*imagem tirada do filme Gigantes de Aço (2011)
Acordei estava num ferro velho coberto, ao menos era isso que eu pensei ao ver peças de robôs de todos os tipos e formas, além de ferramentas. Eu estava sentado no que parece uma cadeira de dentista velha e novamente eu tinha um cabo USB na minha nuca, isso já estava ficando chato, em algum lugar o som estava ligado, eu podia ouvir o som de AC/DC - Back In Black e alguém cantando junto, quando ouço passos da mesma pessoa cantarolando se aproximar finjo estar desligado.
-Hum...Você já carregou, vamos ver que modelo você é- o rapaz fala e eu posso ouvir o barulho inconfundível de digitar em um teclado- LMA5, empresas Cyber Tech, mas o que é isso aqui..?
O homem claramente estava fuçando na minha cabeça e eu odiava, mais que rapidamente testei ver se minhas funções motoras estavam bloqueadas e para a minha surpresa não, então eu rapidamente me levanto desplugando o fio e assustando o cara.
-Puta merda! - ele exclama e pega uma chave de fenda- Você tem as três leis de Asimov, não pode me ferir!
-Me teste -eu falo sombrio.
-Porra! LMA5 pause! -ele fala ao olhar rapidamente para a tela do computador e merda! Isso realmente estava ficando chato- Hum...Robô? -ele chama ainda com a chave de fenda na mão direita apontada ameaçadoramente para a minha direção, mas eu nada podia fazer eu estava travado.
-S-se eu te soltar v-você promete não me machucar? - ele fala com certo medo e puxa! Toda a minha convicção de matar qualquer um que entre no meu caminho para escapar já estava desaparecendo. O rapaz não parecia muito velho devia ter no máximo uns 18 anos, tinha olhos castanhos claros e cabelo preto espetado- Ah! Droga! Você não pode responder, espera! LMA5 talk!
-Esse comando é novo- eu finalmente consigo mexer somente a cabeça.
-Você ia mesmo me matar? - ele pergunta receoso.
-Er...Talvez...Desculpe!- eu falo realmente arrependido e ele parece perceber isso porque a expressão dele muda.
-Tudo bem- ele suspira e fala cabisbaixo- Eu não posso te julgar, também não sei o que eu faria para sair daqui.
-E onde exatamente é aqui? - eu pergunto.
-Estamos numa rinha de robôs, e você meu caro -ele aponta a chave de fenda de maneira casual não mais em forma de ameaça para mim- Foi pego num lixão para que eu- ele aponta a chave agora para ele mesmo- gênio, lindo e divertido conserte. Pra você batalhar.
-E se eu me recusar..?- eu desafio.
-Ah! Vai por mim você não vai querer recusar- ele fala se sentando numa cadeira giratória velha e colocando as mãos no rosto parecendo cansado- Tem câmeras, além de robôs de segurança em todas as partes e eles não são amistosos, também tem guardas armados, acredite em mim, nem tente.
-Você já tentou? - eu pergunto curioso ainda com ar desafiante.
Ele me olha e suspira, ainda sentado ele gira a cadeira e levanta levemente a camiseta mostrando seu torso cheio de marcas e cicatrizes, além do que dava para ver que ele estava muito magro e suas costelas apareciam sem esforço.
-Digamos que eu já tive o meu quinhão de tentativas e de rebeldia- ele fala e abaixa a camiseta voltando a posição original e pega o tablet que estava perto mudando de assunto e ficando mais animado- Mas e você!? Claramente você leva todos os programas que simulam personalidade a um novo patamar, eu nunca ouvi falar do seu modelo é novo no mercado?
-Eu...- eu fico com receio de falar, nunca ninguém tinha perguntado antes, talvez somente Bryan, as pessoas só me tratavam como um objeto, ninguém nunca mostrou interesse- Meu nome é Joshua Gray e eu sou uma pessoa.
Com uma risadinha e um olhar descrente ele responde- Olha, não querendo te desapontar, mas você não tem nada de orgânico aí meu amigo.
-Eu sei! Eu...Sou a consciência de uma pessoa que realmente existiu- nisso ele muda a postura largando o tablet e se curvando para ficar mais perto de mim, colocando os cotovelos nos joelhos e as mãos com os dedos entrelaçados na frente da boca e em seu rosto tinha curiosidade genuína.
