IRRESISTÍVEL SHEIK (DEGUSTAÇÃ...

By EsterLivros

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Suila era apenas uma menininha em meio as outras milhares de seu país, Guiné, África ocidental, que enfrentav... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 3
PERSONAGENS
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9 #BÔNUS
CAPÍTULO 10
MIGRAÇÃO

CAPÍTULO 2

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By EsterLivros

Zyon!

Olhando através da janela do
avião sinto a minha mente voar,
os meus pensamentos se perderam e minha cabeça parou de funcionar por alguns segundos... Toda vez que viajo a trabalho paro para refletir em como me tornei essa pessoa. Lembro-me de minha infância e em toda essa fase via e ouvia meu pai murmurar sobre o quão duro era o seu trabalho, mas na época não fazia noção do quão sério isso poderia ser, mas anos mais tarde pode entender e sentir na pele sobre o que ele tanto falava.

O meu pai, Sheik Mohammad
Rashid é o criador de um império
que foi construído arduamente por
por ele sua juventude. Ele é dono de empresas em diversos ramos, e após trabalhar nisso por mais de quarenta anos decidiu que já era hora de passar a bomba para alguém, e por ser o filho primogênito e claro que também por ser o único filho homem tudo caiu em minhas mãos... Administro todas as empresas e bens da família há cinco anos, e mesmo tendo que trabalhar arduamente dia após dia sinto-me honrado por ter sido escolhido para fazer isso. Pra mim e para o meu povo o trabalho é a honra do homem, então para mim é de gosto ver as empresas crescendo cada dia mais através do meu esforço.

- Senhor Rashid?- pensava longe
quando uma voz feminina invadiu meus pensamentos tão de repente que me assustei.

Mexo-me em minha poltrona
dando de cara com a aeromoça
e ao olhar em volta notei que o
avião havia pousado. Como isso aconteceu tão de repente? A última vez ele que olhei pela janela ele estava a quase quinhentos metros do chão.

- O senhor atingiu seu destino.
Nós estamos no Rio de janeiro!
Há um motorista esperando pelo senhor lá na pista de voo e com ele está o representante da empresa que irá te auxiliar durante o dia. O senhor precisa de mais alguma coisa ou de outra informação?- a moça jovem me questionou com educação.

Tiro os meus olhos dela ainda
meio confuso, mas logo balanço
a cabeça negando sua pergunta... Já fiquei tempo demais dentro desse avião, não suporto mais nem um segundo aqui dentro!

- Não, não preciso de mais nada.
Muito obrigada!- agradeci a ela pelo seu atendimento e levantei-me em seguida caminhando até a poltrona onde Omar, o meu primo e suposto colega de trabalho está jogado.

O Omar trabalha a meu lado
desde que assumi os negócios da família, ele trabalha na área dos negócios internacional e também
mexe com as finanças da empresa, mas o seu gosto pelo trabalho não é tão grande como o meu. Ele trabalha muito, é um fato, mas se dependesse dele ele já teria jurado tudo para o ar e viveria viajando pelo seu mundo para viver suas paixões, ao menos é o que ele sempre diz sonhar em fazer.

Chuto sua perna de leve para
fazê-lo acordar e de imediato ele respondeu ao se mexer na poltrona abrindo os seus olhos e olhando para os lados parecendo estar assustado.

- Onde nós estamos?- foi a primeira pergunta que ele fez parecendo ainda estar na lua.

- Onde você acha que estamos? É
claro que estamos no Brasil! Vê se levanta rápido porque o motorista já nos aguarda na pista.- o adverti e lhe dei as contas saindo rapidamente pela porta do avião descendo as escadas.

Nunca havia vindo para a Brasil
ou para qualquer outro lugar da América latina, mas já ouvi falar muito sobre esse país. Pelo pouco que li vi que o país e tropical, alegre, as pessoas parecem ser hospedeiras e as mulheres são as mais belas de todo o mundo, isso é algo inegável.

No segundo em que pisei para
fora pude ver o tal homem que a aeromoça havia descrito, ao seu lado há uma mulher de aparência jovem e pelo jeito eles só estão aguardando por mim.

