ECLIPSE • jjk+pjm

By jmindate

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Jeon Jungkook e Park Jimin são amigos de infância, eles dizem que são o sol e a lua um do outro. Garotos muit... More

☀️avisos🌙
00| Jimin
00 | Jungkook
01 | why are you here?
02 | but i'm here
03 | i'm fine (or no...)
04 | happy birthday jungkook
05 | happy birthday jimin
06| relapse
07| it's gonna be okay
08| kiss me
09| mom
10| sunflowers and daisies
11| shadow in the sun
12| almost total eclipse
13| I found you again
14| i'll be always with you
15| you are my little sun
17| total eclipse
18| epilogue
OBRIGADA
[BÔNUS] when the sun and moon meet

16| I need to light the moon

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By jmindate

—Jimin... —Os olhos escuros do mais novo estavam marejados.

—Eu te amo, Jun. Você é o meu pequeno sol. —O aparelho que media os batimentos cardíacos de Jimin foi ficando lento, os olhos do garoto se fecharam e sua mão que antes estava no rosto de Jeon, caiu sobre a cama. Os batimentos pararam. A lua morreu.

—Não. —Jeon se sentou e segurou o rosto do garoto— Jimin! Jimin! Por favor me responde! Fala comigo, por favor! —Naquele instante um trovão, acompanhando de um relâmpago, invadiu os ouvidos do garoto, deixando o quarto claro por um segundo.

Seus gritos foram tão altos que Taemin conseguiu ouvir do outro lado do corredor. A senhora Park, que dormia no sofá, acordou desesperada mas não conseguiu ir até o filho, por imaginar o que havia acontecido.

Os médicos, entraram no quarto as pressas tirando a mãe do garoto e Jungkook, que se recusava a sair do local.

Jungkook

No meio da escuridão que eu estava, eu vi uma luz, não a minha própria, pois essa eu já não via a muito tempo. Eu vi a luz da pessoa que sempre esteve comigo, que eu iluminei, como dizia ele.

Minha lua se virou para mim e sorriu, ele usava a mesma roupa do meu último sonho, seus cabelos cinza azulados o deixavam ainda mais belo.

—Jun, o que você está fazendo aqui? Você deveria estar na Terra. —Jimin disse, olhando confuso para mim.

—Mas aonde nós estamos? —Perguntei confuso, tentando ir até o meu garoto, mas falhando, eu não conseguia ficar em pé.

De repente um barulho bem alto de chuva introduziu em meus ouvidos, logo sendo mudado por vozes, vozes familiares.

—Jun? Você está bem? —Sua voz saiu distante, como se tivesse água em meus ouvidos. Segundos depois a minha visão se escureceu e eu o perdi de vista.

Um trovão. Eu ouvi um barulho de trovão, o barulho da chuva ainda continuava.

Mais um trovão.

Abri meus olhos. Estava tudo muito claro, então os fechei novamente. Eu respirava com dificuldade, meu corpo todo doía. Eu nunca odiei tanto ter acordado.

—Gguk? —Ouvi a voz de Yoongi, um pouco distante, e abri meus olhos novamente. —Gguk, como você tá? —Minha voz não saía, provavelmente pela máscara de oxigênio que eu usava, então ele pegou minha mão e a beijou.— Senti sua falta. —Ele tinha olheiras profundas nos olhos, aquilo me preocupou.

Virei minha cabeça e fiquei surpreso ao ver todos ali. Meu pai, Yeji e... minha mãe. Meus batimentos se aceleraram quando a vi.

—Ei, ei. Gguk, se acalma. —Virou minha cabeça para si, chegando mais perto de mim. —Tá tudo bem, okay?

—Jun... —A mulher se levantou e andou até a cama.

Jun. Ela me chamou de Jun. O Jimin me chamava assim...

Olhei imediatamente para minha mão direita, vendo que meu anel não estava lá, mas consegui sentir meu colar em meu pescoço.

—Aqui. —Minha mãe pegou uma caixinha, a mesma que estava as alianças minhas e de Jimin, e a abriu, revelando as duas alianças. —Suas alianças.

Meus olhos já estavam cheios de lágrimas, eu sentia tanta falta dele, mesmo nem sabendo quanto tempo eu fiquei desacordado.

—Yoon.. —O chamei, tentando falar alto, mas não conseguia. Mesmo assim ele ouviu e colocou a orelha perto da minha boca para conseguir escutar. — Quanto tempo eu dormi?

