THE LOVE #1 ✓

By autorababi

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(ANTIGA "O AMOR NUNCA MORRE") Mirella Bittencourt não esperava que seu namorado, a acusaria de uma traição. Q... More

sumário estendido
elenco
Book Trailer
Prólogo
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
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13.
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17.
18.
19.
20.
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37.
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39.
40.
41.
42.
43.
44.
Epílogo
FINAL ALTERNATIVO
Agradecimentos
LIVRO DOIS- THE RESTART
CAPÍTULO EXTRA
meu novo lançamento!

30.

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By autorababi

1 semana depois

Entrei no bar que as meninas praticamente me obrigaram a vir, já que Ethan tinha levado Alicia para ficar o dia com ele, e hoje eu não teria plantão a noite.

Acenei ao vê-las.
Abracei elas, e logo Aubrey e Amélia saíram para algum lugar do bar. Me sentei ao lado de Liza, que fez questão de pedir vodca para nós duas.

— Beba, você está precisando disso— ela esticou o copo em minha direção, mas neguei.

— Eu estou dirigindo. Deixa para a próxima.— ela deu de ombros e assentiu.

Pedi uma água, e vi que ela me encarava, e após beber toda bebida do copo, olhei para ela, e falei:

— O que aconteceu?— ela deu de ombros.

— Você vai estar amanhã na festa da empresa do Ethan, não é?— ela perguntou, e franzi o cenho— oh, merda! Ele ainda não tinha te convidado— ela riu— foda-se, ele é lerdo, então eu mesma faço por ele. Você vai amanhã, e será a mais bonita da festa. Já até estou imaginando você com um vestido vermelho, e...

— Meu Deus, Liza. Respira— soltei uma gargalhada e ela rolou os olhos.

Me virei para o barman e pedi mais uma garrafinha de água, Liza pediu tequila. Ela disse que precisava encher a cara, e que só iria parar de beber quando esquecesse todos os problemas dela.

Vi Amélia andar em nossa direção, e vi que ela estava pálida. Logo entrei em alerta, e me levantei.

—Está tudo bem?— perguntei, preocupada e pus a mão em seu ombro.

Ela abriu a boca algumas vezes, mas nenhum som saía de sua boca.

— O... o Thomas está aqui— ela sussurrou e eu tive que me apoiar no balcão para não cair— ... ele está aqui, neste mesmo bar.

Ela disse e começou a chorar. Eu abracei, porque eu entendia o desespero dela.
Eu também estava desesperada.

Thomas.
Só de pensar nele, me sinto enojada.

Liza nos encarava preocupada, ela sabia do que tinha acontecido.

Thomas e Amélia são irmãos, eles sempre foram unidos, ele aparentava ser uma boa pessoa. Mas a verdade era que Thomas não era quem aparentava.

Mas ele fingia tão bem, que ninguém nunca pensou que e fosse capaz de fazer algo assim.

Tudo começou quando ele me convidou para sair, mas eu não aceitei.
A partir daí, ele começou a tentar de todas as formas me fazer aceitar sair com ele.

Quando ele viu que eu não aceitaria, ele começou a me perseguir. Mas às vezes e agia de uma forma indiferente, como se não ligasse, mas no outro dia estava me perseguindo, tentando me fazer aceitar a sair com ele.
Eu e Amélia não éramos tão próximas na época, mas mesmo assim, sempre saíamos juntas. Liza, eu e Amélia. Gostávamos de ir em festas juntas.

Amélia tentava falar com ele, porém ele ignorava.

Ele parecia outra pessoa, parecia... louco.

E ele literalmente estava, depois de uma invasão na minha casa, e ele tentar me forçar a ter relações sexuais com , consegui chamar a polícia, e depois de uma avaliação, ele foi diagnosticado com esquizofrenia. E em um desses surtos, ele foi até minha casa.

Ele foi levado para um hospital psiquiátrico, pois a sanidade dele estava colocando outras pessoas em risco.

— Eu quero ir embora...— ela murmurou, e logo vi Aubrey se aproximando, ela estava com um semblante preocupado.

— Está tudo bem? Você sumiu, e...— ela parou assim que viu que Amélia estava chorando.

Aubrey a abraçou, e acariciou as costas dela.

