Touching Paradise • Beauany

By abeaushine_

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Any era uma adolescente extrovertida e cheia de alegria até o pior acontecer. Quando perde sua mãe em um terr... More

Elenco + playlist
The lake
Beautiful smiles
Going back to our lives
First on the list
Aquarium of the Pacific
Just friends
Shoulder to cry
Good night, Any!
Plans for the saturday
City of Angels x Twilight
It's a crazy party
Friendly advice
No powers
Tedious but interesting
Nervous
Nostalgic day
Feelings
Enlightening conversations
She drives me crazy
Twins day
Theories
I miss you
Like the sky
Screams, hugs and tears (1/3)
Not everything is as it seems (2/3)
Bad dream (3/3)
Know better
Caution
A small wager
Dinner invitation
You're not the only one
Revelations
Ups and downs
Trying
Sofya's party
I'm not crazy
Sensations (+16)
Decisions
The truth (parte 1)
The truth (parte 2)
Did I screw it up?
Shiv being Shiv

Old and new friends

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By abeaushine_

23.09.2019 - 07:40
Los Angeles, California

Any Gabrielly

Passar praticamente todo o meu verão enfurnada em casa não foi de todo ruim. O recolhimento foi essencial para que eu pudesse, ainda que parcialmente, me recuperar do baque causado pela perda da pessoa mais importante na minha vida. Alguns dias foram bem piores que outros, admito. Em certa ocasião, quase cheguei ao extremo, estava decidida a deixar essa vida. Mas na hora, eu simplesmente travei. Por algum motivo não fui capaz de concretizar meus planos. Não tive coragem.

Agora, olhando para trás, me sinto aliviada em não ter prosseguido, não ter deixado meu pai, minha irmã, a Gaya. Cinquenta e um dias depois da tragédia, sinto que posso tentar voltar a ser o que era. Sim, eu disse tentar. Andei pensando e sei que dona Priscila não ficaria nada feliz se visse a forma como venho me comportando desde sua partida. Talvez seja hora de me esforçar para seguir em frente.

Admito que foi deprimente acordar, me arrumar para a escola e sair de casa sem que ela me desse um beijo de despedida e desejasse um bom começo de ano letivo. Quando papai se despediu de Shivani e eu, claramente na intenção de fazer o mesmo que mamãe fazia, precisei me controlar para não desabar. O dia estava apenas começando e eu precisava ser forte. Eu decidi ser forte.

Logo que minha irmã e eu pisamos na Escola Secundária de Los Angeles, nos separamos. Ela me deixa para procurar por Hina, enquanto fico parada na entrada do prédio, esperando Lamar e Sofya chegarem. Na última quinta-feira, quando tomei a atitude de fazer contato, conversamos bastante, esclarecemos alguns pontos e pude sentir que estava tudo bem entre nós. Eles não me odiavam por tê-los afastado, pelo contrário, disseram que compreendiam minha dor e que sabiam que o tempo colocaria tudo em seu devido lugar. Mesmo assim me sinto nervosa em revê-los. Será que as coisas entre nós voltarão a ser como antes?

— Any! — ouço uma voz familiar. Volto meu olhar em direção aos portões e me deparo com Sofya, que acena para mim. Lamar está ao seu lado, com o sorriso cativante de sempre. A pequena loira vem toda saltitante em minha direção e ele a acompanha. Quando estamos frente a frente, ela me abraça apertado. — Oi!

— Oi, Sofy! — murmuro em seus cabelos. Fecho os olhos ao sentir seu cheiro adocicado. É algo tão dela!

— Senti sua falta.

— Eu também senti. — nos soltamos. — Mas eu realmente precisava de um tempo. Me desculpem por... tudo.

— Não tem o que desculpar, Gaby. Nós entendemos. — é a vez de Lamar me puxar para um abraço apertado. Fico na ponta dos pés e envolvo seu pescoço em resposta, sentindo um alívio enorme por estarmos tão próximos, sem nenhum clima estranho. Antes de nos afastarmos, ele me dá um beijo no rosto. — Como se sente agora?

— Estou bem. — sorrio de lado. — Feliz em rever vocês e mais ainda por saber que não estão zangados comigo.

— Bom... — ele toca a ponta do meu nariz com o indicador. — É assim que gosto de te ver. Agora vamos andando? O sinal já vai bater.

