Fica Comigo (em Revisão)

By vanessabenfatti0

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"O casamento do ano. Cassye, a filha caçula de um dos políticos mais influente do país, Edward Maccabee, anu... More

Atenção
Atenção!!
Prólogo
Personagens
Capitulo 1 - A Despedida.
Capitulo 2- A mensagem
Capitulo 4- Cadê o Noivo?
❤️ Obrigada ❤️

Capitulo 3 - Tudo cheira Lavanda.

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By vanessabenfatti0

Oii meninas, espero que estejam bem.
Estão curtindo a história ?
Quero saber 🤔
Vamos de capítulo!
Música de hoje :

Os raios de sol entravam pela grande janela com suas cortinas brancas esvoaçantes, o que me fizeram notar que já havia amanhecido.
Antes de abrir meus olhos e encontrar um quarto todo decorado com enfeites de casamento junto com os de Natal eu respirei fundo sentindo o cheiro de lavanda que estava por toda parte da casa.  Era como Kalye dizia " lavanda é o cheiro do casamento "
E eu acredito que nunca mais um convidado sequer iria deixar de associar esse perfume com esse bendito casamento.
Me espreguicei ao mesmo tempo que abri meus olhos, vendo todos os tecidos da decoração por todo quarto.
Era outro fato que Kalye não abriu mão de realizar, todos os 17 quartos da casa estavam decorados com flores e tecidos brancos e vermelhos, e algumas almofadas espalhadas com os dizeres "Viva os Noivos".
Era romântico para não dizer caótico.
O que não se podia negar é que qualquer decoração que as duas malucas das minhas irmãs fizessem aqui nessa casa ficaria linda. Porque a própria casa mantinha um charme peculiar.
Digamos que essa casa é a joia mais rara da nossa família, mostrando o quanto às últimas gerações dos Maccabee ostentavam riqueza e elegância.  Três gerações desfrutam dessa propriedade, com festas ao ar livre aos pés do Atlântico que margeia o seu quintal, ou nas varandas amplas e arejadas que rodeavam a casa toda com seus pilares redondos que pegam do chão ao 3º. andar da casa. Ela é simplesmente a maior e mais magnífica casa de veraneio da Praia Kiawah Island.
Sua aparência simétrica retangular a deixa imponente. O caminho de árvores que se cruzam até sua entrada, a deixam romântica e clássica, como as antigas casas com Arquitetura Antebellun.
Posso dizer que esse lugar é mágico para mim, e não pelo fato de meus avós terem brincado comigo e com as minhas irmãs nesse gramado longo que dá para a areia da praia, e muito menos por nesse mesmo gramado ter sido palco de casamentos grandiosos como o dos meus pais, tios e da minha irmã.
Ela era mágica porque aqui eu fui tão amada e amei tanto as pessoas que frequentavam e frequentam comigo esse lugar. Eu não podia dizer outra palavra referente a esse imóvel imponente que não seja amor.

Como todas as grandes propriedades, a casa da minha família em Charleston na Carolina do Sul   tinha um nome:  Southern Gardens.
Mas, na minha opinião, teria sido mais correto chamá-la de Emotions Gardens.
Seria mais sincero com o lugar, porque aqui era uma casa de sentir, de ter sentimentos, independentes de ser amor, ódio, inveja, repugnância, carinho ou paixão.
As pessoas que vinham para esse lugar acabavam envolvidas em sentimentos.
E eu vivi muitos desses sentimentos por todas as vezes que estive aqui nas férias de verão ou nas festas de Natal e Ano Novo.
E o melhor de tudo é que essa história familiar estava muito bem arquivada e exposta para qualquer convidado que quisesse saber. Era só olhar para as paredes e ver as molduras robustas esculpidas em madeiras nobres.
Elas contavam a grande trajetória dos Maccabee em sua glória coberta por riquezas e fama política.
Lá estavam minha mãe Elizabeth ou Lizzi em seu casamento mostrando seu vestido elegante para a década vivida, ou meu pai com seus irmãos tomando sol com suas sungas listradas nas areias douradas da praia particular na frente dessa casa.
Meus avós em bailes na Casa Branca, e até com alguns Presidentes como Ronald Reagan,  Bush e até mesmo o  democrata Clinton. Me recordo de contarem que Reagan muitas vezes passou alguns feriados conosco nessa casa, mas eu era muito bebê para lembrar daquele Presidentes aqui.
A foto que mais me intrigava era a de meu pai em seu  short branco curto mostrando suas pernas finas ao lado de seu amigo e irmão de fraternidade quando foram campeões de tênis em algum campeonato em Harvard, junto com Jake Larkin o  meu futuro sogro.

