WHIPERS * ANJOS DAS TREVAS *

By rriplay212

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CAPÍTULO 1 * NOITE DE CHUVA *
CAPÍTULO 2 * TUDO CONFUSO
CAPÍTULO 3 ** MORTOS E DEMÔNIOS
CAPÍTULO 4 ** SÔNIA
CAPÍTULO 5 ** VERDADES
CAPÍTULO 6 **BEIJO DA MEIA-NOITE
CAPÍTULO 8 ** DESPEDIDA
CAPÍTULO 9 ** ILUSÕES
CAPÍTULO 10 ** TRISTEZAS E ALEGRIAS

Capítulo 7 ** TORTURA

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By rriplay212


Dois dias se passaram. Vou trabalhar. Volto pra casa. Durmo. Acordo. E ele não aparece. Será que realmente ele virou um demônio? Será que ele se sacrificou mesmo? Pra que? Ou melhor. Por que? Acho que falta muitas respostas.

Camille sumiu. Ralph sumiu. Minha mãe vai trabalha e volta. Sobe pro quarto e dorme. O pessoal do trabalho ficam em silêncio. Jorge me olha e começa a chorar. Mal falam comigo. André desapareceu junto com meu carro. Sônia me atende e diz que vai viajar pra procurar um tal de Guilherme.

Tudo está tão chato. Tão sem lógica. Tão vazio. Tão complicado de se entender. O que eu faço? Vou atrás da minha mãe. A original.

Pego as chaves do carto de Camille. E sigo a estrada. São 2 da manhã. Por volta das 8 eu chego na cidade do interior de São Paulo.

No meio do caminho paro em um bar de estrada. Está vazio. Somente um velho de cabelos brancos me atente e me serve um copo de café.

- Mais alguma coisa? - pergunta

- Só isso.

- Vou entrar e fazer mais café qualquer coisa é só chamar - ele entra e me deixa sozinho.

Olho pra trás com esperança de ver Ralph sorrindo. Mas não o vejo. Quando olho pra frente lá está eles. Mortos. E com ódio nos olhos

- Ola Jovem! - Naldo diz

- O que faz aqui? Está passeando? - pergunta Betinho

- Acho que ele precisa trocar os pneus já que furei.

- Moço! - grito ao velho

- Ele não pode te ouvir! Enfiei a faca.na orelha dele.

Naldo parecia ter mudado quando me alertou sobre a armadilha. Mas me enganei.

- O que vocês querem?

- Eu não quero nada. - Responde Betinho - mas tem alguém que quer.algo de você. E quer muito....

Naldo abre a porta do bar e vejo a fumaça preta.

Ela invade o bar. A mão começa a sair di meio da fumaça. Mas dessa vez surge um braço. E a outra mão. A cabeça. O tórax. As pernas. Parece uma geléia. Então ele se levanta e vai ficando firme. Até ganhar forma.

Cabelos vermelho. Olhos escuros. Pele bronzeada. Voz rouca

- Ola Henry, nos encontramos de novo. Me chamo Robert.

- O que você quer?

Ele olha pra Naldo e Betinho. Os dois saem do bar.

- Quero ficar sozinho com você. E te mostrar como eu amo brincar.

- Brincar?

- Ah! - ele grita - quase me esqueci - ele se aproxima - aquele beijo foi tão fofo. Quase chorei.... mas não chorei... eu ri demais enquanto Ralph gritava de dor

Ele me segura pelo pescoço e me enforca. Sua força é inacreditável. Começo a me debater. Empurro ele. Então ele me solta.

- Esse vai ser só o começo garoto. A madrugada está ótima pra uma brincadeira a dois você não acha?

Fici em silêncio. Então ele grita.

- Você não acha?

Não respondo. Ele vira e pega uma cadeira. Ele joga ela no chão e ela se quebra. Ele pega um pedaço da madeira.

- Acho melhor você cooperar comigo senão vou piorar sua situação - ele puxa a cadeira e senta na minha frente - agora me diga. Onde é o portal? E quem virou Guardião do Portal?

