INVERNO ARDENTE | Bucky Barne...

By DixBarchester

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Guerra. Hidra. Assassinatos. Pronto para obedecer... O mundo de James Buchanan Barnes estava congelado em vio... More

✎ INTRO
▶ MÍDIA
❝EPÍGRAFE❞
01. SOZINHO
02. SAVANNAH
03. JAMES
04. VIZINHOS
05. SAM
06. CELULAR
08. ALPINE
09. ABBY
10. QUEBRA-CABEÇAS
11. GUS
12. SOLDIER'S
13. MÚSICA
14. VERDADES
15. AMIGOS
16. JOALHERIA
17. PESADELO
18. MUDANÇAS
19. CONVERSAS
20. ADEUS
21. RECONCILIAÇÃO
22. AMOR
23. IMPREVISTO
24. LUCIA
25. BEVERLY
26. PRISIONEIROS
27. FOGO
28. ARDENTE
29. TREINAMENTO
30. HERÓIS
31. PEDIDO
32. COMPENSAÇÃO
33. FIM

07. STEVE

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By DixBarchester

AVISO DE GATILHO: Esse capitulo contém trechos com temas sensíveis, que podem não ser confortáveis de ler (principalmente pensamentos suicidas, então por favor leiam com cautela, é um trecho pequeno, nada gráfico, mas ainda assim respeitem seus limites ❤)
______________

Aqui estou eu as 4hr da manhã, o que a insonia não faz não é... Esse capitulo é na maior parte bastante angust, mas era preciso (e vcs sabem que eu amo uma sofrência)

Boa leitura!

Staten Island era uma das partes menos populosas de Nova York, talvez uma das únicas regiões que não levasse a ferro e fogo a expressão "a cidade que nunca dorme". Os sapatos de Bucky Barnes ecoavam de encontro ao asfalto na rua vazia, algumas poucas lojas com seus letreiros luminosos estavam abertas, mas totalmente desertas e o único som que se ouvia era o de alguns trovões que cortavam o céu.

Todavia o homem de jaqueta e boné não pretendia comprar mais nada naquela noite, já havia gastado demais no celular na semana anterior e era o bastante. Seu destino era outro, um grande galpão onde pequenos depósitos eram alugados, Bucky segurava a chave entre os dedos metálicos cobertos pela luva negra, tinha começado a pensar que não era uma boa ideia ir até ali.

Talvez tenha se arrependido dentro do ônibus, mas resolveu se forçar um pouco mais, a conversa com Sam, a caminhada pelo Brooklyn e todas aquelas lembranças da semana anterior tinham feito com que seu coração doesse de saudade, um sentimento que Bucky tentou afastar durante aqueles dias, mas no fim ali estava...

Depois do longo corredor de portas metálicas exatamente iguais, encontrou o depósito certo. As chaves se reviraram uma vez mais em seus dedos e ele engoliu em seco.

Depois da partida de Steve, Sam havia lhe ajudado a guardar tudo — na verdade Sam tinha feito o trabalho sozinho, já que Bucky se recusou a mexer nas coisas de Steve — e então haviam alugado um depósito até que Barnes decidisse o que fazer com todas as coisas de seu antigo amigo.

Porém Bucky não tinha decidido nada e sequer abrira aquela porta uma só vez. Já tinha estado ali claro, talvez uma dezena de vezes, a chave sempre no bolso e coragem nenhuma pra entrar.

Mas aquela noite foi diferente, Bucky respirou fundo e abriu o cadeado, puxando a folha de ferro até que a porta de correr se abrisse totalmente. Encontrou o interruptor sem dificuldades e logo estava olhando para uma porção de coisas de Steve.

A motocicleta era a primeira coisa visível, estava bem perto da porta com o capacete no guidão e chave e documentos sobre o banco, foi quase surpreendente pra Bucky que Sam de fato tivesse arrumado aquilo direito.

Não haviam muitos móveis, a maior parte tinha permitido que fosse doada, apenas a antiga poltrona onde tinha se sentado ao lado do leito de Steve todas as noites estava ali. O restante estava em caixas, dezenas delas empilhadas por toda parte.

Bucky fechou a porta e deu um passo dentro do salão lotado, tirou as luvas, o boné e a jaqueta, e os colocou sobre uma pilha de caixas do lado direito. Deu mais um passo, correu os olhos sobre a moto e sorriu para os detalhes... Então viu a poltrona, lá no fundo, cercada de caixas.

