Você quer brincar? (Sim ou nã...

By SintiaAlencar

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Lauren Kurt é uma jovem jornalista de 28 anos, mora em Seattle e esta em busca da matéria que irá fazer sua c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18

Capítulo 5

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By SintiaAlencar

Mais uma noite mal dormida, ótimo, hoje eu teria que fazer uma espécie de transformação, depilação completa, comprar uma langeri "sexy" e vermelha, eu seguiria tudo que estava naquele E-mail, porém, isso não quer dizer que rolaria qualquer coisa, eu precisava esta bonita se quisesse impressionar o cara, precisava de uma arma secreta e eu sabia que não seria fácil, já que eu teria que lidar com o cara, que aparentemente era o rei da sedução.
Como, acordo cedo, aproveito o dia para traçar meu plano, como eu conseguiria abordar o cara, se ele não permite nada de perguntas pessoais.
Faço várias pesquisas e cada vez que fuço mais, minha calma se esvai.
A noite, quando Trish chega, estou tendo uma crise de ansiedade.

— O que esta acontecendo, com você?

Ela aponta para mim, estou com uma taça de vinho na mão e a garrafa quase vazia. Ergo a taça com um sorriso idiota.

— Estou tomando uma dose, de coragem.

Minha amiga revira os olhos.

— Sério, você devia esta se preparando, para amanhã e não bebendo.

— Estou entrando em pânico.

— Sério, você nervosa, isso só pode ser piada.

— Vai brincando.

— Lauren, esta perto de resolver o grande mistério e acredito, que você vai conseguir sua matéria.

Ergo a taça num brinde.

— Assim espero, porque se nada der certo amanhã, sou uma futura desempregada e todos meus colegas de serviço, também.

Minha amiga se senta ao meu lado.

— Olha Lauren, eu sei que você esta passando por muita pressão, sei que não tem dormido direito, mas eu conheço você, sei o quanto é determinada a ir em busca de seus sonhos, portanto, respire fundo amiga e eu tenho certeza, que amanhã correrá tudo bem.

Abro um sorriso para minha amiga, eu era grata por ter Trish, em minha vida, fomos amigas desde a época do colégio e mesmo escolhendo caminhos tão diferentes, a nossa amizade amadureceu com o tempo, era sempre assim, quando uma estava para baixo a outra sempre incentivava e animava até recuperar a fé e as forças, como agora, vejo que minha amiga esta coberta de razão, eu nunca desisto e não vai ser agora, que estou tendo esse ataque de ansiedade.

— Você tem razão, chega de vinho e auto, piedade, hora de focar no meu objetivo, e tudo depende desse caro, preciso transmitir segurança até ele ceder a minha entrevista.

Minha amiga bate palmas e eu já estava de volta, pronta para encarar mais uma batalha, antes da guerra final. Me levanto e vou em busca da minha ferramenta indispensável, abro meu Notebook e começo a trabalhar na matéria, eu deixaria tudo adiantado, a maior parte, pelo menos, até eu consegui o último de todos os trunfos, a colaboração do misterioso Dom Ruan.
Passei as últimas duas horas, digitando e revisando cada parte, minha amiga ficou super curiosa, mas prometi deixa-la ver, assim que a matéria estiver completa.
Depois de um dia estressante, finalmente me jogo na cama determinada, amanhã será o grande dia.

            ****************

Eu nem acredito, que pela primeira vez em dias, eu havia conseguido dormir uma noite toda, acordei com um sorriso largo no rosto, pulo da cama e corro para um banho demorado. Quando termino escolho uma roupa leve, porque o dia esta, calor, por incrível, que pareça hoje a úmida Seattle, esta seca.
Encontro Trish, folheando uma revista e nem preciso olhar, para saber que se trata de alguma foto de meu irmão, em algum evento, quando ela tenta esconder, eu simplesmente sorrio e balanço a cabeça.

— Vou fingir, que não vi.

Aponto para revista, que ela torce o nariz e joga de lado.

— Só estou vendo as novas tendências em moda, não tenho culpa se seu irmão está em todas elas.

— Tá! Legal, eu já disse tudo, que tinha para dizer, tantoa você como para ele.

Ela sopra o ar e toma um gole de suco.

— Então, pronta para hoje?

Mudança de assunto rápido, essa era minha amiga.

— Na verdade, estou muito tranquila, dormi bem e acordei disposta, a conseguir aquela matéria.

— Uau, vai usar todo seu charme, para convencer o bonitão.

