Anime: Your name (Obrigada DanieleAPM)
— Então era você que estava perseguindo aquela garota? — Thomas falou para o ruivo.
Lawrence estava guardando suas coisas, ele havia sido expulso.
— E o que você tem haver com isso? — O garoto se virou para o moreno.
— Bom... — Ele riu. — Eu estava disposto a dar um fim naquela garota, mas já que você parece querer tanto ela... Podemos fazer um trato.
.
.
.
— Então... — Lawrence falou. — Você quer que eu te tire daí?
— O que você quer pra tirar a gente daqui? — Amanda falou, ela tossia um pouco, a fumaça já estava chegando onde eles estavam.
— Você.
— Nunca, eu vou achar um jeito da gente sair daqui sem precisar da ajudar desse maluco. — Thiago falou.
— Sinta-se a vontade, herói. — Lawrence riu. — Você vai acabar matando a Amanda por isso. Mas eu vou estar aqui até você decidir o que fazer.
Do outro lado da porta, Amanda e Thiago já estavam no meio de muita fumaça.
— Não tem como a gente sair daqui. — Amanda falou. — Uma hora ou outra a gente vai ter que pedir a ajuda dele.
— É isso que ele quer, que você se entregue de bandeja. — Thiago estava bravo.
— Ele a nossa última chance de sair daqui, a fumaça está aumentando, nós nem estamos conseguindo respirar direito. — Amanda gritou.
— Eu só queria te tirar daqui em segurança. — Thiago falou em um tom triste.
— Eu sei. — Ela se aproximou e o beijou. — Mas esse o único jeito de nós sairmos daqui. Eu prometo que não vou deixar ele fazer nada comigo.
— Eu ainda não concordo com isso. Mas saiba que eu amo você.
— Eu também te amo. — Ela deu um pequeno sorriso. — Lawrence. — Amanda se encostou na porta para poder falar com o ruivo, sua voz já estava fraca.
— Sim...
— Eu vou com você, mas com uma condição. Você vai ter que deixar o Thiago sair, sem brincadeiras.
— Claro meu bem. — Ele riu.
Logo ouviu a porta se abrir. Lawrence sentiu a fumaça atingir seu rosto.
— Sem... Brincadeiras. — Amanda falou enquanto saía de dentro.
A garota conseguiu apenas chegar perto do ruivo antes de desmaiar nos braços do mesmo.
Mesmo com a fumaça, Lawrence pôde ver o rosto bravo de Thiago.
Lawrence fechou a porta com o garoto ainda lá dentro.
— Ei! — Ele gritou para Carla que havia aparecido no final do corredor. — Venha resgatar o seu garoto. — Ele jogou as chaves no chão.
— O que? — Ela correu até ele.
— Thiago ainda está alí.
— Como o Thiago está alí? Eu tinha certeza que ele tinha saído. — Ela falou pegando as chaves rapidamente do chão e abrindo a porta.
Thiago já estava desmaiado, Carla o puxou para fora enquanto tossia por causa da fumaça. Quando olhou ao redor, Lawrence já tinha sumido.
— Thiago! Thiago! — A garota chacoalhava ele enquanto chorava.
Ela sentia uma imensa culpa, o garoto que ela amava podia morrer por causa do que ela fez.
Carla abraçou Thiago e chorou, ela não soube dizer quanto tempo passou até a diretora aparecer alí, não soube dizer se haviam passado um minuto ou uma hora.
— O que está acontecendo aqui? — A diretora perguntou apavorada enquanto corria até os dois.
Carla não falou nada, ela não conseguia parar de chorar, a culpa estava pesando em sua consciência.
A diretora chamou os bombeiros, não demorou muito até aquele lugar encher de alunas curiosas.
— O que está acontecendo aqui? — Emilly chegou junto com Júlia e Samantha.
— A cozinha pegou fogo, o Thiago estava lá dentro. — Thayná que já estava alí explicou.
— E a Amanda? Não era eles dois que estavam cuidando da cozinha? — Emilly falou.
— Ninguém viu ela ainda. — Thayná respondeu baixo.
Logo o fogo foi apagado pelos bombeiros.
— Está tudo bem com ele? — Lilian foi até onde uma enfermeira cuidava de Thiago.
— Sim, ele inalou bastante fumaça, mas não é grave, ele vai acordar logo. — A mulher respondeu.
