Amor dos Sonhos

By thaynamunizabreu

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Sempre me chamaram de sonhadora. Sempre me acusaram de não ter os pés no chão, de viver mais na minha própria... More

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove

Capítulo Cinco

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By thaynamunizabreu

“Lembrar é fácil pra quem tem memória, esquecer é difícil pra quem tem coração.”
— William Shakespeare

— Vim mais cedo. - Suiane diz quando abro a porta e ela está lá com um sorriso no rosto — Mamãe me disse que você estava precisando de uma amiga e doces. - ela levanta a sacola e me sorri — Trouxe sorvete e chocolate.

— Vem, entra. - ela beija meu rosto quando passa por mim e eu fecho a porta

Suiane se senta no sofá da sala e deixa a sacola sobre a mesinha de centro. Eu vou até a cozinha pegar duas colheres para gente e volto até ela. Me sento ao seu lado e estendo a colher pra ela.

— Sem o potinho? - eu dou de ombros — A coisa tá mais feia do que eu pensei. - ela abre a sacola e tira o sorvete de napolitano e o chocolate amargo — Do jeito que você gosta?

— Sim. - eu abro um sorriso pequeno e ajeito a almofada para que minha prima apóie o sorvete na mesma

Vamos dividindo o sorvete e o chocolate em silêncio. Não sei muito ao certo o que vou falar pra ela, agora só preciso acordar minhas mágoas no sorvete e no chocolate.

— Vai, me conta agora, antes que eu morra de diabetes. - eu bato no ombros dela

— Para de dizer besteira Suiane, você sabe muito bem que a vovó morreu disso. - ela revira os olhos e bufa

— Eu estava brincando, desculpa. Mas me fala, o que aconteceu pra você tá na fossa desse jeito?

— Eu me apaixonei por um cara que não existe. - eu espero o riso debochado mas é seu silêncio que me responde

— Tá, me explica melhor porque minha mente pensou em centenas de cenários. - ela se ajeita e eu faço o mesmo, colocando o pote de sorvete sobre minhas pernas dobradas

— Eu estou sonhando com um cara a quase vinte dias. Todas as noites ou em qualquer hora que eu durmo eu sonho com ele. - eu coloco uma colherada na minha boca — As vezes os sonhos são diferentes outras são continuações dos anteriores. No começo sonhei com a mesma coisa três vezes. E acontecia a mesma coisa todas as vezes. - eu levanto meus olhos e encaro a cara chocada da minha prima

— Você... - ela se cala e fica assim por quase cinco minutos completos — Como é o cara?

— Perfeito. - meu sorrio é um tanto amargo — Gabriel é um bad boy de coração mole, sabe? Parece um urso, feroz por fora mas mole por dentro. Eu acho que no começo eu só sentia atração por ele, afinal ele é lindo...

— Lindo como? - ela me interrompe

— Pele clara, alto, barba por fazer, tatuagens... - eu sorrio — E os olhos mais azuis que já vi na minha vida! - eu fico mechendo no sorvete com a colher e já virou uma mistura marrom de sabores

— Isso não é nada o seu tipo. - eu afirmo

— Eu sei, também me choquei com isso, mas Gabriel foi me ganhando aos poucos. - deixo o pote de sorvete sobre a mesinha de centro — No começo o charme fez seu papel, mas foram as conversas, as ações dele, o jeito como ele me fez sentir... - meus olhos se enchem de lágrimas — Foi isso que me fez o amar, sabe? O conjunto da obra.

— Você ama esse cara? Como isso, Melissa, esse cara nem existe! - Suiane briga comigo e eu afirmo — Me diz como isso pode ser possível.

— Eu não sei, ok? Eu só sinto isso. Esse sentimento tomando meu peito, me tirando o ar e eu me sinto tão estúpida por amar alguém que não existe! - agora minhas lágrimas correm soltas

— Eu disse que ler aquele tanto de livros ia te deixar maluca, Lissa, olha pra você. Linda, com dezessete anos, inteligente, tem um futuro incrível pela frente mas é lelê da cuca! - eu acho graça mesmo em meio a minhas lágrimas — Isso é culpa dos livros, Melissa, só pode!

— O máximo que posso acusa-los é de estimularem minha mente, só isso. - eu anuo — A culpa é minha, por querer tanto um cara perfeito que tive que inventar um.

— Não poderia achar um, tinha que inventar?

— E tem homem perfeito realmente, Suiane? - ela nega com um resmungo — Eu sei que isso tudo é uma loucura mas o que eu posso fazer?

