Capítulo 6

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— Eu acho que você devia aceitar — Disse Wooyoung, pegando um suco e agradecendo a funcionária com um sorriso.

— Também acho — Acrescentou San, se virando para irem se sentar nas mesas do refeitório — E você foi bem babaca em dizer na cara da professora Seojun que o trabalho não iria te acrescentar em nada.

— Vou ter que concordar — Se virou, oferecendo a San um pouco do seu almoço, vendo Mingi colocar o dedo indicador na boca, fingindo vômito, o maior achava muito linda a forma bonita como eles se tratavam, mas nunca admitiria isto, é claro. — E o que que te deu? Você nunca agiu assim.

— Não sei, eu estava com uma puta dor de cabeça e na noite passada tive um pesadelo, realmente estou esperando os dias de glória porquê não aguento mais. — fingiu dar um tiro na própria cabeça, fechando os olhos e pondo a língua para fora, fazendo os três presentes rirem.

— Foda o adolescente de hoje, desrespeitando os mais velhos por uma dor de cabeça. — San falou, fazendo uma falsa expressão de decepção.

— Vai se foder. — Riu, empurrando o amigo de lado — Mas sério, vocês acham que eu devo aceitar mesmo?

— Claro, a professora tem razão, se você ficar o tempo todo na sua zona de conforto não vai evoluir nunca.

— E você também disse que aquele garoto, o... Yunho? — Assenti — parecia muito animado com isso tudo, faça sua boa ação do mês e o karma não vai ser um problema mais.

— Odeio quando vocês têm razão, me faz parecer idiota.

— Você é idiota. — Disse Yeosang, se sentando ao lado do amigo.

— Ele é, mas a gente não pode dizer se não o bebê fica triste. — Disse Wooyoung, fazendo um biquinho de criança, atraindo a atenção do namorado.

— Você é o homem mais lindo do mundo.— San disse, puxando o namorado pela cintura, o dando um selinho.

— Eu vou denunciar vocês — Iria continuar um longo discurso sobre o quanto os dois são melosos, mas vi a cabeleira castanha e soltinha de Yunho no corredor — Mas depois, agora preciso ir.

Disse já saindo correndo pelo corredor dos armários, sem esperar resposta.

— Yunho! — Gritei, vendo o maior olhar ao redor, procurando.

— Mingi, oi — Sorriu, fechando o armário e se virando para mim — Eaí?

— Conversei com meus amigos, eles me disseram que eu devia aceitar fazer o projeto. — Yunho fez um sinal com a cabeça e começamos a seguir caminho, não sei bem pra onde, mas o segui.

— Concordo com eles, parecem sensatos.

— Parecem bestas.

— Melhor ainda — Riu, o riso dele era bonito, me fez sorrir também.

Aparentemente estávamos seguindo para o pátio principal, onde nos separaríamos para as devidas classes.

Não havia muito o que falar com ele, então me foquei na música que tocava na rádio da universidade, "Bad Liar", do Imagine dragons. Look me in the eyes, tell me what you see, perfect paradise, tearing at the seams. Olhei para o lado e vi Yunho movendo os lábios, cantando baixinho.

— Você gosta de Imagine Dragons?

Yunho abriu os olhos e me observou por um instante, não falando de imediato.

— Quem não gosta de Imagine Dragons? Dan Reynolds? Talento — Fez um "boom" com as mãos, nos fazendo rir.

— Ok. Entendi. Imagine Dragons é, tipo, uma das minhas bandas favoritas.

— Sério?

— Sim. Por que você está tão surpreso?

— Você tem cabelo verde, se veste como o Kurt Kobain e, bem... Não é nada supersticioso. A maioria dos garotos assim... — Mingi ergueu a mão rápido, me parando.

— Tome muito cuidado com o que vai falar agora, pouquíssimas coisas boas vem depois de "a maioria dos garotos".

— Eu ia dizer que você não tem cara de quem gosta de Imagine Dragons. Está mais para o G-dragon.

— Tudo bem, foi um bom trocadilho — ri — Mas eu realmente gosto do G-dragon, como sabia?

— O cabelo verde e as trancinhas te entregaram. — Yunho apontou para a minha cabeça, pegando uma das tranças e a levantando, ainda sorrindo. Logo chegamos ao pátio principal.

— Justo. — Sorri de volta, parando em frente à ele.

Houve um instante de silêncio constrangedor, no qual eu tentava de tudo para pensar em algo para dizer, mas fui puxado de meus pensamentos pela fala do moreno.

— Por que mudou de ideia? — Ele disse rápido — Quer dizer, fora os seus amigos.

— Eu não sei, intuição? — Disse por fim, passando as mãos em volta dos ombros, me abraçando, sentindo um calafrio repentino — Senti que devia.

O sinal do segundo período tocou e, embora não precisássemos seguir exatamente agora para as salas, decidi me despedir.

— Bom, até mais, depois a gente decide como vamos fazer.

— Claro, até mais.

Esperei Yunho entrar no bloco 7, onde o pessoal de artes tinham a maioria das aulas, para então seguir caminho até a minha.

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