Ensina-me amar

By alinemoretho

534K 62.2K 11.1K

Sarah Rodrigues era uma bela e jovem garota criada sobre a dura disciplina de seu pai e rígida supervisão de... More

Bem-vindo@:
Epígrafe
Prólogo
Um: Desamparada
Dois: Socorro
Três: Amizade
Quatro: Uma Chance
Cinco: Humilhação
Seis: Nova Vida
Sete: Boas-Vindas
Oito: Reencontro
Nove: Ele
Dez: Quebrada
Onze: Perdão?
Doze: Verdade
Treze: Bagunça
Quatorze: Reconciliação
Quinze: Medo
Dezesseis: Adaptação
Dezessete: Covarde
Dezoito: Sentimentos
Dezenove: Ciúmes
Vinte: Viagem
Vinte e Um: Pai
Vinte e Dois: Fé
Vinte e Três: Família
Vinte e Quatro: Sufoco
Vinte e Cinco: Retorno
Vinte e Seis: Confusão
Vinte e Oito: Tormento
Vinte e Nove: Fuga
Trinta: Confissões
Trinta e Um: O Retorno
Trinta e Dois: Correção
Trinta e Três: Fazer o certo?
Trinta e Quatro: Temor
Trinta e Cinco: Voltar?
Trinta e Seis: Sujeição
Trinta e Sete: Aniversário
Trinta e Oito: Casar?
Trinta e Nove: Mãe
Quarenta: Padrinho
Quarenta e Um: Casamento
EPÍLOGO:
Agradecimentos

Vinte e Sete: Temores

4.2K 697 264
By alinemoretho

- Estamos atrasados, Coelho. Você não é policial? Dirija mais rápido! - mandei cutucando o braço dele.

O motorista abaixou seu óculos escuro, encarou o retrovisor e franziu seus olhos para mim.

- Eu não seria um exemplo de delegado se quebrasse leis de trânsito só porque a senhorita enrolou demais para se arrumar - respondeu e se concentrou em fazer uma curva. - Então relaxe seu coração.

Cruzei os braços e mantive um bico no rosto para mostrar a ele minha chateação.

- Você não precisava falar assim comigo - choraminguei como um gato faminto. - Aliás, fazem dois dias que você vem me tratando assim, isso desde a confusão com Luana.

- Assim? Assim como, criatura? - questionou um pouco impaciente.

Virei meu queixo em direção à janela e me recusei a falar durante o primeiro minuto, o que deixou meu amigo ainda mais irritadiço.

- Desembucha, Sarah! - mandou e aproveitou o sinal vermelho de um farol para virar-se em minha direção, repetindo sua fala até conseguir total atenção novamente.

- Esse seu jeito de me olhar como se eu fosse um ser-humano terrível e... - Parei de tagarelar quando notei o sorriso besta se formando nos lábios dele. - Deixa pra lá. Você é muito bruto.

Ele fez uma careta engraçada e acabou por levar a risada.

- Está sensível hoje, Rodrigues? - provocou com um tom de zombaria.

Soltei o ar pela boca em uma rajada longa de ar, aproveitei a proximidade e dei-lhe um soco no braço forte dele.

- Estou, seu ogro - confessei e encarei minha ovelhinha bochechuda dormindo profundamente na cadeirinha. - Levar Mabel para tomar vacina me deixa sobre muita pressão. Já imagino como ela ficará irritada, chorosa, temo alguma possível reação e ainda preciso me preocupar com o jeito com o qual você me olha.

Ele deu risada e balançou a cabeça negativamente como se não acreditasse em meu pequeno surto.

- Pois fique tranquila e pare de criar paranoias em sua mente. Eu não estou te olhando de jeito algum - garantiu e antes de ajustar-se no banco acariciou a barriguinha de Mabel, fazendo-a se mexer um pouco. - Mulheres... Umas sentem demais - olhou de soslaio para mim e fez o mesmo com a bebê -, e outras de menos.

