Alive

By Mblack18

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Josh acorda depois do que parecia um acidente fatal, mas com isso ele descobre que estar de volta pode não se... More

Capítulo 1 - Surpresas
Capítulo 2 - Mudanças
Capítulo 3 - Come Home
Capítulo 4 - Billy
Capítulo 5 - Acidentes
Capítulo 6 - Adeus
Capítulo 7 - BRI40
Capítulo 8 - Tech Noir
Capítulo 9 - Natureza humana
Capítulo 10 - Scape
Capítulo 11 - Bots building bots
Capítulo 12 - Descartável
Capítulo 13 - A arena
Capítulo 14 - Warrior
Capítulo 16 - O preço da liberdade

Capítulo 15 - Acerto de contas

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By Mblack18

*cena de X-Men Origens: Wolverine (2009) aquele Deadpool zuado finalmente teve serventia, prefiro infinitas vezes o atual. Bjos, Ryan Reynolds! Gostoso  ;) 

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Acordei não diferente das outras vezes, estava perdido, sem saber onde estava e eu nem precisava passar uma mão na minha nuca para saber que um cabo estava plugado provavelmente me carregando. Uma mão... Meu corpo! Eu fui decapitado! Era parte do plano, Ryan nunca me deixaria sair de lá com o Dr. Lawrence. Eu logo percebo que eu estava numa sala branca, a luz estava forte nos meus olhos, mas eu não me contraia.

-Que bom que esta acordado! - uma voz feminina conhecida me saúda.

-Dra...Jones?- eu falo.

-Ouviu Rob!? Ele lembra de mim acho que a memória dele esta ok- ela fala olhando para trás de mim onde o Dr. Lawrence devia estar mexendo num computador.

-Sim eu só tirei o drive de luta a consciência dele não pode ser mexida, mas as memórias...Pelo jeito esta tudo certo.

-E os comandos de voz? - eu pergunto preocupado.

-Seu amigo Henry deu um jeito de não poderem ser mais instalados, não se preocupe- ele fala divertido.

-Agora levante-se e brilhe! -A Dra. Jones fala animada e eu levanto da maca me sentando com os pés no chão.

-Obrigado! - eu falo aos dois.

-Não agradeça ainda! Eu convenci esse cabeça dura a te fazer umas melhorias- ela fala se referindo ao Dr. Lawrence que bufa- Eu fiz ele reforçar o seu esqueleto e usar a pele artificial mais recente que lançou, como se sente?

Agora eu podia sentir a textura dos lençóis e não mais aparecia a temperatura nos meus olhos agora eu poderia... Sentir... Os lençóis eram frios e macios- Eu sinto...Sinto os lençóis! - eu falo animado.

-E não só isso querido!- ela fala animada- Agora você pode se divertir também- ela pisca de modo sacana olhando para uma parte minha que eu por estar nu fiquei plenamente consciente e eu dou uma risadinha constrangida.

-Anne!- o Dr. Lawrence a repreende e muda de assunto- Você ainda não sente dor pelo menos.

-Ah! E eu fiz Rob, a muito contragosto diga -se de passagem, melhorar as suas lâminas. Experimente!

-Não é mais necessário Anne- ele fala com tédio, mas eu me animo e com o mesmo pensamento de quando Henry instalou eu penso.

-Uau! - eu exclamo surpreso ao ver duas ao que parecem katanas saírem, cada uma de um braço, saindo sob uma pequena abertura na pele artificial.

-De nada! - a Dra. Jones fala brincando.

-Ainda acho desnecessário- o Dr. Lawrence resmunga.

-Você não é engraçado- a doutora aponta- Pronto querido! Você esta livre para ir! Se precisar de algo se lembre da gente!- ela fala carinhosa e divertida como sempre

-Obrigado! E eu vou!-eu falo realmente agradecido- Hum... Dr. Lawrence?- eu começo incerto.

-Sim Joshua.

-Você poderia me fazer um favor?

-Depende... - ele fala olhando para a outra médica que chacoalha os ombros também sem saber.

-Você poderia localizar duas pessoas para mim?

-Acho que sim, mas se me desculpa a curiosidade, por quê?

-Eu pretendo começar uma nova vida, mudar de nome...

-Você já escolheu? - a médica pergunta curiosa.

-Jake. Quero me chamar Jake.

-Hum...E essas pessoas vão te ajudar nessa nova vida? - o médico pergunta preocupado.

-Sim. Mais ou menos... Esta na hora de um acerto de contas - eu falo resoluto.

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DING DON! A campainha toca numa casa de um bairro de classe média alta.

