INVERNO ARDENTE | Bucky Barne...

By DixBarchester

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Guerra. Hidra. Assassinatos. Pronto para obedecer... O mundo de James Buchanan Barnes estava congelado em vio... More

✎ INTRO
▶ MÍDIA
❝EPÍGRAFE❞
01. SOZINHO
02. SAVANNAH
04. VIZINHOS
05. SAM
06. CELULAR
07. STEVE
08. ALPINE
09. ABBY
10. QUEBRA-CABEÇAS
11. GUS
12. SOLDIER'S
13. MÚSICA
14. VERDADES
15. AMIGOS
16. JOALHERIA
17. PESADELO
18. MUDANÇAS
19. CONVERSAS
20. ADEUS
21. RECONCILIAÇÃO
22. AMOR
23. IMPREVISTO
24. LUCIA
25. BEVERLY
26. PRISIONEIROS
27. FOGO
28. ARDENTE
29. TREINAMENTO
30. HERÓIS
31. PEDIDO
32. COMPENSAÇÃO
33. FIM

03. JAMES

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By DixBarchester

Aqui estou, resolvi postar o último capitulo do ano pra fechar as coisas com chave de ouro (mentira, é só porque não dou conta de guardar capitulo e fico arrumando desculpas para postar kkkk)

A música que toca nesse capitulo é "Use Somebody" em um cover da Isabella Celander, tá na midia caso queiram ouvir (recomendo)

Enfim, mais um momentinho Bucky e Savy, porque shippar nunca é demais

Boa leitura!


Bucky tinha comportamentos compulsivos e sabia disso, coisas que ele fazia sem perceber, provavelmente algum tipo de consequência das merdas que tinha vivido nas últimas décadas; A mania de sempre observar para ver se não estava sendo seguido, o modo sistemático como fazia as coisas ou o fato de sempre querer tudo impecavelmente limpo, entre outras dezenas de coisas pequenas e grandes.

Naquelas últimas duas semanas ele tinha adquirido outro comportamento compulsivo, uma mania agradável, mas talvez não muito correta, um prazer culposo: assistir certa vizinha ruiva através da janela.

Não era um stalker, longe disso, não a seguia na rua, não a cercava de nenhuma forma e não tinha pesquisado seu passado. Era algo bem mais sutil e leve que isso, era quase involuntário na verdade. Às vezes Bucky se pegava olhando para a jovem sem ter percebido.

Ela passava do outro lado do vidro e os olhos azuis gélidos se prendiam no fogo de seus fios alaranjados.

Achava que era apenas ócio, coisas que um apartamento vazio e a solidão causavam e, na maior parte das vezes, se recriminava pelo comportamento inapropriado, mas nunca conseguia evitar...

Fazia duas semanas que tinham se conhecido, não se falaram novamente ou se encontraram pelo condômino, os horários ainda não batiam. Savannah não deixou a música alta outra vez, mas em algum ponto daquelas duas semanas Bucky se pegou desejando que ela tivesse deixado, apenas para caminhar até e trocar qualquer palavra civilizada com outra pessoa, algo que não fosse estritamente profissional como o que acontecia em seu serviço...

Havia mais algumas coisas que ele tinha descoberto sobre Savannah Devenport ao observar sua vida através do vidro: Era um tanto inquieta, não ficava muito em casa; e tinha muitos amigos, Bucky viu a casa lotada durante um fim de semana a tarde. Gente de todo o tipo, em todas as formas e tamanhos: coloridos, risonhos e descolados.

Haviam umas dez pessoas no apartamento aquele dia, mas logo se foram e apenas três ficaram: o garoto descolado com dreads, estilo alternativo e algumas tatuagens na pele cor de chocolate; a garota de cabelos roxos, com óculos redondos assim como seu rosto risonho; e um rapaz magricela de cabelos exageradamente platinados, pálido de um jeito quase preocupante. Bucky reparou que ele mancava, e tinha sempre uma bengala a mão.

Sentiu um tanto de inveja da amizade que eles compartilhavam e das risadas que ecoavam do apartamento, talvez por isso tenha voltado ao museu aquele dia, ficou olhando a exposição do Comando Selvagem por horas.