- Senhor Rashid! Seja bem vindo
ao Brasil... Meu nome é Carlos e eu irei te acompanhar durante o dia de hoje, essa minha secretária Letícia.- O homem se apresentou antes mesmo que me aproximasse dele estendendo as suas mãos para que eu apertasse.

A Letícia, secretaria do Carlos,
também fez a questão de apertar a minha mão se mostrando uma pessoa muito solícita e educada... Recorda do momento que disse que as brasileiras são as mulheres mais lindas que já vi em todo mundo? Esse fato mais uma vez foi confirmado!

A mulher que está parada em
minha frente é completamente atraente. A Letícia é uma mulher de estatura média, de pele morena em um tom bronzeado, seu corpo e sexy, seus cabelos são negros e longos e o seu rosto é de uma mulher madura e provocante.

Acenei com a cabeça mantendo
minha postura seria e apertei sua
mão para ser visto como um mal educado... Realmente não sei porque essa empresa teve a brilhante ideia de mandar alguém para ficar na minha cola durante um dia inteiro. Sei me virar muito bem e não sou do tipo que gosta de puxa saco!

- Muito prazer!

Assim que fechei a boca após
responder a minha "comitiva" de recepção pude sentir a presença do Omar logo atrás de mim, e logo em seguida a sua voz bem animada.

- Nossa, mas que bela recepção!
Já me sinto em casa e tenho certeza que voltarei mais vezes.- Omar disse passando por mim, se colocando ao meu lado e ao encara-lo pude notar o motivo de sua animação, a Letícia.

Não sei porque ainda escuto
a minha família com essa ideia
de tentar ajudar o Omar a focar em seu trabalho, ele não nasceu para isso, já está claro!

- É melhor irmos logo para o hotel, não estou disposto a perder todo meu dia nesse aeroporto.- disse para eles já caminhando em direção ao carro, e ao me ouviram falar todos seguiram os meus passos.

No segundo em que entramos
no carro para ir em direção ao
hotel eles começaram a falar e não pararam por um segundo se quer.

Quando decidi vir para o Brasil
em busca de novos negócios para investir imaginei que teria algumas semanas de folga antes do casamento, que acontece em pouco mais de um mês, mas pelo visto a última coisa que terei nessa viagem será paz.

- Senhor Rashid, posso te fazer
uma pergunta?- a voz da Letícia
soou em meio a todas as outras vozes.

Levanto a cabeça desviando-a
da paisagem através da janela do carro e olho em direção a mulher que me fitava com atenção.

Apenas aceno com a cabeça
dando lhe permissão para que
ela faça sua pergunta, e a moça imediatamente abriu a boca.

- Li alguns artigos sobre o senhor
e também sobre sua família durante as últimas semanas, mas não li nada sobre uma possível senhora Rashid. O senhor é casado?- Letícia perguntou, mas antes fez um rodeio.

- Você não deve ter achado nada
sobre a "Senhora Rashid" porque ainda não há uma senhora Rashid.
Mas respondendo sua pergunta mais a fundo, me caso em um mês.- disse tirando suas dúvidas.

Em pouco mais de um mês serei
um homem casado, e atualmente não sei como me sentir em relação a isso.
O matrimônio para mim nunca foi um sonho, mas na minha terra para um homem ser respeitado precisa-se ter ao lado uma família grande, com uma esposa boa e exemplar e muitos filhos, esse é o único motivo que me fez buscar por um casamento. Minha noiva é uma mulher de boa família, é rica, recatada, sabe todas as prendas para ser uma boa esposa e o óbvio, ela é uma moça virgem. Nos costumes do meu país é necessário que a moça seja virgem para se casar, isso é algo muito honroso tanto para a família da noiva, tanto para a noiva. Se caso um rapaz se casa com uma moça e descobre na noite de núpcias que essa moça já se deitou com alguém isso é um motivo para anulação do casamento, a noiva é devolvida para a família e o nome da dessa família fica suja pra sempre. Aisha, minha noiva é uma mulher de honra até onde sei, mas se me casar com ela e descobrir o contrário ela irá voltar para sua família antes mesmo que perceba.

- O senhor tem um harém?- a voz
da Letícia entrou em minha cabeça levando minha atenção que ela.

