Arte & Guerra

By Sumshinellen

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Elizabeth é uma aspirante a artista e pretende ingressar na faculdade de artes junto com sua melhor amiga. Jo... More

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Agradecimentos

Capítulo XIII

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By Sumshinellen

Em determinado momento da noite, uma banda subiu ao palco e começou a tocar músicas animadas. Julie, Benny, Jonathan e eu nos divertíamos, enquanto Tommy estava ocupado demais beijando seu par para dançar conosco. Os dois pararam no meio da pista para trocar saliva, algumas pessoas ao redor pareceriam incomodadas, mas eles sequer pareceram notar.

- Será que alguma hora eles vão parar? – Benny perguntou, indicando os dois com a cabeça.

- Um deles vai ficar sem fôlego. – JoJo comentou.

- Ou eles vão simplesmente desmaiar por falta de ar. – Julie zombou e nós rimos.

Continuamos a dançar até que a música parou e o diretor subiu no palco.

- Em dez minutos, anunciaremos o rei e a rainha do baile! – contou, animado. – Quem ainda não votou, pode votar ali no painel. – ele apontou para um canto do salão.

- Vamos. – Julie nos chamou.

Caminhamos até lá, deixando Tommy e seu par para trás. Alguns alunos (os poucos, que, como nós, tinham esquecido de votar) formavam uma pequena fila, e, um por vez, escolhiam em um painel eletrônico quem queriam que fossem eleitos.

- Onde está o Seth? – Jonathan perguntou. – Ele adora essa parte dos bailes.

- Eu não o vejo faz algum tempo. – Benny estranhou.

- Nem eu. – Julie concordou.

Seth tinha desaparecido como em um passe de mágica.

- Lizzy e eu podemos procurá-lo lá fora. – JoJo sugeriu. – Se ele aparecer por aqui, mandem uma mensagem.

- Boa ideia. – o outro concordou.

Contabilizamos nossos votos e saímos do salão, em busca do capitão do time. Fazia frio do lado de fora. Por sorte, não precisamos procurar muito: encontramos ele do outro lado da rua, meio escondido atrás de um carro. Por azar, estava beijando Natally.

- O que? – sussurrei para Jonathan. – Me diz que você tá vendo o mesmo que eu.

- Infelizmente. – ele respondeu, tão baixo quanto.

Os dois se beijavam tão intensamente que nem nos notaram. Pensei que tinham terminado, que sequer suportavam a ideia de estarem juntos no mesmo lugar.

Jonathan e eu nos afastamos.

- O que estava acontecendo? – perguntei, quando entramos de novo no baile.

- Eu não faço a menor ideia. – foi sincero.

- Eles voltaram a namorar? – perguntei.

Jonathan refletiu por um momento.

- Duvido muito. – respondeu. – Acho que Seth teria nos contado.

Concordamos em fingir que não tínhamos visto nada. Mentimos para Julie e Benny (pois os dois não deixariam Seth em paz até saber o que estava acontecendo):

- Nem sinal dele. – Jonathan deu de ombros, parecendo desinteressado.

O que quer que nossos amigos fossem responder, foram interrompidos pelo diretor.

- Está na hora de saber em quem vocês votaram!

Os alunos se juntaram perto do palco, animados e cheios de expectativa.

- E o rei e a rainha do baile de formatura desse ano são... – ele fez uma pausa dramática, olhando para o envelope com os nomes dos vencedores. – Thomas Shawn e Katarina Perez!

Todos começamos a olhar para os lados, procurando os dois. Tommy e seu par (agora eu sabia seu nome) já não se beijavam mais, estavam sorrindo para os outros alunos. Subiram ao palco para a coroação.

- Eu não acredito nisso. – Benny comentou com Julie. – Nós dois somos bem melhores.

- O mundo não nos valoriza. – minha melhor amiga concordou.

Ouvimos o minidiscurso de agradecimento dos dois e aplaudimos. Quando eles voltaram para perto de nós, dessa vez usando coroas, Benny pareceu ainda mais indignado com a "injustiça".

- Não tenho culpa se sou maravilhoso. – Tommy se vangloriou.

- Somos. – Katarina corrigiu.

- É claro, querida, é claro. – Tommy fez um gesto indiferente com a mão.

- Não acredito. – uma voz fez todos nós virarmos. Seth estava se aproximando. – Quem foram os malucos que votaram em você?

- Quem é vivo sempre aparece. – Benny resmungou. – Onde você estava, cara?