— Eu vou usar minha inteligência e abordagem de jornalista.

Minha amiga ri.

— E se ele te amordaçar, antes?

Ergo minha sobrancelha, em alerta.

— Por que acha, que vou deixar ele fazer alguma coisa?

Minha amiga, dá de ombros.

— Você seguiu todas as regras.

— Não é porque, me depilei, que vou fazer algo.

— E a langeri?

— Eu gosto de langeri nova, mas isso também, não quer dizer que eu vá mostrar para ele.

— Então tá! Vou trabalhar, já que não tenho um encontro com um homem incrivelmente "sexy" e misterioso.

— E eu vou trabalhar também, já que o encontro é minha matéria.

Me levanto e vou em busca da minha bolsa, eu precisava passar no jornal para editar minha história, mas para isso, eu precisava de discrição e o sossego que só tenho em meu quarto, sério o meu maior sonho é ter minha própria sala, onde eu possa manter trancada todas as minhas coisas, incluindo eu, só assim conseguiria um tempo livre do assédio de Sam.

                 *************************

Minha paz dura pouco, assim que chego ao jornal, Sam resolve surgir a minha frente, às vezes eu tinha a impressão, que ele se arrastava, era tipo uma cobra pronta para dar o bote, bom, era isso que ele tentava, quando pulava de mesa em mesa infernizando as mulheres do jornal.

— Você faz falta nesse jornal.

Faço mil expressões, tentando demonstrar para ele o quanto estou ocupada e sem interesse em seu blá blá...

— Escuta aqui Sam, eu acho, que você deveria esta fazendo o mesmo, que todos aqui a sua volta.

Ele olha e depois volta a atenção para meus seios, minha vontade é de chuta-lo por baixo da mesa. Dou graças a Deus ao meu celular, que toca me salvando do papo furado de Sam.

— Oi? Ross, sim, tudo bem.

Desligo meu celular e aponto para Sam.

— Olha Sam, eu não quero te apavorar.

Minto, porque sim quero deixa-lo com tanto medo, para me deixar em paz por um mês".


— Parece que o tal Damien, vai realmente aparecer para fazer a temida visita, então eu acho melhor você correr até sua mesa e começar a pensar em algo, que dê para usar como matéria.

Pela cara de medo no rosto de Sam, vejo que atingi meu objetivo, ele se levanta como se estivesse pegando fogo em sua cueca e vai em direção a sua mesa,"Vitória", pelo menos por hoje.

Como as horas resolveram conspirar contra mim, eu tive que correr para conseguir editar toda minha matéria, a tempo de sair e me arrumar para o tal encontro.

Em casa, me visto com um tubinho vermelho, sapatos de salto agulha e faço aquela maquiagem de mulher fatal, quando termino me examino no espelho, claro que ter uma amiga que tinha sua própria loja de roupas e mandava super bem em moda, me ajudou e muito. Trish trouxe tudo desde da langeri, que era muito ousada, eu não sei o que ela pensa que vai acontecer, eu já havia comprado uma peça, e estava contente, mas minha amiga, acha, que vai realmente rolar alguma coisa.

Quando desço, ela está na sala, bisbilhotando outra revista, onde Drew aparece, sério, isso já estava virando um HÁBITO estranho.

— Uau, minha nossa, tem certeza, que isso tudo é parte do plano?

Ela aponta em minha direção.

— Seduzir e conquistar, acho que essa é minha meta de hoje, só torça para que esse cara, não seja mesmo tudo aquilo que deixou transparecer nos E-mails.

— Bom, seja lá quem for o cara, já esta no papo, você esta um arraso.

Dou uma desfilada, um pouco exagerada e ela cai na risada.

— Tenho que aguardar nesse restaurante, me deseje sorte.

E lá vou eu, pisando com toda segurança possível, pego o táxi e passo o endereço do restaurante, não demora muito estamos encostando na frente dele. Desço e entro, me sento numa mesa onde esta reservada em meu nome, claro que o cara sabia o que estava fazendo.

Foram, quinze minutos aguardando e eu já estava começando a achar, que tudo aquilo era mesmo uma besteira, mas um homem, usando um uniforme de motorista, todo chique se aproxima da mesa e me entrega um envelope, leio tudo e o sigo até o carro de luxo, que esta nos esperando, a primeira impressão foi Uau, uau, caramba seja lá quem for esse cara, ele tem dinheiro. O motorista abre a porta, ainda em silêncio e eu entro estou morrendo de vontade de perguntar sobre aonde vamos, ou até mesmo sobre seu patrão, mas a primeira coisa que tinha naquele bilhete, era,"Não fale com o motorista, apenas o siga". Claro que aquilo foi minha primeira frustração, eu tenho certeza que se tentasse perguntar qualquer coisa, eu não obteria nenhuma resposta.