Se aproximou alguns passos, cortando caminho entre as coisas e notou que sobre o banco havia uma pasta amarelo-envelhecido, um arquivo grosso pra ser mais exato. Bucky viu o "confidencial" escrito em russo e começou a tremer por algum motivo que nem mesmo ele entendeu.

Devagar, como se estivesse frente a um animal peçonhento que podia dar o bote a qualquer momento, ele se aproximou da pasta e passou os dedos da mão direita sobre as letras russas em relevo.

Abriu o arquivo e se deparou com uma foto sua na criogenia. Sentiu vertigem, falta de ar, era como se o gelo congelasse seus ossos outra vez... Teve que tirar alguns segundos para controla a respiração.

Junto a essa foto haviam outras coisas de Bucky, arquivos russos sobre o Soldado Invernal e muitos de seus alvos, algo que ele pulou rapidamente, logo os arquivos se tornavam mais antigos, americanos, eram coisas do Sargento Barnes, fotos da guerra, arquivos de missões e coisas desse tipo.

Se a foto da criogenia tinha causado um pânico latente em Bucky, ver-se ao lado dos amigos, em uma imagem preto e branco com o Comando Selvagem o fez mover os lábios em um sorriso triste. Haviam fotos suas com Steve também...

Finalmente pegou a pasta inteira em mãos e foi quando duas coisas caíram dela, uma escorregou para debaixo da poltrona, enquanto a outra atingiu o chão com um som metálico e atraiu seu olhar.

Bucky se abaixou para recolher o objeto e logo o reconheceu, era sua plaqueta de identificação militar. Ele não sabia como Steve tinha conseguido aquilo porque certamente havia se perdido no gelo quando caiu do trem, mas o fato é que ali estava. Talvez fosse coisa de Peggy Carter.

Passou os dedos pelo alto relevo de seu nome e um bolo se formou em sua garganta... Sargento Barnes.

Deus como sentia falta disso.

Colocou a corrente um tanto enferrujada ao redor do pescoço, escondendo as plaquetas amassadas dentro da roupa como se fosse algum tipo de amuleto capaz de ajudar a se tornar ele mesmo de novo, capaz espantar os pesadelos... Era como se o objeto lhe desse algum tipo de segurança imaginaria e pudesse afastar de si todo o mal. Porque, sim, Bucky era forte, treinado, corajoso e às vezes até fatal, mas o que não diria a ninguém é que escondia dentro de si um medo profundo. Medo de cair nas mãos da Hidra vez...

Não era pela tortura, não era por causa do gelo. Era o pavor de não ser dono da própria vontade novamente.

Preferia a morte do que ser usado de novo...

Só então se abaixou um pouco mais para resgatar o papel que tinha escorregado para debaixo da poltrona, seus dedos de vibranium alcançaram o que parecia um envelope. Bucky puxou o papel e seu coração parou por um segundo antes de disparar...

Havia um "Bucky", escrito com a caligrafia de Steve, conheceria aquela letra em qualquer lugar. Seu peso cedeu e levou seu corpo a sentar-se no chão.

Era uma carte de Steve...

Por que Sam não tinha falado dela? Obviamente tinha deixado aquele arquivo a vista para ser achado... Ele sabia?

Bucky moveu o envelope entre os dedos e viu que estava lacrado. Uma carta tradicional. Porque Steve Rogers era tradicional afinal.

Se encostou na pilha de cartas atrás de si, notou que tremia, não soube se devia abrir, se tinha coragem e força o bastante para isso. No entanto a saudade de Steve era demais para suportar e qualquer pequeno traço dele parecia melhor que nada naquele momento...

Rasgou o envelope com as mãos tremulas e o coração aos altos. Uma lágrima rolou por seu rosto antes mesmo que lesse a primeira palavra:

Bucky...

Eu espero que você ache isso logo, mas se eu bem te conheço (ou melhor, se bem conheço esse novo Bucky) você vai colocar todas as minhas em uma caixa e enfiar em um canto qualquer.

Meu tempo está acabando, amigo, você está aqui dormindo ao lado da minha cama agora, deitado todo torto nessa poltrona velha que por algum motivo você gosta... Você está sempre aqui, Bucky, você nunca saí do meu lado. Mas o meus dias estão no fim e eu sinto que não há tempo o bastante para falar tudo que precisa ser dito.

