Do you believe in love? | Yun...

By jjongissu

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Onde Mingi, cético, jura não acreditar em almas gêmeas, até esbarrar em Yunho, o calouro de artes do bloco 7. More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28 - Parte 1
Capítulo 28 Part.2
Capítulo 29 - Final.

Capítulo 14

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By jjongissu

— SSWDB — disse Hongjoong, durante o intervalo, deitado no gramado da faculdade com as pernas apoiadas numa árvore, enquanto brincava com os próprios fios de cabelo que, à essa altura, já perdiam a coloração ruiva.

— O que? — Perguntou Jongho.

Sexy, Skeptical and Weird Dream Boy.

— Porra, você sabe que eu não entendo inglês. Isso é homofobia. — disse Jongho, dando um tapa não muito forte na barriga do ruivo, o forçando a se sentar normalmente para explicar, fazendo o número um com os dedos.

— Primeiro: você é hétero. Segundo: eu ia traduzir, não sou um hyung ruim. É Garoto sexy, cético e esquisito dos sonhos. — disse, vendo o moreno abrir a boca em um "O", indicando que havia entendido a sigla.

— Ele não é esquisito — comentou Yunho, fazendo um biquinho adorável.

— Cara — Jongho respirou fundo, apoiando as mãos nas pernas do Jeong, pensando bem antes de começar a falar — Ele meio que é. O maluco te levou pra um encontr-

— Não era um encontro! — Yunho lhe deu um tapa, cruzando os braços e voltando a se apoiar na árvore logo depois.

— Era sim. — disse Hongjoong, ainda entretido puxando os fios de cabelo.

— Enfim, ele te levou para este "não- encontro", em um parque todo decorado para o natal.

— Onde só casais vão — Hongjoong interferiu novamente, dessa vez Jongho apontou para ele, confirmando o que havia dito.

— Onde só casais vão, e tipo, ele te fez quebrar a lei, invadindo um território proibido só para te mostrar plantas e, do nada, vocês começaram a falar do universo? Gente normal não faz essas coisas, brother.

— Tá, mas ele fez. E meio que foi demais.

— Não, isso é péssimo, horrível — disse Hongjoong.

— Porquê?

— Yunho, já pensou que ele pode ser um maníaco? Sabe, você nem conhece ele direito.

— Vocês também não.

— Calma, como aquelas plantas estão vivas ainda? — Questionou Seonghwa, finalmente tirando sua atenção de Jeonghan, o veterano de medicina que, por sinal, era o único homem lgbt que não demonstrava nenhum sinal de paixão ou uma mínima quedinha pelo moreno. Venhamos e convenhamos, Park Seonghwa é um gato.

— Eu já expliquei isso. Cara, você não estava prestando atenção em nada? — o Jeong perguntou.

— Claro que não, o Jeonghan pintou o cabelo de novo — explicou Jongho.

— E o que tem? Não era para ele que eu estava olhando — o moreno se jogou no gramado, deitando de lado para continuar observando a conversa.

— Não? Não era para ele e sua nova cabeleira loira? — começou a balançar os cabelos ruivos de um lado para o outro e fazendo expressões sexys, fazendo os meninos rirem.

— Garoto? Não se consegue respeito mais com os jovens de hoje.

Yunho balançou os braços em frente ao corpo, trocando de assunto.

— Elas ficam dentro de estufas, hyung. Por isso estão vivas ainda — disse Yunho. — Com os ajustes certos, elas criam um ecossistema próprio para cada plantinha, sabe?

— Sei... Interessante.

— Será que a gente pode ir lá? Talvez tenham espécies raras. Yunho, você podia vender elas. — disse Jongho, recebendo um tapa na nuca de Hongjoong, que fazia uma cara feia para ele.

— Menino, claro que não. Não podemos fazer isso, era de uma senhorinha.

— Gente, será que podemos focar no meu problema?

— Podemos, diga tudo, não nos esconda nada. — disse Seonghwa.

— Acho que gosto dele — confessou baixinho enquanto olhava envergonhado para o gramado, onde retirava nervosamente algumas folhas da grama.

Definitivamente não foi fácil para Yunho dizer aquilo. Mesmo os três sendo seus melhores amigos, o moreno sempre teve dificuldade em mostrar seus sentimentos mais profundos. Bom... Pelo menos os que tivessem ligação com outras pessoas, porque o Jeong não tinha a menor preocupação em encher a cabeça de literalmente todos os seus amigos quando estavam falando de Harry Potter.
Mas era de se entender, quando expomos nossos sentimentos por outra pessoa, meio que carregamos um peso a mais, o peso de saber que seus amigos vão te olhar diferente quando o dito cujo passar por perto, o de ficar levemente mais sorridente e morrer de medo da outra pessoa descobrir seus sentimentos (sem a sua permissão, afinal, você não queria que ela descobrisse). Mas, o maior de todos os pesos para Yunho era, definitivamente, o de pensar se deveria mesmo levar em consideração Song Mingi, ele se conhecia e sabia que seria difícil toda essa trajetória com o menor.