— Você pode levar ela para casa?— Aubrey assentiu.— Está tudo bem, Amélia, vai ficar tudo bem.

— Me desculpe... eu quem deveria estar te dando apoio. Mas eu...

Abracei ela. Sabia que descobrir tudo que o irmão tentou fazer, afetou ela.
Eles eram bem unidos, e isso abalou ela.
No começo ela ia visitar ele no hospital — mesmo que ele tenha sido enviado para um hospital em outra cidade—, ela ia ver como ele estava, mas com a indiferença dele, ela acabou se afastando de vez.

E vê-lo novamente deve ter a deixado confusa.

Confesso que fiquei um pouco surpresa, mas não com medo.
De alguma forma, saber que ele está aqui, não me deu medo. Claro que fiquei um pouco assustada no começo, mas já se passaram tantos anos.

Se ele saiu do hospital, é porque apresentou melhoras em seu comportamento.

A esquizofrenia ainda é um mistério. Não se sabe de onde ela surge, ou como. Psiquiatras estudaram o DNA de pacientes diagnosticados com esquizofrenia, a procura de alguma mutação genética, mas nada foi encontrado. A única coisa que é realmente comprovado, é que pessoas com parentes esquizofrênicos têm mais chances de ter a doença.

Por ser uma doença crônica, não tem cura, mas há tratamentos, que pode fazer com que a pessoa viva uma vida melhor.

— Vamos, eu te levo para casa— falei, saindo dos meus pensamentos, e pegando minha bolsa, e caminhamos em direção à saída.

Entramos no meu carro em completo silêncio, e o caminho também foi silencioso.

Estacionei em frente à casa de Liza.

— Obrigada, Mi.— Ela beijou minha bochecha— acha que Amélia vai ficar bem? Ela ficou abalada ao ver o irmão...

Suspirei.

— Tenho certeza que sim. Aubrey ficará com ela. Ela ficou chocada, mas vai ficar tudo bem.— Falei, a oferecendo um sorriso fraco.

Liza assentiu, e saiu do carro, mas antes de entrar em casa, ela me olhou e disse:

— Tome cuidado, não sabemos como ele está, e se...

— Vou tomar cuidado— a interrompi— se cuida.

Ela assentiu, e passou pelo gramado, entrando em sua casa.

Comecei a dirigir pelas ruas vazias, tendo como destino a casa de Ethan, para buscar Alicia.

Olhei pelo retrovisor, tendo a sensação de estar sendo seguida, mas tentei ignorar.

Quando eu já estava na rua onde Ethan morava, senti um impacto na parte de trás do carro. Minha cabeça foi contra o volante, e eu freei bruscamente. Desci do carro, totalmente irritada, mas parei brutalmente quando vi a figura de Thomas na minha frente.

Puta merda!

— Olá, docinho. Sentiu minha falta?— ele disse ironicamente.— Confesso que fiquei chateado, você não me visitou nenhuma vez nesses anos— ele fez uma cara triste, mas em seguida gargalhou.— Você continua linda, como sempre.

Ele tentou tocar em meu rosto, mas segurei sua mão, a raiva já me consumia.

— Não encosta em mim!— minha voz saiu áspera.

Ele riu novamente, e eu tentei entrar no meu carro, e sair o mais rápido possível dali, mas senti uma mão grossa e fria segurar meu braço, com força.

— Ainda não terminamos... Por sua culpa, eu passei anos naquele inferno, sendo tratado como um doente mental.

Encarei ele, totalmente irritada, e puxei meu braço.

— Você precisava, e ainda precisa, de tratamento médico.

Ele riu diabolicamente, e me olhou, pude ver que a raiva flumejava em seus olhos.
Ele colocou as mãos sobre a cabeça, parecendo estar ouvindo vozes, ele começou a caminhar de um lado para o outro.

— Não, não, não— ele falava repetidamente, enquanto andava em círculos.

Merda, ele estava tendo um surto. Tentei novamente entrar no carro, mas suas mãos foram até meu pescoço, e eu tentei tirar suas mãos, mas seu aperto se intensificou.

Me debati o máximo que pude, mas eu estava ficando zonza. Ainda podia ouvir ele dizer algumas coisas sem nexo, até que sinto ele ser puxado com agressividade, e caio no chão tentando recuperar o fôlego.