— Claro, vamos. — concordo.

Com Lamar me abraçando de um lado e Sofya do outro, adentramos o colégio. Os corredores estão tomados por alunos — tanto calouros, quanto veteranos — recém chegados. Enquanto alguns parecem animados em reencontrar amigos antigos, outros buscam informações, certamente por serem novatos.

Ah, os novatos...

Isso faz com que eu me lembre do Joshua, que provavelmente será um dos meus novos colegas, e me questiono internamente se nos veremos hoje. No dia em que saímos, me lembro de ter ouvido que seus estudos provavelmente seriam iniciados amanhã, mas nunca se sabe e, apesar de estar sendo ignorada por ele desde a sexta à noite, eu gostaria de vê-lo.

Dizer que Josh tem me ignorado pode ser exagero, mas não conheço termo mais adequado para nomear suas últimas atitudes em relação a mim. Desde que ele foi embora de forma repentina, depois de nossa visita ao Aquário do Pacífico, não voltamos a nos falar. E olha que não foi por falta de "oi", porque o chamei pelo WhatsApp algumas vezes.

Usei as fotos que tiramos no passeio como motivo para puxar conversa, só que não obtive resposta alguma. Isso aí: Joshua me deixou no vácuo logo depois de um encontro. De um passeio entre amigos, quero dizer... Parece que a Shiv estava enganada, afinal. Nem sei por quê me deixei levar por suas ideias. É óbvio que um cara lindo como o Josh não teria o menor interesse em mim.

O problema é que talvez — só talvez — eu tenha me interessado por ele. Aqueles olhos incríveis têm uma boa parcela de culpa. São de um azul magnífico e quando estão sobre mim, parecem capazes de me ver por dentro. Ele me olha como se tivesse acesso ao meu íntimo, se soubesse todos os meus segredos. É tão intrigante! E justamente por isso, aquele olhar, profundo como o oceano, não sai da minha cabeça.

Sei que meus pensamentos em relação a ele não fazem o menor sentido. É impossível uma pessoa saber tudo sobre a outra apenas pelo olhar, ainda mais quando elas mal se conhecem. Essa é só a impressão que Josh me passa. Enfim, preciso dar um jeito de tirá-lo da minha mente antes que eu caia de vez em seus encantos. Está nítido que ele só me quer para guiá-lo por passeios pela cidade. Nada mais.

— Minha primeira aula é de química, com o Sr Stone. E você, Any? — Sofya chama minha atenção.

— Espanhol, com a Sra García.

— Ah, que pena. Pensei que estaríamos juntas nessa. — ela se afasta quando nos aproximamos de nossos armários. — Temos algum horário em comum? — ela me entrega uma folha impressa com todos os seus horários de aula. Retiro a que tenho em minha mochila e as comparo.

— Teremos álgebra hoje e inglês, educação física e artes ao longo da semana. — respondo.

— Melhor que nada. — a loira diz, conformada.

— Exatamente, melhor que nada. — Lamar diz, emburrado. Por ser um pouco mais velho, cursamos anos diferentes.

— Não faz essa cara, Lamur. — o abraço de lado. — Nos vemos no almoço se você não nos trocar pelos seus colegas do terceiro ano.

— Sabe que eu nunca faria isso, Gaby. — ele retribui o abraço. — Troco ideia com alguns caras, mas não é como se fôssemos grandes amigos. É tudo pelo time de basquete.

— Claro que é pelo time. Você não é maluco de trocar a gente. — Sofya pisca para nós e solta uma risadinha. — Bem, eu vou indo. Não quero me atrasar logo na primeira aula.

— Eu também. — digo.

— Então nos vemos no intervalo? — Lamar pergunta. Sofy e eu respondemos com um aceno. — Beleza. Até mais, meninas!

Deixando meus amigos para trás, sigo sozinha pelo corredor que leva até a sala 206. Caminho apressadamente, pois o sinal está prestes a tocar. Em meio a pressa, acabo esbarrando em uma garota inserida em uma roda de amigos. Quando ela se vira, percebo que se trata de Heyoon Jeong, uma das alunas do terceiro ano.

— Desculpa, Heyoon. — peço, totalmente constrangida. — Você está bem?