- Não sei

Ele abaixa a cabeça e começa a balançar negando.

- Eu pedi com educação pra você cooperar, mas você prefere violência. Ok

Ele se levanta e pega a madeira. Fecho meus olhos e sinto ele bater em meu rosto. Sinto muita dor.

- Agora me diga. Onde está o portal?

- Eu não sei

Ele olha pra fora. Naldo e Betinho observam e dão risada. Vejo Robert quebrar a madeira ao meio no joelho e com a boca começa a morder a madeira. Ele vira. A madeira agora está parendo uma lança. Ele aponta ela pra mim. Segura ela com as duas mãos e enfia em minha perna.

Ela fica atravessada em minha coxa direita. Grito de dor. E agora começo a chorar

- Por favor pare! - imploro.

- Diga onde está e eu pego leve com você.

- Por favor eu não sei

Ele pega outra madeira e começa a morder. Criando outra lança.

- Por favor! Começo a chorar de dor.

Minhas mãos estão amarradas. A lança na minha cox, queima.

- Eu só vou parar quando souber do.portal.

- Eu não sei...

- Resposta errada. - Ele me bate com a madeira. E sinto o sangue escorrer em minha boca.

Abaixo a cabeça.

- Cansou de apanhar? - ele segura a lança - Só essa, se você não gritar eu paro. Mas se gritar eu parto pro nível 2

Ele posiciona a ponta da lança na minha coxa esquerda.

- Lá vai... 1... 2...3...

A lança atravessa lentamente. Me causando dores por todo o corpo. Não consigo segurar. E grito.

- Ah não você perdeu! - ele ri - e adoro quando perdem.

Não consigo mais falar. Somente chorar. E pedir pra Deus me ajudar.

- NALDO! - ele grita.

- Senhor?

- Rasgue toda a roupa dele. E traga o gelo.

Estou nú. Naldo e Betinho riem sem parar junto com Robert. Eles pegam gelo e brincam de quem acerta o alvo. Eu sou o alvo.

Gelo em meu rosto. Bate em meu olho. Boca. Testa. Era motivo de piada.

- Onde é que está o portal?

Balanço a cabeça.

Ele fica em silêncio. E de repente ele grita.

Meu ouvido doe. Os vidros do bar se quebram e muitos me acertam. Em seguida o vento da madrugada invade o lugar. Me arrepio. Sinto tremedeiras. Sinto frio.

- Acho que ele está com frio! - diz Betinho.

- Posso esquentar ele Robert? - pergunta Naldo.

- Vai lá... me surpreendam.

Betinho se aproxima de mim. Ele apoia nas madeiras na minha perna. Sinto dor e grito.

- Me diga onde está o portal! - ele diz - se você me contar eu mesmo te liberto.

Chorando eu balanço a cabeça.

- Ok. Você quer sentir mais dor!

Betinho se abaixa e pega um pedaço de vidro. E corta meu peito.

A dor já não aparece.

- Fala droga! - ele grita e me bate com um pedaço de madeira que pegou do chão.

- Sai dai. Deixa comigo. - Diz Naldo vindo com dois baldes - agora vai ficar frio - ele mira em mim e joga a água gelada em mim.

Sinto um choque. E me desperta todas as dores.

- Mais isso é ótimo - vibra Robert - Jogue o outro - ainda não - ele olha nos meus olhos - esse vem depois do fogo. Quero causar um choque termico

- Tá aqui Naldo. - Betinho entrega papeis e uma caixa de fósforos pra ele

Naldo se abaixa e coloca os papéis debaixo da cadeira. Betinho fica me furando com a faca que encontrou na cozinha. Robert fica rindo. Tudo fica mudo. As risadas de Robert. A voz baixa de Naldo. Os gritos de felicidade de Betinho.

O cheiro de queimado sobe até meu nariz. O calor na perna começa. Robert se aproxima com duas garrafas. Leio no rótulo GASOLINA.

- Por favor! - peço pela ultima vez.

O líquido desce pela minha cabeça e espalha pelo meu corpo. O fogo sobe.

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