-Deixa que eu atendo amor!- uma mulher grita e atende a porta- Olá!

-Desculpa pela hora Janet, mas eu preciso da sua ajuda- eu falo, pois já era noite e era uma semana depois do Dr. Lawrence ter me resgatado entre o meu concerto e realização do meu pedido se passou todo esse tempo.

-Josh!- ela exclama surpresa e abre a porta para eu entrar parando na sala de estar da casa.

-Josh?- uma voz masculina mais ao fundo pergunta e logo eu vejo quem é quando se aproxima da sala.

-Oi Bryan!

-Você esta...- a advogada começa.

-Ativo!? Vivo!? - eu completo divertido - Eu passei por muita coisa, mas agora estou bem.

-Fico feliz que esteja funcionando Josh!- Bryan fala alegre.

-Eu...Preciso da ajuda e vocês - eu falo meio com receio- Eu preciso de uma identidade falsa.

-E como e consegui uma para o Bryan você achou que eu arranjaria uma para você- ela comenta.

- Nós ficaremos felizes em ajudar! Certo Jan!? - Bryan.

-Obrigado.

-Mas vai demorar um pouco, não se anime ainda! - ela fala em advertência.

-Obrigado mesmo assim!

-E que nome você escolheu?- ela pergunta

-Jake, Jake Sullivan!

- Hunf! Pelo menos mantem a inicial- ela brinca pegando o celular e indo mais adentro na casa.

-E onde você esta ficando? -Bryan pergunta curioso.

-Eu...Ah! Estou no hospital St. Louis por enquanto.

-Se quiser...- ele oferece.

-Não, obrigado. Eu já estou interferindo na vida de vocês demais.

-Eu que agradeço Jos-Jake- ele se corrige- Por me incentivar e por me ajudar a escapar. Sinto muito ter te deixado para trás - ele fala arrependido.

-Como diria um amigo meu nah! -eu brinco- Tudo bem, mesmo.

-Aqui está! - a Dra. Simmons fala voltando para a sala ainda com o celular na mão e me entregando um envelope gordo pardo e um papel branco com um endereço- Depois de umas ligações e umas cobranças de favores, é só você ir buscar amanhã, a noite, nesse endereço- ela fala me indicando o papel branco escrito- Pague ele com isso -ela fala do envelope- E aproveite!

-Muito obrigado! Mesmo, pessoal!

-Magina! - ela fala como se não fosse grande coisa- Você ajudou a tirar Bryan de lá e agora estamos vivendo bem graças a você.

-Eu posso te deixar bem com a polícia se você quiser- eu ofereço a ela se interessa- Sei da localização de uma rinha ilegal de robôs.

-Hum... -ela pondera- Eu tenho amigos na polícia que vão ficar me devendo uns favores... Eu já dei a localização do clube por causa dos androides e das crianças ilegais. Tudo bem! Deixa só eu pegar um papel e uma caneta...

-Eu pego! - Bryan se adianta e ficamos eu e a advogada na sala.

Eu logo olho para o endereço no papel que ela havia me dado e lendo o local de onde eu vou pegar a identidade- Hum...É na rua dos bares não!?

-Sim - ela responde- Você conhece?

-Tenho uma pendencia pra resolver depois que pegar a identidade- eu falo frio- E é nesse local.

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Spending all my nights, all my money going out on the town
Gastando todas as minhas noites, todo o meu dinheiro, saindo para a cidade
Doing anything just to get you off of my mind
Fazendo qualquer coisa só para tirar você da cabeça
But when the morning comes, I'm right back where I started again
Mas quando a manhã chega eu me encontro novamente onde comecei
Trying to forget you is just a waste of time
Tentar te esquecer é apenas perda de tempo

Eu estava num bar de quinta em uma rua qualquer, nada melhor que lugares como esse para afogar minhas mágoas, infelizmente para mim, o gosto musical do pessoal daqui era péssimo e essa música só me lembrava do que eu vim aqui para esquecer.

Now that I put it all together
Agora que eu coloquei tudo junto
Give me the chance to make you see
Dê-me a chance de te fazer ver
Have you used up all the love in your heart
Você já esgotou o amor que tinha no seu coração?
Nothing left for me, ain't there nothing left for me
Não sobrou nada para mim? Não restou nenhum amor por mim?

