✓ Fix You¹ • Bucky Barnes

sarahverso tarafından

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𝑭𝑰𝑿 𝒀𝑶𝑼. 𝐃𝐔𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 '𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒' ● 𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐔𝐌 ⸻ Após dois anos no Missouri, aproveitando... Daha Fazla

fix you
galeria + playlist
epígrafe
prólogo
parte um
01
02
03
04
05
07
08
09
10
11
flashback: o começo
parte dois
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19
20
21
22
23.1
23.2
flashback: a hydra
parte três
24
25
26
27.1
27.2
28
29
flashback: fazenda barton
parte quatro
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flashback: james
parte cinco
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epílogo
agradecimentos
extra #1: a festa
extra #2: melhores amigos
extra #3: o porquinho
extra #4: preparativos
samtasha #1
samtasha #2
dear amelia - especial de 100K
SEGUNDA TEMPORADA

06

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sarahverso tarafından

O homem cantarolava uma música qualquer do Ed Sheeran, enquanto ia até a biblioteca para mais uma tarde de leitura. Em sua mente, repassava tudo que havia conversado com Tony sobre seu novo uniforme, e ele estava muito animado com as novas alterações.

Ao abrir a porta da biblioteca, o seus olhos brilharam ao ver a ruiva sentada no sofá, totalmente focada no livro em suas mãos. Sam caminhou até ela e sorriu, batucando os dedos no encosto do sofá e jogando seu corpo ao lado do dela. Amy não se deu o trabalho de olhar para o homem, apenas continuou sua leitura, como se Wilson nem estivesse ali.

— Ariel... – Ele suspirou pegando uma mecha do cabelo dela e enrolando em seus dedos, a fazendo bufar. — Você está tão bonita hoje.

Ele sorriu, vendo o quanto ela estava se esforçando para ignorar a sua presença. Observou o livro que ela lia, deslizando os dedos finos pelas páginas e sorrindo para as palavras do papel. Como se ela estivesse sozinha na biblioteca.

— Um passarinho me contou que você e o Barnes passaram a tarde de ontem juntinhos... – Dito isso ele teve toda a atenção da ruiva, que fechou o livro com força e virou o rosto na direção dele.

— Esse passarinho é muito fofoqueiro, ele deveria focar em polir aquele escudo sujo dele. – disse revirando os olhos, já sabendo quem era o tal passarinho que Sam mencionou..

— Ah, deixa o cara, princesa. – gargalhou.

— Você é outro fofoqueiro! – Disse encarando a capa de seu livro. — Vocês podiam criar um clube da fofoca.

O homem sacudiu a cabeça incrédulo e pensou em negar, mas sabia muito bem que Amelia estava certa, ele e Steve adoravam uma fofoca.

— O que vocês fizeram?

— Ué, só conversamos sobre algumas coisas... – deu de ombros e olhou para Sam. — Ele contou para o Steve? Óbvio que foi! – respondeu sua própria pergunta, negando com a cabeça e ajeitando o corpo no sofá. — O que ele falou para ele?

— Que vocês só conversaram.

Amelia fez um barulho com os lábios e voltou a encarar a capa do livro. Mesmo que seja apenas pra dizer que ela o fez companhia, ela gostou de saber que Bucky contou para Steve sobre a tarde de ontem. Um sorriso surgiu em seus lábios, o que atraiu a atenção de Sam.

— Eu conheço esse sorrisinho... – Apontou para a garota com os dedos indicadores, Amelia tirou o sorriso dos lábios e o encarou séria.

— É proibido sorrir agora? – perguntou deslizando os dedos na capa do livro em seu colo. Sam soltou uma risada abafada e deu dois tapinhas na coxa dela, que o encarou com as sobrancelhas ruivas erguidas.

— Eu só disse que conheço esse sorriso, Ariel. Não precisa ficar na defensiva. – Aumentou o sorriso em seu rosto, e voltou a pegar a mecha do cabelo dela para brincar.

— Você é muito chato, credo, me deixa em paz!