—24 horas. —Respondeu, logo olhando para mim novamente. —E tá uma baita chuva lá fora, acho que o céu não conseguiu suportar a separação do sol e da lua. —Eu consegui abrir um pequeno sorriso. —E ah! —Tirou o colar de lua do Jimin do bolso. —Jimin quer te dar isso.

—Mas, é dele. —Falei. Meu irmão colocou o colar na minha mão, e a levou até meu peito, já que eu não tinha força.

—Jimin me disse para te dar o colar caso algo acontece com ele. —Sorriu.

Narrativa

Taemin roía as unhas enquanto andava de um lado para o outro em sua sala. Até uma pessoa entrar.

—Taemin. —A voz feminina que o homem mais odiava invadiu seus ouvidos. —Me chamou?

—Chamei, entre. —Olhou para a mulher, que adentrou a sala, fechando a porta.

—O que nós vamos fazer? —Foi até o mais alto, parando em sua frente.

—O que nós vamos fazer eu não sei, mas eu sei o que você vai fazer. —Falou sério, olhando nos olhos da mais baixa.

—Diz então. —Revirou os olhos.

—A senhorita está presa. —Uma voz grossa falou, atrás da enfermeira.

—O que? Mas por que? —Tentava se soltar das algemas, o que não adiantou.

—Jisoo, eu sabia que você odiava a minha filha, mas não ao ponto de mata-la. —Taemin disse, incrédulo.

—O-o que? Como você sabe disso?

—Eu achei câmeras daquele dia. Vi você entrando no quarto da Yuna e aplicando um medicamento no soro dela. Eu te odeio.

—Seu... —Tentou xinga-lo mas os policiais a puxaram para fora da sala, a levando diretamente para a delegacia.

O médico bateu o punho em sua mesa de madeira, querendo chorar. Ele não conseguia acreditar que esses anos todos, Jisoo mentiu para ele.

—A Yuna podia estar aqui, que ódio! —Algumas lágrimas caíram, mas foram secadas quando Sehun entrou no quarto.

—Ei... —Abraçou o irmão. — Você precisa respirar um pouco, vai andar, sei lá faz alguma coisa que te distraia. E ah! Jungkook acordou.

—O que? Jungkook acordou? Eu tenho que ir lá, eu não posso cometer o mesmo erro duas vezes. —Quando o mais novo ia dizer algo, Tae saiu do quarto.

Chegando no quarto de Jeon, viu todos ali e pediu para que se retirassem por alguns minutos, ficando só Yoongi ali.

—Doutor... —Sua voz estava mais fraca e falha.

—Ei, não precisa falar nada, Jungkook. Eu só vim te examinar. —O médico começou a examinar o garoto, sem expressão alguma.

Tudo estava mal, essa fora a pior recaída do jovem, ele estava abalado, seu corpo já demonstrava. Ele não aguentou perder a parte que o completava, não aguentou perder Jimin.

—Yoongi, eu posso dar uma palavrinha com você? —Falou sério, olhando-o.

Ambos saíram do quarto, indo para a sala do médico, deixando Werim entrar.

—Me diz, ele tá muito mal, não tá? —Yoongi perguntou, já sabendo a resposta.

—Eu não queria dizer isso tão diretamente mas, o estado dele é terminal. —Yoongi ficou paralisado, seus olhos se encheram de lágrimas, ele teve uma queda de pressão e quase caiu no chão, se não fosse por Taemin.— Ei, ei! Yoongi, se acalma. —Sentou-o em uma cadeira de sua sala. —Olha pra mim, respira. Você tá pálido. —Pegou um copo d'água e deu na boca do mais novo, já que ele tremia muito.

—T-Taemin. —Chamou-o. O doutor estava agachado na frente do menor, que ainda tremia muito.—E-eu não posso...

—Yoongi, eu sei. Eu sei que você o ama, ele é seu irmão. Eu tentei de tudo, tudo mesmo. Também não consigo acreditar que isso é real, mas é. —Respirou fundo— Minha filha também tinha essa doença, —Abaixou a cabeça.— e realmente a possibilidade de cura é muito pequena, ainda mais no estado do Jungkook. Ele está muito abalado com o que aconteceu, e nada vai acalma-lo se não for o Jimin, mas ele não está mais aqui. Você é forte, Yoongi, mas você também se faz de forte e já está fingindo a muito tempo, e isso te prejudica.

—Eu não posso deixar ele agora.

—Não, você não vai. Mas fale com ele, brinque com ele, faça os últimos momentos serem os melhores. —O médico se levantou e saiu da sala, deixando o jovem pensativo.