— Esquecer? Superar? Cair na real? Usar esse cérebro que você tem? Sei lá, são muitas opções. - ela está bem brava e nem sei ao certo o porquê disso tudo, eu que tô ferrada afinal e não ela

— Não sei se consigo, Su, esse sentimento parece enraizado aqui. - eu aponto para meu coração e ela se levanta do sofá de supetão

— Pois vamos mudar isso agora mesmo! Levanta desse sofá e vai tomar um banho. Vou escolher uma roupa pra você e vamos para aquele abrigo que você sempre vai as sextas. Depois sair. Balada. Isso, tudo se resolve com uma boa dose de música alta e homem gostoso. - eu quero rir mas não consigo — Bora, Melissa. - ela me puxa e logo estou dentro do meu banheiro tomando banho

Quando saio Suiane tem uma muda de roupa separada para mim. Jeans e moletom. Talvez ela queira me deixar confortável e sou grata por isso.

— Vai, coloca o moletom por dentro da jardineira. Espera, onde tem tesoura? - eu aponto para minha mesinha e Suiane pega a tesoura vindo pro meu lado

— O que vai fazer com isso? - minha voz está meio assustada e ela ri

— Cortar essa sua língua grande. Tira o moletom rapidinho. - eu faço o que ela pede e logo vejo meu moletom ser cortado ao meio

Não digo nada, não adiantaria mesmo, Suiane não tem um pingo de juízo. Vou mostrar tia Jana e ela vai ter que comprar outro moletom pra mim.

— Veste agora. - ela me estende e eu faço o que ela pede — Viu, ficou muito melhor assim! - eu me olho no espelho e concordo com ela, mesmo com a cara de defunto eu pareço bonita — Coloca o All Star vermelho, vai ficar lindo. - eu a obedeço e ela sorri amplamente — Linda!

— Você ama me usar como uma boneca, né? Faz isso desde a muito tempo, o quê, dez anos?

— Por aí, agora vamos logo que temos muito o que fazer ainda hoje. - eu bufo mas a sigo para fora da minha casa

Suiane vai falando pelo caminho inteiro, vai tentando me distrair e, mesmo que não funcione muito bem, sou grata por ter ela ao meu lado. Lindinha vai no meu colo. As duas nunca parecerem se dar muito bem e consigo achar graça quando a minha prima fala comigo e minha cachorro resmunga tentando me distrair dela.

— O filho do seu Mirinho já chegou? - ela me pergunta quando estamos na esquina do abrigo

— Acho que já, sei lá. - eu dou de ombros — E por quê essa curiosidade toda?

— Eu soube que ele era um gato. - eu reviro meus olhos enquanto ouço sua risada — Vai me dizer que não está curiosa pra conhecer ele?

— Não estou, Suiane. - eu abro a porta do abrigo e entro — Boa tarde.

— Menina Lissa, pensei que não vinha mais. - seu Mirinho está tosando os pelos de um poodle cinza — Lembra da Belinha? - ele aponta para o cão

— Lembro. - falo por falar afinal são centenas de Belinhas que ja vi só aqui, mas não me pergunte se vou saber quando é uma Belinha, nunca sei

— Bom te ver por aqui, menina Janaína. - seu Mirinho fala com minha prima

— Suiane, seu Mirinho. Janaína é minha mãe. - eu mordo a parte interna da minha boca para não rir

— Ah, claro! É porque você se parece muito com sua mãe. - todo mundo diz isso e eu até consigo ver a semelhança, mas dizem que Suiane é a cara da mãe quando mais nova — Veio ajudar também? Ajuda nunca é demais.

— Claro. - minha prima vem para meu lado — Vamos fazer o quê?

— Tem bastante coisa a ser feita no abrigo. Ah, meu filho tá lá dentro. - eu afirmo enquanto minha prima abre o maior sorriso possível — Vão lá, quando eu acabar aqui já me ajunto a vocês.

— Ok. - falo mais pra mim mesma já que minha prima já vai em direção a porta que separa o pet shop do abrigo

Eu a acompanho sem o ânimo dela. Cumprimento o filho do seu Mirinho mas logo deixo ele e Suiane conversando enquanto me distraio com os animais.

Isso é bom. Sentir o carinho dos cães e gatos que fazem festa ao me ver. Brincar com eles, alimentar, cuidar. Isso é uma ótima maneira de não pensar no Gabriel. Não de maneira tão óbvia assim. Mas ele sempre está aqui. Em meus pensamentos.

Eu tento, juro que tento, não pensar nele. Esquecer dos sonhos. Fingir que não era comigo que isso estava acontecendo. Juro que tentei fazer isso durante toda a tarde, mas ele sempre está aqui mesmo que inconscientemente. Ele é o dono dos meus pensamentos, dos meus sonhos, do meu coração.

