My Innocent Omega [ Taekook...

Von Lee_Jaeny

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ll EM ANDAMENTO ll V vivia em cativeiro, em um laboratório onde passava por diversos experimentos tortuosos... Mehr

Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo 7.5 [Chanbaek]
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo 12.5 [Lee Jongsuk]
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo 25.5 [Park Bogum]
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo 37.5 [Kwon Jisung]
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta
Capítulo Quarenta e Um
Capítulo Quarenta e Dois
Capítulo Quarenta e Três
Capítulo Quarenta e Quatro

Capítulo Um

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Von Lee_Jaeny

Boa noite amores.

Talvez, quem estava lendo a fic já a um tempo, provavelmente, deve ter notado que a fic sumiu por alguns dias, e agora eu estar postando o primeiro capítulo novamente, não? Pois bem... como eu havia falado na última postagem, eu estou revisando a história desta fic, por isso resolvi tirar ela de publicação e repostar os capítulo já revisado. Eu estarei postando um capítulo por dia, durante os próximos 40 dias, até chegar no último capítulo postado.

Eu não vou mudar a história em si, nem mesmo vou alterar personagens, a única coisa que estarei fazendo é revisar o conteúdo, tentar corrigir alguns erros ou informação, e acrescentar algumas poucas coisinhas a diálogos ou parágrafos para deixar a história mais rica. A essência da fic em si não será alterada.

Então um racadinho, caso você esteja relendo a fic, já fiquem avisados que: cada virgula que eu tiro ou acrescento na história, faz com que os comentários da paragrafo sejam ocultados.

Aos novos leitores, eu espero que vocês gostem da história, e que tenham bastante paciência comigo... espero que gostem do universo que trago nesta história, assim como os personagens e tudo que engloba esta fic. 

Espero que todos, sem exceção, curtam e comentem o que estão achando de My Innocent Omega.

Boa Leitura!!!


12 de Janeiro de 2019


V on:

Ser livre.

Era tudo o que eu mais queria em toda a minha miserável vida. O porquê eu digo isso? Simples... eu vivo em cativeiro, sempre passando por exames e experimentos que me machucavam e que deixavam marcas pelo meu corpo, e eu passo por isso desde o dia em que nasci.

Gostaria de saber como é lá fora, como o mundo é por trás destas paredes que me mantinha preso. Sempre vi ômegas e mais ômegas vindo para este inferno, muitos - se não todos - passavam pelas mesmas experiências que eu passava, mas infelizmente quase todos morriam pelos abusos que eram submetidos.

Eu era o ômega mais velho do local, não pela idade e sim por tempo aqui. Tenho dezesseis anos, e a dezesseis anos vivo neste inferno. Meus pais morreram em uma tentativa de fuga quando eu ainda era criança, eu tinha por volta de uns quatro a cinco anos quando isso aconteceu, e ainda lembrava claramente daquele dia. Nós sequer conseguimos colocar os pés para fora daquele lugar, fomos capturados pelos guardas que protegiam aquele inferno.

Mas o pior de tudo aquilo, foi que para servir de exemplo para os outros ômegas que tentassem ou ao menos planejassem fugir dali, o dono daquela instalação ordenou que matassem os meus pais enquanto nos obrigava a assistir. E eles os mataram, bem na minha frente, na frente de todos os ômegas que estavam presos naquele lugar, os queimaram vivo para que os gritos deles ecoassem por todo o pátio.

Só que - infelizmente - eles deixaram a mim e ao meu irmão mais velho vivos. Se já não bastasse os ômegas estarem em quase extinção, eu e meu irmão éramos de uma das espécies lupinas mais raras, e foi apenas por aquele motivo que eles nos deixaram vivos, pois nós éramos essenciais para as pesquisas deles... mas nossos pais eram descartáveis. 

E como a vida não é um mar de rosas, o meu irmão mais velho morreu a alguns anos atrás, em mais uma tentativa falha, de mais um dos experimentos dos alfas e betas daquele lugar. 

Eu estava sozinho naquele presídio, lutando para sobreviver a cada dia.

Agora, você se perguntam se, por acaso, eu desisti de fugir daqui? 

Mas é claro e óbvio que não. 

Não vou deixar a morte dos meus pais e do meu irmão ser em vão, eles queriam que eu tivesse uma vida, que eu fosse livre e pudesse ver o mundo como ele era, não através dos raros livros que eram entregue a nós. E é exatamente o que vou fazer, vou fugir deste lugar, nem que eu tenha que morrer para conseguir minha liberdade.



Jungkook on:

Estávamos no final do inverno, e a neve que tinha caído durante os dias de inverno comoçavam a derreter nos telhados das casas e das ruas. 