— Estou, tudo bem. — ela sorri. — Não foi nada.

— Ótimo! — respiro aliviada.

— Oi, Any. — ouço Bailey dizer, ao lado da garota.

— Oi. — respondo. — Oi, todo mundo, aliás. — digo para que Krystian e Sina também ouçam. Não é nada educado aparecer em uma roda de amigos e cumprimentar só uma pessoa ou duas. Apesar de sermos apenas conhecidos, eles respondem de forma simpática. — Agora eu vou... — aponto o corredor.

— Espera. — o ex capitão do time de futebol se afasta dos amigos, parando a minha frente. — Está indo para a aula de espanhol?

— É, estou.

— Legal. Eu também. — ele sorri. — Vamos?

Hein?

— Tá... Tá ok. — respondo, confusa pela aproximação repentina.

Como eu disse, somos apenas conhecidos, então estranho o fato de Bailey May decidir ir comigo até a sala de aula. Tudo bem que teremos esse horário em comum, mas ainda sim é estranho, principalmente por ele ser um dos populares da escola. Ele conquistou sua fama após se tornar o capitão do time de futebol no ano passado. O problema é que, depois de um tempo, o garoto se envolveu com coisas ilícitas e isso resultou em sua expulsão do time.

Desde então, May se tornou o garoto problema da ESLA. Uma variante de bad boy, digamos assim. Não só ele, mas Krystian Wang também. Sina Deinert e Heyoon Jeong, prima do Krystian, completam seu squad, mas ao contrário dos dois, a má fama delas é bem menor. Pelo que a maioria dos alunos diz, o quarteto é quase inofensivo se ninguém cruzar seu caminho, mas em minha humilde opinião, isso só se aplica às meninas. Já May e Wang, além de pegarem geral, fazem uso de cachimbos da paz e repassam drogas pela escola.

Além disso, já os vi fazendo outras coisas terríveis, como pichar muros pela cidade, furar o pneu do carro da professora que zerou uma de suas apresentações ano passado, e colocar bombinhas no vestiário feminino para fazer as líderes de torcida saírem correndo, só de toalha, pelos corredores da ESLA. Sério, eles não são nem um pouco inofensivos. Curiosamente, isso não impede que as garotas continuem babando por eles. Pelo contrário, parece até que elas têm um fraco pelas más influências.

Shiv e Hina são dois exemplos. Minha irmã morre de amores por Bailey e sonha em ter sua atenção. Tanto que fez questão de se inscrever nas mesmas disciplinas que o garoto só para tentar se aproximar. Já Hina é um caso a parte. Ela e Krystian namoraram por um tempo, mas se separaram por motivos que eu desconheço. Pelo que me lembro, o término ocorreu pouco antes de Lamar contar que Wang apareceu drogado em uma das aulas de física. Se uma coisa está relacionada a outra, não tenho a menor ideia.

— Eu soube o que houve com a sua mãe no início do verão. — Bailey diz enquanto seguimos em direção a sala de aula. — Sinto muito.

— Obrigada.

— Você está bem? — ele me olha parecendo inseguro. — Quer dizer, eu imagino que não esteja, mas sei lá, você... precisa de alguma coisa?

— Não preciso de nada. Valeu. — me controlo para não fazer careta. Isso é muito, muito estranho.

— Certo. Em todo caso, se precisar, pode contar comigo, Any. — noto que ele aperta as alças da mochila. — Não somos amigos, mas isso não importa em momentos delicados, não é?

— Claro. — paramos em frente a 206. — Obrigada, mesmo. Vou me lembrar disso.

Vejo Bailey assentir e, então, entramos na sala de aula na hora exata em que o sinal toca. Ele segue para um lado, enquanto eu vou direto para o fundo da sala, onde Shiv conversa animadamente com uma garota loira. Seu rosto não me é familiar. Só pode se tratar de uma novata. Sorrio ao me aproximar delas. Sento-me atrás da minha irmã, que encontra-se ao lado da garota.

— Bailey estava falando com você? — ela pergunta, um tanto inquieta.

— Sim, veio dizer que sente pela nossa mãe. — dou de ombros. Volto a falar antes que ela me encha de questionamentos desnecessários. — Quem é sua nova amiga?