Será que nessa época eles já sonhavam em unir filhos para selar o elo dos dois na eternidade?

O detalhe de me tornar nora dele era  um desejo antigo que os dois mantinham calados, porém todos sabiam o quantos eles desejavam que um de seus filhos se unissem para de fato se tornarem familiares.
E eu estava próximo de virar uma moldura nessas paredes de arquiteturas neoclássicas vitorianas, dessa mansão tão extravagante e linda.
  Me  assustava saber  que ao sair eu iria ver todos os cômodos incluindo as escadas gêmeas, o salão de baile, da grande sala de jantar e de estar sem contar o bar e o hall coberto por decoração natalina misturadas aos adornos matrimoniais.

Não sei onde eu estava com a cabeça quando deixei as malucas por casamento cuidarem do meu.
Saio da cama, tomo um banho e visto o vestido que já havia deixado separado na poltrona do meu lado, para as comemorações de hoje.

Eu sou assim, sempre fui organizada e prática.
Graças a Deus os meteorologista acertaram no tempo, porque quando olho para a janela que dá para as costas da casa e de frente para o gramado e a faixa de areia que está reluzente com o dia ensolarado, sorrio .
O vestido que escolhi era na cor rosa antigo, seu tecido era leve e rendado, apropriado para os 19 graus que anuncia estar fazendo agora,
Isso era outra qualidade desse lugar, os invernos não eram tão frios, o que dava para aproveitar bem essa época do ano.
Olhando daqui de cima, já notava as cadeiras sendo  enfileiras lado a lado, os designers estavam arrumando o cenário para amanhã a noite, e  eu tinha certeza  que minhas irmãs iriam colocar essas decorações até na estrada coberta por fileira de árvores que davam para entrada da casa, e no  jardim ao lado da entrada da escada branca que ficava na frente da casa.
Relutante e apavorada término de me arrumar, já passam das oito horas quando eu pego meu celular e checo minhas mensagens, não há nenhuma do meu futuro marido.
Ele deve estar vindo com seu irmão como me falou, porém há inúmeras mensagens do meu diretor de elaboração de joias, e eu não gosto nada do que leio.
Tudo bem que hoje é sexta feira ante véspera de natal, mas estamos comprando um lote muito grande de rubis para a nova coleção de joias que eu mesma projetei e desenhei.
Um cadeado cravejado de rubis, terá brincos, pingentes, pulseiras e anéis. Tudo com o tema cadeado, e eu garanto que caras românticos como meu noivo vão comprar para suas amadas.

Não sei por que tive essa ideia, acho que pelo fato de eu estar olhando para essa pedra todos os dias e lembrando que o cadeado passa a imagem de amor trancado a sete chaves, me inspirou.

