O UNIVERSO ENTRE NÓS - COMPL...

By ailujcoutinho

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(+18) LIVRO DE CONTEÚDO ADULTO. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. PLÁGIO É CRIME. Júpiter Witkowski é uma mulhe... More

DEDICATÓRIA
EPÍGRAFE
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
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JÚPITER
NEWS E EXPLICAÇÕES
JÚPITER - PARTE I
JÚPITER - PARTE II
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
🪐 PLAYLIST 🪐

JÚPITER - PARTE III

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By ailujcoutinho


parte final que vocês tanto pediram! Comentem e segurem as lágrimas! 


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Ouvimos os tiros antes de qualquer outra coisa.

O barulho, mesmo distante, é ensurdecedor. Tiros. Muitos, muitos tiros. Olho para Dominic desesperada e ele se coloca na frente do meu corpo, como um escudo. Me aperto as suas costas e mal tenho tempo de processar alguma coisa, antes da porta ser aberta com violência e Rodrigo entrar enlouquecido apontando uma arma para nós dois.

- QUE MERDA VOCÊS FIZERAM? – Ele berra, enquanto Giovanni sai detrás dele, empunhando uma arma também. Apenas três brutamontes os seguem. O que nos deu o celular está entre eles. Ele me olha assustado.

- EU PERGUNTEI QUE MERDA VOCÊS FIZERAM! – Rodrigo berra, dando um tiro perto de nossos pés. Eu grito alto.

- Grite assim mais uma vez e o próximo vai para sua cara. – Giovanni fala, me olhando mortalmente. Dois brutamontes vem em direção de Dominic, que luta com os dois antes de ser segurado firmemente. Os dois socam as laterais de seu corpo e ele geme involuntariamente. Eu me encolho e choro. Choro muito. Dominic geme enquanto é espancado e antes que eu dê um passo em sua direção, Eva entra desesperada e vai direto em minha direção. Ela vê vermelho.

- SUA VAGABUNDA, ISSO É TUDO CULPA SUA. – Ela diz, antes de me agarrar pelos cabelos e me jogar no chão. Tento proteger meu rosto, mas, ela está completamente alucinada, e continua me batendo com força. Muita força. Mal tenho tempo de revidar antes dela ficar de pé e chutar minha barriga com toda a força de seu corpo. Eu engasgo e tenho ânsia, a dor agonizante me cega. Dominic me grita e isso só deixa Eva com mais raiva, já que ela me chuta mais uma vez. As lágrimas fluem tão livremente que não sei mais o que fazer. Os tiros continuam sem fim, numa trilha sonora macabra.

Fico no chão tentando me recuperar e então vejo Giovanni caminhar até mim, se abaixando do meu lado.

- Como vocês chamaram por ajuda, Júpiter? – Ele pergunta, fazendo carinho em meu cabelo. Mantenho minha voz calada, mas vejo o brutamontes que me ajudou se remexer desconfortavelmente.

- Nós não chamamos. – Dominic diz, contrariado sobre defender alguém que nos causou mal. – Vocês realmente acharam que ninguém sentiria falta do CEO da empresa e de uma diretora? – Dominic diz, antes de ser socado mais uma vez, agora no rosto. Ele cospe pra longe sangue e volta a me encarar. Seus olhos preocupados focados na mão de Giovanni me acariciando. A arma que ele impõe na outra pisca em neon. Mais tiros, agora mais altos são ouvidos. Eles estão próximos. Respiro fundo e devagar. Não posso desmoronar agora.

- Senhor, eles estão próximos. – Diz o brutamontes que nos ajudou. – Nós deveríamos deixa-los aqui e fugir. – continua, e não levo meus olhos aos dele. Giovanni respira fundo ao meu lado.

- Você está com medo? – Giovanni pergunta, olhando para o homem mascarado. – Não confia em nossa liderança? – indaga e o homem nega.