— Voltando ao assunto anterior... – Ele cruzou as pernas e esticou o braço esquerdo no encosto do sofá, encarando o teto e mordendo o lábio inferior. Estava pronto para começar a provocá-la. — Você acha ele legal? – Olhou de canto de olho pra menina, que tombou a cabeça para o lado. — Ele é muito sério e quieto.

— Ah, nem sempre...

— Vai me dizer que já viu ele sem aquela cara feia fechada? – Amy deu de ombros, evitando de olhar para o amigo e o contar que "SIM!", que ele tinha o sorriso mais lindo que já havia visto. — É um pouco assustador... Parece que ele está pensando na melhor forma de matar todo mundo. – riu.

— Que horror, Sam! – Ela o olhou com o cenho franzido.

— Ah Amy, o cara não dá um sorriso sincero e quando abre a boca pra falar não tem uma animação na voz... Parece estar sempre com raiva!

— É o jeito dele! – disse. — James acabou de se livrar da pior parte da vida dele, só agora está conseguindo viver como um cara normal... – Suspirou passando as mãos pelo cabelo.  — Dá um tempo para ele se acostumar com tudo. Ah, e nem sempre está com raiva, ele é muito legal.

— Ah é? – Ergueu uma sobrancelha e sorriu de lado. — Amelia Griffins conseguiu descongelar o coração de Bucky Barnes?

— Ai, cala a boca!

— Você acha ele bonito? – cutucou a cintura dela com a mão livre, fazendo a menina encolher no seu lugar e dar um tapa no ombro do homem. — Agora é sério. Você acha?

— Sam... – riu sem graça. — Não quero falar sobre isso com você.

— Por que? Achei que eu era seu melhor amigo.

— É estranho, você sabe... – Ela gesticulou com as mãos e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. Sam sorriu e balançou a cabeça.

— Deixa de besteira, garota — revirou os olhos. —  Você acha ou não o cabeludo bonito?

— Não sou cega, Wilson, consigo ver um cara bonito de longe. – sorriu de canto e balançou as sobrancelhas sugestiva, o que fez o outro gargalhar alto. — Você já viu os olhos dele?

— Não...?

— Acho que são os olhos mais azuis que eu já vi! – Ajeitou o corpo no sofá de uma forma que conseguia ficar de frente para Sam. — E o sorriso dele é maravilhoso.

— Eca... – Fingiu que iria vomitar, Amy riu e o empurrou com as mãos. — Aquele cabelo precisa de um shampoo e um corte.

— Você tá dizendo que o cabelo dele é sujo? – Amy franziu o cenho. Sam sorriu maliciosamente, notando que talvez alguém estivesse tendo um crush no Soldado Invernal.

— Então, a princesa gosta do assassino cabeludo? – provocou e no exato momento que ouviu as palavras do amigo, o sorriso de Amy sumiu e ela o encarou seriamente.

— Ei! Não coloque palavras na minha boca, Wilson! – Agarrou o tecido da blusa dele com as mãos, e Sam gargalhou.

— Está escrito na sua testa que você quer dar uns beijos no homem! – Passou as mãos grandes pelo cabelo dela e a encarou de cima a baixo.

Amelia revirou os olhos e arrancou as mãos dele de seu cabelo, voltando a se sentar direito no sofá e pegando o livro. Ela não podia achar uma pessoa bonita?

— Ai, os olhos dele e o sorriso, ai, ai... – Ele abraçava o próprio corpo balançando de um lado para o outro e piscando os olhos repetidas vezes.

— Eu te odeio! – A garota levantou do sofá e o empurrou com as mãos, arrancando uma gargalhada de Sam. — Eu não gosto dele, que saco!

— Claro que não! – Amelia bufou, a risada de Sam ecoando pela biblioteca escura. Com um movimento rápido ergueu a mão no ar e um livro voou em direção à barriga de Wilson, que parou de rir na mesma hora e gemeu de dor. Amelia sorriu abertamente e cruzou os braços em frente ao peito. — Caramba, princesa!

— Tá doendo? – Fez biquinho com os lábios, Sam revirou os olhos e pegou o livro que o atingiu do chão.