Depois disso Coelho ficou quieto, se concentrando nas ruas movimentadas de Santa Fé, enquanto eu, para me distrair durante os momentos restantes de percurso, peguei meu celular e abri em uma rede social. Antes de deixar a cidade, eu simplesmente havia apagado meu perfil de todas as páginas possíveis da internet. Contudo, no dia anterior uma curiosidade enorme, que há tempos eu vinha suprimindo, me acometeu, por isso resolvi voltar á ativa. Procurei inicialmente por antigas amigas da escola e aquelas com quem mantive contato durante meus meses de universitária na faculdade e me surpreendi ao notar como muitas delas estavam, sem dúvida, em uma situação muito melhor do que a minha. Depois fui a caça dos membros da minha antiga igreja e foi um grande choque constatar o número de fotos onde Victor e Josué apareciam ao lado de outros membros com quem cresci. Por fim, cheguei ao perfil dos meus dois irmãos mais velhos e acabei por ceder a minha vontade de saber como todos estavam. Um nó se formou na garganta quando reparei nas muitas lembranças gravadas na galeria de Jonas e Davi, retratando os tempos quando eu era apenas uma menina brincando de boneca com meu pai no quintal de casa, as festas de aniversário, as cantatas, viagens e muito mais. Tudo aquilo aumentou a saudade em meu peito e me fez desejar voltar no tempo, só assim eu seria possível consertar todas as minhas burrices com aqueles a quem eu tanto feri com minha fuga inexplicada.

- E você chegou ao seu destino - Josué imitou a voz da mulher do GPS e me arrancou da minha bolha de distração virtual enquanto fazia a baliza em frente ao posto de saúde.,

- Obrigada por me trazer. Pretende entrar conosco? - questionei e me empenhei em desprender Mabel com cuidado de seu assento especial. - Eu não sei se Victor vai conseguir chegar, ele prometeu vir, mas sabendo como é o emprego dele, eu não me surpreenderia se não conseguisse chegar a tempo.

- Sim, pretendo entrar e dar apoio a essa pobre menininha injustiçada. - Ele fez uma cara triste quando viu minha filha resmungando, ameaçando chorar a qualquer instante por ter sido despertada de seu sono da beleza. - Oh, tadinha dela. Vem com o tio. - Estendeu os braços e pegou a menininha de meu colo com uma agilidade surpreendente e a acolheu a fim de impedir qualquer drama da parte dela. - Vamos lá, meninas?

Todo corajoso, ele saiu do carro e eu, é claro, o acompanhei. Antes de entrarmos na Unidade Básica de Saúde, fui obrigada a espera-lo fechar o veículo e pegar todos os seus pertences.

- Olha lá, quem está chegando. - Apontou Coelho para um ponto distante da rua e, a princípio, por estar conferindo se havia trago todos os documentos da bebê, não me importei muito com suas cenas. - Isso mesmo, seu papai! - contou todo animado para a bebê.

O mencionar daquela pequena palavra chamou meu foco imediato, por isso virei meu corpo na direção indicada no mesmo instante e eu teria sido mais feliz se não tivesse olhado, pois não gostei nem um pouco da cena com a qual me deparei.

Victor se aproximava andando devagar ao lado de uma mulher extremamente bonita e estranhamente familiar. Os dois riam de alguma coisa e trocavam alguns olhares os quais eu não podia dizer com certeza se eram totalmente ausentes de sentimentos. E por falar em sentimentos, a pontada em meu coração e o gosto amargo na boca, denunciaram os meus.

- Aquela não é a mulher daquela padaria perto do instituto? - sondei e aflita comecei a balançar minha perna freneticamente.

Quando voltei para Santa Fé e estive com Victor pela primeira vez, os dois já aparentavam se conhecer, mas naquele momento em questão havia algo diferente, principalmente na mulher. Sua aparência se mostrava mais modesta e comportada, seu rosto parecia até mais limpo sem todos aqueles cosméticos e nem por isso ela deixou de demonstrar uma beleza estonteante. Para piorar minha condição, ela e o médico ao seu lado possuíam uma química sem igual e combinavam muito.

- Sim, é a Eliana - informou Coelho com prontidão.

- O que os dois estão fazendo juntos? - argui e reparei no mesmo instante como meu tom de voz revelou muito mais do que deveria ao amigo parado ao meu lado.

Se Coelho percebeu meu ciúme escancarado, disfarçou, pois deu de ombros e direcionou sua atenção a Mabel com quem brincava de aviãozinho.