Sentia falta dos amigos. Sentia falta de não estar sozinho. Falta de pertencer a algo maior que si...

A guerra tinha sido um período turbulento, Bucky nunca negaria isso, mas foi algo que ele quis fazer, foi uma honra vestir o uniforme e defender o país. Fez amigos no campo de batalha, pessoas que entre uma perda e outra encontravam uma forma de aliviar a tensão e, mesmo em meio a fuligem e as cinzas, sorriam e brincavam. O Sargento Barnes sempre achou que aquele era seu lugar, atrás de uma trincheira, com uma arma na mão, socando nazistas, correndo perigo e rindo disso com os outros soldados que dariam as vidas uns pelos outros.

Mas sequer viu o fim da guerra, sequer comemorou a vitória, o gelo infectou seu corpo e sua mente antes disso. E o Soldado Invernal não era nada como o Sargento Barnes... Não tinha escolhido aquilo para si, não havia honra em seu uniforme ou em seu braço metálico, e acima disso, estava sozinho, sempre, apenas ele e o gelo, manchados de sangue e de vergonha.

E agora Bucky não era nem o Sargento honrado, nem o Soldado Assassino. Ele não sabia mais quem era...

Porém a semana não parou para que se sentisse deslocado ou deprimido, o tempo continuou passando rápido demais, a vida continuou acontecendo e, de certa forma, ele agradeceu por isso, era melhor que a inercia da criogenia.

Quinta veio ensolarada e o serviço acabou muito mais cedo por causa de um atraso na entrega de materiais. Bucky chegou em casa as três da tarde, frustrado e entediado. Gostava do serviço, ajudava a passar o tempo, principalmente quando podia usar sua força para quebrar alguma coisa.

Sentia falta de exercício físico, algo mais que os abdominais e flexões, que o espaço diminuto do apartamento permitia. Era como se seu corpo pedisse por isso, mas sair para correr de jaqueta de moletom e luva, no meio da primavera, não parecia uma boa ideia. Ou talvez fosse apenas uma desculpa para continuar isolado.

Fez algumas centenas de flexões na barra fixa que tinha instalado na entrada do quarto, usava apenas o braço de carne e osso para erguer seu peso, afinal o vibranium não precisava de exercícios extras. Perdeu a conta em algumas centenas e, por mais que a dor nos músculos lhe trouxesse alguma sensação diferente do vazio predominante em sua alma, nem isso lhe deixou menos inquieto sobre estar em casa tão cedo, o tempo não passava...

Os músculos definidos do abdômen, costas e braço não lhe traziam qualquer satisfação pessoal. Na época do Comando Selvagem costumavam competir entre si para verem quem tinham os melhores músculos ou quem era mais forte, e claro que Steve sempre ganhava, mas era divertido perder mesmo assim.

Porém ali na solidão do seu apartamento os músculos de nada valiam, eram apenas o lembrete de que Bucky ainda era um Soldado pronto para a guerra. Uma guerra que não existia mais...

Tomou um banho — quente daquela vez — deixou que o banheiro se enchesse de vapor e que a água escorresse por seu corpo, como se isso pudesse derreter o gelo em seus ossos, porém era inútil, o inverno estava em sua alma, nada poderia mudar isso.

Desistiu por fim, resolvendo tirar o resto daquela quinta-feira ensolarada para lavar roupas. Não que tivesse muitas peças acumuladas, ainda assim, era algo com que ocupar a mente.

Como não tinha máquina de lavar própria ou área de serviço dentro do pequeno apartamento, ele usava a lavanderia do prédio, geralmente fazia isso de madrugada quando todos estavam dormindo, mas imaginou que aquele horário, em um dia útil, o lugar também não estaria ocupado.

Antes de sair, vestido do jeito usual; moletom, boné e luvas, seus olhos passaram casualmente pelo apartamento de Savannah do outro lado do vidro e, embora ela não estivesse por ali, o lugar estava milagrosamente arrumado — ou quase isso — Bucky riu desse pensamento, enquanto abria a porta e seguia seu rumo.