- É-é claro que confio, senhor. – ele responde. – Eu só não quero que o senhor perca tudo por conta desses dois. – ele diz, mais firmemente mais uma vez.

- Está tentando nos proteger? – Giovanni pergunta, se levantando.

- Sim, senhor. – o brutamontes diz. – É só o que estou tentando fazer.

- E foi por isso que deu seu telefone a Júpiter? – Giovanni pergunta, o rondando. O homem mascarado fecha os olhos, o medo sendo exalado de seu corpo em ondas maciças.

- Eu não sei do que está falando, senhor. – o homem desconhecido diz, fixando seus olhos em mim.

- Estou falando do celular que você enfiou no buraco na parede, assim que teve oportunidade. Não precisa negar. – Giovanni diz, agora atrás do homem. – Sabíamos que você era um rato, só queríamos te dar uma oportunidade para provar.

- Senhor – o homem diz, agora desesperado. - Os senhores estão cegos pelo ódio, iriam estragar toda a operação por conta de um contrato idiota e sua inveja. Eu apenas quis salvá-los de si mesmos. – ele diz, completamente horrorizado. Não sinto pena dele, mas a verdade em suas palavras deveria valer alguma coisa. – Por favor, senhor, tenha misericórdia. – ele implora. 

E então tudo acontece rápido demais. Giovanni aponta a arma para a testa do homem, e o barulho ensurdecedor agora me deixa quase surda. Mal tenho tempo de processar o que aconteceu, até ver o sangue e miolos escorrendo pela parede mofada, e o baque surdo do corpo do homem caindo inerte no chão ecoa até nós. Alguém está gritando muito, a plenos pulmões em horror puro. Quando sinto um chute na barriga e um murmúrio "cala a boca, vadia", percebo que sou eu. Sou eu quem está gritando. Berrando, mais especificamente. A visão do corpo em minha frente é tão horrível que meu estomago se embrulha e despejo todo o seu conteúdo no chão ao meu lado.

- Calma, calma, linda. – Dominic diz, voando até mim, me ajudando a me afastar da poça fétida.

- Odeio que peçam por misericórdia. – Giovanni diz, como quem percebe que o céu é azul. Meu estomago ainda dói e tremo tanto que mal consigo me manter em pé. Dominic me puxa de encontro ao seu peito.

- Não olhe. – Ele sussurra, para que apenas eu escute. Quis rir, porque nada no mundo me faria encarar o cadáver ensopado de sangue há dois metros de mim. Um cadáver que provavelmente havia salvado nossa vida. Um barulho alto me tirou de meu devaneio, e me fez pular.

-Vamos logo com isso. – Rodrigo falou, tirando um papel de dentro do paletó, junto com uma caneta.

- Assine, Dominic. E você e sua coisinha bonita podem continuar vivendo. – Giovanni disse, mas Eva grunhiu. – Vivendo separadamente é claro. – Ele corrige, com uma risadinha.

- Nós seremos felizes para sempre, Dom. – Ela diz, dando mini pulinhos. – Você vai me amar tanto quanto eu te amo, não é Donzinho? – Ela pergunta, caminhando em nossa direção. Dominic se mantém em silêncio. Me protegendo com seu corpo. Pela lateral de seu braço posso ver Eva completamente fora de controle. Seus olhos não se fixam em lugar nenhum. Ela parece fodida. Mais um barulho alto é ouvido e eu estremeço. Um brutamontes vem em nossa direção e impõe a arma para a porta. Mais tiros são ouvidos, agora tão perto que o sangue bombeia alto em meus ouvidos com a adrenalina pura.

- Giovanni, como nós vamos sair daqui? – Eva pergunta, pela primeira vez, realmente preocupada. Estamos em uma lata de sardinha. Só há uma saída. Os tiros continuam imparáveis do lado de fora. Os brutamontes se encaram nervosamente, a arma em suas mãos tremendo.