Agoniada, eu continuei observando e me irritando com todo e qualquer mísero movimento ou aproximação dos dois pombinhos sorridentes.

Quando já estavam a alguns metros de distância, Victor se despediu da bela Eliana com um abraço rápido, e atenta, eu ouvi algo interessante entre eles.

- Por favor, apareça lá em casa. Você será muito bem-vindo e recebido - ela convidou com muita cordialidade. Cordialidade demais, eu diria.

- Vou me planejar e assim que puder, irei - garantiu Victor, para o meu desespero. - Espere por uma ligação minha.

- Certo! Agora já vou indo. Deus o abençoe, futuro pediatra. - A moça piscou, se afastou do médico, passou por nós, cumprimentou Josué e mim com um aceno rápido de cabeça e partiu na direção oposta à nós.

No segundo seguinte, Victor veio até nós, pediu desculpas pelo atraso e não fez questão de esclarecer os momentos anteriores com a mulher, isso contribuiu ainda mais com a minha irritação.

A convite de Coelho, nós entramos, nos cadastramos, pegamos uma senha e nos sentamos em frente a sala de vacinas, aguardando nossa vez de sermos chamados.

Os primeiros minutos passaram devagar devido ao clima tenso que se estabeleceu e nem mesmo as gracinhas e gargalhadas de Mabel foram suficientes para me incentivar a entrar na conversa animada entre Vic e Josué.

Levou tempo, mas o médico notou meu comportamento e virou-se para mim e tocou meu antebraço rapidamente.

- Nós precisamos conversar - ele avisou, enchendo-me de mais agonia.

Eu apenas balancei a cabeça em afirmativa e preferi não abrir boca para respondê-lo, do contrário eu acabaria despejando meu ressentimento sobre ele.

- Está tudo bem? Eu sei que cheguei um pouco atrasado, mas é porque acabei encontrando a Eliana e papo vai, papo vem...

- Não precisa se desculpar, você veio, isso é o bastante - interrompi-o bastante enfática e me arrependi logo em seguida quando flagrei não só Victor, como também Coelho e até Mabel me encarando como se eu fosse uma louca. - É dia de vacina, parem de me julgar desse jeito.

- Sei - murmurou Vic e ergueu as sobrancelhas.

Abri minha boca a fim de falar poucas e boas para eles, mas por intervenção divina a enfermeira nos chamou de dentro da saleta e para lá fomos.

Victor já conhecia o processo, mas previamente enumerou suas preocupações, sem saber como seria ver outro profissional furando sua filha, mesmo sendo alguém a quem ele conhecida. Sua atitude era típica de um pai de primeira viagem e mesmo assim ele se manteve firme e disposto a segurar a bebê naquela tarefa tão árdua. Já Coelho, ao ver a mulher trabalhando, preenchendo papéis e preparando seu material, começou a se comportar com estranheza, andando de um lado para o outro, evitando ao máximo se aproximar de Mabel.

- Vire ela assim e... - A enfermeira fez uma pausa e sorriu consigo mesma. - Desculpe, esqueci que você já sabe.

- Oh, não faça isso, Cris. Eu estou aqui na condição de pai e não de médico. Não poupe suas instruções - ele pediu com toda a humildade e eu me mantive ao lado apenas observando e distraindo a bebê quando ela pedia por meu colo.

Cris sorriu, já havia aspirado a vacina da ampola com a seringa e estava prestes a aplicar quando um barulho alto se fez ouvir no canto da sala onde Josué se encontrava. Eu levei um susto quando percebi que o estrondo deu-se porque ele havia se apoiado na bancada de metal com muita força, segurando-se para não cair. O pobrezinho não aguentou ficar dentro da sala, tomou ar e saiu, provocando, por consequência, algumas risadas de Victor.

- Meu Deus, ele está bem? - perguntei preocupada, enquanto refletia se ia ou não checar o estado do meu amigo.

- Não se preocupem. O super-delegado Josué tem pavor de agulha - contou Vic, achando graça. - Pode continuar o procedimento.

- Que pena. Esse aí não vai poder se casar com uma enfermeira - zombou a mulher e nós concordamos.

