Regras Mais Selvagens |1| ✓

By PricillaCaixeta

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¨ Vencedor do prêmio Wattys 2020 na categoria Young Adult ¨ © 2019 por pricilla caixeta | todos os direitos... More

prelúdio
elenco
os sete céus
um.
dois.
três.
quatro.
cinco.
seis.
sete.
oito.
nove.
dez.
onze.
doze.
treze.
quatorze.
quinze.
dezesseis.
dezessete.
dezoito.
dezenove.
vinte.
vinte e um.
vinte e dois.
vinte e três.
vinte e quatro.
vinte e cinco.
vinte e seis.
vinte e sete.
vinte e oito.
vinte e nove.
trinta.
trinta e um.
trinta e dois.
trinta e quatro.
trinta e cinco.
trinta e seis.
trinta e sete.
trinta e oito.
avisos + continuação

trinta e três.

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By PricillaCaixeta


(She - Dodie)

Ela cheira como capim-limão e paz

Ela tem gosto de suco de maçã e pêssego

Você iria encontrá-la em uma foto polaroide

E ela significa tudo para mim


A hipnagogia me embala. Há um caleidoscópio diante dos meus olhos, mesmo que eu saiba conscientemente que eles estão fechados. Enquanto todos os meus músculos relaxam, meu sorriso pressiona o meu rosto com a força de um soco. Meus ouvidos sentem o ar morno que vai e volta como uma onda acima de mim. Eu tenho certeza que é Seth respirando.

Então o sorriso do meu rosto arde ainda mais, dilacerando toda a extensão da minha face. A respiração se torna quente e desenfreada e meu cérebro me transporta para a última visão que tive do rosto do meu pai antes que ele fechasse os meus olhos com um tapa.

Acordo com um salto, segurando a garganta e encarando o espaço vazio o meu lado.

Seth não está em lugar nenhum, mas estou completamente coberta pelo edredom macio dele. A constatação de que a figura enfurecida do meu pai foi apenas um delírio faz meu coração desacelerar. Solto todo o ar de uma vez só e capturo um dos cadernos em um dos travesseiros.

"Bom dia! Banho. Ok. Agora, café!"

Não é doloroso como no sonho quando volto a sorrir novamente. Abraço o edredom verde floresta e fecho os olhos. A minha mente estala novamente e empurro as cobertas. Por mais idiota que possa parecer, estou vasculhando os lençóis à procura do sangue. Aquele com as quais as virgens foram marcadas por eras. Não sei o que eu esperava ver, mas com certeza não era o tecido limpo.

Saio da cama aos tropeços. Não estou sentindo dor. Quero dizer, eu passei anos da minha vida consumindo todo o tipo de conteúdo que me jurou que a primeira vez doeria de maneira absurda.

Estaco completamente nua no meio do quarto de Seth Rowan e constato novamente que não sinto dor alguma. E não senti em nenhum momento enquanto nós dois transávamos.

Corro para o banheiro porque preciso fazer xixi. Não consigo parar de me questionar sobre isso. Nem mesmo a camisinha fez parecer ruim como todas as pessoas do mundo que transam e escrevem artigos para revistas femininas me fizeram acreditar.

Eu só senti prazer.

Meus pés dançam de um lado para o outro no ar e sinto que posso cantarolar sentada na privada. Por um momento quero apreciar a minha felicidade, mas não consigo afastar o alerta de que há algo de errado.

Eu era virgem. Eu tenho certeza disso. Não posso ter estado inconsciente alguma vez na vida e ter feito algo parecido. Eu saberia.

Pulo para o chuveiro e tomo o banho mais rápido que consigo. Minhas roupas estão finalmente secas e posso vesti-las novamente. Desço as escadas tão apressada que meus pés trotam sobre a madeira. Eu só paro quando me detenho na entrada da cozinha e prendo toda a minha atenção em Seth de pijama fazendo sanduíche de queijo quente.

O meu favorito.

— Ah, droga! — Ele reclama ao olhar para mim rapidamente por cima do ombro. — Você estragou tudo, Olivia. Eu ia levar café da manhã para você!

— Seth tem algo de errado.

— O que? — Ele se vira com a frigideira no ar. Sua preocupação é excruciante. — Você está com dor? Ou...

— Não! É justamente isso. — Corro envergonhada até o balcão e me sento em um dos bancos de madeira. — Eu não senti aquela temida dor, entende? E não tem sangue em nenhum lugar. Eu meio que procurei. Então eu...