Porém eu quero que essa coleção saia  logo, no máximo no começo do ano, enquanto eu estiver em lua de mel em Paris.
Passo meu perfume tentando disfarçar todo esse cheiro de lavanda e saio do quanto, impecável, maquiada com um coque alto, como uma princesa  que acaba de acordar de seu sono da beleza.
Conforme eu percorria o corredor de quartos do terceiro andar ia me dando conta da quantidade de gente que estava no primeiro andar da casa, sabia que eram meus parentes e os amigos da faculdade.
Pelo planejamento de Kalye hoje não haveria convidados que não estivessem hospedamos em Southern Gardens.
Perfeccionista como eu, minha irmã mais velha havia cuidado de todo planejamento desses 3 dias.
Felizmente, Kalye assumiu o comando, me consultando sobre decisões estéticas como mera formalidade.
Eu não teria estrutura para planejar meu casamento.
Não dessa forma e além do  que  eu estava mais ocupada com meu trabalho do que com meu casamento.
E quando eu não podia opinar na irrelevância de uma qualidade de flor que iria ser pendurada nas varandas do segundo andar, ou na marca da água que iria ser colocada no frigobar dos convidados, era Julye que entrava em ação.
Ela selecionou o menu, colocando  muitos dos pratos que os Maccabee e Larkin amaram nos jantares de maiores sucessos realizados por nossas famílias.
Kalye envolveu um Chef famoso nesse cardápio aprimorando receitas tradicionais, escolhendo e provando antecipadamente  todas as refeições que seriam servidas no salão principal da casa durante esses 3 dias .
Minha irmã mais velha supervisionou a lista de convidados, escolhendo os 500
convidados que participariam da cerimônia principal, o casamento e selecionando a dedo os  amigos e familiares mais merecedores da sua rede para estarem presentes nas comemorações mais íntimas nos dias anteriores.
Cem  vagas adicionais foram preenchidas entre a família e amigos mais próximos e influentes dos Larkin, graças a Deus eles eram uma família pequena e com uma rede de amigos que eram praticante os mesmos que o da minha família.
Em compensação minha irmã quebrou a cabeça para acomodar a minha família gigantesca e os amigos políticos do meu pai e avó.
Como Governador meu querido papai queria se mostrar com um casamento tão influente como esse.
E eu e meu noivo estávamos muito ocupados trabalhando para resolver esses pequenos detalhes .
Kalye contratou a banda, a mesma que tocou no casamento dela, a 5 anos atrás.
Enquanto Julye encomendou as flores, da estação local da Carolina do Sul.
Ela decidiu as cores brancas e vermelhas, inspirando-se no Natal, essas cores ficaram magníficas com o tema do casamento.
E Kalye por sua vez se entretinha nas cores da festa, ela quis combinar o verde da grama com as toalhas de mesa e guardanapos brancos, e vermelho para as fitas que estavam penduradas na tenda branca coberta por lustres de cristal.
Acredito que o contraste das cores junto com as luzes do entardecer iriam ser a parte mais esplendorosa da decoração. Tudo isso recheado com grandes arranjos florais de peonias e lírios brancos se baseavam no mesmo esquema de cores.
Já o cardápio da festa foi Eleanor que fez questão de escolher, era clássico do litoral, com toques de sofisticação urbana. Uma mesa de frios alimentaria os convidados durante os coquetéis, até que desse a hora do  jantar, que seria logo depois dos votos, que seria  servido a tempo do sol se pôr.
Com muito bom gosto minha futura sogra escolheu entre lagosta grelhada e cordeiro,  logo sendo oferecido uma massa trufada com queijo brie e cascatas de legumes grelhados coloridos.
Além dos coquetéis servidos constantemente.
Sua programação foi tão meticulosamente planejada que até me cansava de lembrar.
As festividades começariam na tarde de quinta-feira com uma despedida de solteiro quando as amigas da noiva e os familiares chegassem foi organizada por Donna.
Logo na manhã de sexta feira, seria servido um café no salão principal e depois todos saíram para o gramado e encenaríamos o casamento com a dama de honra e minhas 4 madrinhas e padrinhos. Em seguida,  seria servido um almoço sem muita cerimônia e aí todos estariam livres para se divertirem com jogos de tênis,  golf no campo ao lado, ou apenas ficar colocando o assunto em dia na varanda arejada da casa .
A noite exatamente às 18 horas seria servido o jantar planejado para uma  longa noite de brindes. Segundo os costumes da minha família, que envolvia fazer os noivos passarem muitos micos como brindes gratuitos que transformavam os noivos em melhores pessoas do mundo  e convidados que passariam a maior vergonha por não dar um discurso à altura dos noivos.
Depois do jantar, os noivos ou seja eu e ele iríamos nos separar,  e seríamos proibidos de sequer trocarmos olhares até que chegássemos ao altar.
Eu sei, era uma puta tradição idiota, mas foi assim com todos e seria comigo, vovó insistia que dava azar ver o noivo antes do casamento e de um certo modo eu estava aliviada por ficar longe dele um pouco, pois depois teria a eternidade para ter sua presença ao meu lado.
Pelas próximas 20 horas  eu sabia que ia estar sequestrada com minhas amigas,  que cuidariam de não nos vermos de forma alguma, como se eu ao vê-lo perderia minha virgindade um dia antes do casamento.
Isso era um ato hipócrita afinal todos sabiam ou suspeitavam que eu já tinha perdido minha virgindade e não era de forma alguma com esse Larkin.
Enfim, logo após essa noite torturada  longe de meu noivo eu passaria o sábado todo nas mãos de profissionais da beleza, e das madrinhas que cuidariam de mim, enquanto os homens estariam entretidos em jogos e charutos no salão de festas.