Aquele minuto de distração foi o suficiente para acalmar toda a tensão, dando a oportunidade perfeita a Cris para vacinar a bebê, que como o previsto ao sentir a picada rápida fez um bico fofo e deu início ao escândalo. Vic até tentou consolá-la, mas não haveria colo mais aconchegante do que o meu durante as próximas horas, por isso, depois de feito o curativo, eu a tomei nos braços e passei a dar toda a atenção demandada.

Recebemos algumas orientações, Mabel ganhou um adesivo pelo bom comportamento e nós fomos liberados. Saímos do local enquanto eu usava todas as minhas armas para acalmar a bebê, que só parou de chorar quando ganhou um pedaço de banana já previamente separada para se lambuzar.

Victor veio no meu encalço e, mesmo ainda estando um pouco brava com ele, eu me dispus a ouvi-lo relatar como se sentia angustiado pela dor da filha e até contei sobre as situações difíceis onde ela ficou doente e eu precisei ficar por horas intermináveis em postos de saúde ou em hospitais, comovendo seu coração paterno.

Andamos até a saída e encontramos Coelho sentado em um dos bancos de madeira de uma linda e arborizada pracinha, posicionada em frente ao postinho. Nós fomos até ele e foi impossível não dar risada ao ouvir as desculpas esfarrapadas dele, tentando justificar sua forma de agir ao fugir da sala como um gato escapando do banho.

- Isso não é engraçado. Eu já estava me sentindo mal quando entrei e...

- Ah, sei! Eu me lembro muito bem da baixaria que você fez na sala de medicação quando pegou aquela virose e precisou tomar uma bezentacil no traseiro - caçoou Victor, sem perder a oportunidade de trocar alguns tapas com seu amigo, me fazendo gargalhar com tudo aquilo. - Um homem desse tamanho com medo de agulha. Faça-me o favor, né Josué.

- Você pode fazer o favor de respeitar minha autoridade? - perguntou com um tom cômico. - Ou, ao menos, ter um pingo de consideração com os meus traumas.

- Até a Mabel chorou menos do que você aquele dia, bebezão - Vic continuou atiçando o pobre Coelho, enquanto inclinava o corpo pra frente, rindo sem parar.

- Ei, irmão, o doutor Murilo não está sentindo sua falta, não? Já pode parar de me enverginhar e ir embora - rebateu fingindo estar bravo. - Ou vou precisar te prender por desacato?

Vic negou com a cabeça, e ao lembrar-se de algo, ficou um pouco sério e foi rápido tomar um lugar ao lado do amigo, cochichando para ele algo que, apesar do esforço, eu não consegui ouvir. Fiquei confusa com aquele mistério todo, principalmente quando Josué afirmou algo com a cabeça, bateu nas costas do amigo e veio até mim.

- Posso dar uma volta com a ovelhinha aqui pela praça? - ele perguntou gentil e percebeu

Fiz uma careta, revelando meu desconforto com a proposta.

- Ela vai chorar - preveni, mostrando minja insegurança.

- Tudo bem - disse rápido e observei algo implícito no olhar dele, mas não pude bem identificar o que era. - Não se preocupe, apesar do medo de agulhas, ela estará segura comigo.

Relutei um pouco, cocei a cabeça e por fim depois de dar muito beijos e prometer não sair do lado dela pelo restante daquela tarde, eu a entreguei ao Coelho que despediu-se e me deixou sozinha com seu amigo.

- Senta aqui. Tenho alguns minutos e precisamos falar de algo sério. - Quando escutei o pedido de Victor, eu entendi a pequena armação dos dois e movida unicamente pela curiosidade, eu o obedeci.

Fiquei o observando por alguns instantes e notei sua resistência para começar a expor seus incômodos.

Pensei em algumas hipóteses possíveis e não gostei nadinha das minhas conclusões.

"Talvez ele estivesse prestes a declarar seu amor por mim ou... " considerei mentalmente e um arrepio passou por minhas vértebras quando outra coisa também me pareceu bem provável "Ou vai declarar o quanto está apaixonado por aquela Eliana e em breve se casará com ela".

- Fale, pelo amor de Deus! - mandei exasperada, pegando-o desprevenido com meu grito.

- Acalme-se, mulher! Estou pensando - respondeu um pouco bravo.

Franzi o cenho e lancei a ele um olhar inquisitivo.

- Pra quê tanto suspense? Diga e pronto!