Você tem evitado assuntos importantes, prefere focar em piadas antigas, e eu sei que faz isso para me deixar melhor, esse sempre foi você. Sempre fazendo de tudo para que eu me sentisse melhor...

Em breve eu sei que vou partir e existem algumas coisas que eu gostaria que você soubesse: Um dia você me disse que não sabia se "valia tudo isso" e eu agi como se não entendesse, mas a verdade é que eu entendo Bucky, eu sempre entendi.

Quando nós conhecemos na escola e você resolveu ficar amigo de um garoto como eu, justo você, Bucky Barnes, eu não sabia se valia tudo isso; Quando você me salvava de cada maldita encrenca que eu me metia, eu não sabia se valia tudo isso; Quando você abriu sua casa pra mim, depois da morte da minha mãe, eu com certeza não sabia se valia tudo isso...

Em cada lugar que eu ia todos olhavam pra mim como se eu não valesse tudo isso. Menos você... Você nunca, nenhuma única vez, olhou pra mim como se eu não valesse tudo isso. Como se eu fosse menos digno por ser menos alto ou menos forte que o resto do mundo.

Você sempre esteve lá por mim, Bucky, sempre. E eu queria dizer que sempre estive lá por você também, mas sabemos que isso não seria verdade... E eu sei disso.

Eu gostaria de ter segurado sua mão aquele dia, naquele trem, como você segurou a minha tantas vezes, mas eu falhei. A verdade é que você foi sempre um amigo melhor que eu, e eu nunca agradeci o bastante por isso.

Eu queria dizer algo engraçado para quebrar o clima, mas essa carta não é sobre isso, você tem feito piada todo dia e acho que você está escondendo coisas de mim. Você sempre foi bom em esconder coisas e eu sempre fui bom em fingir que acreditava nisso.

Suas verdades me assustam... Não deviam, mas sempre assustaram. Talvez as de agora assustem até menos do que as de antes... E eu nunca soube como te dizer.

Desculpe por isso.

Sei que você pensa que vai ficar sozinho agora, Bucky, mas você não vai. Eu não vou estar com você, porém existem muitas pessoas incríveis nesse mundo, algumas já estão ao seu lado e outras você ainda vai conhecer eu sei que vai, eu rezo pra isso. E a verdade, Bucky, é que você nunca precisou de mim, fui sempre eu quem precisou de você.

E você sempre esteve lá... Você nunca falhou comigo Bucky, queria que soubesse disso.

Eu só queria fazer um último pedido e te desejar uma última coisa, se você me permite.

Meu último pedido é: por favor Bucky, não se isole, não se feche para o mundo por causa de um passado que impuseram a você... Eu não estou pedindo para que seja o antigo Bucky, eu tentei ser o velho Steve por um tempo e também não funcionou pra mim, mas não desista de descobrir quem você é agora, meu amigo.

Não desista de si mesmo, assim como você nunca desistiu de mim.

Apenas não desista, Bucky.

E esse é o meu último desejo: que você encontre uma amizade como a que você me deu; alguém que te proteja como você me protegeu; que nunca te abandone como você nunca me abandonou; e que te veja como você me via, sem nenhuma dúvida de que você vale, sim, tudo isso.

Porque você vale, Bucky. Eu prometo que vale.

Eu acho que só desejo que você encontre alguém que te ame da forma como você me amou...

Queria ter algum conselho sábio para te dar agora, mas descobri que não sou tão bom em conselhos como pensava... Então eu vou dizer a você o que disseram pra mim uma vez: "O passado não importa, porque ele já se foi; e o futuro não importa, porque ainda não chegou; tudo que você tem é hoje, agora é tudo que importa. Esse é o segredo pra seguir em frente."

Eu nem preciso dizer pra você não fazer nada estupido, afinal você sabe, estou levando toda a estupidez comigo.

Adeus, Bucky, e obrigado por ficar comigo até o fim da linha.

Carinhosamente, daquele garoto encrenqueiro do Brooklyn:
Steve Rogers.

O papel estava molhado as lágrimas de Bucky, ele não sabia o que fazer ou pensar sobre as palavras que tinha acabado de ler, era um misto de sentimentos confusos, mas a dor de ter perdido Steve estava impregnada em todos eles, mesmo nos bons...