- Primeiro, nosso amiguinho Dominic aqui vai assinar o contrato. – Rodrigo diz, apontando a arma para Dominic, após jogar o papel e a caneta em sua direção. Dominic mancou até onde o papel e a caneta haviam caído e se levantou lentamente. Antes que a caneta tocasse a linha de assinatura, um baque alto foi ouvido contra a porta, seguido por um gemido.

- E lá se foi o nosso ultimo guarda-costas. – disse Rodrigo, sem ligar. Pela primeira vez fiquei perdida.

- Se vocês sabem que serão presos, porque querem tudo? – Dominic perguntou, confuso.

- Você vai passar tudo para nossa irmã mais nova. Ela vai continuar com nossos acordos e conquistar não só a sua empresa, mas também o submundo. Se você soubesse o quanto de dinheiro roda por debaixo dos panos, você já teria se juntado a nós, Dominic. – Giovanni diz, agora apontando a arma para minha cabeça.

- Quem é sua irmã? – Dominic pergunta, sem me olhar, e então percebo o que ele está fazendo: nos ganhando tempo. – Nunca soube de uma Golveia.

- Ela é apenas nossa meia irmã. Nasceu fora do casamento do papai bom samaritano. Foi colocada para a adoção assim que nasceu. – Rodrigo diz, dando de ombros. – Agora imagine a surpresa em descobrir que ela tinha sido adotada por um casal rico de verdade, e estava namorando com o nosso maior inimigo. – ele explica, caminhando até Eva. Ela sorri, quase docemente. – Precisávamos dela ao nosso lado, não é irmãzinha? – ele pergunta e então eu arfo.

- Eva é sua irmã? – Eu pergunto, chocada.

- Sim, você não percebe as semelhanças? – Giovanni pergunta, caminhando até Eva. E olhando para os três juntos, é muito óbvio. O mesmo sorriso, o mesmo formato de rosto, a mesma cor dos olhos. Eles são irmãos.

- Porque vocês vão deixar tudo para ela se ela quer ficar com Dominic? – Eu me vejo perguntando.

- Porque eu vou estar por cima. – Ela responde, rindo. – Dominic vai ser meu pequeno escravo sexual, enquanto eu comando tudo e trabalho para tirar os maninhos da cadeia.

- Você realmente acha que a policia não vai desconfiar de nada? – Dominic pergunta, incrédulo. É um plano cheio de buracos. Mas com a quantidade de drogas que eles consomem, não é de se admirar.

- Não, porque Eva vai ser apenas uma vítima de sequestro como vocês dois. E então é assim que vai acontecer: - Giovanni diz, enquanto murmúrios do outro lado da porta se tornam ainda mais altos. – Vocês três serão resgatados pela policia e vão agir como se nós fossemos os vilões. Eva vai ser tão vítima quanto vocês dois. Depois da recuperação e toda porcaria burocrática, você vai terminar com Júpiter e ficar com Eva, porque depois do trauma você percebeu quem realmente é o amor da sua vida. – Giovanni diz, caminhando até as costas de Dominic, que se retesa por inteiro. – E esse amor é tão forte que você decidiu dividir sua vida inteira com ela, inclusive sua empresa. Ela trabalhou tão duro lá dentro, e bem, vocês dividem a vida, por que não dividir os negócios? – Ele continua. E Eva só falta dar pulinhos de alegria.

- Você, Júpiter, querida. – Rodrigo fala, vindo até mim. – Você vai embora para outro estado e vai viver sua vidinha miserável com seu pai mongoloide e a vaca da sua mãe. Você é realmente apenas o dano colateral. Você é enxerida demais. E nem tente ir a polícia, ou vou mandar alguém atrás de vocês. As coisas que se podem fazer de dentro de uma cadeia são surpreendentes. 