Baby come back, any kind of fool could see
Volte amor! Qualquer tipo de tolo podia ver
There was something in everything about you
Existia alguma coisa em tudo sobre você
Baby come back, listen, you can blame it all on me
Volte amor, ouça, você pode colocar a culpa toda em mim
I was wrong, and I just can't live without you
Eu estava errado e não posso viver sem você

I was wrong, and I just can't live
Eu estava errado e não posso mais viver

-Que maravilha...-eu sussurro para mim mesmo- Garçom! Ei! Psiu! Traz mais uma! - eu chamo o garçom para me dar mais uma dose de uísque.

Era quase todo dia assim, já ia fazer um ano, eu saia do trabalho e ia para um bar, não tinha porque eu ir para casa mesmo estava vazia, desde o dia que eu expulsei o Joshua da minha vida, de segunda a quinta eu ia sozinho, sexta meus amigos de trabalho vinham beber comigo e sábado meus amigos Martin e Roger me acompanhavam, mas eles iam embora cedo. Roger era casado e tinha agora um filho pequeno e o Martin tinha a patroa, Sarah, era uma namorada linha dura. Vários dias eu passava enchendo a cara e criei certa resistência ao álcool, mas tinha dias que até eu me superava, sorte que o dono dos bares já pegaram uma amizade comigo, quando eu estava muito mal, diga-se aniversário do Joshua, de namoro ou de morte do Josh. Eram dias que eu atolava o pé na jaca mesmo! Os donos ligavam para algum amigo meu vir me buscar, geralmente vinha a Jill que era enfermeira e a namorada dela Alicia empresária, me tiravam a chave do meu carro e eu vinha com a Alicia me dando esporro enquanto a Jill vinha atrás com o meu carro, sempre acordava no dia seguinte com uma dor de cabeça horrível, com a boca seca e com o cheiro parecendo que algum gato morreu ali e na mesa de cabeceira estava uma garrafa d'água, uma aspirina e um bilhete da Jill com recomendações que eu já nem ligava mais. Era só lembrar o porquê eu tinha bebido no dia anterior que eu voltava a chorar, assim começava meu dia antes de ir trabalhar, inúmeras vezes cheguei atrasado, levava inúmeras broncas, mas como eu milagrosamente rendia, na verdade focava no trabalho para esquecer da vida, não me demitiam.

Eu saí do bar horas mais tarde, sai cambaleando, mas tinha um bom grau de consciência ainda obrigado! A rua pela qual eu passava estava escura, dava para reconhecer uma sombra ou outra, era um caminho estreito quase um beco, tinha lixo espalhado perto de caçambas e os poucos postes de iluminação não davam conta de clarear perfeitamente tudo. Eu ia alegremente anestesiado pelo álcool quando vejo uma figura surgir mais a frente onde eu caminhava.

- Kevin Sheppard!?- o homem alto fala, se virando de forma um tanto que ameaçadora ficando de frente para mim, mas pela escuridão e pela distancia eu não conseguia distinguir quem era.

-É...Sou eu- eu falo meio incerto e ele começa a andar lentamente, a passos firmes e postura rígida parecendo um soldado se eu tivesse que fazer uma analogia diria que era um Exterminador e eu o John Connor, quando ele estava a uns 5 metros eu pude discernir quem era.

Joshua vinha até mim, seu andar era firme, um homem com uma missão, e com certeza era de se vingar. Eu corri, mais rápido que pude, estava meio embriagado e meu corpo estava sofrido, a depressão por tudo que aconteceu nesses dois anos, a morte de Josh, essa coisa vem a vida, eu expulsando a única lembrança do meu amor...É! Eu merecia a fúria daquele ser, que andava a passos robóticos e expressão fria sem tirar o olhar de mim por nenhum instante. Eu fugia como dava, eu corria, as a bebida me fez tropeçar várias vezes e acho que influenciou minhas escolhas também, quase eu saio em um beco sem saída, eu corria desviava de caçambas, pulava grades e cercas e não sei como sempre que eu olhava para trás ele estava perto, aliás, cada vez ais perto. Josh transpassava os obstáculos sem o menor esforço, também pudera com sua força e mesmo somente caminhando em minha direção, ele era rápido! Eu num momento de distração e desespero infelizmente tropecei e cai, rapidamente me virei e rastejando de costas tentava escapar daquele ser assustador.

JOSH POV

Eu caminhava em sua direção, com tudo que passei aprendi a ter melhor controle sobre meu corpo, mesmo com um ódio imenso eu não demostrava nada, ele fugia como um covarde, ele sempre foi um banana, agora sua aparência mostrava isso, barba enorme, cabelo comprido desgrenhado, meus sensores detectavam um odor de algo podre, sorte minha não sentir cheiro como antes, porque ele devia estar fedendo, aparentava estar bêbado também, seu andar curvo o denunciava.