Esse é o tipo de pergunta idiota
que tenho que ouvir todos os dias.
As pessoas acham que por morar em Dubai e ser um Sheik a minha vida é como nos filmes, mas na vida real as coisas não são assim... O casamento com mais de uma mulher é permitido em Dubai e muitas pessoas vivem em famílias assim, mas não é algo comum como as pessoas pensam, uma grande parte dos homens vivem só com uma mulher, é o que se vê nas famílias de onde venho.

- Não, nós não vivemos mais no
século passado.- a respondi com um certo humor em minha voz.

Bom, para mim a ideia de ter um harém não soa tão mal e não é algo que repúdio, mas hoje em dia isso não é algo tão bem visto pela sociedade, então tento me divertir da maneira que posso.

- Zyon!- Omar me repreendeu
como se eu tivesse dito alguma mentira.

Qualquer pessoa com mínino
de instrução sabe que os tempos mudaram e que haréms para o meu povo é algo que ficou nos séculos passados, hoje em dia os haréms que haviam na época só funcionam como pontos turísticos.

Todos se calaram após minha
resposta curta e sobre e seguimos assim até chegarmos ao hotel, o que foi ótimo para mim.

- Zyon, eles estão nos chamando
para almoçar em um restaurante de comidas típicas e depois quer nos levar para conhecer a cidade, você vem?- Omar questionou-me.

Posso até estar parecendo um
chato ou um velho ranzinza, mas fiquei tantas horas dentro de um avião que só quero comer algo e descansar por agora, sair só me deixará ainda mais exausto.

- Não, quero descansar um pouco
e também preciso adiantar alguns trabalhos, mas você deve ir com eles.
Divirta-se!

Omar aceitou minha resposta
de primeira e juntou-se a eles para conhecer a cidade, e eu subi para a suíte presidencial e lá fiquei durante toda a tarde.

As cinco horas em ponto todos
já estavam prontos para a reunião
e resolvemos sair um pouco mais cedo do que o planejamos para não haver atrasos e até para conhecer a empresa melhor.

- Senhor Rashid? Se o senhor
quiser posso ser sua secretária
nessa reunião. Anoto tudo para o senhor e te passo depois.- Letícia se ofereceu enquanto deciamos do carro para entrar na "Albani Empire".

Não é uma má ideia, preciso
mesmo de uma ajudinha já que
não trouxe alguém para cuidar
dessa parte para mim.

- Se a senhorita quiser e o seu
chefe não se importar ou se sentir
sobrecarregada.- respondi-a.

Um sorriso largo e belo foi
formando-se nos lábios da moça
diferente e em uma forma de resposta para mim ela balançou com a cabeça negando.

- Não, claro que não! Pra mim
será um prazer poder te servir.- ela imediatamente respondeu-me.

A agradeci pelo seu gesto e em
seguida voltei a focar minha mente
no que realmente importa, a reunião.

Ao chegarmos na empresa havia
um homem esperando por nós, se
não me engano ele é filho do dono é um dos homens mais importantes da empresa. O Anthony foi simpático, até um pouco demais e nos apresentou a empresa e nos explicou como tudo funciona por aqui.

- Quando essa empresa foi
fundada?- questionou ao Anthony enquanto ele nos mostrava uma das áreas da empresa.

Anthony falava com muito entusiasmo, mas ao ouvir minha pergunta o homem parou de falar e me olhou parecendo estar perdido.

- Ahhh, fazem muitos anos. A
Empresa é um negócio de família
que vem passando de geração para geração.- ele me explicou perdido em sua própria explicação.

É sério que o filho do dono e
funcionário da empresa não sabe quando ela foi fundada? Vemos o belo funcionário que ele é!

- Senhor Rashid? É prazer
finalmente conhecê-lo! Eu sou
Charles Albani, o CEO da empresa.- um homem mais velho se apresentou ao se aproximar de mim.

O Charles Albani já aparenta
ser um senhor, ele deve ter na
base de sessenta anos de idade.
Ele é um homem alto, corpo magro, cabelos grisalhos e aparenta ser bem simpático e educado.

- O prazer é meu, já estava
ansioso para conhecer o dono
de um império tão promissor.- disse
a ele sendo realmente sincero.