Confesso que não sou muito fã do inverno, não gosto muito do frio, apesar de não o sentir em sua totalidade por ser um alfa, prefiro o verão onde os dias são quentes e dava para aproveitar mais o dia. No inverno nós tínhamos que ficar a maior parte do dia em casa, sem nada para fazer, porque a neve nos impedia de sair e curtir... principalmente nas nossas férias.

Meu nome é Jeon Jungkook e tenho dezoito anos, e este ano vou começar a cursar o último ano do ensino médio. As aulas voltavam em Fevereiro para as últimas semanas do segundo ano, e em Março já começássemos a cursar o último ano letivo escolar. 

Neste exato momento eu estava na casa de um dos meus melhores amigos, jogando vídeo game e aproveitando os últimos dias de férias, Park Jimin. Jimin era um ômega muito fofo e que os pais o protegiam demais exatamente por esse motivo, pois ser um ômega nos dias em nossa sociedade era perigoso demais. 

Estava tendo muito sequestro e desaparecimento nas últimas décadas, e todos os envolvidos nestes desaparecimentos eram ômegas entre os dez a vinte anos, e somente nos últimos quatro à cinco anos que betas e alfas com a mesma faixa etária estavam começando a desaparecer também ao redor da Ásia. 

Jimin tinha me chamado para passarmos as últimas semanas de férias juntos, pois estava se sentindo sozinho e os outros tinham o abandonado e não queriam vir ficar com ele. E aqui estava eu, em sua casa jogando vídeo game sem me preocupar com as horas. 

Os pais de Jimin já chegaram a pensar que eu e ele tínhamos algum tipo de relacionamento, por ficarmos muito tempo juntos, mas nós éramos apenas bons amigos, tanto que eu era o único que sabia que o único ômega do grupo é apaixonado pelo Yoongi, só que ele nunca teve coragem para confessar o que sente pele alfa.

Desde hoje cedo eu estava um pouco inquieto, agitado e apreensivo. Não sabia o motivo de todo esses sentimentos, mas como eu estava me divertindo com Jimin acabei conseguindo me distrair o dia todo, não dando muita importância para aquele sentimento. Mas no meio da nossa conversa aquele incomodo voltou, e muito mais forte do que mais cedo. O meu lobo começou a ficar totalmente agitado, ao ponto de não conseguir segurar um rosnado que rasou em minha garganta e que parecia estar preso a um bom tempo.

— Kookie... — ouço a voz melodiosa do Jimin só que em um tom muito mais baixo que o normal.

— O que foi Jiminie? — pergunto, e minha voz acaba saindo rouca, como se eu não estivesse a usando a um bom tempo.

— S-seus olhos... o-os seus olhos estão vermelhos. — ele diz baixinho e encolhido perto da cama — O-o que está acontecendo com você, Kookie?

— Hã? — me levanto do chão e vou em direção ao banheiro do quarto do menor e olho o meu reflexo no espelho, e confirmo o que o ômega disse. Os meus olhos estavam completamente vermelhos, e minhas presas estavam totalmente expostas — O que raios está acontecendo? — questiono a mim mesmo, me fitando e tentando entender o que estava acontecendo comigo — Mas que... Porra!

Saio do banheiro e vejo Jimin encolhido em um canto do seu quarto chorando baixinho por minha presença estar muito forte e se espalhando por toda a casa, e vê-lo daquele jeito me entristeceu, pois ele estava tremendo de medo por minha causa, eu que estava causando aquilo nele, e ele estava com medo de mim.

Jimin levantou o seu rosto e olhou para mim, e mesmo com medo, ele arriscou falar algo comigo.

— Jungkook, você esta bem? O-o seu lobo... el-

— Provavelmente, Jimin. — o interrompo pois sabia o que ele iria perguntar, ao mesmo tempo que tento controlar a minha voz de alfa, porque não queria o assustar mais do que ele já estava. Tento dar um sorriso, nem que fosse mínimo, para tentar o acalmar antes de voltar a falar — Eu estou indo para casa. Depois te ligo, esta bem.

— Uhum...

— Desculpa o transtorno, Jimin-ssi.

Pego a minha mochila do chão e saio do quarto dele deixando-o sozinho, e ao fechar a porta atrás de mim pego meu celular e mandou uma mensagem para o Yoongi, pedindo para ele vim ficar com o Jimin e não o deixar sozinho, principalmente quando seus pais não estavam na cidade, como no momento. Em poucos segundos ele visualizou a mensagem mas não a respondeu, nem precisava, pois sabia que o alfa viria para ficar com o ômega.