Passamos as próximas duas horas no carro, até que finalmente ele para, fico aguardando em silêncio até que a porta se abra, meu queixo quase cai, porque a casa a minha frente era simplesmente, uma mansão, sabe aqueles castelos contemporâneos, sim, era como se eu estivesse na França.

Sigo o motorista mudo lado a lado, isso já estava me deixando louca, eu nunca fiquei tanto tempo em silêncio, fico imaginando se todos os empregados desse cara, tem algum voto de silêncio para poder trabalhar com ele, ou se todos tiveram a língua arrancada, Deus, minha imaginação já estava começando a trabalhar e isso não era um bom sinal.

Depois de tanto andarmos, naquela enorme casa, ali parecia mais um labirinto, chegamos uma sala onde mais lembrava um escritório, o motorista simpático se vai e me deixa ali, sozinha, se aquilo tudo era para causar um certo desespero, ele estava conseguindo. Me sento e cruzo as pernas esperando alguém mascarado aparecer, tá isso também foi minha imaginação que criou, é claro que eu não acredito que o cara vai surgir de máscara aqui.

Esperar para mim, sempre foi uma tortura, e esse cara parecia saber disso, já se passaram vinte minutos desde que cheguei nessa bendita sala, me levanto e começo a caminhar de um lado a outro, quando não aguento mais começo a falar em voz alta, me queixando.

— Caramba! Cadê você Mister M?

Levo um susto, quando uma voz grave surge atrás de mim, um sotaque, norueguês que me causa um arrepio por todo o corpo.

— Estou aqui, senhorita Kurt.

Me viro com um pouco de medo, preciso conferir se o dono daquela voz "sexy" pra caramba, é dono de um rostinho bonito. Sabe aquela cena que você diz, para tudo, isso mesmo,o cara a minha frente estava usando apenas uma calça de moletom, isso, nada de Jeans rasgado, continha um sorriso ligeiramente debochado e "sexy", sim eu já disse que ele é "sexy", porque minha nossa, seu corpo parece ser esculpido a mão, cada gominho espalhado por seu abdômen até chegar naquela curva, onde levava com toda certeza ao encontro do êxtase total, eu juro que senti a sala se aquecer acima de trinta graus em menos de dois minutos. E aquele rosto, perfeito, queixo quadrado, maçãs largas e olhos de um cinza que eu me perderia, cabelos de um tom nem loiro e nem preto, parece que os tons se misturavam conforme a luz batia nele, talvez um acobreado,acho que perdi a voz, porque ele ainda esta me encarando, enquanto eu estou dessecando o cara com meus olhos.

Balanço todos os pensamentos, que me ocorreram desde que esse homem entrou aqui e tento trazer o foco até o que me levou ali realmente.

"Droga, o que me levou ali mesmo"?

Foco Lauren, foco mulher.

— Ah!oi, eu sou a...

— Sei quem você é, costumo saber de todos que tenho contato.

Ai, eu teria que me esforçar muito mais, se queria realmente conseguir algo hoje.

— Senhorita Kurt, o que a trouxe aqui, realmente?

Ele caminha em minha direção e só agora percebo o quanto ele é alto.

— Eu fiquei curiosa, então entrei na página e bum, aqui estou eu.

Ele continua me encarando e algo me diz que ele sabe mais, do que eu gostaria.

— Aqui o único que faz perguntas sou eu, e não vou dar nenhuma entrevista para você.

Sério, um banho de água gelada, seria melhor que isso, como eu poderia conseguir qualquer coisa, eu pensei estar em vantagem aqui, mas acabei de quebrar a cara.

— Tudo bem, se sabia que meu interesse era apenas pela matéria, porque me selecionou e me fez fazer todas essas coisas?

Outro sorriso, que com certeza fazem muitas calcinhas caírem.

— Quem disse, que foi apenas por isso?

Agora estou bem intrigada.

— E, porque mais seria, eu não estou interessada nesses joguinhos que você faz de tortura.

A primeira risada alta, ecoa pela sala, e aquela risada me causou sensações por todo o corpo, era como se ele enviasse uma corrente elétrica bem nas partes certas.