- O sentimento é mútuo... Bom,
a reunião deve começar em menos
de vinte minutos, então irei levá-los até a sala de reunião para os senhores se acomodarem. Venham comigo.

O Senhor Albani nos acompanhou
até a sala de reuniões, que já havia alguns funcionários acomodados e a gente claramente se acomodou nos espaços que haviam reservados para nós.

- Você tem ideia de quem vai
apresentar essa reunião?- Omar
me perguntou para passar tempo.

- Creio que o senhor Albani ou
então o seu filho, não vejo outra
pessoa em mente.- o respondi.

Enquanto falava com ele mais
algumas homens entraram na sala, e juntamente deles uma mulher, apenas uma mulher, mas sua presença bastou para me deixar inquieto... A mulher está ao lado do Charles Albani e ela tem um olhar sério e centrado, ela se quer olha para o lado ou para baixo, ela mantém sua cabeça erguida e seu nariz em pé. Eu não sei porque, mas sua presença me incomoda de uma forma anormal.

Ela é diferente de tudo que já
vi em minha vida, e não falo de
sua aparência. A mulher parece
ser forte, centrada, destemida e não parece se abalar por qualquer coisa.
É claro que ela é exuberante quando se fala de sua beleza, mas seu olhar me chama muita mais atenção... Ela
é uma mulher alta, aparenta ter uns um metro e setenta, seu corpo é bem esbelto e sem muitas curvas, os seus cabelos vão até o ombro e são crespos e seu rosto é delicado, mas ao mesmo tempo me passa ousadia e muita, mas muita coragem.

Enquanto pensava com a cabeça perdida o senhor Charles Albani tomou a palavra, ele falou um pouco sobre a empresa e logo depois passou a palavra para alguém e ao ouvir um nome feminino me causou surpresa.

- Bom, acho que já falei mais do
que deveria... Agora vou deixar a palavra com quem irá apresentar todo o nosso produto a vocês. Suila Albani, a chefe do marketing da nossa empresa.

No segundo em que ele acabou
de falar a moça caminhou até o
centro da sala, posicionou-se em frente a todos nós e olhou para cada um sem bambear ou desmontrar qualquer nervosismo.

- Boa noite! Como o se...- ela
até começou a falar, mas no meio
de sua frase tive que interrompe-la.

Ela irá guiar a reunião? Isso não
é algo normal para mim, no meu país as mulheres não costumam falar e tão pouco tomar a frente de uma reunião desse porte... Lembro-me bem que em minha primeira reunião estava uma pilha de nervos e mal conseguia falar, então como ela pode estar tão calma? Isso não é normal!

- Você quem irá guiar a reunião?- perguntei a ela com uma certa irá em minha voz.

Suila trouxe os seus olhos
diretamente para mim e ao
me fitar pude sentir seu olhar
bambear por alguns segundos,
mas é claro que ela não manteve
isso por muito tempo e logo voltou
a sua postura inabalável que está me tirando do sério... As mulheres que conheço jamais teriam a coragem de falar em frente a tantas pessoas sem se abalar, como ela tem? Para mim isso chega a ser uma afronta!

- Sim!- ela me respondeu com
um certo estranhamento em sua voz.

No segundo em que fechei a
minha boca ao responder-lo, o homem se levantou parecendo
estar indignado com alguma coisa,
só não sei o que é.

Ao ouvir sua resposta não exitei
e levantei-me indignado com toda essa situação... Eu sou um homem sério e não estou aqui para brincar, isso afronta para mim!

- Me desculpem, mas sou um
homem sério e não posso perder
meu tempo com besteiras!- exclamei completamente indignado.

Posso soar como um machista,
como algumas mulheres dizem, mas não é nenhum pouco comum para mim ver mulheres a frente de nada.
Cresci ouvindo meu pai e minha mãe dizerem qual era a função da mulher na sociedade, e a mulher foi feita para cuidar do marido, da casa e dos filhos, isso é normal para mim, e não vê-las a frente de negócios, isso ainda é algo tão estranho pra mim.

- O senhor acha que não sou capaz
de apresentar um produto a vocês por conta do meu gênero?

- Sim! No meu país as mulheres
não costumam falar, então para mim isso não é algo confortável... Quero ouvir alguém capaz!- respondi sendo honesto.