— Você sempre estraga a brincadeira, credo – Jogou o livro no sofá e coçou a cabeça com a mão livre. Amelia riu e apertou as bochechas dele de leve, dando as costas e voltando para o sofá.

— Você estava pedindo por essa, Sam.

— Vou contar para Clint que você usou seus poderes. – Cruzou os braços e sorriu para a garota.

— Quantos anos você tem? Dez? – ergueu uma sobrancelha e batucou os dedos no braço do sofá.

— E vou contar pro Steve da sua atração ardente pelo vovô de metal... – Ele disse correndo para o fundo da biblioteca e escutando Amelia grunhir do sofá. Ele conseguia ver a energia vermelha percorrendo pela biblioteca e a voz fina de Amy o ameaçando e ao mesmo tempo implorando para não contar nada pra ninguém.

O fato é que ele não contaria para Clint sobre ela usar seus poderes sem permissão ou dizer a Steve sobre a atração dela por Bucky — o que ela podia negar quantas vezes quisesse, mas Sam sabia que, sim, ela estava atraída por Bucky. —, ele só adorava irritar Amelia Griffins e com isso arrancar as informações que queria, e ela já deveria estar acostumada com a tática de seu melhor amigo.

— Sam? – Ela chamou, a cabeça ruiva dela surgindo no fim do corredor e encarando o homem sentado no chão entre risos.

O homem abriu os braços, a vendo correr em sua direção e sentar-se ao seu lado. Os dois se olharam por longos segundos e ela viu que mais uma vez ele estava só sendo irritante.

— Promete que não vai falar nada para Steve. Você sabe que ele ia encher meu saco e contar pra todo mundo. – Ela falou, apoiando a cabeça no ombro de Sam, que riu e a abraçou. — Eu nem sinto nada por ele!

— Se você quer acreditar nisso... – deu de ombros. — Seu segredo está seguro comigo, princesa.

O silêncio instalou-se entre eles, observando os livros jogados ao chão e pensando na conversa que tiveram.

— Você está bem? – Ele perguntou de repente, Amy ergueu a cabeça e franziu o cenho confusa. — Pela avaliação de amanhã...

— Ah! – Ela mordeu o lábio inferior e desviou o olhar do dele. — Estou nervosa... Só de imaginar ficar em uma maca, enquanto fazem experimentos em mim...

— É totalmente diferente e você sabe disso. – ele sorriu. — Eles só querem te ajudar e sei que eles jamais te machucariam, princesa.

— Eu sei... – A menina mordeu o lábio e esfregou as mãos no rosto. — Só quero que seja rápido, sabe?

Sam balançou a cabeça positivamente e apertou o braço ao redor dela, sentindo a pele fria dela sobre sua palma. O passado de Amy era um mistério para todos, exceto Clint, que acolheu e cuidou de Amy como se fosse sua filha.

O que ele sabia era o que havia visto e o pouco que ela havia compartilhado. Imaginava que Amy deveria ter sofrido muito nas mãos da Hydra, ao ponto de ter medo de perder de seus poderes e dos pesadelos e lembranças constantes do que aconteceu em Sokovia.

Não era que Amy não confiava no melhor amigo, porque ela confiava até demais. Sua infância foi muito dolorosa e juntando com os horrores que passou em Sokovia, tornava tudo o seu pior pesadelo.

Ela só queria esquecer tudo de ruim que aconteceu e focar nos momentos bons. E era o que ela tentava fazer todos os dias ao abrir os olhos pela manhã.

Viver.

Viver tudo que lhe foi tirado quando pequena, quando sequestrada.

Notando o silêncio dela, Sam sorriu e deu um beijo no topo da cabeça de Amy, que fechou os olhos e sorriu. Sentia-se sortuda pelas maravilhosas pessoas que entraram na sua vida e era exatamente isso que a dava forças para abrir os olhos de manhã e viver.

Mesmo que ela tenha que ir a terapia aos sábados, descontar toda sua raiva em sacos de areia ou aturar Tony a arrastando para as reuniões chatas da empresa. Amy sabia que por sua família valia a pena acordar todos os dias e viver.