— Puta merda — gritou Hongjoong, arregalando os olhos e colocando as mãos em cima da boca instantâneamente.

— Porra, é sério? — disse Jongho, incrédulo.

— Meu Deus — falou Seonghwa, limpando as lágrimas falsas do rosto. — Eu esperei tanto por este momento próspero de amor e compaixão, onde meu menino finalmente cresce para sair do seu mundinho...

— Eu disse que acho — deu ênfase ao "acho", mais tentando convencer a si mesmo do que seus amigos, mas ninguém precisava saber.

— Não trabalho com incertezas — disse Jongho, rindo e se levantando, limpando sua calça da sujeira do gramado.

Yunho realmente não tinha certeza, nunca havia realmente gostado de alguém. Não sabia se o estômago revirando e as mãos suando eram realmente indícios de paixão ou só outra típica crise de ansiedade chegando.
Mas uma coisa que tinha certeza eram os sorrisos involuntários que dava quando se pegava pensando em momentos aleatórios dele com Mingi nas aulas, principalmente quando o menor continuava não entendendo nada sobre Netuno e quando se estressava por Plutão não ser mais um planeta. Gostava, principalmente, de quando o pegava viajando enquanto Yunho falava, ele sempre fica com a boca aberta enquanto olha fixamente para algum canto da casa do moreno (que, inclusive, sempre dizia ser linda e a cara dele). Ah, isso ele sabia muito bem o que significava.

—Ai, sei lá. Vamos voltar para a sala — falou Yunho, se livrando dos pensamentos e puxando os meninos com as mãos.

— Tá com vergonha é? Meu bebê está crescendo, finalmente! — disse Seonghwa, apertando as bochechas do maior, o vendo fazer exatamente a mesma cara que você faz quando seus pais te chamam para tirar foto com suas tias distantes.

— Espera aí, não é como se ele nunca tivesse beijado antes, ele e o Hongjoong já se beijaram quando pequenos.

— É, foi aí que eu descobri que gostava de homens. — falou rindo.

— Foi aí que eu descobri que gostava de mulheres... — o ruivo disse pensativo, fitando o chão, fazendo todos rirem.

— Foi aí que viramos melhores amigos — comentou o menor, sorrindo e balançando os cabelos castanhos de Yunho, o vendo se encolher e sorrir pequeno. Mesmo sendo costumeiro, o maior nunca soube como reagir ao carinho extremo e elogios, o que só o tornava mais fofo.

— Tudo bem, garanhão, brincadeiras a parte, ele gosta de você? — perguntou Seonghwa, andando em direção ao corredor das salas.

— Não sei, ele me fez infringir a lei e depois ficamos conversando sobre o quão confuso é o universo. Talvez, no cérebro dele, isso queira dizer que ele está super a fim.

— É, pode ser que sim — ponderou, estreitando os lábios em um sorriso. — E como você está quanto a isso? — questionou Hongjoong — Quero dizer, com tudo aquilo de ele ser cético e etcetera.

— Não sei o que fazer, não fico feliz com a ideia de namorar alguém que não acredita no mesmo que eu. Talvez pareça idiota, mas para mim é meio que jogar esperança fora. Estou pisando nela agora. — disse o Jeong, pisando forte no chão, rindo.

— Por que você não tenta ser egoísta pelo menos uma vez na vida? Você está sempre pensando nos outros. Pense mais em si mesmo. Seja um merda! — Jongho gritou essa última parte, se virando e segurando no batente da porta de sua sala, jogando um beijo no ar para Yunho, se despedindo.

— O jongho está certo — Seonghwa falou, apontando para o maior — menos a parte sobre ser um merda mas, você entendeu. Também vou indo — se despediu dos dois, acenando com os braços e sorrindo.

Yunho e Hongjoong continuaram andando para suas salas, tinham aula junto agora. O menor agarrado a lateral do corpo do Jeong, os braços entrelaçados e a cabeça encostada no braço do maior. Caminharam em silêncio até estarem próximos da porta, onde Hongjoong disse, ainda olhando para frente: Não sei qual vai ser a sua decisão, mas saiba que eu estou contigo nessa.

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