Omar levantou-se colocando-se
ao meu lado e me olhou como se eu estivesse algo de errado ou agindo feito um lunático.

- Zyon, o que você está fazendo?
Nós não estamos no nosso país e nem no século passado!- ele repreendeu-me.

Omar tem a cabeça virada e
acredita em coisas que para mim
não fazem o menor sentido. Ele é liberal demais para o meu gosto!

- Não acreditou que estou tendo
que ouvir um absurdo desses em pleno século vinte e um... Meu Deus!- Suila exclamou parecendo estar tão indignada com a situação que me fez sentir estranho.

Será que realmente estou agindo
de forma estranha? Posso estar, mas não me sinto confortável, não mesmo.
Essa mulher parece não temer nada e isso me faz sentir pequeno, como um felino perto de um leão... Não quero me sentir assim!

- Se for para ouvir uma mulher
falar prefiro abrir mão de fazer negócios com essa empresa. Sou um homem sério e não tempo a perder!- insisti.

Suila trouxe seu olhar de volta
para mim e pude sentir a raiva que
ela sentia. A moça olhou em volta e depois voltou a me encarar parecendo ter tomado uma decisão.

- Com licença!- ela exclamou e
em seguida saiu da sala deixando um clima estranho no local.

Quando disse que não queria
ouvir uma mulher falar achei que
me sentiria poderoso ao tirar dele algo que não consigo fazer, mas me senti ainda pior e feito uma formiga
comparado a ela... O que essa mulher tem?

- Me desculpem por faze-los
passar por essa situação senhores.
Não me apresentei ainda, mas meu nome é Anthony, dirijo a empresa ao lado do meu pai e seguirei daqui pra frente com a reunião.- Anjinho tomou o lugar da moça e prosseguiu com a reunião.

A reunião passou rápido como
o vento correndo no deserto, mas minha mente não conseguiu absorver absolutamente nada do que foi dito aqui, sinto-me como se minha mente tivesse parado de funcionar desde o momento que aquela moça saiu dessa sala. Isso é tão patético!

- E então, quais são os seus
conceitos sobre a empresa? Olha,
não é por trabalhar aqui não, mas os senhores só tem a ganhar ao entrar para o nosso time. Nossa empresa é uma das maiores desse país é só vem crescendo mais e mais a cada ano que passa.- Anthony completou após ter finalizado a reunião.

Levantei-me do meu lugar
pegando minha pasta e os outros senhores fizeram o mesmo... Minha primeira impressão da empresa foi ótima. Como um homem de negócios sei bem qual lugar é rentável para se investir, e essa empresa e com certeza um desses lugares.

- Ficarei mais algumas semanas
aqui no Brasil, e por isso quero ter
a oportunidade de conhecer mais a empresa e o funcionamento daqui. Gosto de pensar e analisar bem antes de tomar qualquer decisão, mas em breve darei uma resposta certa.- digo a ele.

- Okay, o senhor será muito bem
vindo aqui para conhecer tudo, e eu mesmo farei questão de mostrar ao senhor como cada coisinha funciona por aqui. Pode demorar o tempo que quiser para tomar sua decisão.- ele me respondeu impedimento.

Finalizei nossa conversa após
ouvir sua resposta positiva e em seguida me despedi dele com um aperto de mãos e segui para fora da sala de reuniões acompanhado de alguns senhores.

- Zyon, você não vai participar
do jantar de recepção que a empresa preparou para nós?- Omar perguntou para mim assim que saímos da sala de reuniões.

Nessa altura do campeonato
não quero ter que socializar com
mais ninguém dessa empresa, quero apenas ir para o hotel e descansar um pouco mais, porque os dias que virão serão pesados e corridos para mim.

- Não, não estou com cabeça pra
participar de jantar nenhum. Vou voltar para o hotel, mas você pode ir tranquilo.

- Você está me dizendo que não
vai ao jantar que a empresa preparou para te decepcionar? Ahh zyon, você não é desse mundo.

Em todo lugar que vou é a
mesma coisa, já me cansei de
ter um bando de baba ovo atrás de mim, atualmente só quero paz e um pouco de sossego.