E ela seria capaz de tudo para mantê-los protegidos.

[...]

Era possível escutar os murmúrios e o som de socos ecoando pelo corredor. Ele já nem sabia quanto tempo fazia que estava treinando sem nenhum descanso.

Os fios de seu cabelo pingavam de suor, deixando pequenas poças pelo chão escuro da sala de treinamentos. Bucky Barnes sentia seus dedos doerem com as força em que usava para dar socos no saco de areia.

Outra vez ele havia acordado de um pesadelo. Neste, após escutar as malditas palavras de ativação do Soldado Invernal, ele se via machucando cruelmente seus novos amigos.

Bucky sabia claramente que, uma vez que o Soldado Invernal tomasse conta de si, tornando-o prisioneiro de sua própria mente, nada o impediria de terminar a missão que lhe foi dada. Faria o possível e o impossível para finaliza-lá. E isso fazia Bucky temer o futuro.

Escutando passos atrás de si, o homem retesou todos os seus músculos e buscou a faca presa ao seu cinto. Girando o corpo, apontou o objeto pontudo a centímetros de distância do rosto de sua companhia.

Steve engoliu em seco e encarou os olhos azuis aliviados do melhor amigo, que abaixou lentamente a faca e a guardou no bolso lateral da calça .

— Eu achei que você ia furar meu nariz. – Steve comentou, soltando o ar que havia prendido e empurrando Barnes com os ombros.

— Dá próxima vez anuncie sua presença antes de ficar parado atrás de mim igual um psicopata – O moreno falou sem emoção e voltou a sua sessão de socos no saco de pancadas, escutando a risada fraca de Steve ecoar pela sala.

— E você agora carrega facas com você?

— Nunca se sabe quando vai precisar de uma, Stevie.

O louro franziu o cenho e encarou as costas do amigo, coçando a barba por fazer. Bucky estava tenso, não conseguia tirar as imagens de seu pesadelo da cabeça. Elas continuavam o atormentando a cada minuto que se passava.

— Você está bem?

— Estou treinando.

— Seu punho está sangrando, Bucky. – Steve anunciou. Bucky parou seus movimentos e encarou os dedos de sua mão, vendo o sangue escorrer lentamente pelas feridas em suas juntas. — Por que você não dá um tempo e se senta aqui?

O homem estalou a língua, apertando com sua mão de metal a ferida em seus dedos, sentindo a dor latejar por sua mão. Olhando Steve sobre os ombros, ele revirou os olhos e caminhou até o outro, que sorriu.

— Não precisa! – disse quando Steve tentou pegar sua mão e examinar sua ferida. — Estou bem.

O silêncio instalou-se sobre a sala de treinamentos e nenhum dos dois sabia o que dizer. Steve queria perguntar se ele estava daquele jeito por conta de algum pesadelo, mas sabia que Bucky iria se fechar mais ainda se tocasse no assunto.

— Você sabe que pode me contar qualquer coisa, né Buck? – perguntou sem encarar o melhor amigo. O outro mordeu o lábio inferior e encarou suas mãos. Claro que ele sabia. Porém, Bucky tinha medo da reação de Steve ao saber sobre o que foi o seu mais novo pesadelo.

— Eu sei. – Foi a única coisa que Bucky disse antes de sentar-se no banco que havia ali perto. O homem suspirou, encarando as feridas em suas mãos. — Foi só mais um pesadelo... Não quero falar sobre, tudo bem?

Steve pressionou os lábios e concordou com a cabeça, sua mão batendo levemente no ombro de Bucky. Em sua cabeça, pensava o quão ruim poderia ter sido o pesadelo do amigo para ele treinar tanto ao ponto de sua mão sangrar.

Bucky sorriu fraco e levou ambas as mão ao cabelo, enrolando as pontas e sentindo as gotas de suor escorrerem por sua nuca.

— Quais os planos de hoje? – questionou depois de um tempo em silêncio. Steve o olhou de lado e sorriu.

— Hoje nada, mas amanhã... – Balançou as cabeça e soltou o ar pelos lábios. — O dia pode ser complicado.