Segundo minhas irmãs o casamento estava marcado para as cinco da tarde,  para coincidir com a luz do entardecer sobre o altar decorado também de vermelho e branco.
As champanhes seriam estouradas  e os canapés passariam a serem servidos imediatamente depois do Eu aceito, enquanto os noivos pousavam para as típicas fotos.
Após o jantar dois brindes serviriam como um chamado aos fogos, um do padrinho mais velho que no caso era o irmão do Noivo  e outro do meu pai.
Em seguida a dança dos noivos, as despedidas e por fim nos partiríamos em uma enxurrada de pétalas de rosas brancas e vermelhas. Deixando os convidados comemorarem sem nós.
Só de pensar em tudo isso tenho vontade de dar meia volta e me enfiar embaixo daquele lençóis Yves Delorme, porém era tarde demais para correr, eu estava descendo o segundo degrau das escadas gêmeas e os convidados que estavam circulando pelo primeiro piso já haviam me visto.
Principalmente a escandalosa Donna, que gritou meu nome quando me viu. É eu teria que encarar esses cronogramas e os convidados. Agora a minha ficha tinha caído.
Eu estava mesmo me casando.
Eu realmente não compreendo por que as pessoas fazem de um casamento um evento tão grandioso, se é apenas mais um dia da sua vida que pode às vezes não ser um fato bom.

💍💍💍💍💍

— Olha a noiva — Donna gritou no Hall da escada.
Como sempre ela estava impecavelmente linda. Pele de porcelana, cabelos ruivos,  bochechas e colo coberto por sardas. Que davam o seu toque angelical.
Nós duas dividimos durante dois anos o mesmo quarto na fraternidade.
Não que precisávamos estar em um quarto só, mas tanto ela quanto eu queríamos seguir as tradições dos nossos pais.
Donna era o meu oposto, enquanto eu já sabia a roupa que iria usar no dia seguinte, geralmente clássicas e discretas, ela não fazia a ideia do que vestir quando acordasse.
Sempre era eu que tinha que acordá-la ou lembrá-la das datas provas.
Seu estilo despojado e as vezes despenteado e muito escandaloso era o que a deixava atraente, de uma inteligência tremenda, ela muitas vezes me auxiliava em textos e estudos.