Eu preciso esquecer ele!

— A gente vai num barzinho hoje Edson, quer ir com a gente? - minha prima diz e eu a olho

Tinha até me esquecido deles aqui, estava tão focada em alimentar os cães e a não pensar no Gabriel que esqueci de todo o resto.

Engraçado. Quando quero esquecer não esqueço, mas quando não quero...

— Seria uma boa. - o tal Edson diz e eu deixo de prestar atenção nos dois

Se passa das sete quando saímos do abrigo de animais. Suiane está toda feliz porque vai se encontrar com o Edson mais tarde e eu só estou pensando em como conseguir furar com ela.

— Eu estou sentindo um pouco de dor de cabeça, Su, acho que é melhor eu ficar em casa. - eu digo abrindo a porta do meu quarto

— Tenho remédio dentro da minha bolsa, toma um que logo passa. - ela diz com um olhar de "sei que isso é só uma desculpa" e eu faço um muxoxo — Vou escolher sua roupa enquanto você vai pro banho. - ela abre a porta do meu guarda roupa — Não esquece de tomar o remédio, hein. - eu me afasto dela e vou para o banheiro

Meu banho parece limpar minha cabeça também. Por que eu estou me deixando ficar tão abalada assim? Essa não é a primeira vez que me estrepo em relação a gostar de alguém. Já gostei de caras que só me via como amiga. De caras que mentiram sobre ser solteiro. Teve até um cara que fingiu ser de outro país! Sim, já passei por muita coisa pra me deixar abater com um homem que está rodeando meus sonhos.

Suiane me aponta o vestido que separou pra mim sobre minha cama enquanto se dirige ao banheiro. Eu olho pro vestido e reparo que é meu mas eu nunca usei. Um vestido branco curtinho, de alças que se cruzam na parte de trás fazendo um trançado bem bonito. Comprei por insistência da minha prima, nunca usei porque consegui fugir desse dia. Até hoje.

Vestir ele é um mix de estranheza e uma sensação boa. O pano é gostoso, se encaixa no meu corpo de uma maneira boa e não de uma maneira vulgar como achei que ia. Fica bem no meio da minha coxa e acho que vou ter que me vigiar para não pagar calcinha.

— Tenho uma sandália que vai ficar um luxo com esse vestido. - Suiane entra no quarto com uma toalha enrolada na cabeça e um mini conjuntinho curto e apertado amarelo — Vou pegar aquele tênis seu.

— Se você vai de tênis porque eu tenho que ir de salto? - ela dá de ombros tirando a toalha da cabeça

— Porque eu tô falando, ué. - eu levanto minha sobrancelha e bufo

— Pois não vou. - eu bato o pé e ela, pra minha total surpresa, sorri — Não vai brigar comigo?

— Não. Eu quero que você reaja mesmo. Por isso te irrito tanto, Lissa, quero que você pare de aceitar tudo sem lutar pelo que você quer. - ela se senta no banco da minha penteadeira e pega um pente grande — Eu te amo, priminha, mas odeio sua passividade. Me passa o meu creme aí por favor.

— Tá aonde? - ela aponta pra bolsa dela e eu pego o pote grande de creme — Obrigada por isso, sabe? - ela afirma e me sorri — E que tênis eu coloco? - ela logo está empenhada me dizendo qual tênis combina mais combo vestido

Quando a buzina toca em frente a minha casa estamos terminando de passar batom em nossos lábios. Eu, um rosa clarinho, e ela um chamativo batom vermelho. Passo meu perfume enquanto Suiane me grita me apressando e tenho que pegar a sandália pra colocar no carro do Edson. No final, a sandália realmente era a melhor combinação para o vestido.

— Olá. - eu cumprimento o Edson me sentando no banco de trás do seu carro

— Oi baixinha. - eu franzo a testa mas dou de ombros. Sou baixinha mesmo e já ouvi bastante apelidos relacionados a isso.

— O bar vai ser o Drunks? - Edson pergunta — Vi que é um ótimo pub, bem tradicional e nunca estive lá. - eu pego meu celular e vou lendo pelo caminho, sem e importar muito com o que eles falam — Ei, chegamos. - Edson toca a minha mão e eu levanto meus olhos reparando que já estamos no estacionamento do tal bar, minha prima está retocando o batom e me sorri pelo pequeno espelho do bloqueador do sol

— Vamos. - eu guardo meu celular numa bolsinha que trouxe e tomo cuidado na hora de descer do carro já que o vestido é pequeno e apertado

O bar é grande, bem movimentado, tem uma aparência bem de bar que a gente vê em filme internacional. Gosto da fachada, mas o que me deixa ainda mais encantada é que o bar tem uma parte que é só para karaokê, mas não pense que as pessoas que vão lá cantar são como as pessoas da nossa família que canta nas festas de final de ano. Com o passar das horas vejo que todos que sobem no pequeno palco são tão talentosas que parecem profissionais.