-Conte me mais ...
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Após contar tudo desde minha vida anterior como vivo, meu acidente, minha volta, meu relacionamento, minha vida pós-ressurreição, a expulsão, o clube, Bryan, a fábrica, os trabalhadores e o lixão. O homem que eu vim, a saber, que o nome era Henry ficou em silêncio, ao que parece chocado. Em todo o momento que eu ia contando, seus olhos não paravam de brilhar com curiosidade e realmente se sentindo mal nas piores partes. Ele nunca mostrou desinteresse ou repulsa DE MIM, mas mostrou raiva e revolta, nojo e tristeza POR MIM.
-Cara...Eu realmente não sei o que te dizer...Eu sinto muito! Que coisa horrível! Essas pessoas...A começar pelo seu ex que belo filho da puta! Não me admira você estar tão arisco com as pessoas.
-Eu não devia ter te atacado. Sinto muito, também!- eu falo arrependido.
-Nah! De boa! - ele fala tímido- Só... Acho que seu sofrimento ainda não acabou- ele comenta agora meio tristonho e eu olho curioso- Estamos numa rinha Josh, eles vão te forçar a lutar- ele fala quase chorando- E eu não quero vê-lo destruído por algum robô sem alma, só para divertir esses babacas e dar dinheiro para esses merdas!- ele termina claramente soltando lágrimas e soluçando.
-Henry, por favor me libera - eu peço.
- Ah! Sim, desculpa. LMA5 online! - ele fala fungando e enxugando as lágrimas tentando disfarçar o choro e eu, livre do comando, ando calmamente até ele e o abraço.
-Eu não quero que esses cretinos matem mais uma pessoa- ele fala agora chorando alto e me abraçado mesmo eu não tendo mais a pele artificial.
-Como assim Henry?
-Minha mãe Grace- ele falava entre soluços e chorando muito- Eu comecei a trabalhar aqui como bico, pra ajudar a pagar os remédios dela até que ela estava melhor e eu decidi parar, eles a mataram Josh!- ele fala e se agarra em mim mesmo sem a pele para cobrir meu esqueleto de metal- Me trouxeram para cá, eu não saio a seis meses!
Eu fico chocado, ele estava sendo mantido em cárcere, trabalhando forçado e ainda Deus! Sua mãe, coitada.
-Henry, eu vou te tirar daqui! De alguma forma, eu prometo.
Ele para de chorar e acena levemente com a cabeça- Eu preciso te consertar primeiro então- ele brinca e da um sorriso aguado- Obrigado!
-Eu que te agradeço, você é uma boa pessoa, acho que a única que eu vi nessa jornada.
-E a advogada! Não esqueça dela! - ele brinca já mais animado pegando suas ferramentas e eu dou uma risada.
-Ok. Segunda pessoa boa que eu encontrei- ele floreia em acordo- Hum...Henry!?- eu chamo com uma ideia em mente.
-Sim!? - ele para de mexer nas peças e me olha curioso.
-Você manja de concertos e programação não é?
-Apelar para a minha vaidade vai te levar a todos os lugares Josh- ele responde brincalhão e volta a mexer nas peças.
-Certo, certo - eu dou risada e volto a falar sério- Você...Hum...Poderia retirar esses comandos de voz?- eu peço com incerteza.
Henry para de mexer novamente e da um suspiro e me encara sério- Você não vai me matar durante o sono né?
-Nop- eu respondo sincero, mas em tom de brincadeira e faço questão de falar ressaltando o "p".
-Hum... Só não se esqueça que eu sou o melhor mecânico dessa jossa - ele adverte pegando o cabo e o tablet e vindo em minha direção e eu sou obrigado a dar uma gargalhada.
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-Prontinho! Novo em folha! - ele fala retirando a máscara de solda.
-Tudo isso foi realmente necessário?- eu pergunto.
-Acredite, você vai gostar! - ele fala com um sorriso maníaco e eu nem questiono.
-Henry, estou ouvindo passos- eram distantes, mas firmes e vinham em direção a oficina.
-Finja que esta desacordado e por nada desse mundo reaja, tudo bem!?- ele me implora e assume a cadeira giratória agora perto de umas peças aleatórias numa bancada.
