ao normal, ou nem tanto. Amanda ainda não tinha acordado e ela não podia receber visitas, isso não agradou muito seus amigos.
Thiago ainda não havia deixado de lado a teoria de que Thomas estava envolvido naquilo. Era muita coincidência o modelo do carro que Lawrence estava usando ser o mesmo que seu pai tinha como favorito.
Ele precisava de uma prova para ir confrontar Thomas. Foi aí que ele se lembrou de um pequeno fetiche que seu pai tinha de emplacar os carros com placas onde as letras e números formavam palavras.
Mas ele precisava de uma foto da placa do carro.
Thiago foi até a sala da diretora e pediu para que ela entrasse em contato com aquela mulher de cabelos pretos.
— Para que você quer falar com ela? — Lilian perguntou confusa.
— Eu não quero falar com ela, só quero uma foto da placa do carro que o Lawrence estava usando. — Thiago falou calmamente.
— Mas por que você quer a foto da placa? — Lilian perguntou desconfiada.
— É que talvez eu saiba quem conseguiu esse carro para o Lawrence, mas eu preciso ver a placa.
— O carro estava no nome de uma senhora, você não teria como conhecer.
— Por favor. Eu sei que você também quer encontrar todos que estavam envolvidos com isso. — Thiago parecia determinado a descobrir se realmente foi seu pai que comprou aquele carro.
— Tudo bem... — Lilian deu um suspiro.
Ela pegou seu celular, depois de falar algum tempo, Lilian pegou um pedaço de papel e escreveu algo. Depois de desligar o celular ela entregou o papel para Thiago.
— Espero que você saiba o que está fazendo. — Ela falou.
— Pode ter certeza que eu sei. — Ele se levantou. — Obrigada.
Thiago saiu e foi rapidamente para o seu quarto. Chegando lá, ele olhou o que estava escrito no papel. VAD - 1407.
— Vadia. Julho. — Alí estava a prova que ele precisava.
As letras e os dois primeiros números formavam a palavra "vadia" e os dois últimos números se referiam ao mês sete, julho, que era o mês que eles estavam.
Tendo isso em mente, Thiago foi até o quarto de Thomas. Chegando lá ele bateu na porta com força.
— Quem é o filho da put- — Thomas foi interrompido por Thiago, que o acertou com um soco, abrindo a porta com força.
Thiago entrou no quarto e trancou a porta atrás de si.
— Qual o seu problema? — Thomas falou enquanto limpava o sangue do canto da sua boca.
— Foi você, não é? — Thiago falou bravo.
Thomas nunca iria admitir, mas até mesmo ele tinha medo de Thiago quando ele ficava daquele jeito.
— O que eu fiz inferno? — Thomas gritou.
— Não se faça de idiota, eu sei que foi você que conseguiu aquele carro para o Lawrence. — Thiago gritou.
— E porquê eu perderia o meu tempo com isso?
— Você achou que eu não iria descobrir? — Thiago falou bravo. — Uma hora ou outra eu iria saber, ou você acha que eu não sei sobre as placas que o nosso pai tem fetiche em colocar nos carros que ele compra?
— Como você pode ter tanta certeza? Isso é só coincidência. — Thomas falou rindo.
— Com certeza foi coincidência o carro ser do modelo preferido do nosso pai, será que foi coincidência também a placa do carro formar a palavra vadia? — Thiago falava com sarcasmo, mas dava para notar a raiva em sua voz. — E os dois números no final formarem o mês que a gente está também é coincidência?
— É claro. — Thomas falou calmamente.
Thiago odiava quando o irmão falava dessa maneira.
O garoto já estava no seu limite.
Thiago colocou o papel que estava em sua mão na cara de Thomas, ele empurrou o garoto com a mão e o papel na cara, até ele bater de costas com a parede.
— Escuta aqui. — Thiago pegou o irmão pelo colarinho da blusa. — Admita de uma vez que foi você.
— Se você quer tanto saber, fui eu sim. — Thomas tinha um sorriso no rosto. — Fui eu que consegui aquele carro. Fui eu também que fiz a Carla colocar fogo na cozinha. Eu sabia que aquela vagabunda ia estar lá.
— Quem falou que a gente ia estar lá?
— Não posso contar, mas vou dizer que foi uma linda garota de cabelos pretos que me deu essa preciosa informação. — Thomas falou.
Quem seria essa garota?
— Como você fez o nosso pai dar um carro pra você fazer isso? — Thiago estava morrendo de vontade de socar a cara do irmão, mas ele precisava de informações.
— Eu falei que tinha uma vadia levando você para um mau caminho, aí ele não fez questão de me dar um carro novo, com uma placa condizente com quem estaria dentro e no nome de uma velha que estava devendo para ele. — Thomas riu.
— Vocês são dois lixos.
— Não fale assim irmãozinho, você só sabe que eu e o nosso pai só queremos o seu bem.
— O meu bem o caralho! — Thiago gritou dando outro soco em Thomas. — Vocês só querem que eu seja igual a vocês. — Outro soco, Thomas estava no chão. — Acontece que eu nunca vou ser podre que nem vocês. — Thiago deu alguns chutes em Thomas.
— Você fala tanto, mas acabou de mostrar que é igual a mim. — Thomas falou com um sorriso, ele estava encolhido no chão. — A violência está no seu sangue, você não consegue esconder.
— Eu nunca vou ser como você! — Thomas levou mais alguns chutes. Thiago se distanciou indo até a porta, antes de sair, ele olhou para Thomas no chão. — Eu não quero mais ver você na minha frente, você vai sair dessa escola, caso contrário, eu acabo com você. — Ele saiu do quarto.
— Você não quer admitir, mas vai ficar igualzinho a mim. — Thomas falou para si mesmo.
Thiago saiu do quarto de Thomas, ele acabou descobrindo tudo, mas não tinha como provar, aquela placa não ia servir. Mas ele acabou descobrindo que tinha uma pessoa passando informações para Thomas e ele ia descobrir quem era.
No corredor ele encontrou Emilly, ela estava conversando com Thayná.
— Eu preciso falar com você. — Ele pegou a garota pelo braço e a arrastou pelo corredor até seu quarto.
— Tá louco? — Emilly falou confusa.
— Tem alguém do clube que está passando informações para o Thomas, e essa pessoa é a principal culpada do incêndio na cozinha. — Thiago falou assim que entrou no quarto.
— Como é que é?