— Se eu te perguntar, você vai dizer Sim senhorita Kurt, ninguém, nunca me disse não.

Encaro o pretensioso, eu até entendo o porque agora das mulheres ficarem loucas por ele, mas isso não quer dizer, que vou me tornar uma delas.

— Como você pode ter tanta certeza, que eu diria Sim?

Péssima ideia perguntar isso, porque ele se move em minha direção, parando aquele corpo que eu já estou com vontade de lambe-lo todinho,"foco Lauren".

— Porque seu corpo esta dizendo sim, é só olhar a sua respiração entrecortada, seu peito esta subindo e descendo rápido com dificuldade de respirar, e sua boca esta salivando, sem contar sua postura, consigo ver o quanto aperta suas coxas, parece que esta com dificuldades para andar, acho, que pode ser por causa da pressão que esta sentindo, e se eu tocar em você agora, vou sair com meus dedos completamente úmidos, e agora esta com os lábios meio aberto.

Sério, eu quase me desfiz a cada palavra que esse cara com esse sotaque disse, era como se ele tivesse um medidor de temperatura ou um raio-X, ele conseguiu ver tudo isso e ainda descreveu melhor ainda, e esse sorriso presunçoso me diz tudo.

— Estou errado, senhorita Kurt?

— Esta, eu não vou dizer Sim.

— Eu sei.

O que, esse cara, só podia ser louco.

— Sabe, mas foi você que disse, que ninguém te diz Não.

Outro sorriso e ai meu Deus.

— Isso mesmo, mas você vai dizer só para provar que eu estou errado, porque você é daquele tipo de jornalista, que não sabe ouvir um não ou a verdade sobre o que você esta sentindo, então mesmo seu corpo gritando sim, você vai me dizer não, apenas para me desafiar, mas eu não ligo, porque assim que você sai pela aquela porta, não conseguira dormir ou parar de pensar, no que eu poderia fazer com você.

Ponto para esse escroto, caramba, parece que eu havia caído na própria armadilha, eu achei, que estava com todo o controle, mas parece que o senhor gostosão aqui, é muito mais esperto e rápido, mas eu, sou Lauren Kurt e ainda quero salvar meu emprego e todos os meus colegas.

— Eu preciso dessa matéria.

Digo, numa última tentativa de comovê-lo.

— Senhorita Kurt, não sou uma matéria, essa é a minha vida e não quero expor ninguém.

— Eu prometo, que não vou expor nem uma das mulheres, só quero saber o que, o faz escolher esse estilo de vida.

— Isso já é uma pergunta e eu já lhe disse, não vou dar entrevista e sabe que se publicar qualquer coisa, sem minha autorização, terá um processo que nunca poderá pagar.

Claro, que eu nunca teria dinheiro para pagar qualquer coisa a esse cara, minha família tinha uma vida financeira tranquila, mas não moravam em castelos.

— Então, você não vai me mostrar o seu quarto de tortura?

Ele franze a testa.

— Posso saber, onde você fez suas, pesquisa senhorita Kurt?

Dou de ombros.

— Li alguns livros e assisti alguns filmes.

— Não tenho um quarto da tortura, não é isso que faço, são apenas jogos eróticos.

— E, porque você acha que essas mulheres o querem tanto?

— Esta fazendo muitas perguntas e seu tempo já esta acabando, mas vou responder essa, antes de você ir embora. "Acho, que as mulheres me procuram porque dou a elas em um dia o que nenhum homem consegue dar em anos, não escolhi me casar, gosto da minha vida assim, vejo muitos casamentos se deteriorando gradualmente, por falta de atenção, carinho e respeito, veja bem, se você escolheu se casar, deve estar preparado para olhar para sua esposa e sorrir, deve abraça-lá sem esperar nada em troca, deve elogia-lá, deve convida-lá para sair pelo menos uma vez por mês, se você acha, que só porque é o Alfa na sua casa pagando as contas, fazendo de sua mulher a mais feliz de todas, me desculpe, mas o iludido aqui, são todos esses outros homens".

O cara era um, espécie de terapeuta das mulheres, ele sabia exatamente o que estava fazendo, mas minha curiosidade apenas aumentou, assim que sai daquela casa. Ele era bom e entendia bem o que realmente todas as mulheres queriam,então, porque escolher uma vida de apenas jogos eróticos, quando podia ter qualquer mulher que desejasse.

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