A lavanderia ficava no térreo, um salão posicionado entre os dois blocos, haviam algumas máquinas de lavar e algumas secadoras, eram um tanto antigas e pelo menos um terço tinha defeito, mas ainda assim era melhor do que ter que ir a uma lavanderia pública, além disso custava apenas algumas moedas fazer os aparelhos funcionarem.

Bucky estava quase na entrada quando ouviu um timbre que não reconheceu de imediato; era feminino e doce, quase rouco. Parou na porta por um segundo e reconheceu a jovem que estava sentada de costas para ele em cima da grande mesa de madeira que ficava no meio do salão, os cabelos ruivos eram inconfundíveis, mesmo presos para o alto de qualquer jeito e seguros por uma caneta: Savannah Devenport... Ela estava com o violão vermelho que Bucky vira em seu apartamento antes e cantarolava baixinho, enquanto dedilhava o instrumento.

Ele pensou em dar meia volta, mesmo que houvessem mais máquinas ali para serem usadas, porém não o fez, disse a si mesmo que seria besteira mudar seus planos por causa de uma garota qualquer e finalmente entrou no lugar.

Savannah não reparou em sua chegada, seja porque estava muito entretida com sua música, seja porque Bucky era de fato muito silencioso. Ele decidiu usar a máquina mais próxima da porta, assim talvez passasse despercebido.

Enquanto Bucky enchia a máquina Savannah passou de cantarolar para cantar, não era nada como a música que ela ouvia noites atrás era... Muito melhor. Sua voz era agradável e melodiosa, passava uma calma e uma paz que Bucky não sentia há muito tempo.

Ele se encostou em uma das máquinas e ficou ouvindo a jovem, sem perceber que aos poucos um sorriso aparecia no próprio rosto. Não sabia ao certo se gostava mais da melodia, da voz ou da letra...


"Tenho andado por aí
Sempre menosprezando tudo que vejo
Rostos pintados preenchem lugares que não consigo alcançar
Você sabe que eu preciso de alguém
Você sabe que eu preciso de alguém

Alguém como você, tudo que você conhece, e como você fala
Inúmeros amantes disfarçados na rua
Você sabe que eu preciso de alguém
Você sabe que eu preciso de alguém

Alguém como você...

Noite a fora, enquanto você vive, eu vou dormir
Travando guerras para agitar o poeta e a batida
Eu espero que isso faça você notar
Eu espero que isso faça você notar

Alguém como eu
Alguém como eu
Alguém como eu, alguém..."


Savannah terminou com uma nota perfeita no violão e Bucky suspirou.

— É uma bela música. — Ele comentou casualmente, apenas para avisar de sua presença.

A ruiva olhou por cima do ombro visivelmente surpreendida, então, quando seus olhos tocaram Bucky, ela sorriu de forma animada.

— Olha só, o Novato Belo Adormecido resolveu dar o ar da graça. — Seu tom era um misto de deboche e bom-humor. — Quanto tempo faz que você está aí?

— O bastante... — Ele respondeu de forma neutra e Savannah sorriu de um jeito novo, quase como o pôr do Sol.

Ela saltou da mesa e se encostou em uma das máquinas para ficar de frente para Bucky, mesmo que metros os separassem.

— Você canta bem. — Ele elogiou, enquanto a jovem dedilhava o violão despretensiosamente e pode jurar que a viu ficar corada antes que desse de ombros.

— Ainda bem, porque é assim que eu pago a merda dos boletos. — Savannah riu, agindo como se seu evidente talento não fosse nada demais.

— Então você é cantora? — Bucky perguntou e só então notou que estava iniciando uma conversa casual como há muito não fazia.

Mesmo com Steve, Sam ou Shuri as conversas eram sempre sobre passado, sobre memórias problemáticas, ameaças globais iminentes ou qualquer coisa nesse estilo.

— É... — A ruiva moveu a mão esquerda no ar como quem diz "mais ou menos" e franziu o nariz de forma engraçada. — Quase isso, eu toco em alguns bares a noite e faço alguns eventos, nada muito glamoroso. Não é algo que se diga "porra, é a nova Taylor Swift", mas serve pra comer umas pizzas e pagar as contas.

Ela riu de sua própria piada e, apesar de Bucky não fazer ideia de quem era "Taylor Swift" foi como se o gelo dentro dele derretesse um pouquinho.