— Olivia? — Ele sorri, balançando a cabeça. — Não vou questionar sua pureza. Eu sou um Rowan, não um Wilder. E mesmo que isso fosse uma questão, não sentir dor ou não sangrar não são a prova de que você não era virgem.

— Não?

— Você estuda biologia. — Ele me confronta. — Sabe que não.

Seth está certo. Corpos são diferentes. Himens não são tecidos lacrados. Ninguém nasce com um tampão à espera de ser dilacerado. A presença de um hímen está erradamente atrelada ao símbolo da virgindade, da honra e da pureza. 

Mas algo em mim foi criado para acreditar no encanto imaculado de sangrar e ter muita dor na primeira relação. É o pensamento masculino de desbravamento e destruição. Posse e dominação. Deixar sua marca de dor onde nenhum outro explorador jamais esteve. Estou banhada de vergonha quando seguro a cabeça entre as mãos e encaro o mármore na minha frente.

— Biologicamente falando. — Seth continua, empurrando um prato na minha direção. — Você estava relaxada e, ah, você sabe... Excitada o suficiente para que seu corpo estivesse preparado. Romanticamente falando... Eu cuidei bem de você, não foi?

Ergo os olhos em sua direção. Há um sorriso perverso no rosto de Seth, mas ao mesmo tempo doce. Derreto em um meio sorriso de volta. Ele fez com que sexo fosse sobre confiar. E me mostrou o caminho para confiar em mim mesma.

— E ainda fez o meu sanduíche favorito.

— É porque você também tem sua parcela de mérito no que fizemos de tão bom lá em cima.

Seth se inclina e seus lábios encontram um dos meus olhos fechados. Sorrio instantaneamente quando ele respira profundamente do meu rosto até o meu cabelo antes de se afastar.

Ele faz coisas esquisitas que eu amo.

— Você vai lamber a minha cara de novo?

— Você quer que eu lamba a sua cara? — Ele se vira para preparar o próprio sanduíche. — É algum tipo de fetiche?

— Você lambeu a minha cara no baile de primavera!

— Aquilo foi uma preliminar de um beijo, Olivia! Porque você tinha glacê no rosto. Doce, aveludado, convidativo.

— Oh! — Paro de mastigar quando ele se vira em indignação. — Eu achei que aquele fosse um tipo de beijo inglês.

Gosto de saber que consigo fazer Seth rir, assim como ele me arranca várias gargalhadas enquanto comemos. O sol ainda está anil atrás da noite e o céu número um ganha dimensões através dos vitrais da janela.

— Posso perguntar uma coisa? — Arrisco.

— Claro. — Seth toma um gole do seu chá com leite, erguendo as sobrancelhas.

— Ok, talvez duas coisas.

— Tipo um interrogatório policial? Diga, xerife.

Reviro os olhos, mas não estou com raiva. É engraçado que percebo que tenho coisas do meu pai em mim que não noto cotidianamente. Me endireito na cadeira.

— Certo. Você disse que o seu primeiro beijo foi muito ruim. Então... Quando foi a sua primeira vez... Foi especial?

Me incomoda o fato de Seth demorar para responder. É como se a lembrança inundasse os seus pensamentos, levando seus olhos para longe e deixando-o pensativo. Quando ele volta a me encarar, um meio sorriso ilumina seu rosto.

— É. Foi. Havia muita confiança entre nós. Até eu descobrir que ela mentia facilmente. Essa garota, Liz, o nome dela, ela era bailarina. Acho que ainda é. — Seth dá de ombros. — Eu fiquei encantado por ela. E Carson estava começando a namorar com Felicity e parecia estar vivendo uma espécie de felicidade genuína. Eu pensei... Por que não? Acho que eu mereço tentar algo assim. Então eu conheci a Liz, num estúdio de dança. Eu não fazia aula, nem nada. Na verdade, eu trabalhei em uma loja de vinis uma vez. E o estúdio precisava de vinis para suas apresentações. Eu levava e buscava essas coleções. Entre as idas e vindas a coisa com Liz foi crescendo.

Seth para e uma de suas sobrancelhas sobe. Eu acho que ele não tem certeza se eu quero continuar ouvindo, mas apoio o rosto nas mãos em concha e pisco cheia de atenção. A minha curiosidade é maior do que qualquer coisa que já conheci no mundo.

