o início do capítulo contém cenas +18, leia por sua própria conta e risco.
Ethan distribuía beijos pelo meu pescoço, e eu tentava desesperadamente desabotoar sua camisa.
Senti seus dedos tocarem minha intimidade, ainda com o tecido de renda, e arfei apertando seu ombro.
— Você já está excitada apenas com isso, amor?— ele sussurrou com a voz rouca, e senti minha calcinha ficar ainda mais encharcada.— E se eu fizer isso— ele se abaixou— e depois, isso— ele tirou minha calcinha— e então, fazer isso— senti sua língua entrar em contato com minha intimidade, que naquele momento já estava totalmente molhada.
— Ethan...— murmurei ofegante— por favor...
Senti sua mão subir pela minha perna, arte chegar em minha coxa, e então ele apertou ela.
Ele se levantou, com certa rapidez, e seus lábios se chocaram com o meu, e eu prontamente dei passagem para sua língua.
Nos separamos pela maldita falta de ar, mas continuamos com nossas testas coladas. Nossas respirações estavam desreguladas, e Ethan continha um sorriso sarcástico no rosto.
— É melhor irmos, eles vão estranhar nossa demora!— o encarei incrédula.
— Ethan, seu filho da...— não consegui terminar, pois ele selou nossos lábios em um selinho, e acariciou minha bochecha com o dedo.
— Até mais, amor.
E então ele andou até a porta, destrancou a mesma, e saiu.
Fiquei alguns segundos tentando absorver o que acabara de acontecer, lavei o meu rosto para tentar transparecer normalidade, mas eu estava totalmente vermelha, e eu estava irritada porque ele não terminou o que começou.
Saí o mais rápido possível, e ao me sentar novamente com todos, percebi que todos os olhares estavam sendo direcionado à mim e Ethan.
— Onde vocês estavam, mamãe?— Alicia perguntou.
— É, onde vocês estavam?— Anthony perguntou com cinismo.
Lancei um olhar mortal para ele, e vi que Liza estava se segurando para não rir, e Aubrey e Amélia estavam rindo.
— Desculpe— Amélia disse e bateu no braço de Aubrey que parou imediatamente.
Olhei rapidamente para Ethan, e vi que ele estava com um sorriso no rosto.
— Não sei do que vocês estão falando.— Sua voz foi carregada de ironia e cinismo.
Alicia deu de ombros e voltou a prestar atenção no almoço dela, já os outros apenas sorriram maliciosos e começaram uma conversa aleatória.
Depois de colocar Alicia para dormir— o que não demorou muito, já que ela estava muito cansada.
Fiquei um tempo velando seu sono, e me sentindo grata por tê-la em minha vida.
Desci as escadas e me sentei no sofá para ler um livro, a qual eu desejava desesperadamente terminar, mas infelizmente é pouco o tempo que me sobra para ler.
O trabalho no hospital é corrido e exige muito de mim, e quando eu não estou trabalhando, quero aproveitar o tempo com a Alicia, porque ela sempre seria minha prioridade.
Só desviei a atenção da minha leitura, quando o som da campainha soou pela sala.
Quem diabos seria?
Estava caindo o mundo lá fora, e ninguém me avisou que viria.
Andei até a porta e quando abri, para minha surpresa Ethan estava parado em frente a porta, totalmente molhado e com um sorriso sacana no rosto. E ele também segurava uma caixa.
Ai meu Deus!
A caixa.
A nossa caixa.
— O que você está fazendo aqui? Alicia já está dormindo!
— Não vai me convidar para entrar? Caso não tenha percebido, está chovendo muito.
Rolei os olhos e fiz sinal para que ele entrasse.
— Deveria ter pensado nisso antes de vir até aqui— murmurei e ele riu.
— Faço qualquer coisa para ver você!— ele disse, mas dessa vez não parecia estar brincando.
Senti meu coração bater mais forte contra meu peito quando ele caminhou em minha direção, e deixou a caixa em cima de um móvel. Suas mãos grandes e úmidas pela chuva, tocaram em meu rosto.
Me aproximei, e suas mãos abraçaram minha cintura, e eu não me importei se me molharia.
Isso era a última coisa que eu me importaria.
— Eu já disse o quão linda você é?— Ele sussurrou, enquanto eu apoiava minha cabeça em seu ombro.— Porque você é a mulher mais bonita de todo esse maldito mundo— ele continuou, colocando uma mão em minha lombar enquanto mantinha a outra na minha cintura— olhar para você é como olhar para as estrelas, indiretamente.
Soltei um suspiro, e me afastei um pouco para encarar seus olhos.
Eu sempre achei incrível e fascinante a forma como eles são transparentes, e tudo que ele sente fica a mostra em seu olhar.
E eu pude ver um brilho diferente, àqueles que eu via diariamente quando estávamos juntos.