O moreno franziu o cenho e ajeitou o corpo sobre o banco, encarando Steve com curiosidade.

— Amelia tem uma consulta, acho que podemos chamar assim, com o Bruce.

— Consulta? Ela está doente?

— Não. – Steve riu do tom desesperado de Bucky. — É pra checar como ela está, sabe? Com os poderes e tudo mais. – deu de ombros.

— E por que pode ser complicado? – O homem cruzou os braços em frente ao peito e franziu a testa.

— Nós sabemos que ela pode derrubar o prédio inteiro com o poder que tem... – Steve coçou o cabelo. — E a Amy tem um trauma com consultas, macas e coisas de hospital.

Bucky abriu os lábios e concordou com a cabeça, ele entendia muito bem aonde Steve queria chegar. O medo deles era Amy ficar assustada ou nervosa com a consulta e perder o controle de seus poderes, causando algo que eles não seriam capazes de conter.

— E vocês acham que é uma boa ideia? – Ele questionou, seus olhos perdidos no tatame e os pensamentos na garota ruiva de lábios cheios.

— A própria Amy solicitou a consulta. – A cabeça de Bucky virou rapidamente em direção a Steve. —  Pegou a gente de surpresa! Ela está claramente nervosa pra amanhã, mas...

— É pro bem dela! – Bucky completou a frase de Steve, que concordou com ele.

— Com os exames podemos saber o que mais eles fizeram com ela.

— Vai dar tudo certo, Steve! – Ele sorriu confiante, batendo uma mão na outra. — A Amelia é uma garota forte, admiro nisso nela.

Foi a vez da cabeça de Steve virar em direção à Bucky, seus olhos cerrados levemente e um sorriso preso no canto dos lábios. E foi então que ele viu, os olhos brilhantes do melhor amigo e o sorriso bobo nos lábios rachados.

— Então... Você e a Amy... – Ele começou a falar, olhando Bucky com atenção.

— O que tem eu e ela? – O homem perguntou confuso, umedecendo os lábios com a ponta da língua e olhando para Steve Rogers.

— Você estão muito... Unidos.

— A gente treina juntos. – O outro disse dando de ombros, alheio as verdadeiras intenções de Steve, que revirou os olhos.

— E tem conversas profundas a tarde inteira. – ergueu as sobrancelhas. — Não só uma vez, mas várias, não é?

— Do que você está falando, Stevie?

Bucky se sentiu perdido, não entendendo aonde Steve estava querendo levar aquela conversa, porém ficando nervoso com o assunto.

— Você sabia que existem quatro câmeras nessa sala? – O Capitão ergueu a mão esquerda, fazendo o número quatro com os dedos e olhando ao redor.

Os olhos de Bucky se arregalaram, e percorreram por cada canto da sala de treinamentos em busca das ditas câmeras. Ele sentiu suas bochechas esquentarem ao perceber que todos os momentos que teve com Amelia estavam gravados.

— Você... Steve! – Ele levantou do banco e andou em círculos. — Alguém mais viu?

— Fica tranquilo, eu sou o único que se interessa em monitorar as câmeras. – Ele deu de ombros e riu.

— Você ouviu alguma coisa?

— Não tem áudio, só imagem, Buck.

Quando ouviu aquelas palavras Bucky soltou um suspirou aliviado. Ele sabia que as conversas que teve com Amelia, não tinham nada demais além de duas pessoas se conhecendo melhor. Porém, ele sentia-se envergonhado por saber que alguém os viu tão vulneráveis após as longas horas de treino.

— Ela é bonita, Buck. – comentou de repente, fazendo o outro morder o interior da bochecha e o encarar sem emoção. — E te faz sorrir.

— Não preciso de ninguém para me fazer sorrir. – Defendeu-se cruzando os braços e Steve soltou uma gargalhada alta. Bucky revirou os olhos e forçou um sorriso nos lábios. — Viu! Estou sorrindo.

— Deixa de ser idiota, Buck. Você sabe muito bem o que eu quis dizer!  – Apontou o dedo na direção de seu amigo e cruzou as pernas.