— Ela me ensinou um pouco de dança. E entre uma dança e outra... — Os olhos dele sobem e seu sorriso ganha proporções ainda maiores. — Aconteceu. Foi estranho, porque estávamos no estúdio e havia uma preocupação sobre alguém nos encontrar. Mas foi especial. Sempre é, eu acho. Para os que tem sorte.

— Então... — Eu solto uma das mãos do meu rosto e o deito de lado sobre a outra. Meus dedos caminham pela mesa até o braço de Seth e ele acompanha o meu toque. — Acho que eu meio que ganhei na loteria essa noite.

A risada dele me distrai, dando a Seth a chance de segurar minha mão e me puxar. Ele me arrasta pela ilha de mármore enquanto devolvo a risada e então me beija novamente. Meu rosto queima como lava como se aquele fosse o nosso primeiro beijo. Quando volto para o banco, tenho a sensação que estou queimando.

— Você e Liz foram namorados?

— Não. — Seth segura minha mão, fazendo pequenos círculos em meu pulso com o polegar. — Liz contava muitas mentiras. Por causa dela, eu decidi manter a sinceridade como algo importante. Então, não importa com quem eu esteja ou de que maneira. Eu sempre irei deixar as coisas esclarecidas.

— Certo. — Seguro o pulso de Seth, encarando-o. — Vamos estabelecer nossas regras, então, Seth Rowan.

— Tudo bem. — Um falso pigarreio faz com que ele ganhe tempo. — Eu estaria mentindo se eu dissesse que não quero passar uma vida com você. Mas eu não sei como vai ser a vida. Sendo realista... Você tem tudo de mim, Olivia. Enquanto você quiser. Pelo resto do verão. Ou depois. Eu posso ir visitar você em Stanford, não sei.

— Seth! Não vou para Stanford!

— De todas as coisas que eu disse, você escolheu questionar essa parte?

Deslizo a mão ao longo de seu braço e ele segura o meu cotovelo quando me inclino sobre o balcão novamente. Nossos rostos ficam a centímetros.

— Só vamos deixar o mundo girar sem nós, então. E perder a faixa de tempo no tempo que ainda temos. Podemos criar uma vida inteira nos dias que tivermos pela frente.

O nariz de Seth toca a maçã do meu rosto e ele cheira minha pele até meu cabelo, me fazendo sorrir e encolher. Seus lábios tocam meu pescoço e eu o ouço sussurrar assim que ele alcança meu ouvido:

— Eu aceito as regras, baby.

O modo como ele diz baby faz eu me lembrar das nossas provocações. Dessa vez, no entanto, soa de um jeito tão doce que meu estômago contrai. Ele cheira o meu cabelo novamente e depois lambe o meu rosto, me fazendo gargalhar e encolher ao mesmo tempo.

Meu instinto faz com que eu agarre o cabelo dele e Seth agarra a minha franja. Nos balançamos de um lado para o outro até nos afastarmos. Olho ao redor procurando por um relógio. Encontro a alça da minha bolsa no que consigo ver do braço do sofá da sala.

— Eu já volto.

No meu celular são cinco e dois da manhã. Mas não são as horas que fazem o meu coração palpitar. São as mais de trinta ligações de Cherie e Georgia. E elas aparentemente começaram na mesma hora em que o telefone de Seth estava tocando.

— Seth! — Coloco o telefone no ouvido enquanto ligo de volta para Cherie. Ela atende antes que ele apareça na sala. — Cherie! O que houve?

— Graças a Deus! Liv! Minha nossa! Eu... Está tudo bem agora. — A voz dela está tão trêmula que cubro meus lábios com as mãos. — Eu não conseguia achar você. E o celular de Carson estava desligado. Georgia e eu tentamos o Seth e ele não atendeu também. Onde você está?

— Espera, o que houve?

— Liv, eu acho melhor você vir até aqui. Ah, em Denver.

— Denver?

Ouço a voz de Georgia impaciente ao fundo e segundos depois é ela quem está falando comigo.

— Liv, nós estamos no Hospital São José. Com a sua mãe. Ela está bem agora, então não entre em pânico. Cherie conseguiu salvá-la. Nós a trouxemos de ambulância para a capital porque ela precisou de um atendimento especializado.