Isso fora uma das poucas coisas que não mudou com o tempo.
Eu ainda conseguia ver cada sentimento pelo seu olhar. Ainda conseguia distinguir quando ele estava com raiva, ou feliz.
— Eu amo você!— ele me disse, me encarando seriamente— e nada vai mudar isso. Nem o tempo!— ele continuou, e eu o encarava sem saber o que dizer— você sempre será a melhor parte da minha vida, e nada e nem ninguém vai mudar isso.
Eu queria dizer que o amava, mas ele colou nossas testas, e sua mão acariciou meu rosto. Ele pegou a caixa de madeira que eu conhecia muito bem, e colocou em minhas mãos.
E ele saiu pela mesma porta a qual entrou.
Me sentei novamente no sofá, segurando a caixa de madeira. Minhas mãos estavam trêmulas, e quando a abri, senti toda nostalgia invadir meu ser.
Muitas cartas.
Peguei uma aleatoriamente, e vi que tinha sido Ethan que havia escrito ela.
Foi a primeira carta, tínhamos discutido, e para se desculpar ele escreveu uma carta.
Depois dessa muitas mais vieram. Eu e ele sempre escrevíamos um para o outro.
Não precisava ter um motivo, apenas mandávamos cartas com palavras doces.
Isso sempre alegrava meu dia.
Eu não sabia que isso ainda existia. Pensei que tinha se desfeito com o fogo da cabana. Mas ela parece inteira.
Abri o papel amarelado, e li a carta:
Querida Mirella, eu sei que fui um babaca para você, mas saiba que eu te amo.
Amo cada pedacinho seu, todas as imperfeições perfeitas. Porque tudo em você acaba se tornando perfeito.
Tudo isso pelo simples fato de ser você.
Sei que muitas vezes acabo agindo como um garoto mimado, mas eu estou tentando mudar. Mudar por você.
Espero que você me perdoe, odeio ficar longe de você. Olha só no que você me transformou, em um viciado por seu toque e sua presença.
Então, quero que olhe para sua janela, tenho uma surpresa para você.
Com todo amor, Ethan.
Sorri, e senti algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
Quando eu abri a janela naquela noite, Ethan estava lá embaixo, com um buquê de flores, e um sorriso de lado.
Isso foi só o início de milhares de cartas que trocamos ao decorrer do tempo.
Aniversários, apenas cartas para dizermos o quanto éramos importantes um para o outro.
E céus, eu ainda o amava com cada batida do meu coração, mas ainda tinha medo de me machucar novamente.
Eu não sei se meu coração suportaria mais uma decepção.
Eu quero me manter longe dele, mas tudo ao meu redor conspira para que sempre estejamos juntos.
Meu coração ainda bate aceleradamente cada vez que o vejo.
Eu ainda me sinto como uma adolescente apaixonada, quando estou com ele.
E eu ainda fico sem palavras toda vez que ele fala que me ama.
É a mesma coisa de antes. Como se os anos não tivessem se passado. Ele ainda tinha o mesmo efeito de antes sobre mim.
Acho que nem em um milhão de vidas isso mudaria.
Nosso amor se manteve vivo mesmo depois de anos, e ainda era o mesmo. Mesmo depois de ambos sofrerem, ainda nos amávamos tanto quanto podíamos.
Quais as chances disso acontecer?
Uma em um milhão?
Soltei um suspiro frustrado por não saber o que fazer. Fechei a caixa, e a levei para o meu quarto.
Por mais que eu o ame e ele me ame, não sei se daríamos certos juntos novamente.
Talvez a melhor coisa a se fazer nesse momento, seja se afastar...
Andei apressadamente pelo corredor do hospital, até que senti meu corpo bater contra algo, ou melhor, alguém.
— Desculpe, eu estava distraída!— falei olhando para Alex, que sorriu.
— Parece que você adora trombar comigo, não é mesmo?— brincou e eu ri.
— Acho que você que fica me perseguindo— dei de ombros, voltando a andar e ele me acompanhou.
— Você me descobriu! É, essa é a verdade. Eu sigo você pelos corredores do hospital, que coincidentemente eu também trabalho nele.
Rimos, eu gostava da presença dele. Alex era uma pessoa divertida e me fazia rir sem nem um esforço.
Quando chegamos em frente a minha sala, ele se apoiou em frente aporta, e cruzou os braços.
— Se eu te convidasse para um almoço, você aceitaria?— arqueou as sobrancelhas.
O olhei, e sorri.
— Depende, você vai me convidar?
Ele abriu um sorriso enorme, e assentiu.
— Então vejo você mais tarde!— ele piscou, beijou minha bochecha e saiu em direção à ala cirúrgica.
***
oi, espero que tenham gostado.
a caixa deles me deixa 🥺 nunca vou viver isso, mas enfim.
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