Acho que naqueles momentos em que ela me ensinava, ela descobriu seu dom para lecionar. Hoje minha amiga continua morando em Boston e dando aulas em Harvard.
Enquanto eu descia os 25 degraus ela me esperava com os braços abertos que me tencionaram em um abraço apertado quando eu a encontrei.
— A noivinha passou bem à noite?
Arrumei uma mecha de cabelo dela atrás de seu ombro e sorri.
Donna estava começando a ficar descabelada.
— Sonhei com as lingeries e o gel de massagem que vocês me deram. E é claro a coleira maldita que você me deu.
— Baby você sabe que não sou a favor dessa loucura.
— Não comece Donna, onde estão as outras.
— Dormindo, — ela entrelaça um braço no meu e me puxa para a sala de jantar onde está sendo servido o café.— ontem depois da festa, fomos para praia e ficamos lá com os rapazes.
— E nem me chamaram? — protesto.
— Seu humor não estava dos melhores amiga e o seu par não estava aqui.
Nós duas rimos, ela para um pouco e olha para o meu vestido rosa todo de renda desenhado especialmente para essa ocasião por Alexander Wang.
É um modelo clássico que cai até o joelho e com mangas finas, com uma renda delicada da mesma cor do resto do vestido.
— Merda, você está horrivelmente fabulosa.
Rimos juntas, como sempre a risada escandalosa de Donna sobressai da minha.
— Eu sou a noiva bem.
— Ah, aí está ela — me viro no mesmo momento em que ouço a voz suave de Kalye.
Minha irmã sete anos mais velha está impecavelmente deslumbrante, se todos não soubessem que eu sou a noiva aposto que a confundiriam com esse papel.
Kalye se casou muito nova, quando terminou economia em Harvard, se casou alguns meses seguintes, com o filho de outro republicado influente como meu pai.
O que fez o velho Edward agradecer essa união, ela era vantajosa para ambos os lados, e meu cunhadinho Tom era um Lorde e eles formavam o casal perfeito da Sociedade Sulista de Columbia.
Desse casamento foi  concebido o meu sobrinho que gostaria de vê-lo muito mais do que consigo por ano, Ben.
Kalye é praticamente a cópia da minha mãe, mulher de político elegante e linda.
— Estou — me afastei de Donna e abri meus braços a ela dando-lhe dois beijos discretos. Éramos muito ligadas, bem mais do  que com Julye.
— Kay o que você fez nesse lugar?
Ela se afastou com olhos assustados.
— Por que o que aconteceu?
— Nada, apenas está maravilhoso, não imaginava ser possível essa casa ficar ainda mais bonita do que já é, mas você conseguiu.
— Vovó disse a mesma coisa, mas Julye ajudou muito.
— Claro ela não vê a hora que você case — Donna sussurra maldosamente ao meu ouvido.
Eu finjo não escutá-la.
— Onde está Dylan ? — Kay pergunta com seu tom preocupado.
— Provavelmente chegando em alguns minutos, o avião deve estar pousando.
— Ainda bem, Tia Margareth já começou a tomar seu bourbon e a contar as histórias de sua adolescência aqui em Charleston com tio Peter.
— Meu Deus precisamos calá-la antes que ela comece a dizer que Diário de uma paixão foi inspirado em sua vida.
— Então venha — é minha irmã agora que segura meu braço.
— Todos já chegaram — pergunto discretamente enquanto passamos pelos corredores amplos e arejados pelas enormes janelas que dão de frente para a estrada das arvores.
— Quase, tio Jimy irá chegar para o almoço. O par de Julye está chegando. Dylan  e Ethan você disse que estão chegando, Praticamente toda a família do papai já estão aqui.
— É a da mamãe?
— Você quer dizer a única irmã que sobrou da leva de mortes catastróficas.
— Credo Kalye são nossos parentes.
— São, mas morreram.
— Tá certo, Tia Cora já chegou com seus dois filhos?
— Já, e estão acomodadas no segundo andar.
— Ótimo — é o bastante que consigo sussurrar quando entramos na sala de jantar.
Noto que os 40 lugares à mesa enorme de jantar estão praticamente todos ocupados, entre eles sentados estão meus pais e os pais de Dylan,  alguns amigos de faculdade e o restante dos parentes.
Todos que estão na sala viram na minha direção quando eu entro. Aceno para todos mantendo um sorriso de Miss.
Julye está encostada na lateral de uma janela olhando a entrada da casa. Ato esse que me deixa muito preocupada.
Será que ela espera pelo filho mais velhos dos Larkin ou por seu par misterioso?
Não me sinto confortável em pensar sobre isso.
Porém dissipo minha atenção a ela fitando em Donna e Kalye que estão ao meu lado.
— O que irá comer? — as duas perguntam  juntas.
— Calma — dou um passo para trás e gesticulo com a mão para pararem — Eu sei pegar meu café.
— Então coma, porque você é a noiva e não pode desmaiar no meio do cronograma pesado desse Natal.
— Eu vou, mas você quis dizer casamento de Natal, certo? — a insulto ironicamente e  me afasto, no mesmo momento em que meu celular vibra na minha mão.
Ansiosa que seja ele eu olho a mensagem, mas não é dele e sim do meu Diretor de Produção.
Entro em pânico ele nunca importuna à uma hora dessas no meio de uma data como essa, só pode ser encrenca. Então ligo para ele.
— Lucca o que houve.
— As pedras não chegaram, estão alegando que o pagamento não foi realizado.
— Como não eu depositei  milhões ontem na conta deles.
— Veja seu depósito ele não foi feito.
Droga, desligo o telefone e no mesmo momento ligo para a minha gerente de banco, o banco que por acaso é do meu futuro marido
Ela atende no mesmo momento.
— Bom dia Senhorita Maccabee em que posso ajudá-la?
— Bom dia, o depósito de ontem para a empresa que eu solicitei que você fizesse não foi feito, a minha mercadoria não chegou ainda por esse problema, o que está acontecendo?
Ela gagueja e diz que irá verificar.
— Verifique isso agora, ou garanto que o senhor Larkin não gostará nada de ficar sabendo disso.
— Desliga isso já, não acredito que está trabalhando em seu casamento? — Kalye pega o celular da minha mão e enfia em sua bolsa de mão.