Seth deu de ombros e inventou que tinha saído para tomar um pouco de ar. Troquei um olhar com Jonathan, mas não falamos nada, ao invés disso, voltamos a dançar. Não cabia a nós revelar o beijo entre ele e Natally para nossos outros amigos.

No fim do baile, Jonathan me levou até a minha casa. Estranhei ao ver tudo apagado, mas quando entramos na cozinha, havia um bilhete preso na geladeira com um dos ímãs de mamãe.

- Eles saíram para jantar. – li a letra desleixada de papai. – Só voltam amanhã.

Meus pais tinham essa mania: saíam para jantar em dias aleatórios, só os dois, e dormiam fora. Provavelmente namoravam a noite toda, o que me dava arrepios só de pensar, mas ainda assim era meio fofo o fato de sempre tentarem ter esses encontros, mesmo fora das datas comemorativas.

- Quer ficar um pouco aqui? – convidei. – Podemos ver um filme ou algo assim.

- É claro. – Jonathan concordou.

Subimos para o meu quarto. Tirei os saltos que machucavam meus pés e me deitei ao lado de Jonathan na cama, que mexia no controle da televisão, procurando algum canal interessante. Aconcheguei-me ao lado dele e deitei a cabeça em seu peito.

- O baile foi divertido. – ele disse.

- Principalmente como Benny ficou irritado por perder a coroa. – nós rimos.

Um filme de terror passava na televisão. A protagonista estava prestes a dar de cara com o assassino, que poderia ser ou não um espírito (não entendemos muito bem essa parte).

- Mas aquela cena entre o Seth e a Natally foi a coisa mais bizarra que vi na noite. – comentei.

- Talvez até na semana. – ele acrescentou.

Pensei por um momento nos dois. Depois do término, não mantiveram contato nenhum, e nunca pareceram sentir falta um do outro. Além disso, depois do escândalo que Natally fizera na frente de todos - por um ex-namorado que sequer era Seth -, não faria muito sentido eles voltarem com o relacionamento.

- Será que estavam bêbados? – sugeri.

- É possível. – JoJo pensou por um instante. – As pessoas fazem coisas idiotas quando bebem.

Concordei com a cabeça e voltei a ver o filme. A protagonista agora estava correndo, tentando se salvar. O assassino flutuava atrás dela, então deduzi que fosse mesmo um espírito.

- Lizzy. – ele chamou, depois de um tempo. – Eu te amo.

Levantei a cabeça e beijei o garoto. Só então parei para pensar que estávamos sozinhos em casa e no que aquele fato implicava... Senti meu rosto esquentar com o pensamento, mas aumentei a intensidade do beijo. Os lábios dele pareciam enviar correntes de energia pelo meu corpo e eu adorava a sensação.

Foi então que tudo começou a acelerar. Nossos beijos ficaram mais apaixonados, e quando percebi Jonathan estava tirando o blazer e desabotoando a camisa. Parei e encarei meu namorado.

- O que foi? – ele pareceu inseguro.

- Você é lindo. – elogiei. Eu não poderia ter escolhido uma frase mais clichê.

Ele se sentou na cama e eu subi em seu colo. Quando ele estava começando a tirar meu vestido, meu telefone tocou.

- Só pode ser brincadeira. – reclamei.

Tentei ignorar e continuar a beijar Jonathan, mas a pessoa que estava tentando me ligar era insistente.

- Acho melhor eu atender. – falei.

Jonathan concordou com a cabeça, parecendo tão frustrado quanto eu por ser interrompido. Saí de seu colo e peguei meu telefone, que estava em cima do criado mudo. O número que piscava na tela era o de Benny. Revirei os olhos.

- É melhor você ter um bom motivo para estar me ligando. – respondi, assim que atendi.

Ele riu um pouco antes de falar:

- O Jonathan é muito bonito sem camisa.

- O que? – encarei meu namorado, confusa.

Isso fez Benny rir ainda mais.

- Olhe pela janela, Liz. – ele pediu.

Senti meu sangue gelar quando vi que as janelas estavam abertas, e, do outro lado, meu vizinho acenava para mim do quarto dele.

- O mundo dá voltas, não é mesmo? – ele brincou.

Jonathan se levantou e parou ao meu lado, encarando Benny.

- Vá se ferrar, Ben. – ele gritou, para que ele ouvisse do outro lado da linha.

- Amo vocês também. – Benny respondeu. – Divirtam-se e fechem a janela. – riu mais uma vez antes de desligar.

Fechei as cortinas. Não tive tempo para pensar no descuido em não checar a janela, pois Jonathan me puxou e me beijou novamente. Ainda grudados um no outro, voltamos para a cama.

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