- Agora, Dominic. – diz Giovanni, apontando a arma para seu peito. – Assina a porra do papel! –Ele grita ao mesmo tempo que uma pancada forte é dada contra a porta de metal. O barulho machuca meus ouvidos. Eva gargalha e eu tenho ainda mais vontade de chorar. Filha da puta. Mais uma pancada forte e a porta cede. – Eu vou contar até três, Dominic, se você não assinar eu vou juntar os miolos da Júpiter com os do rato. – Giovanni grita, e aponta sua arma para mim. Mais uma pancada forte e as dobradiças voam longe. – UM! – Ele grita e Dominic parece em pânico, ele olha da porta para mim sem parar. – DOIS! – Ele grita, e antes que ele possa dizer três, a porta voa para longe e tudo acontece rápido demais.

Os tiros voam para todos os lados, e homens vestidos de preto da cabeça aos pés invadem a sala rapidamente. Meu cérebro gira, quase aliviado. Quase. Eva me olha enlouquecida ao perceber que não vai conseguir o que quer, e não pensa duas vezes antes de puxar a arma do brutamontes ao seu lado e apontar para mim. Nossos olhares se cravam. Ela sorri. E então atira. 

Ouço Dominic berrar horrorizado meu nome, e tento olhar em sua direção pra dizer que está tudo bem, que a arma não funcionou, apesar de ter ouvido o barulho ensurdecedor, mas que não pegou em mim. Quero olhar para ele e dizer que está tudo bem, que a polícia chegou e vamos ficar bem, que estamos a salvo. Mas assim que mexo meu tronco, a ardência se espalha por toda a minha barriga. Por instinto, coloco minha mão sobre ela e aperto, para fazer com que a dor pare, mas assim que olho para baixo, tenho vontade de gritar. Minha blusa branca está manchada de vermelho. Encharcada. Assim como minhas mãos. Olho para Dominic e ele está chorando, me segurando em seus braços. Não consigo mais me manter em pé, meu corpo inteiro dói e estou tonta. Minhas pernas fraquejam e Dominic me ampara. Ele chora tanto que sinto seus soluços contra meu corpo sonolento.

- J-júpiter. – Ele diz, soluçando. – Você não pode me deixar. – Ele implora. – Fique acordada, vai dar tudo certo, eu prometo. – Ele diz, beijando meus lábios levemente. – Eu te amo tanto, tanto, tanto. – Ele diz, me embalando. E eu tento sorrir. O caos parece acontecer ao nosso redor, gritos, mais um tiro, alguém grita ambulância, alguém está chorando. Tudo está tão confuso.

- Você está a salvo? – Eu pergunto, depois de respirar fundo para controlar a dor.

- Sim, meu amor. – Dominic diz, me olhando. Ele chora tanto, parte meu coração. – Estamos a salvo.

- Dominic, - eu chamo, e ele crava os olhos nos meus. – Você p-precisa ser f-feliz. – Eu digo, engasgando. Eu pareço completamente dormente. – Eu te amo tanto, meu anjo. – Eu digo, com dificuldade. – Você me faz tão feliz. – eu digo, sentindo meus olhos pesados. O sono é maior do que eu mesma.

- Pare com isso! – Dominic grita e sinto um choque contra meu rosto. – Fique acordada, Júpiter! – Ele grita.

- Eu te amo tanto. – Eu repito, colocando minha mão sobre a sua. Ele pressiona minha barriga, mas não sinto nada. – Você é tudo que eu s-sempre sonhei.

- Você é o amor da minha vida, Júpiter. – Ele diz, soluçando. – Eu não posso continuar sem você. Então não ouse me deixar, eu te proíbo. – ele diz e eu sorrio.

- Tão mandão. – eu digo, e ele quase sorri. – Vou dormir agora. – Eu digo, sentindo a escuridão me abraçar.

- NÃO! – ele grita, me sacodindo. – você não pode dormir! – ele grita e escuto outra voz atrás de Dominic pedir para ele me soltar.

- Eu amo você. – Eu digo, antes de sentir um ar gelado atingir meu rosto. 

Antes de apagar completamente, quase pude jurar ter ouvido Dominic dizer que me amava também. 

Espero que sim. 

Seria algo bom de se ouvir antes de morrer. 

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