Vic soltou o ar pelo nariz numa rajada e virou seu corpo em minha direção.

- Sarah, seu pai veio me procurar no hospital ontem quando eu estava saindo do trabalho - respondeu de uma vez com um pouco de pesar. Por um lado senti certo alívio por não ser nada daquilo o que eu pensava, porém, fiquei um pouco chocada por ouvir sobre meu pai. - Ele perguntou se eu sabia algo sobre você.

- Oh... - murmurei, já sentindo um certo pânico tomar conta de mim. - E-eu achei que Davi contaria...

- Não, eu liguei para a Gabi e ela informou que Davi estava muito magoado e disposto a poupar o Flávio do sofrimento e tudo mais. Entretanto, de algum modo, ele está desconfiado - contou, olhando-me com misericórdia. -

Eu engoli em seco, sem conseguir disfarçar meu pânico.

Eu ainda não estava pronta para encarar papai. Só de imaginar a mágoa em seus olhos, eu já queria fugir para o mais longe possível.

Virei-me para Victor e em choque, segurei seu braço com força.

- O-o que você falou pra ele? - interpelei, respirando rápido.

- Eu desconversei porque achei que deveria te contar antes, mas me senti muito mal por isso - confessou e demonstrou um arrependimento com pesar muito intenso. - Devo muito ao seu pai, Sarah. Além de pastor, ele é um amigo e eu retribuo como? Sabendo e não lhe dando a resposta de seu maior dilema.

Coloquei a mão sobre o peito e reclinei as costas no encosto do banco.

- Obrigada por não contar, Vic - disse ignorando a dor dele por ser obrigado a fazer algo que não queria.

Victor umedeceu os lábios e segurou minha mão com força.

- Já passou da hora de você ir atrás dele, não acha? Seu pai tem sofrido muito, muito mesmo.

Neguei freneticamente com a cabeça e me afastei quando ele tentou tocar meu ombro.

- Ainda não, por favor, ainda não - rebati desesperada.

Victor franziu o cenho e mostrou-se indignado com minha atitude.

- Sarah, em nome de Deus, isso não está certo. Sei dos seus problemas, mas deixe de ser cabeça dura e...

- Não! - Levantei-me em sobressalto, com os olhos sendo tomados por lágrimas. - Quando chegar o momento falarei com meu pai, mas agora não.

Vic travou o maxilar e se mostrou bem irritado com minha atitude.

- Tudp bem, faça como quiser, mas se ele perguntar outra vez, eu não vou mentir - ameaçou com dureza.

Senti o coração ser tomado pela raiva e fechei o punho.

- É a minha vida e o meu pai, você não têm o direito de se meter! - aumentei o tom de voz, e apontei o indicador na face dele. - Não tem!

Ele fez uma pausa e repousou as mãos na cabeça. Possivelmente buscava se acalmar.

- Você não percebe? Meu Deus, Sarah! Eu apenas quero o seu bem e o da sua família - exclamou impaciente. - Seu pai sempre te amou e não merece esse tratamento da sua parte.

Cruzei meus braços e minha ira foi se tornando gradativa a medida que Victor abria a boca.

- Era isso que você tinha pra me falar? - questionei me segurando para não dar um murro naquele belo nariz dele.

- Promete pra mim que vai pensar no assunto, Sarah? Pense na Mabel, ela vai amar conhecer o avô e...

- Eu vou tomar as decisões da minha vida, só posso prometer isso - cortei-o e dei as costas para ele.

Continue Reading

You'll Also Like

2.1K 79 13
A velha historia cliche sobre a que foi obrigada a se casar com o capo... Qual e o lema da máfia? Um dos princípios da máfia italiana, é nunca trair...
5.7K 260 16
Dicionário da Umbanda de A a Z Compartilho aqui um pouco do meu conhecimento e estudos sobre a Umbanda ❤️‍🔥🌿
1.4K 249 25
Spin-off de Com amor, eu creio. |ROMANCE CRISTÃO| EM ANDAMENTO* Narra a história de Ayra e Lohan e de como seus caminhos se cruzam em busca em um ref...
751K 40.2K 40
Gael aos 30 anos terminou um casamento repleto de traições! Felícia aos 22 anos descobriu estar grávida de se eu professor, que ela não sabia ser ca...