Eu dou um pequeno "ok" e me deito num canto fingindo estar desligado, logo dois homens, um dos quais estava fortemente armado e um robô entram na oficina improvisada.
-Ryan!- Henry cumprimenta sorrindo, mas claramente a animação era forçada- O que devo a honra dessa visita no meu cafofo?
-Já concertou o robô? - ele fala sério.
-Oh! Sim, Battle Blade esta online e pronto para hoje a noite!
-Não, o outro, o novo que trouxemos do ferro velho. Onde ele esta?
-Ah! Esse... -Henry finge estar despreocupado, mas percebo uma apreensão na voz- Nem vi ainda, esta ali no canto vê? Só carreguei.
-Concerte. Quero ele para amanhã a noite.
-Hum...Acho que não vai dar não-ele fala casualmente.
A sala fica uns instantes em silencio e de repente um baque e um gemido de dor.
-Escuta aqui seu verme! Você vai fazer o que eu mando ENTENDEU!?
Nessa hora eu levanto a cabeça e vejo Henry sendo prensado com o rosto no balcão, pelo homem armado enquanto o outro homem, o tal de Ryan, puxava seu cabelo e gritava com ele, não pensei duas vezes e avancei na direção dos homens, mas o robô que até então permanecia estoico rapidamente me detém me segurando fortemente.
-O que há com essa coisa? - o cara armado fala assustado.
-Henry!- Ryan grita querendo um explicação.
-Esta com defeito. Eu vi quando carregava - ele fala ainda sob o aperto dos dois homens.
-Hum...- o tal Ryan pondera e libera o aperto nos cabelos de Henry, este sendo mantido apenas pelo cara armado- Cinco dias. Quero ele pronto para a luta e me obedecendo.
-Uma semana, eu precis...- Henry negocia.
-Três dias!- ele corta- E não quero problemas garoto- com um aceno de cabeça dele o outro cara libera Henry- Desligue essa coisa pra você trabalhar- ele fala ao robô que me prendia e eu sito o aperto aumentar até eu entrar em curto e tudo ficar preto.
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-Josh! Josh! Ah! Pelo amor de Deus! - eu ouço Henry desesperado na minha frente, finalmente quando as imagens se alinham eu o vejo, com olhos arregalados e pálido- Eu achei que eles tinham te danificado muito, sorte você não sentir dor, bando de animais! - ele grita com raiva, mas logo volta a atenção dele para mim- Algum feed ou notificação de danos? Aí! Josh eu sinto muito! Eu disse para você não reagir! Eu tinha tudo sob controle.
-Se sob controle é ser imprensado sobre uma mesa e ameaçado então tudo bem- eu brinco.
-Hunf! Se já esta fazendo graça é porque esta bem- ele fala com uma falsa raiva, mas logo ele fica tristonho- Você tem três dias para entrar nas lutas Josh.
-Eu sei- eu falo sério- Vamos fugir! - eu falo firme e até animado.
-Não dá! -ele fala e se afta de mim- Depois do que você fez hoje, eles colocaram um robô de guarda ali na porta e aumentaram a segurança, o boato de um robô descontrolado se espalhou e eles querem garantir a "segurança dos clientes"- ele termina com uma voz fresca de nojo pelos espectadores das lutas.
-Desculpa- Eu falo sentido.
-Agora eu preciso mais que nunca te consertar e fazer umas melhorias. Do jeito que você esta agora não duraria 10 minutos, você vai ser... - ele faz uma pausa me olhando e eu vejo o desespero dele- Vamos te ajeitar!- ele desvia- Deita na mesa- ele fala e eu vou sem reclamar.
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Os dias passaram rápido, Henry trabalhou incansavelmente reforçando meu chassi e meu esqueleto, ele colocou umas coisa a mais também, mas eu nem comentei, esperava que tudo ficasse pronto. Na medida do possível eu o obrigava a descansar e a comer, ele, pelo que eu pude perceber, era naturalmente elétrico e criativo, sempre pronto a mexer em alguma placa ou programa e sempre inventando algo.
-Pronto... Agora a parte externa esta concluída, eu tenho que instalar umas técnicas de luta- ele fala soltando um alicate e pegando o tablet e o cabo.
-Como assim instalar? -eu pergunto receoso.