— E você gosta muito de pizza... — Ele riu de canto, fazendo o comentário sem pensar muito nele.

— Eu gosto pra caralho! — Savannah assentiu, então pareceu confusa. — Como você sabe?

Merda, praguejou internamente por ser tão idiota e deu de ombros para ganhar tempo. Dizer que ficava observando a menina pela janela seria absurdamente bizarro.

— No dia que a gente se conheceu você estava pedindo pizza, então eu presumi. — Tentou soar casual e desinteressado. — Além disso eu vi o entregador aqui outras vezes...

Não quis mentir, espiões mentiam o tempo todo e Bucky não queria seguir por esse caminho. Mas também não podia dizer que ficava observando a garota por mais tempo que o aceitável, como se fosse um maluco sem nada melhor para fazer.

Mesmo que não tivesse de fato nada melhor pra fazer...

— É mesmo, muito bem observado. — Savannah pareceu satisfeita com a resposta e nem um pouco ofendida com o que Bucky tinha dito.

Ela o encarou por meio segundo, tombando um pouco a cabeça para o lado, e colocando a lateral do polegar nos lábios, de um jeito que o prendeu como um imã.

Bucky aprendeu outra coisa sobre Savannah aquele dia: ela roía as unhas.

— Mas e você? — A pergunta da jovem era casual, mas interessada.

Bucky tremeu, tossiu algumas vezes e se mexeu desconfortável. Não queria falar de si, entrariam em um mar de perguntas que ele não podia responder.

— O que tem eu? — Tentou desconversar, desejando que a máquina terminasse para que ele pudesse sair dali depressa. Seu corpo estava tenso, seu braço de vibranium pesava uma tonelada.

— Você não gosta de pizza, não é? Nem aceitou meu convite. — Savannah deu de ombros de forma descontraída.

Bucky relaxou, até se permitiu sorrir, ela não perguntou nada pessoal, ainda era uma conversa amena e leve.

Espera, então o convite era real?

— Não tenho nada contra pizza, mas prefiro comida caseira. — Respondeu, voltando a encostar-se na máquina atrás de si despreocupadamente.

— Então você cozinha? — Savannah estava surpresa, mas ainda conservava seu tom bem-humorado.

— Eu moro sozinho, que outra escolha eu teria? — Ele moveu os ombros como se não fosse nada demais.

— Não seja por isso, se quiser eu posso te passar uma lista com os melhores deliverys e ainda te mando o link com vários cupons de desconto. — A forma como ela disse fez com que Bucky percebesse que Savannah sabia mesmo do que estava falando.

Ele riu, não foi algo pensado, foi natural como era respirar, então moveu a cabeça de um lado para o outro e deu de ombros.

— Agradeço, mas acho que gosto de cozinhar... — Só se deu conta da veracidade daquelas palavras quando as colocou pra fora.

Não tinha percebido até então, mas de fato aquela atividade era algo que lhe agradava. Talvez porque, enquanto cozinhava, não pensava em mais nada, sua mente ficava limpa, silenciosa, havia apenas ele e a receita que estava preparando...

— Porra, não acredito! Cozinha, lava roupa, e é basicamente um cara trabalho-casa. Você deve fazer sucesso com os pretendentes... — Savannah riu, o próprio Sol de verão nascendo no horizonte. Bucky entendeu porque ela tinha tantos amigos.

Ele respondeu com um meio sorriso constrangido e desviou o olhar. Não se lembrava da última vez que alguém tinha lhe causado aquela reação.

É porque fazia muito tempo mesmo...

— Não... — Negou algumas vezes, tentando não ser arrastado pela melancolia de seu inverno, apenas para permanecer no Sol de Savannah. — Não mais.

A ruiva tinha os olhos nele, parecia pronta para dizer alguma coisa, mas não o fez. O apito de uma das secadoras soou e ela desviou o olhar.

— Eu não cozinho porra nenhuma, sou um desastre total na cozinha. Deus abençoe quem inventou o delivery. — Gesticulou, enquanto jogava sua roupa já limpa em um cesto de qualquer jeito.