Ele sabia. Ele sempre soube.... E nunca disse nada.

Apertou a carta entre os dedos e abraços os próprios joelhos, escondendo o rosto ali, era a primeira vez que se permitia chorar desde que Steve tinha partido, na verdade era a primeira vez que se permitia chorar desde que tinha voltado a ser ele mesmo.

O pranto saiu de seus pulmões de forma cortada, trazendo consigo o mundo de coisas que Bucky apenas queria esquecer, a dor era tanta que parecia sufocar seus órgãos, havia um peso em seus ombros. Um peso que estava cansando de carregar sozinho, mas que sabia que não podia compartilhar com ninguém.

Porque apesar de cada palavra que Steve tinha lhe deixado, ainda era assim que Bucky se sentia: Sozinho. Preso no gelo, sendo torturado sem poder fazer nada...

Se o Soldado Invernal era tão forte como todos diziam, por que Bucky parecia mais fraco que nunca?

Sentia-se à deriva, uma parte de si queria acreditar em Steve, em suas doces palavras póstumas, como se elas fossem a única verdade no mundo. Essa parte pedia a Deus um sinal qualquer, uma pequena pontinha de esperança, qualquer coisa que lhe mostrasse o caminho para encontrar a si mesmo. Uma prova de que Steve estava certo.

Mas a outra parte de si estava tão quebrada e ferida pelo mundo que apenas pedia que a dor acabasse. Não era a primeira vez que Bucky pensava nisso, que talvez estivesse melhor morto...

Queria ter acabado com tudo antes que suas mãos se manchassem de sangue inocente, porque quando fugiu disse a si mesmo que não tinha esse direito. Ele não merecia a paz da morte, merecia o castigo de uma vida lembrando de todo o sangue que tinha derramado.

Porém já não tivera sofrimento o suficiente? Já não bastava? Então rezava por morte, porque a morte parecia o único jeito de ter paz...

Não, Steve disse "não desista", lembrou tentando respirar com regularidade.

— Ele me mandou não desistir. — Sua voz era apenas um sussurro falho. Mas o Soldado dentro de si ainda era forte o bastante, e ele sempre seguia ordens. Limpou o rosto e respirou fundo, engolindo o choro e a tristeza e se erguendo com uma força que não era totalmente dele.

Bucky ouviu a chuva batendo violentamente nas telhas e notou logo que havia ficado ali por mais tempo do que tinha percebido. Arrumou todos os papeis de volta na pasta e decidiu que não os levaria para casa, não queria ter coisas como aquelas perto de si, então, além da plaqueta de identificação que já estava em seu pescoço, pegou apenas a carta e algumas fotos de Steve e do Comando Selvagem para levar consigo.

Depois de vestir sua jaqueta, colocou tudo no bolso interno para que não molhasse e então cobriu suas mãos com as luvas e seu cabelo com o boné escuro. Olhou uma vez mais para o amontoado de caixas e decidiu que ainda não estava pronto para se desfazer de nada. Talvez outro dia.

Estava prestes a deixar o depósito quando seus olhos pousaram sobre a moto de Steve. Pensou por um segundo na ideia que teve e então sorriu. Se ficasse com a moto Sam nunca mais poderia criticá-lo, afinal o que ele poderia dizer se sequer tinha usado o escudo ainda...

Foi estranhamento libertador ganhar as ruas em alta velocidade, mesmo com a chuva violenta que castigava a cidade.

A tempestade tinha feito a região ficar ainda mais deserta, mesmo a ponte que ligava Staten Island ao Brooklyn não tinha qualquer carro naquele horário, como se todos tivessem medo do temporal... Mas Bucky já tinha passado por coisas tão ruins na vida que mesmo se acontecesse um diluvio isso ainda não o incomodaria de verdade.

Estava no meio da ponte quando sua audição treinada percebeu algo que fez seu sangue congelar nas veias. A moto cantou pneu e derrapou no asfalto molhado quando Bucky freou bruscamente.

Alguém estava chorando?

Bucky tirou o capacete e sentiu a chuva encharcar seu cabelo castanho. Ouviu de novo. Apenas um fio de voz levado pelo vento, soava como uma criança...

Mas o que uma criança estaria fazendo no meio da ponte do Brooklyn justo naquele momento?

Pensou que estava ouvindo demais, porém o vento trouxe mais um pedaço daquele som, Bucky não tinha mais tanta certeza do que era.