A cada segundo que passava eu sentia que estava perdendo a minha consciência. Era como se alguém estivesse me chamando, ao ponto de fazer com que eu perca o controle de tudo, e tentar lutar contra aquilo estava me machucando, pois meu próprio lobo parecia querer sair e ir até onde estava sendo chamado. Eu já não tinha lá muito controle sobre meu lobo, e se eu deixasse ele tomar completamente o controle agora, eu não saberia o que iria acontecer.

Minutos depois Yoongi veio a passos largos em direção a casa, e ao se aproximar, até mesmo ele se assustou ao me ver naquele estado, mesmo estando com o capuz para tentar não chamar muito a atenção dos vizinhos. 

— Jungkook, o que esta acontecendo com você? — ele perguntou, e eu me levantei do degrau da pequena escada de entrada da casa dos Park.

— Tenho certeza que você já sabe a resposta, hyung. — digo em um tom baixo e com a voz um tanto falha, cansado de ficar lutando mentalmente com meu lobo por controle — Por causa disso acabei assustando um pouco o Jimin, então fica com ele até os pais dele chegarem de viagem... o Minie disse que eles devem chegar amanhã.

— Fico sim, saeng. Te vejo depois? — ele pergunta preocupado, mas sem chegar muito perto de onde estava.

— Sim. — digo baixo e afirmo com um leve manear de cabeça — Até depois Yoon.

Saio correndo dali, corria sem rumo e sem fazer a menor ideia de onde eu estava indo, apenas deixando com que meu lobo guiasse o caminho e achando até estranho meu lobo não ter tomado totalmente o controle naquele instante.

Passei por vários lugares desconhecidos por mim até sair da cidade, entrando no meio da floresta que tinha nos limites da cidade. Nunca tinha indo naquela parte de Seul, o local era toda cercada por árvores, arbustos e uma densa mata, onde qualquer um poderia se perder facilmente. Diminuo os meus passos e começo a cheirar o ar, tentando descobrir onde estava ou para onde ir, dando sempre passos cautelosos por entre as árvores em busca de algo que nem eu mesmo sabia o que era.

Quanto mais eu adentrava a mata mais confuso eu ficava.

Onde raios eu estava?

O que exatamente eu estava procurando?

Por que meu lobo queria tanto ir ali, naquele momento?

Eram tantas perguntas, mas eu não tinha nenhuma resposta.

Depois de longos minutos ali, um aroma agradável e extremamente doce invadiu as minhas narinas, me fazendo delirar com aquele cheiro maravilhoso.

Comecei a andar a procura daquele cheiro divino, deixando todos os meus instintos falarem mais alto e me deixando ser levado por eles, mas ainda ficando com a guarda alta, prestando atenção onde pisava e aos sons ao meu redor. Não demorou muito e achei o dono daquela fragrância única, e por algum motivo meu coração acelerou ao ver o dono que exalava aquele cheiro maravilhoso. 

Um ômega.

O ômega estava caído e encolhido perto de uma árvore, ele aparentava estar desmaiado e isso nem era o pior, pois o mesmo estava extremamente machucado. Ele tinha várias marcas vermelhas e roxas por todo seu corpo, que estava completamente exposta pelo ômega não estar vestindo nenhum tipo de roupa, seus pulsos estavam marcados, assim como seus tornozelos, e claramente aquele ômega tinha passado por algo que envolvesse agulhas, pois em seu abdômen e braço tinha várias marcas de perfuração.

Fiquei por alguns segundos estáticos no lugar observando o corpo do ômega com um misto de raiva e indignação, mas não demorou muito para o mesmo abrir os olhos lentamente, e ele se sentar confuso, olhando para todos os lados tentando descobrir onde estava. Mas assim que me vê, ele começou a tremer de medo e tentou se afastar de onde eu estava. 

— Hey... calma... eu não vou te machucar.

Tento me aproximar dele para ver se conseguia o acalmar, mas ele se encolhe todo, abraçando suas pernas como se tentasse se proteger de mim. Não aguentando mais ver aquilo me aproximo de vez dele, retirando a grossa blusa de macha que estava usando e me abaixo perto dele, ficando da mesma altura que ele estava. Pego a blusa e coloco em volta de seu corpo encolhido, e com um pouco de dificuldade fecho o zíper dela para tentar o proteger do frio.

— Calma ômega, eu não vou te fazer nada. — digo e ele me olha com uma expressão vazia em seus olhos, como já tivesse escutado aquela frase várias vezes — Qual é o seu nome?

Ele não responde, mas quando eu tento me aproximar dele novamente o ômega se levanta em uma velocidade um pouco incomum e me empurra no chão. Ele se levantou rápido e começou a correr se agarrando a minha blusa que ficou grande nele, adentrando ainda mais a floresta, se afastando cada vez mais de onde eu estava. Por impulso eu acabo me levantando e o seguindo pela floresta, deixando a mochila que carregava ali mesmo, e me deixando ser guiado pelo leve aroma de morango silvestre que o ômega exalava.