- Você irá me representar, isso
já está de bom tamanho. Agora vá
curtir seu jantar, porque eu irei para o meu hotel. Com licença!- disse a ele sem me prolongar no assunto e sai de sua presença indo até o elevador.

A porta do elevador se abriu no minuto em que me aproximei do mesmo, ao levantar a cabeça e olhar pra dentro meus olhos encontraram-se com olhos negros e marcantes. Os olhos dela!

Ao me deparar com a Suila, a
jovem da sala de reuniões, pensei
em não entrar no elevador e esperar pelo próximo, mas ao pensar me dei conta que não fiz nada de errado com ela pra servir vergonha, então entrei no mesmo e parei em uma distância considerável dela.

- Tinha que ser comigo...- ela
sussurrou, mas sem fazer questão
de falar baixo pra eu não ouvir.

Viro a cabeça em sua direção
olhando a de cima e levanto uma sobrancelha sem entender do que ela falava, ao menos fiz como quem não entendeu.

- A senhorita disse alguma
coisa?- a questionei para ver se
ela era audaciosa como parece ser.

A jovem trouxe seus olhos para
mim, me olhou com uma raiva visível e sorriu sinicamente. Não sei porque, mas sinto que essa mulher vai pular em meu pescoço há qualquer minuto.

- Não, imagina... Não disse absolutamente nada!- ela ironizou
a situação e mentiu olhando em meus olhos.

Ela ainda deve estar chateada
pela situação que aconteceu na
sala de reuniões e por conta do jeito que agir, que foi um pouco exagerado, mas nem tanto.

- Sobre o ocorrido na sala de
reuniões, sei que me excedi um
pouco ao te tratar daquela forma
na frente de outras pessoas. É que no meu país isso não é algo comum, mas mesmo assim te peço desculpas.- disse a ela sendo honesto.

A mulher se manteve calada
com meu pedido de desculpas. Ela parou de me encarar, manteve seus olhos vidrados na espelho do elevador e não me deu uma mísera resposta.

- Você não vai me dizer nada? É
um ato de educação aceitar quando alguém te pede desculpas... E olha que nem tenho motivos para ter feito isso, só agi por educação.- disse em um tom mais nervoso que antes.

Se ela já estava me olhando
com raiva antes, tudo ficou ainda
pior no segundo em que fechei minha boca... Suila virou-se para mim mais uma vez, olhou no fundo dos meus olhos e sorriu ironicamente.

- Você vai querer mesmo falar
sobre educação comigo? Mil perdões
a sua pessoa senhor Rashid, mas não foi um ato de educação o que o senhor me fez passar na frentes das pessoas na sala de reunião, aliás, muito pelo contrário.- ela cutucou de volta.

Ahh, se essa mulher vivesse
em meu país ela nunca iria se arranjar com alguém. Para o meu
povo é primordial que a mulher seja recatada, educada e sutil, mas essa aí é totalmente o contrário disso.

- No meu país não é um costume
as mulheres falarem, muito pelo contrário. Inclusive, se você vivesse no meu país não poderia aumentar a voz para um homem nunca, isso é um ato de desrespeito.- respondi de volta.

- Mas nós não estamos no seu
país, e aqui onde vivo isso não se chama desrespeito, mas sim um ato de empoderamento. Inclusive, esse tal costume que você diz ter no seu país das mulheres não poderem falar em frente a homens tem um nome bem "legal", se chama machismo!- ela me respondeu sem vacilar e quando fui resposde-la a porta ele elevador se abriu e ela saiu do mesmo sem me dar chance de falar.

Onde ela pensa que vai? Não
pode me deixar aqui sozinha após
ser tão desrespeitosa e mal educada.

- Eu ainda não terminei de
falar contigo!- exclamei sentindo
a veia do meu pescoço saltar sentindo
-me extremamente nervoso.

- Mas eu já!- ela me respondeu
sem dar o trabalho de ao menos
virar para trás para me olhar.

Mas que mulherzinha mais... Já
sabia desde o início que teria uma certa dificuldade com cultura do povo brasileiro, mas não sabia que isso iria acontecer logo no primeiro dia, mas ela realmente não sabe onde está se metendo. Ela acabou de iniciar uma grande guerra com a última pessoa que deveria pensar em mexer!

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