— Está confiscado até o final da noite.
— Kalye — protesto mas é em vão pois quando tento tomar o telefone dela, minha irmã do meio grita:
— Chegaram.
Julye diz e sai correndo, sua calça de linho a ajuda com os movimentos rápidos.
Ela sempre foi a mais desencanada com moda de nós três.
Eu a vi passar por mim e correm em direção da porta.
Não sei porque fui atrás dela, enquanto escutava os pneus dos dois carros pararem sincronizadamente juntos.
Donna e Kaylie apressam o passo para me acompanhar.
Quando chego no hall de entrada a porta se abre e meu coração se aperta.
— Família perfeita cheguei —  a voz grossa de Ethan chicoteia o ambiente esbarrando na minha pele, causando arrepios em lugares que não gostaria de sentir, um homem loiro maior que ele e forte como um matador surge do seu lado.
Eu não conheço esse cara mas pela forma que Ethan coloca a mão em seu ombro e dá dois tapinhas eu acho que ele o conhece bem.
— Olha quem eu achei perdido tentando chegar a Southern Gardens.
Julye grita de felicidade e começa a correr em direção dos dois.
Meu coração gela, minha vontade é colocar o pé na frente dela para que  ela caia, não chegando até ele, será que ele fez o que eu pedi, será que ele resolveu se dar essa chance e viver algo com ela?
Eu sei que todos estão me olhando, menos Julye e o cara que sorri para ela.
Meus olhos aflitos encontram o de Ethan e eu consigo decifrar a dor que ele sente ao meu ver depois de quase um ano.
A mesma dor que eu estou sentindo nesse momento, porém acho que a minha é maior por eu sou a noiva e minha irmã apaixonada por ele está indo se jogar em seus braços.
E com os olhos acorrentados eu noto que Julye chega até ele, porém ela se joga no grandão que a pega imediatamente no colo enquanto ela cruza as pernas em sua cintura, ele larga sua mala no chão e lasca um beijo de cinema em seus lábios.
Acredito que agora todos estão de olho neles, o que dá uma brecha para que Ethan continue me olhando enquanto  caminha para dentro da casa, se afastando do casal quente que estão transando com suas bocas descaradamente na frente de todos.
Não sou capaz de olhar para porta para ver Dylan entrando, eu e Ethan estamos criando uma situação constrangedora nesse hall.
Pois eu sei que minhas amigas estão notando nossos olhares .
— Oi — é a única coisa que ele diz com a voz branda jogando para o lado seu cabelo que cai um pouco em seu olho esquerdo.
— Oi – é só que consigo falar, ao ver seu rosto perfeito.
Enquanto minha irmã ainda se agarra com o bonitão esquecendo de todos aqui, a outra tenta me tirar desse embaraço e entra no meio de nós.
— Onde está Dylan? — ela pergunta.
E nesse momento Ethan percebe que ela está do nosso lado.
— Não veio.
— Como não veio? — não grito,  mas altero meu tom de voz.
Ele me encara.
— Perdeu o voo. Eu liguei, mas ele não atendeu, então eu vim, achei que  você iria precisar de um noivo.
E de repente tudo vira um caos.
O meu noivo desaparece e o seu irmão o homem que sonhei por anos que seria o  meu noivo no dia de hoje, acabou de sugerir isso ironicamente.

💍💍💍

Ixe vai vir confusão, e você acha que esse casamento sai ou não sai ? 

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