— Ah, é a garota de quem falei há alguns dias. — Shiv aponta de uma para a outra. — Any, essa é a Joalin. Joalin, essa é a minha irmã, Any Gabrielly.

— Oi, Any. — a loira sorri. — Prazer em finalmente conhecê-la.

— O prazer é meu. Mas por que "finalmente"? Shiv andou falando mal de mim?

— Não, é que sou amiga do Josh. O cara com quem você saiu há alguns dias. — ao ver que a encaro com o cenho franzido, ela se apressa em explicar. — Nós moramos juntos. Ele comentou sobre ter conhecido você, eu comentei sobre a Shivani, acabamos ligando os pontos e constatando que conhecemos pessoas interligadas. Fiquei surpresa com a coincidência.

— Realmente, é muita coincidência. — concordo. — E o Josh... ele também está aqui na escola hoje?

— Está. Ele não disse nada?

— Não, nós não nos falamos desde a sexta. — me sinto um pouco sem jeito. — Mas tudo bem. Eu entendo que ele deve ter estado ocupado demais para me responder e tal...

— E como! Ele tem estado ocupado mesmo. Muito, muito. — ela comprime os lábios em uma linha. — Vamos nos encontrar para o almoço. Fique a vontade caso queira se juntar a nós.

— Fica para outro dia, Joalin. Marquei de almoçar com os meus amigos, então não vai dar, mas obrigada pelo convite. É muito legal da sua parte.

— Que nada, imagina. Eu entendo, mas caso mude de ideia, basta aparecer. Será muito bem-vinda a nossa mesa, assim como a Shiv e a Hina.

— Valeu. — lhe dou um sorriso. — E por falar em Hina, onde ela está, Shiv?

— Ela tem química agora. Só nos veremos mais tarde.

— Ah, sim. Vocês...

— Buenos días, clase! (Bom dia, turma!) — a Sra García faz com que todos se calem ao entrar na sala. Ela parece animada, ao contrário da grande maioria dos alunos. — Es bueno verlos de nuevo. Cómo estuvo el verano? (É bom revê-los. Como foi o verão?)

— Fue increíble, maestra. Es una pena que haya durado tan poco. (Foi incrível, professora. É uma pena que tenha durado tão pouco.) — uma garota da primeira fila responde.

A professora segue falando com a turma por algum tempo e aproveita para conhecer os novatos. Além de Joalin, há mais duas garotas, uma chamada Juliet e outra chamada Claire. Passadas as apresentações, Sra García nos aplica algumas atividades de revisão, apenas para relembrarmos o que vínhamos estudando antes do verão.

Enquanto resolvo os exercícios, sinto um olhar sobre mim. Quando ergo a cabeça e olho para o outro lado da sala, me deparo com Bailey, me observando. Ele desvia, parecendo sem jeito por ter sido pego no flagra. Me sinto inquieta. O que deu nesse garoto?

Respiro aliviada ao ouvir o sinal que marca o fim do horário. Shiv e Joalin saem comigo da sala, mas seguimos por caminhos diferentes. As duas terão aula de estatística, enquanto eu terei álgebra. Pelo menos dessa vez Sofya estará comigo.

Sigo com Lamar e Sofya a caminho do refeitório na hora do almoço. Eles parecem descontraídos, animados por estarmos de volta, e não param de falar um minuto sequer. Já eu não paro de vasculhar os corredores em busca de um certo par de olhos azuis. Se a nova amiga da minha irmã estiver mesmo certa, ele deve estar mais perto do que imagino.

Como que por providência divina, avisto Josh ao longe, com uma bandeja em mãos, assim que meus amigos e eu pisamos no refeitório. Ao seu lado, estão Joalin, Hina, Shiv e mais duas pessoas as quais ainda não fui apresentada. Ele parece sentir o peso do meu olhar, pois, no mesmo instante, se vira para mim, mas não esboça emoção alguma.

— Quem é o loiro que você está secando? — Sofya pergunta enquanto entramos na fila para pegar nossas bandejas.

— Não estou secando. — reviro os olhos. Ela ri. — E ele é só um cara com quem saí na semana passada.

— Você saiu com um cara e não me contou? — diz em tom magoado. — Amizade significa algo para você, Any?

— Acho que as perguntas corretas são: Você saiu com um cara enquanto evitava a gente, Gaby? Amizade significa algo para você? — Lamar me encara.