— Que bom. — A diretora falou.
— Com licença, posso falar com a senhora? — Um dos bombeiros chegou até Lilian.
— Claro. O que aconteceu?
— Então, depois de termos apagado o fogo, nós entramos para ver se não tinha mais ninguém lá dentro, e acabamos encontrando isso. — Ele mostrou um barril com mais da metade do plástico derretido.
— O que isso quer dizer? — A diretora perguntou receosa.
— O incêndio foi criminoso. Alguém colocou fogo na cozinha de propósito. — O homem falou.
— Meu Deus! — Ela falou surpresa. — Obrigado pela informação.
O homem fez sinal com a cabeça e saiu, a diretora foi caminhando até onde estava Thayná.
— Era o clube de vocês que estavam cuidando da cozinha, não é? — Lilian perguntou.
— Era. — Emilly respondeu.
— Tinha mais alguém além do Thiago alí?
— Era ele e a Amanda que iriam cuidar hoje. Mas até agora, ninguém viu ela. — Thayná falou.
— A Amanda? — A diretora falou surpresa.
— Sim. Aconteceu alguma coisa? — Emilly perguntou.
— O bombeiro falou que o incêndio foi criminoso. — A diretora falou baixo.
— Alguém colocou fogo na cozinha enquanto os dois estavam lá dentro? — Kasiane gritou, ninguém tinha visto ela chegar.
— Pelo que tudo indica, sim. — Lilian falou.
Emilly não falou nada, ela apenas saiu e foi até Carla que estava chorando em um canto.
— Carla. — Ela falou.
— O que é? — Ela gritou enquanto chorava.
Emilly olhou para os pés da garota, os tênis brancos dela estavam cinza e molhados.
— Por que os seus tênis estão molhados? — Emilly perguntou, Carla paralisou por um instante.
— E-eu fui lavar minhas mãos e derramei água neles. — Ela gaguejou um pouco.
— Você poderia tirar eles e me dar um pouco? Quero ver uma coisa. — Emilly estava muito brava, mas mesmo assim tentava manter a calma.
— Por que? Eu não vou tirar. — Ela falou brava.
— O que está acontecendo aqui? — A diretora chegou perto das duas, seguida por Kasiane, Júlia, Samantha e Alex.
— Eu só estou pedindo para ela me entregar o tênis dela. — Emilly falou.
— Eu não vou te dar o meu tênis! — Ela gritou.
— Ah é? Você vai me dar sim. — Emilly se abaixou e agarrou o pé de Carla, forçando ela a tirar o tênis.
— Você não pode fazer isso! — Carla gritou.
Emilly apenas levantou com o tênis na mão, ela colocou perto do nariz a parte que estava molhada.
— Como eu pensei. — Ela encarou Carla. — Por que o seu tênis está molhado com gasolina?
Carla entrou em pânico, ela nem percebeu quando Alex foi para trás dela e tirou uma caixa de fósforos do bolso da garota.
— E isso? — Ele falou.
Todos encararam Carla, ela não tinha mais escapatória.
— Eu só queria me livrar daquela garota! Eu não sabia que o Thiago estava lá. — Ela falou chorando.
— Você colocou fogo na cozinha para machucar a Amanda? — Kasiane gritou brava.
— Eu queria matar aquela vagabunda! — Ela gritou.
Kasiane não se aguentou e partiu para cima de Carla. Ela deu um tapa no rosto da loira, Alex a segurou para que não batesse mais nela.
— Carla, isso que você fez é muito sério, nós veremos isso depois. — A diretora falou brava. — Onde está a Amanda?
— Vocês não vão mais ver ela. — Carla riu.
— O que você fez com ela sua loira de merda? — Júlia iria partir para cima de Carla, mas a diretora a impediu.
— Vocês realmente querem saber? — Carla tinha um sorriso no rosto.
— Fala logo sua desgraçada! — Kasiane gritou.
— O ruivo levou ela.
Ao longe, escorado em uma parede, Thomas observava toda a confusão. Ele estava um pouco bravo, Carla nunca fazia nada direito, ela tinha machucado Thiago. Mas por outro lado, ele estava satisfeito, aquela garota tinha sumido. Ele nem precisou sujar as suas mãos.
— Uma pena que eu não consegui mostrar o que eu tinha guardado para você, Amanda. — Ele sussurrou com um sorriso crescendo em seus lábios.