Bucky virou de costas para o outro e encarou a janela aberta. Ela o fazia sorrir sinceramente. De um jeito que há tempos ele não sorria, estava sempre forçando seus lábios a se erguerem para agradar aos outros.

Desde que estava morando ali, Steve se recordava de ter visto Bucky sorrir verdadeiramente para ele algumas vezes. Porém, o jeito que Amelia o fazia sorrir o lembrava dos anos 40.  De todas as aventuras que tiveram, antes de tudo se desmoronar e estarem ali.

— Ela é linda! – Bucky murmurou para si mesmo, fazendo Steve arregalar os olhos e sorrir abertamente. — Aqueles olhos castanhos que parecem enxergar sua alma... Ou o sorriso.

— Bucky! – Steve chamou pelo amigo, que soltou um suspiro ao lembrar dos olhos e sorriso de Amy. Um suspiro. — Você acabou de suspirar?

O soldado olhou sobre os ombros e caminhou até Steve, dando um soco fraco no peito dele. Suas bochechas estavam mais vermelhas que a maçã que havia comido naquela manhã.

— Você gosta dela? – Steve perguntou, sentia seu coração esquentar em imaginar Amy e Bucky juntos.

— E-eu... Quê? – engasgou com a própria saliva, voltando a sentar-se ao lado de Rogers. — Eu não sei explicar... Ela me faz bem e... feliz.

Steve aumentou ainda mais o seu sorriso e apertou o ombro de Bucky, que revirou os olhos e negou com a cabeça.

— Você gosta dela!

— Eu não falei isso, punk! – Bucky apontou o dedo indicador de metal na direção de Steve.

— Bem, você não precisou dizer. – riu.

— Cala a boca! – Empurrou o homem com as mãos e sorriu sem graça.

Os dois ficaram em silêncio por um tempo, cada um perdido em seu próprio pensamento. Steve sentia que iria explodir de felicidade e estava doido para compartilhar com Sam sua nova descoberta. Porém, ele não iria. Iria guardar aquela informação para si mesmo.

E Bucky sentia tudo girar. Ele gosta dela? Para ele era bem diferente sentir-se confortável com alguém e gostar desse alguém. Podia muito bem estar feliz por ter feito uma nova amiga. Não gostava de Amelia.

Um sorriso surgiu em seus lábios no exato momento que lembrou dos dedos tímidos dela percorrendo por seu braço de metal. Em como o nariz dela enrugava quando estava lutando. Nos cabelos ruivos que caiam como uma cascata sobre as costas dela, que ele desejava poder tocar e saber se eram a tão macios quanto pareciam.

Bucky sacudiu a cabeça e coçou a barba com a mão de metal, os olhos perdidos e brilhantes no saco de pancadas.

Talvez, ele gostasse dela. Mas só um pouquinho.

❄️

Nota da autora: Olá! Desculpa a demora para postar... Mas, aqui está um capítulo que acabou de sair do forno. Eu amo esse capítulo! Sam e Amy tudo pra mim, amo a amizade deles. E o Bucky... Todo bobinho. hahaha Me conta o que acharam!!!!

Atingimos MIL VISUALIZAÇÕES!!!! Estou muito muito feliz!!!! Também estamos em TERCEIRO lugar no ranking em Sebastian Stan, QUARTO de Bucky Barnes e SEGUNDO em Soldado Invernal!!!! Obrigada a todo mundo que está lendo Fix You, significa muito pra mim. ♥️

Por favor... Votem e comentem o que vocês acham que vai acontecer nos próximos capítulos, o que você quer que aconteça, sua opinião sobre a história ou qualquer coisinha, preciso muito saber se estão gostando ou não da história e o comentário de vocês me motiva a continuar a escrevendo. ♥️

Eu criei um instagram para minhas histórias. Por lá eu irei postar novidades, quotes, anúncio de capítulos e spoilers, e um bocado de coisa para a gente interagir. 🥰 Então, me sigam por lá e vamos bater um papo! (link no meu perfil)

Até o próximo capítulo!

Okumaya devam et

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