-Não se preocupe eu não vou mexer na sua consciência, nem sei se isso seria possível, aliás. Só vou instalar uma combinação de golpes de múltiplas lutas que eu programei assim você tem como se defender.
-E como vai ser isso?- eu ainda pergunto receoso quando ele coloca o cabo USB na minha nuca.
-Pra você, vai ser meio que instintivo- ele fala incerto concentrado no tablet- Eu acho... Por isso que quero instalar e testar antes de amanhã a noite. Pronto?
Eu aceno com a cabeça ele começa a instalar, nos meus olhos aparece uma barra de progresso e some quando atinge 100%, eu me levando soltando o cabo e Henry permanecia sentado me olhando expectativamente.
-E então?- ele pergunta não aguentando mais o silencio.
-Hum...Nada! - e realmente eu não sentia nenhuma diferença.
-Acho que você precisa de estímulo- ele fala girando a cadeira e indo até um balcão pegando o que parece ser um controle de vídeo game- Eu estava trabalhando nele, ainda é muito básico, mas pra isso serve.
Com isso ele aperta um botão e depois de uns instantes um barulho de metal. Um robô magrelo bem desengonçado vem caminhando em nossa direção.
-Você é meu amigo e eu nunca te machucaria, lembre se disso! Por favor, não me mate depois- ele fala e eu não entendo, até o robô que vinha em minha direção agora começa a correr com uma barra de ferro pronto a me atacar.
Eu desvio com uma agilidade surpreendente e logo revido dando um chute nas pernas do robô, ele cai e eu chuto a barra de ferro para longe. Mas o robozinho só parecia frágil, ele num pulo volta a ficar de pé e me da socos sucessivos com ambas as mãos, eu desvio facilmente com os braços colados ao corpo e num salto mortal para trás acerto o pé direito no peito do robozinho mandando-o longe até bater numa parede.
-Henryyy! - eu grito olhando furioso para ele.
-Desculpa...- ele fala sem graça- Opa! -ele fala e eu olho para trás e o robozinho esta de volta, vindo em minha direção.
-Depois conversamos!- eu rosno pra o Henry e vou correndo para o ataque.
O robozinho começa a distribuir socos rápidos e alternados que eu novamente desvio, então ele começa a distribuir chutes também e eu agilmente os paro com as mãos. Numa certa altura ele pega um martelo que estava sobre uma mesa e eu desvio como se fosse o filme matrix. Eu então, parto para cima, socos e chutes, que eu nem sabia que poderia dar, alguns acertam ele outros ele desvia. Após isso ele tenta me dar um soco e eu agarro o braço dele fazendo-o dar um mortal e caindo de costas no chão, ele da um salto contraindo o que seria seu abdômen e levanta, eu então pulo em uma mesa com o pé esquerdo tomando impulso e pulo depois na parede tomando mais impulso ainda e dou um soco nele, arrancando metade do seu rosto.
Mas ele não parecia recuar, ele se recuperou do desequilíbrio e do dano e voltou a me atacar, agora jogando chaves de fenda pote-agudas e outros objetos em mim, eu desvio inicialmente e depois eu pulo atrás de uma mesinha derrubando-a e fazendo de escudo. Quando ele para, eu acho uma chave de roda e atiro ela, com seu formato em X voa certeiramente no olho direito do robozinho que arranca e volta a vir para me atacar.
-Merda! - eu esbravejo.
Eu corro e quando vejo estou encurralado, o robozinho vem até mim e eu decido que é agora ou nunca! Parto para cima dele. Socos chutes e desvios até que eu vejo uma corrente pendurada no teto e num golpe eu "enforco" o robozinho deixando-o pendurado, então eu dou uns dois passos para trás dou impulso e chuto ele desmembrando a cabeça pendurada do corpo, assim finalmente ele parece desligar.
-Henry! - eu o chamo furioso e ele se aproxima, andando devagar com receio.
-Você sabe que eu não ia deixar ele te machucar né!? - ele fala tímido e eu o encaro - Desculpa Josh! Eu sinto muito mesmo! Eu estava concertando o controle dele, depois que você o chutou e arremessou na parede ele parou de me obedecer e...- ele fala rápido tentando se justificar e eu realmente vejo que ele esta falando a verdade e esta arrependido.