Ele parecia mais velho, não digo isso só porque eu não envelheço mais, mas nesse tempo que estive fora, parecia que ele tinha uns 10 anos a mais. Agora ele tombado no chão, rastejava como um verme que ele realmente era, hunf! Patético.

-P-por f-favor, n-não me machuque! - ele gaguejava e dava vontade rir- E-Eu faço qualquer coisa! Qualquer coisa mesmo!

Nisso, ele rastejando de costas ficou encurralado numa parede, ele olhava de um lado para o outro, meio sentado, escorado, ele sabia que não tinha para onde correr, eu era mais rápido! Ele chorava e implorava misericórdia e eu somente o fitava, com um olhar frio, totalmente inerte. Eu decidi acabar logo com aquela palhaçada e num flash, agarrei seu pescoço com a mão esquerda, suspendendo-o do chão por alguns centímetros. O então comportamento passivo dele se tornou um monte de chutes e socos que eu obviamente não sentia, exausto ele desistiu e agarrou meu braço que o suspendia e a agressão antes física se tornou verbal, começou a me chamar de coisas como "aberração", "máquina imprestável" e "desgraçado sem alma". Isso doía, não como antes, era uma dor diferente, antes eu me sentia realmente a coisas que ele berrava, mas depois de tudo que eu passei, das coisas que eu vi, dos amigos que eu fiz, eu não era nada disso. A dor agora era por outro motivo, Kevin era o amor da minha vida, minhas lembranças estavam cheias dele. O verdadeiro Josh, o que viveu esse amor, teve muita sorte, Kevin era um homem maravilhoso, mas como todo ser humano ele mudou, assim como eu mudei. Eu nasci para ser uma cópia de Josh, dar continuidade a sua vida, retirada de maneira trágica, mas eu não sou mais ele, terei sempre as lembranças e um traço da personalidade dele em mim, mas o verdadeiro Joshua estava morto.

-E então filho da puta!? Vai me soltar ou o quê!? -eu acordo do meu devaneio com os gritos de Kevin, ele ainda estava suspenso, meio sem folego mais ainda lutava.

Clank! Uma lâmina, adquirida na época das batalhas de robôs na arena, agora de uma forma mais discreta e não menos fatal, sai do meu braço direito, eu fico em posição de esfaquear seu coração e Kevin assustado com aquilo começa a esbravejar novamente.

-Seu cretino! Filho da mãe! -então ele para, como se tivesse lembrado de algo e fala com um ar superior- LMA5 pause! - eu paro- Ha! Sua lata burra, esqueceu desse comando!?- ele diz se soltando do meu aperto e caindo no chão, meio cambaleante- Eu sempre vou ser superior a você!- nisso eu me enfureço e solto a lâmina do meu braço esquerdo também.

-O-o que!? -ele exclama assustado e eu uso minha agilidade e os golpes que eu aprendi, o derrubo no chão com agora as duas lâminas encostadas no pescoço dele.

-Não é possível!- ele grita em desespero- Me mata então...- ele pede como um sussurro e fecha os olhos esperando o golpe.

-Não!- eu digo e me afasto, retirando as lâminas do pescoço dele- Eu não vou.

-O que!? Vai me torturar primeiro!? Vai...-ele para de esbravejar e me olha com um ar de arrependimento - Me perdoa... Me perdoa, Josh eu...

-Não! Eu não vou voltar para você. Nós mudamos e por mais que eu não te odeie...- eu dou uma risada nervosa- Não te odeie mais. Eu não posso.

-Josh eu errei, eu assumo, eu não estava pronto agora eu entendo melhor, eu...

-Kevin...- eu interrompo de maneira calma, mesmo que por dentro eu estivesse sendo despedaçado- Eu não te amo mais -não era mentira, mas também não era toda a verdade- Você não me ama mais...

-Josh eu sempr...-ele fala triste e lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Eu o interrompo novamente- Você ama o Josh, aquele que teve um fim terrível, eu era só um prêmio de consolação.

-Não! Você é ele! Tem as mesmas lembranças, mesmo...

-Ele morreu Kevin! - eu grito e lágrimas começam a escorrer no meu rosto- E eu não vou viver a vida que era dele -falo voltando para um tom calmo.

-Mas...-ele começa afalar e não termina.

Eu fecho os olhos por um instante e volto à calma, mesmo ainda muito triste - Aquele dia...-eu falo mesmo escorrendo lágrimas- Que você me expulsou, eu nunca vou esquecer, memória eletrônica as vezes é uma maldição -eu paro e lhe dou um pequeno sorriso aguado antes de continuar- Você estava certo eu não sou o Josh, mesmo com as lembranças, mesmo com a aparência, eu sou apenas uma cópia barata.