Yoongi não queria aceitar o estado de seu irmão, mas não havia escolha, era real. Então, o garoto seguiu o conselho do profissional e foi até o quarto de seu irmão, mas chegando lá viu uma cena que nunca imaginaria acontecer.

—Jungkook. Eu errei com você, eu errei muito e eu sei disso. Eu fiz você ter medo de mim, da sua própria mãe. E eu não queria, eu tive medo de ser pior, eu... —Suspirou.— Eu conheço essa doença, eu sei como ela é e como a cura é quase impossível. Por isso, eu tive medo, medo de te perder. Eu não queria aceitar isso quando você foi diagnosticado. E isso foi o meu pior erro.

O menino escutava atentamente as palavras de sua mãe, não conseguia dizer nada, mesmo querendo falar tudo que estava preso em si. Werim fez muito mal a ele, mas ainda é sua mãe.

—Me desculpa por tudo. Sei que agora é tarde, mas eu não consigo não dizer. Eu sou uma péssima mãe, eu sei. Eu nunca consegui aceitar você, Jungkook. Mas agora eu vejo quanto tempo eu perdi te ignorando, te falando coisas horríveis. —A mulher continuava a dizer. —Só espero que você fique bem e saia logo daqui. —Ela se levantou da cadeira em que estava sentada e quando ia se virar para sair do quarto, a mão de Jeon agarrou seu pulso.

—Mãe. —Falou com dificuldade. —Eu não vou sair daqui, eu sei que eu vou morrer, então, eu espero que saiba que você é incrível. Você é uma ótima mãe para meus irmãos, e por favor, cuide deles. Não deixe o Yoon parar com a faculdade por minha causa, faça ele ir até o fim. —Insistiu. Cada palavra era difícil de se pronunciar, seu corpo pedia por socorro, Jungkook já sabia o que estava acontecendo, e não tinha nada a ser feito.

Realmente, o garoto não se importava com o que acontecia com ele, não se importava se Jimin não estivesse ali. Sua outra metade foi embora, e está esperando a luz do sol ilumina-lo novamente, Jeon precisava ir até ele. Mas para isso, teria que deixar sua família aqui.

—Gguk... —Yoongi abriu a porta do quarto, indo imediatamente até o irmão que soltou o pulso de sua mãe e fechou os olhos. —Jungkook! Jungkook, por favor! —Segurou o rosto do menor, vendo algumas lágrimas saírem de seus olhos.

—Yoon... —Falou baixinho, o mais velho colocou seu ouvido perto da boca de Jungkook, para ouvir melhor. —Você sabe o que fazer com os colares, não sabe? —Yoongi assentiu. —Por favor, continue sendo incrível como sempre foi, não desista nunca. Obrigado por me ajudar desde sempre, você é o melhor irmão do mundo. Mas agora, eu preciso iluminar a minha lua, que já está me esperando a 24 horas. —Essas foram as últimas palavras ditas pelo menino, até que o aparelho começou a apitar, e a linha se tornou reta.

Um barulho de trovão invadiu os ouvidos de Yoongi, que chorava abraçado ao corpo do irmão.

Os médicos entraram, tiveram que tirar o irmão mais velho a força. Ele chorava desesperadamente sentado no chão com as costas encostadas na parede.

—Ei... —A voz já reconhecida pelo garoto foi ouvida. —Yoongi, vem cá. —O ajudou a levantar, levando-o até sua sala.

—Taemin, eu não quero conversar. —Falou sentado na mesma cadeira de minutos atrás, olhando para algum canto.

—Eu não vou te obrigar a falar nada. Só quero que você pare de se fazer de forte e se deixe desabar, pelo menos uma vez. —Assim que o médico falou, as lágrimas tomaram conta do jovem, que foi abraçado por Taemin.

“Para iluminar a Lua, o Sol teve que deixar pessoas que ama na Terra, mas em troca, haveria um eclipse no céu.”

| |  | |

oioi gente!!! esse ainda não é o final!
tudo bem com vocês? o que acharam desse capítulo?

bem, falta um capítulo e o epilogue para eclipse ser finalizada. e eu tô muito orgulhosa de mim mesma porque consegui escrever ela inteira; o que eu achei que não iria conseguir.

bem, eu não tenho muito o que falar, só aguardem o próximo capítulo — que é um pouco menor do que o de costume.

votem e comentem!
qualquer erro me desculpem

fuui! 💜

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