Eu curto cada música, a maioria um rock clássico. O que deixa tudo ainda melhor é o cara sentado que toca todas as músicas no violão. Sério, amei o lugar.

A companhia também é boa. Suiane e Edson me fazem rir, me envolvem sempre em suas conversas, mesmo que eu não entenda nada. Mas eles se esforçam. Me oferecem drinks mas não bebo, fico na minha água assim como o Edson e, cá entre nós, acho muito bom ele ficar só na água. Não quero morrer hoje.

— Preciso ir no banheiro, já volto. - Suiane pula do banco alto e some das nossas vistas sem nem me dar tempo de me oferecer pra ir com ela

— Ela é doidinha. - Edson ri e o acompanho, não foi um insulto, apenas um comentário divertido — Gostei que me convidaram hoje. Provavelmente eu iria ficar em casa ouvindo música antiga com meu pai.

— Não parece uma coisa ruim. - eu digo antes de tomar mais um gole de água

— Não seria se as músicas não fossem em catalão ou de uns três séculos atrás. - eu acompanho quando ele ri — Meu pai me disse muitas coisas sobre você, Melissa, estou feliz em saber que todas são verdades.

— Coisas boas, espero. - ele afirma — Mas, me fala mais como era a faculdade onde você estudou. - engatamos uma conversa leve, regada a risos e, quando Suiane volta, ela se integra ao assunto nos fazendo rir como suas histórias

— Eu acho engraçado o fato da Suiane ser mais velha mas ainda está no ensino médio e a Melissa, com apenas dezessete já estar na faculdade. - ele comenta e damos de ombros

— Lissa é uma nerd, Edinho. - minha prima responde já cheia de intimidade com Edson — Estudávamos juntas a vida inteira. Aí ela fez uma prova no início do primeiro ano do ensino médio, passou na prova e acabou adiantando os estudos. Hoje ela está no quarto período de letras. - sinto o orgulho na voz da minha prima e sorrio. É bom saber que tem pessoas que ficam felizes por suas vitórias.

— Me conta sobre a sua faculdade, dessa vez, Melissa. Como é? - falo para ambos como é na faculdade federal no estado, minha prima já ouviu minhas histórias mas parece feliz em ouvir de novo

Se passa das duas da manhã quando deixamos o bar. Edson nos deixa o esperando em frente a entrada do bar enquanto ele vai pegar o carro no estacionamento. Eu e a Suiane rimos quando percebemos que estamos quase congelando, mas é meu sorriso que congela em meu rosto quando eu escuro uma nova música ser cantada no lado de dentro do bar.

"Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal"

As notas da versão acústica do Jota Quest é de arrepiar por si só, mas cantada com essa voz me deixa meia sem chão. Não quero pensar nele mas sei que essa voz me lembrar dele.

"Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir
E te faça rir"

Sim, eu só queria beijar aqueles lábios dele e, puta merda, meu coração acelera só em pensar nele sorrindo em meio ao nosso beijo. Ahh, como eu amaria olhar naqueles olhos que me tiram o ar. Só mais uma vez e chega.

"Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz"

Nossa, imagina como seria abraçar ele e sentir o perfume dele direto de seu pescoço? O perfume naturalmente delicioso que só encontrei nele, porque é só dele! Só queria poder abraçar ele e esquecer do mundo, porque é isso que acontece quando estou com ele.

"Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria, em estar vivo"

Eu só queria ouvir sua conversa fiada, conversar sobre nada e ao mesmo tempo tudo. Sobre coisas cotidiana, sobre o que ele comeu no café. Só me importa que ele fale alguma coisa pois eu amo ouvir ele falar.

"Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre, sempre yeah"

Essa parte poderia muito bem ser eu cantando. Porque eu tenho uma leve tendência a errar, a não dormir direito e, quando durmo, sonhar com certos olhos azuis. Será que ele também sonharia comigo se ele fosse real?

"Hoje preciso de você
Com qualquer humor
Com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje"

Eu canto em plenos pulmões do lado de fora de um bar lotado. Não me importa se estou parecendo uma louca, não me importa se estão rindo da minha cara. Nada me importa. Só uma coisa. Ele.

Eu queria encontrar ele mais uma única vez. Só mais hoje. Só mais um último sonho. Amanhã eu o esqueço, mas hoje... Hoje eu ainda finjo que ele existe e que ele é meu.

Só hoje.

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