As palavras de Georgia giram na minha mente e caio no braço do sofá como um peso morto. Seth se ajoelha ao meu lado, me encarando com absoluta preocupação.

— O que houve com ela? Onde está o meu pai?

— Não sabemos onde ele está. Cherie disse que ele saiu de madrugada respondendo a um chamado. Sua mãe passou mal logo depois. Há uma grande suspeita de que ela tenha tentado se matar com a ingestão de remédios, Liv. Sinto muito dizer isso assim, mas acho melhor ser franca.

Estou tremendo tanto que não luto com Seth quando ele pega o telefone e começa a falar com Georgia. Não consigo ouvir uma só palavra do que ele diz, mas quando ele chama o meu nome, estou no foco novamente.

— Eu só vou pegar a minha carteira e os meus sapatos, ok?

Seth volta mais rápido do que posso prever, mas acho que perdi a noção do tempo. Estamos saindo de forma descompassada e assim que ele abre a porta damos de cara com a figura fardada do meu pai.

— Liv?

A surpresa em seu rosto é assustadora. As luzes vermelhas e azuis da viatura giram em toda a extensão da rua silenciosa da mansão dos Rowan. Meus olhos capturam Rock sentado na direção e ele acena. Tenho certeza de que isso faz com que meu pai fique ainda mais vermelho. Seu parceiro acaba de flagrar a pura filha do xerife Wilder saindo da casa de um Rowan de pijamas, tendo ambos os cabelos molhados.

— Então é aqui que você se enfiou? Achei que estivesse indo para Minnesota. — Os olhos do meu pai vão parar no pijama solto de Seth. — O seu tipo de vadiagem mudou de um ônibus cheio de jogadores para se esfregar a noite toda em um Rowan?

— Não vai tocar nela de novo. — Seth dá um passo à frente.

— Não, claro que não. Você é quem está tocando, não é, meu bom rapaz? De um jeitinho diferente, é claro. Mal esperaram saber que não eram irmãos para tirarem a roupa um do outro.

— Cala a boca! — Eu explodo, finalmente.

Meu pulso bate forte quando forço meus punhos em riste. O espanto corrói o meu pai de um jeito que ele dá um passo para trás. Há uma grande quantidade de ar em seus pulmões prontos para se transfigurarem em palavras horríveis, mas eu sou mais rápida. Dessa vez ele não será uma onda pronta para me jogar de volta à areia e ser engolida por toda a sua insensibilidade.

— Eu estou cansada de você e essa droga de passar o tempo inteiro dizendo que eu sou uma vadia! Estou sendo a mais fiel e comportada das filhas por dezessete anos e o senhor apenas me mantém sobre o seu domínio como uma submissa.

— Fique quieta, Liv. Pare de fazer escândalo. Você sabe com quem se parece? Com a sua mãe fugida do convento fazendo orgias pela cidade antes de me conhecer.

— E se tornar uma prisioneira que tentou se matar essa noite!

— O que?

Seth interrompe o meu rompante segurando a minha mão e entrelaçando nossos dedos. Não avanço sobre o meu pai, porque ele ainda está processando a informação e eu estou tremendo. Seu sorriso incrédulo brinca entre meus olhos, mas eu confirmo mais uma vez e conto a ele tudo o que Georgia disse.

— Rock! — Ele aponta para Seth. — Leve o rapaz até a delegacia. Dê o seu jeito, preciso da viatura.

— O que? Eu não fiz nada! Não pode me prender.

Meus ossos estão trêmulos quando solto a mão de Seth e seguro o pulso do meu pai.

— Não pode prendê-lo por nada.

— Vamos para Denver. Eu e você. O garoto Rowan tem um problema com o qual tem que lidar agora. — Os olhos do xerife pressionam a figura de Seth na minha retaguarda. — E eu acho melhor você avisar ao seu pai, garoto. Arrancaram a sua mãe do túmulo. O corpo dela está perdido por aí.

Os olhos de Seth ficam vidrados de lágrimas quando olho para ele. Não tenho tempo de me despedir porque meu pai me puxa na direção contrária. Seth parece se esquecer de nós e volta toda a sua tensão para Rock, que começa a explicar a situação sem que eu possa ouvir.

Quando estou dentro da viatura, ainda olho para ele pelo retrovisor. Mas Seth dá as costas imediatamente e some na escuridão da mansão. 

Recado importante para todas as meninas e suas vaginas. 