Minha respiração estava desregulada, e minha visão foi voltando aos poucos ao normal. Vi Ethan distribuindo socos pelo rosto de Thomas, e só parou quando o mesmo estava desacordado. Ele se aproximou rapidamente, se abaixou em minha frente, e segurou meu rosto com delicadeza.

— Você está bem?— ele perguntou, me olhando intensamente, e me avaliando.

— Sim, eu só...

Eu não conseguia falar, estava em choque. A maioria dos surtos esquizofrênicos, não são agressivos, mas Thomas tentou me matar.

Não é como se fosse impossível, mas geralmente pessoas com esquizofrenia, apresentam mais riscos a si mesmo, do que para outras pessoas.

Ethan me abraçou, e eu retribui o abraço.
Eu me sentia como se estivesse em casa quando estava nos braços dele. E eu não queria mais sair desse abraço.

Já havia se passado algumas horas do ocorrido, Thomas foi novamente levado ao hospital psiquiátrico, e dessa vez alegaram que tomariam mais cuidado, pois ele havia fugido há alguns dias.

Alicia estava dormindo quando chegamos, e Ethan me convenceu a dormir aqui hoje.

Agora eu estava deitada no peitoral de Ethan, ele estava segurando minha cintura, e me olhando.
Seu olhar desceu para meu pescoço, e vi que ele travou seu maxilar. Meu pescoço estava vermelho, um pouco arroxeado, e um pouco dolorido.

Thomas não seria preso pelo que fez, pois ele estava em um surto psicótico na hora, e isso faz com que ele não seja responsável pelo que fez.

Ele não foi para a prisão, mas agora está no hospital, fazendo os devidos tratamentos com remédios antipsicóticos.

— Ei, está tudo bem— sussurrei olhando em seus olhos.

Ele beijou minha testa.

— Eu nunca senti tanto medo e tanta raiva ao mesmo tempo. Eu não sei o que teria feito se eu não tivesse chegado a tempo, e...— ele parou e eu toquei em seu rosto, percebi que seus olhos estavam lacrimejando.

Beijei seus lábios, e olhei diretamente para seus olhos largos, e num tom azul-gelo. Eu amava o jeito que ele me olhava.

— Eu estou bem, okay? Agora está tudo bem, e eu estou aqui com você.

Senti ele acariciar meus cabelos, e fechei os olhos, aproveitando o momento.

— Canta pra mim?— pedi, em um sussurro, e logo escutei ele:

—”Look at the stars
Look how they shine for you
And everything you do
Yeah, they were all yellow
I came along
I wrote a song for you
And all the things you do
And it was called Yellow— sua voz era grave, mas ao mesmo tempo calma, e ouvir ele cantar, sempre me acalmava. Era como o sol em um dia de inverno—  So then I took my turn
Oh, what a thing to’ve done
And it was all yellow
Your skin
Oh, yeah, your skin and bones
Turn into something beautiful
Do you know
You know I love you so?
You know I love you so?"

Sorri, ainda com os olhos fechados, aproveitando a sensação de estar aqui com ele— por mais que a situação de algumas horas atrás não tenha sido nada agradável—, agora eu me sentia bem.

— Eu também te amo— sussurrei baixinho, não tendo certeza se ele escutaria.


***

surtos e surtos! (o próximo já teremos nossa tão esperada reconciliação 🤩)

ps: eu fiz várias pesquisas sobre esquizofrenia, e escrevi com base da minha pesquisa. Li artigos, então tudo que eu escrevi aqui, é verdade com base em estudos. Eu realmente fiquei dias pesquisando sobre, para não escrever bobagem haha.

insta e twitter: @/dreamineslovely

tradução do trecho da música:
Olhe para as estrelas
Olhe como elas brilham para você
E tudo o que você faz
Sim, elas eram todas amarelas

Eu vim de longe
Eu escrevi uma canção para você
E todas as coisas que você faz
E foi chamada de Amarelo

Então eu esperei minha vez
Oh, que coisa para se fazer
E era tudo amarelo

Sua pele
Oh, sim, sua pele e ossos
Transformaram-se em algo bonito
Você sabe
Você sabe que eu te amo tanto?
Você sabe que eu te amo tanto?

(amarelo= pessoa que te faz bem) ❤️

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