— Gente, por favor, não é nada disso. — pego a bandeja e começo a me servir. — Nós nos conhecemos por acaso. Eu explico melhor quando nos sentarmos, pode ser?

— Tudo bem. — a pequena loira suspira.

Ao terminarmos de nos servir, saímos da fila em busca de uma mesa. Joalin e Shivani acenam para mim de onde estão sentadas ao mesmo tempo em que Josh também me olha. Aceno de volta apenas por educação e continuo seguindo em frente, com os meus amigos. Encontramos um lugar para sentar logo em seguida, mas antes que eu possa fazê-lo, alguém toca meu ombro.

— Oi. — o loiro sorri quando me viro. Coloco minha bandeja sobre a mesa antes de responder.

— Oi, Josh. Tudo bem?

— Tudo, e você?

— Também. — respondo simplesmente. Reparo Sofya e Lamar, já sentados, nos encarando com curiosidade, então decido apresentá-los. — Esses são meus amigos, Lamar e Sofya. — falo para ele. Depois me viro para os outros dois. — Gente, esse é o Josh.

— E aí? — Lamar lhe dá um rápido aceno de cabeça.

— Oi! — Sofya sorri, simpática.

— Oi! — Josh responde e volta a me olhar. — Any, o que acha de se sentar comigo e com os meus amigos em nossa mesa? Tem bastante espaço, posso apresentar vocês e a gente pode aproveitar para conversar um pouco. Sua irmã está lá.

Por alguns segundos, fico sem saber o que dizer. Então seria assim? Ele me ignoraria quando bem entendesse e voltaria a falar comigo da mesma forma? O que Josh pretende, afinal? Bem, independente do que seja, posso descobrir depois. Por hora, eu ficaria com os meus amigos.

— Melhor não, eu prefiro ficar aqui. — encaro seu rosto. — Mas podemos conversar depois, quando você tiver um tempo para responder o WhatsApp. — digo. Ele me observa com o cenho franzido.

— Sobre isso, me desculpe. Eu estive bem ocupado, mas está tudo bem agora.

— Legal.

— É... — ele enfia as mãos nos bolsos da calça branca. — Eu vou indo então. Pode me mandar uma mensagem quando estiver saindo da escola?

— Se não me der outro vácuo, sim, eu posso.

— Não vou. — ele ri. E se dirigindo aos meus amigos, diz: — Vejo vocês por aí.

Josh retorna para sua mesa e, enquanto noto meus amigos o acompanharem com o olhar, finalmente me sento para começar a comer. Depois, os dois seres a minha frente trocam olhares entre si, como se buscassem respostas para o que acaba de acontecer.

— Eu sei que é estranho um cara que não seja o Lamar falar comigo por conta própria, mas não precisam ficar com essas caras, ok? Milagres acontecem. — abro minha lata de refrigerante.

— Milagres, né? Sei! — Sofya sorri de lado. — Bailey May também foi um?

— Bailey May? — Lamar faz careta. — O que foi que eu perdi?

— Ignora ela. — digo. — Não é nada demais. Só trocamos algumas palavras a caminho da aula de espanhol.

— Claro, porque é super normal o garoto problema sair por aí falando com alguém além do chinês, do casal Siyoon, e das pessoas para quem ele vende seus pózinhos, pedrinhas e cigarrinhos do capeta. — ela ironiza.

— Pelo amor de Deus, Sofy! — a repreendo.

— Ela tem razão. — Lamar diz, mastigando sua comida. Estreito meus olhos em sua direção, mas ele não parece se importar. — Fica esperta, Gaby. Ele pode estar a fim de você.

— Fala sério!

— Eu estou falando. — ele se ajeita na cadeira. — Posso estar enganado, claro, mas em todo caso, é bom ficar atenta. Você sabe que ele não é flor que se cheire.

— Sim, eu sei.

— Se ele tentar algo, não hesite em me chamar, ok? — diz. Eu assinto.

— E eu também. — Sofya chama nossa atenção. — Que é? Sou pequena, mas tenho pernas fortes. Sei chutar como ninguém. — ela sorri. Isso nos faz dar risada.

— Tudo bem. Obrigada, gente. Vou ficar atenta. — digo por fim.

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