Eu quero dizer que essa cena foi escrita depois de muitas pesquisas. E que vocês precisam entender que a virgindade é uma fase em que você não teve relações sexuais ainda. E quando tiver, você a perderá. E isso não será como entregar um prêmio ao seu parceiro ou parceira. Será a sua experiência sexual inicial e ela tem que ser boa! 

Eu vou explicar a minha escolha para a primeira vez Sethivia e o porque de ela não ser uma primeira vez romantizada e ilusória. 


A PRIMEIRA VEZ DÓI SE VC ESTIVER NERVOSA E SECA. 

Basicamente, Se o seu corpo estiver completamente relaxado e as preliminares lubrificarem a sua vagina, há uma grande chance de você não sentir dor. Além do mais, sexo é diferente pra cada pessoa. HÁ INÚMEROS RELATOS DE MENINAS QUE NÃO SENTIRAM DOR NA PRIMEIRA VEZ E SENTIRAM NA SEGUNDA porque não estavam relaxadas e com prazer o suficiente. Eu pesquisei muito antes de escrever isso. Eu li até artigos científicos. E há um grande mito do hímen ser uma película que fecha o seu buraco, o que é uma mentira. Hímen é só uma membrana. Ele não é um plástico bolha a ser estourado. 

Segundo a Wikipedia (fonte segura de informação ahhahahahaa) "O hímen existe em certos para proteger as fêmeas durante a sua infância dos riscos de infecções genitais. Daí durante esta fase da vida das meninas, ser uma membrana relativamente espessa e resistente, no entanto com o aproximar da essa membrana torna-se muito fina e pouco resistente."

Portanto há diferentes tipos de hímen, com diferentes formatos, diferentes aberturas e diferentes elasticidades. O tão esperado sangue que muitas vezes sai da primeira vez é o sangue do atrito entre os órgãos genitais por falta de lubrificação, uma posição desconfortável, um corpo muito rígido e etc. 

Então não quero romantizar a primeira vez, porque eu sei que infelizmente a grande maioria de meninas e mulheres tem uma experiência horrível com isso. Mas eu decidi tratá-la como algo possível. 

Se você confia no seu parceiro e se ELE TE TRATA COMO VOCÊ DEVE SER TRATADA E NÃO COMO ALGUÉM QUE ESTÁ ALI PARA QUE ELE SE CONSAGRE COMO O PRIMEIRO EXPLORADOR é muito possível que você não sinta dor.

Então, conheça o seu corpo, não tenha medo do sexo e nem o trate como um tabu. É normal as pessoas sentirem tesão, quererem ter relações, estimularem seus órgãos sexuais. O mais importante é que tudo isso seja feito com a devida proteção. Se cuidem! Não deixem de ir ao Ginecologista, leiam mais do que a revista da mamãe sobre primeira vez e lembrem-se que a dor da primeira vez, na maioria dos casos, é culpa exclusiva do seu parceiro que não teve um pingo de empatia por você ou não soube como agir com cuidado. 

Para você que acompanhou a saga da May e deseja reler a primeira vez dela com Ben Jon, está no capítulo 30 do livro 2. Você vai perceber que doeu muito. Que foi desconfortável e assustador e que ela mal sabia se deveria olhar para o próprio namorado nu. E quando ela descreve a "dor como uma dor boa" é porque ela está apaixonada e tentando romantizar a situação. Porque mesmo que o Ben Jon tenha sido cuidadoso com ela, eles foram muito rápidos para o sexo e ela mal conseguiu pensar no que estava acontecendo. Ela chegou a tremer depois que acabou. E isso porque era com o namorado dela e com alguém que ela amava muito. Mas sem lubrificação, sem relaxamento, sem estímulo prazeroso, o nervosismo toma conta e seu corpo vira um mármore. 

Eu desejo que todas possam ter relações sexuais saudáveis, com consentimento e proteção, na hora certa e no lugar certo. 

Obrigada por lerem!

Cause she tastes like birthday cake and storytime and fall

Esse aesthetic me lembra muito a música Miss Americana  & The Heartbreak Prince. Que me lembra muito a história Sethivia, as disputas que eles tiveram no início do livro, a tempestade que cai em Seven Heavens antes do verão e o desejo de que eles não se separem.

Se Olivia é Café, Seth é Chá. 

Se ela é a Miss Americana, ele é o Príncipe de coração partido.

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