Kevin olhava para mim como se estivesse congelado, não expressava nada, mesmo assim eu continuei.

-Mas você estava errado, eu me sinto humano. Eu sou humano. Posso ter um corpo artificial, mas tudo em mim é real. Minhas alegrias, minhas tristezas, minha vida. E eu vou viver do jeito que eu achar melhor - falo me virando e indo embora, mas antes ele me contesta.

-E eu?-ele fala baixinho.

-Você...-eu falo ainda meio de costas e me viro o suficiente só para olha-lo -Você vai viver a sua. Sem mim. Sem o antigo Josh. Seja feliz Kevin! Nos esqueça! - finalmente viro as costas e vou embora deixando um pensativo e atônito Kevin para trás.

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....You weren't there

You never were

You wanted all

But thats not fair

I gave you life

I gave my all

You weren't there

You let me fall


-Eu amo essa música! -eu falo trabalhando em algumas peças de robôs que os catadores pegaram no lixão.


So, so what?

I'm still a rock star

I got my rock moves

And I don't need you

And guess what?

I'm having more fun

And now that we're done (we're done)

I'm gonna show you tonight

I'm alright (I'm alright), I'm just fine (I'm just fine)


-Engraçado você estar ouvindo justo essa música -Uma voz chama a minha atenção, eu largo o trabalho que estava fazendo e rapidamente olho para a porta da oficina, onde um homem loiro de pele clara e olhos azuis brilhantes estava encostado casualmente no batente do portão.

-Quem é você?- falo girando minha cadeira e olhando para o estranho que se aproximava.

-Não me reconhece, Henry?- o homem fala divertido e vem caminhando calmamente em minha direção parando na minha frente, e rapaz..! Ele devia ter quase uns 2m.

-Hum...Nada -nego, nunca tinha o visto- Você é um frequentador?- eu falo já me levantando e cruzo os braços em uma pose meio apreensiva, para impor respeito, mesmo com meus 1,75m.

-Pode se dizer que já fui -o homem fala com um tom de diversão e eu franzo o cenho- Acho que você lembra de mim com uma aparência diferente, cheia de fios e metal ah! E com o nome diferente, Warrior -ele fala casualmente, olhando e as vezes tocando as peças que estavam na minha mesa.

Espera! Esse nome...Não é possível!- Josh!? -eu falo espantado- Cara é você?- eu descruzo os braços e ele se vira para mim com um sorriso.

-Sou eu mesmo.

-Uou, cara! Você tá ótimo! Desde que você saiu com aquele cara eu queria saber o te aconteceu.

-Eles me concertaram- ele fala sem graça.

-Eu to vendo!- eu respondo animado.

-Mas eu agradeço a você por ter me ajudado, na medida do possível - nessa parte eu que fico sem graça- E obrigado por tirar aquele comando.

-Não foi nada. Sério -eu olho para o Josh e pergunto com um tom sério- Mas eles mexeram muito em você?

-Não, só...Consertaram o endoesqueleto, colocaram uma nova pele artificial, agora eu consigo sentir texturas -ele fala e sorri- Também fiz eles melhorarem isso- e com um barulho clank! Uma lâmina sai do braço direito de Josh.

-Maneeeiro! Parece o Wolverine. -eu falo impressionado pegando no braço e na katana e ele da uma risada- Você manteve o drive de luta?

-Não, eles tiraram- ele fala meio triste- Mas eu aprendi muita coisa e como na minha consciência eles não conseguem mexer...

-SUPER ROBÔ NINJA! - eu falo empolgado e ele cai na gargalhada.

-Sim, quase isso- ele fala já mais controlado.

-Mas o que você veio fazer aqui? Nesse pulgueiro?- eu falo encarando-o - Não me diga que veio dar uma lição nos caras daqui.

-Vim, mas não do jeito que você imagina- ele me fala sério- Eu tenho uns amigos, eles denunciaram esse lugar, vim te tirar daqui para que você não se encrenque, ah! E a partir de hoje pode me chamar de Jake, eu deixei aquela vida para trás.

-Ok, Jos-Jake! - eu me corrijo- Mas aqueles caras tem olhos em tudo, merda! Eu nem sei como você conseguiu chegar até aqui, como vamos sair?

Ele olha para mim, e ouço mais um barulho de clank! Saindo outra lâmina, agora do braço esquerdo - Do mesmo jeito que eu entrei.                                                                                                                                                                               

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