Entre a escuridão, o vento e a chuva, ele atravessou a avenida para o outro lado da ponte, porque o som parecia ser soprado de lá.

— Tem alguém aí? — Gritou em meio ao temporal, mas não houve qualquer resposta.

Olhou ao redor novamente e nada. Moveu a cabeça de um lado para o outro e suspirou. Devia estar ouvindo coisas...

Virou-se em direção a moto e assim que deu um passo ouviu de novo. Reconheceu o som então. Não era um choro de criança. Era um gato.

Bucky se debruçou no parapeito da ponte e viu, presa entre as vigas de sustentação, uma caixa de papelão de onde olhinhos pequenos lhe observam. Olhos assustados de um filhotinho.

Não foi difícil entender o que tinha acontecido, alguém tinha abandonado o filhote ali na ponte e então o vento que veio com o temporal e empurrou a caixa para a borda até que ficasse presa entre as ferragens de sustentação, um pouco mais e teria caído na água revolta logo abaixo da ponte.

Quem faria algo tão terrível?

Cerrou o maxilar de ódio e pulou a barra de proteção, para alcançar a caixa, mas estava presa ou pouco mais abaixo, por isso, mesmo dali, ele conseguia chegar ao gatinho.

O filhote se mexeu, miando fraco, e só então Bucky notou que era mais de um, embora só houvesse um miado, haviam mais gatos na caixa.

— Não se preocupe. — A voz de Bucky se chocou com o vento. — Eu vou te pegar, amiguinho.

Esticou um pouco mais a mão e o gatinho se moveu fazendo a caixa bambear nas barras, o vento piorou tudo e a caixa de desprendeu indo em queda livre em direção a água agitada.

Bucky não pensou sobre isso, sequer planejou na verdade, apenas agiu por instinto e pulou também, um segundo depois havia uma caixa bem firme em sua mão direita, enquanto a esquerda, a de vibranium, tinha se agarrado a uma das barras da ponte...

Não teve dificuldades em voltar, pelo contrário, seu braço metálico, terrível ou não, vinha com alguns privilégios. Em menos de um minuto estava com os pés firmes no asfalto molhado.

Examinou a caixa e constatou com desgosto que eram sete gatos, mas apenas um tinha sobrevivido... Certamente os irmãozinhos haviam morrido de frio e aquele último ficou ali sozinho esperando sua hora.

Sete filhotes, assim como haviam sete soldados no Comando Selvagem. Pegou o filhotinho e o examinou, era tão pequeno e frágil... Seu pelo era totalmente branco e seus olhos azuis estavam assustados. Estava sozinho, assim como Bucky.

— Hey, você... — Sua voz soprou carinhosa, enquanto ele aninhava o filhotinho dentro de sua jaqueta, para abriga-lo da chuva. — Tudo bem. Você está seguro agora...

Bucky fechou a jaqueta e o gatinho se acomodou deixando de tremer aos poucos, sabia que antes de voltar pra casa tinha que enterrar os outros filhotes, eles mereciam isso. Mas também sabia de outra coisa: aquele pequeno filhotinho não estava mais sozinho...

Talvez fosse um sinal afinal.

Eu sofro tanto com o Bucky ai ai... Ele precisa muito de um abraço.

Então, sim, antes que alguém tenha dúvidas Bucky amava/ama o Steve (tava meio na cara neh, cada 3 paragrafos era "Steve isso, Steve aquilo", fora que todo mundo sabe que o maio clichê romântico de todos os tempos é vencer um controle mental por causa de amor kkkkkk)

Quem tinha prestado atenção no cast já tava ciente que ele é bi (porque tem bandeirinhas nos nomes)

Gente acho que agora vai, pq o último desejo de um heroi de mais de 100 anos tem que valer de alguma coisa neh? kkkkkkkk  O proximo é totalmente Savky só pra constar (e tem perspectiva da Savy no começo)

E essa belezinha que o Bucky achou é cannon das HQs "The Winter Soldier" de 2018 ela chama Alpine, por lá nunca é dito como ele achou a gatinha, então eu fiz do meu jeito aqui em IA. O proximo cap chama "Alpine" inclusive.

Beijos e até mais!

PS: É um ótimo momento pra eu deixar aqui essa edit Bucky Alpine que a itstaygs fez ❤❤❤

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