Bucky teve vontade de arrancar tudo aquilo da mão dela apenas para dobrar corretamente, — bem devagar de preferência — mas não se moveu. Savannah colocou a alça do violão no ombro direito e pegou seu cesto de roupa limpa.

— A gente se esbarra por aí. — Ela piscou pra ele de um jeito descontraído, enquanto se dirigia para a saída.

Bucky assentiu apenas, esboçando um meio sorriso, mesmo que algo em seu interior tenha implorado por um pouco mais de Sol.

Savannah parou repentinamente antes de deixar o salão, deu um passo para trás como se houvesse lembrado de algo importante.

— Ah é, quase esqueci! Acho que se confundiram de bloco e deixaram um bilhete pra você na minha caixa de correio. — As palavras foram ditas de forma casual e leve, mesmo assim todos os alarmes do Soldado Invernal dispararam ao mesmo tempo.

Sua mente virou um campo de guerra. Quem lhe deixaria um bilhete? Hidra? O governo? Shield? Alguém querendo vingança? Um vizinho que tinha descoberto quem ele realmente era?

— O que? — Tentou manter alguma normalidade na voz, talvez tivesse ouvido errado.

Seu coração mal batia naquele momento e seu punho metálico estava fechado com violência dentro do bolso.

— Ah você sabe... as identificações dos blocos nas caixinhas são uma bela merda, como todo o resto aqui nesse prédio, mas com certeza é pra você... James. — Savannah disse o primeiro nome de Bucky de forma singular.

Ele gostaria de ter focado nisso, no modo que ela movia os lábios fartos para brincar com o nome dele como se fosse um doce na ponta da língua, mas a situação era muito tensa pra qualquer outra coisa que não fosse se preparar para uma batalha.

— O que estava escrito no bilhete? — Talvez fosse um código, Savannah estava calma demais pra ser algo terrível... Talvez estivesse em russo, a Hidra certamente mandaria algo em russo.

— Não sei, tenho cara de quem abre correspondência alheia? — A ruiva riu ao dar de ombros, parecia alheia a tensão que emanava de Bucky, ou era muito discreta sobre isso. — Eu peguei as malditas conta do mês e ele estava lá com seu nome escrito a mão. James B. B., é o seu nome, não é?

Não era a Hidra, ele soube, para a organização nazista Bucky sempre seria o Soldado Invernal, ou apenas Soldat. Certamente não era um vizinho, eles não saberiam todas as suas iniciais. Então quem era?

Podia ser uma armadilha, uma ameaça, podia ser qualquer coisa... ficou aliviado que Savannah não tivesse aberto. Com a tecnologia do século atual podia ser uma bomba... Será que era uma bomba?

Bucky sentiu que hiperventilada, suava frio, tremia. Queria correr dali e procurar o inimigo pelo prédio, queria socar alguém, seu corpo implorava por isso como um viciado imploraria por drogas.

— É... — Ele focou no presente e respondeu à pergunta dela, antes que as coisas ficassem estranhas. — Mas prefiro Bucky, só Bucky.

Ainda era estranho não usar um nome falso, mas de toda forma preferia o apelido, ninguém lhe chamava de James, mesmo antes.

— Entendi. — Savannah assentiu e então abriu um sorriso travesso. — Sobe lá no meu apartamento pra pegar depois então... James.

Ela fez de propósito, claro que fez, saiu rindo como se tivesse prazer absoluto em contrariar Bucky. Ele teria sorrido com isso, com o humor dela e com a forma como dizia "James", mas estava preocupado demais com o maldito bilhete misterioso.

A verdade é que queria subir correndo atrás dela pra descobrir logo que tipo de ameaça teria que enfrentar, mas isso seria estranho, então teve que ficar ali parado, esperando a máquina terminar seu ciclo.

Lavar roupa nunca demorou tanto quanto naquele momento...



Bucky tem reações exageradas para situações de "perigo", por causa do TEPT, mas falaremos sobre isso com calma no decorrer da história.

Será que é algo sério, ou sera que ele está se preocupando a toa com o bilhete?

Saberemos no próximo que se chama "Vizinhos" (vamos conhecer os Porter nele também)

Beijos e até breve.
Bom fim de ano pra vocês

(agora é sério só volto ano que vem kkk)

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