-Nunca mais! - eu falo arrancando o controle das mãos dele- Me teste assim!- eu vou caminhando até a cadeira de dentista velha, deixando-o para trás.
-Mas deu certo! Não deu!? -ele fala alegremente me seguindo.
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-Henry! Ele esta pronto?- no outro dia Ryan com mais dois capangas e um robô entram na oficina.
-Sim senhor! Tudo certo - Henry me olha rapidamente com um ar de tristeza e logo desvia- Ele esta pronto!
-Ótimo! Ele vai entrar na primeira luta. Escolha um nome para ele e me avise, você tem 5 minutos! - ele se vira e sai junto de seus capangas deixando-nos para trás.
-Hum...Alguma ideia? - Henry fala se virando para mim.
Nisso eu paro para ouvir a música que estava tocando na pequena caixa de som plugada ao tablet. Nesses dias que eu convivi com Henry eu percebi que ele sempre ouvia música, seus estilos variavam de pop-rock, rock alternativo e rock clássico. Uma vez eu perguntei se isso não o atrapalhava e ele disse que era justamente o oposto, que a música o fazia se concentrar mais, pois ele era muito disperso e agitado, além de inspirá-lo, outra coisa que eu percebi que Henry adorava fazer referências de cultura pop e geek.
Cause it makes me that much stronger
Pois isso me faz muito mais forte
Makes me work a little bit harder
Me faz trabalhar mais arduamente
Makes me that much wiser
Me faz muito mais sábia
So thanks for making me a fighter
Então obrigada por fazer de mim uma lutadora
Made me learn a little bit faster
Me fez aprender mais rápido
Made my skin a little bit thicker
Fez minha pele um pouco mais espessa
It makes me that much smarter
E me faz muito mais esperta
So thanks for making me a fighter
Então obrigada por fazer de mim uma lutadora
Ao ouvir a música eu tive uma ideia para o nome e parece que Henry também compartilhou da ideia, pois estava com os olhos brilhando como se tivesse um insight.
-Fighter! Que tal? Hum?- ele diz empolgado e eu dou uma risada.
-Eu gostei, mas na verdade pensei em outro nome.
-Poxa! - ele fala fingindo tristeza- O que é mais legal que Fighter?- ele cruza os braços e me encara em um desafio.
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Na arena estavam pessoas aglomeradas em volta de uma enorme grade de ferro gritando e bebendo. A arena era grande acho que do tamanho de uma quadra de basquete, eu entrei pelo lado esquerdo e pelo lado direito entrará meu oponente da noite.
-Sinto muito mesmo- Henry fala para mim- Eu não consegui enrolá-los mais e...
-Tudo bem Henry! Obrigado, por me concertar! Eu sei que você não teve escolha. Eu vou lutar e se der alguma coisa errada eu sei que você esta aqui pra me concertar.
-Hum...Isso não é reconfortante na verdade - ele fala me olhando nos olhos de maneira tímida- Tente não levar golpes na cabeça, seu corpo eu posso reconstruir, mas não posso rebootar sua consciência - ele repreende preocupado.
-Eu sei. Vou tentar. E obrigado pelos golpes.
-Ah! Isso? Nada! É o mínimo que eu podia fazer- ele fala sem graça- Tem outra surpresa. Pensa que sai duas lâminas dos seus braços!
-O que? - eu pergunto confuso.
-Vai! Pensa! -ele fala animado e eu faço isso.
-Ok- eu penso e nisso saem duas lâminas mais parecidas com foices dos meus braços- O-o que..?
-Presente!- ele fala empolgado- Você não achou que eu deixaria você entrar lá só com os golpes que eu instalei né!? Pega eles tigre! - ele fala brincando e eu dou uma risada.
Ironicamente a música que começa a tocar é Survivor - Eye Of The Tiger e enquanto eu esperava o locutor me chamar, eu via robôs seguranças e todo o lugar. É não dava para escapar. O homem dono da arena, Ryan, começa a falar.
-Deste lado- ele aponta para o lado direito- Um robô de uma tonelada, conhecido por esmagar os oponentes! Deem as boas vindas para o Deeeestrutorrr!
-Destrutor! Destrutor! - a plateia gritava ensandecida.
-Do outro lado temos um novato! Deem as boas vindas para o Waaariorrr!- essa era a minha deixa!