Meu lobo ficou completamente irritado quando começo a sentir o cheiro de outros alfas e betas na floresta, principalmente ao ouvir o barulho de um tiro. 

Aperto o passos para chegar o mais rápido possível até o ômega, e quando finalmente consigo o alcançar, vejo pelo menos uns sete homens bem robustos perto dele, todos os quatro alfas e três betas com a sua presença bem forte, o intimidando. Ao ver aquilo eu  sentir o meu lobo ficar ainda mais raivoso, e sem muito esforço meu lobo tomou controle de minha mente e corpo. 

A única coisa que eu sentia era a dor por sentir os meus ossos se quebrando dentro de mim, as garras crescendo em minhas mãos e minha presa se alongando, conforme o meu corpo ia mudando de forma...



V on:

Depois de empurrar o alfa para longe e saio correndo o mais rápido que conseguia, mas não demora muito e o ouço correr, vindo atrás de mim, me seguindo pela mata. Eu corria o mais rápido que conseguia para despistá-lo, mas por causa da dor que sentia nos meus pés por já ter corrido um dia quase todo, fugindo deles, eu não me locomovia tão rápido como eu queria.

Por mais que aquele alfa tenha um cheiro diferente dos demais que me mantinham em cativeiro, e nem usava o uniforme dos seguranças ou pesquisadores daquele lugar, eu não poderia confiar nele. Ele pode estar disfarçado, ou até mesmo sendo pago para me levar de volta para aquele inferno.

Eu tinha que correr, continuar correndo até o despistar e fugir de vez deles.

Só que não demorou muito para me dar de cara com outros alfas, que assim que me viram, começaram a vim em minha direção, chamando reforços e dando continuidade a perseguição.

— Droga.

Não sei mais quanto tempo eu conseguiria correr, minhas pernas já estavam bambas e minha visão estava ficando turva novamente, o ar estava me faltando e eu respirava com dificuldade a cada passo que eu dava. 

Viro a minha direita e começo a correr entre as árvores até chegar em um penhasco, tento correr novamente para o outro lado, mas os homens de preto conseguiram me cercar, me deixando encurralado e sem saída. Olho para baixo e novamente para os homens que estavam em minha frente, me cercando, e sinto o desespero tomar conta de mim novamente.

Quatro alfas e três betas contra um ômega... as minhas chances contra eles eram nulas, não tinha mais força para nada, nem mesmo para os enfrentar.

Olho novamente para o penhasco e lágrimas começam a cair, tanto de desespero como de medo por ter que voltar para aquele lugar. A presença dos sete estar forte, principalmente a dos alfas, ao ponto de fazer com que eu me sinta pequeno e amedrontado diante deles. 

"Eu não consegui, depois de tudo que eu tentei eu não consegui fugir deles."

Dei alguns passos para trás tentando chegar mais perto do penhasco. Eu não iria voltar para lá, e se para evitar que aquilo aconteça eu tenha que me jogar lá em baixo, eu farei aquilo! Eu estava pronto para fazer aquilo, estava determinado a fazer... mas a voz de um dos alfa se faz presente, junto com a sua forte presença.

— Pare onde você está e nem pense em dar mais um passo V. — o alfa diz usando a sua voz de comando, o que me fez parar onde eu estava no mesmo instante. Ainda meio atordoado olho para frente e vejo o alfa com um sorriso diabólico em seus lábios — Seja um bom ômega e saia de perto deste penhasco... AGORA. — ele diz novamente usando a sua voz, o que me fez dar alguns passos para frente contra a minha vontade e logo em seguida cair de joelhos no chão, junto com as lágrimas que começam a escorrer pelo meu rosto — Bom garoto, agora se comporte, pois vamos voltar para casa.

O alfa começou a vim em minha direção, o que me faz entrar em desespero por saber que iria voltar para aquele lugar, e eu estava disposto a tentar me jogar dali novamente, só que algo inesperado aconteceu. 

Um lobo de pelagem completamente negra e de olhos em um extremo vermelho, e que conseguia ser mais alto do que qualquer outro lobo que eu tenha visto, surge do nada e se coloca entre mim e os homens da instalação. O lobo olhava para os homens a nossa frente com ódio, e ele rosnava para eles de modo ameaçador. Reconheci o cheiro mentolado daquele alfa no mesmo instante, até porque eu estava usando a blusa dele.

— V-você?

 "Olá de novo ômega." — o olho incrédulo sem entender a situação. Por que ele estava aqui, me protegendo? E por que ele esta me defendendo ao invés de ajudar aos homens? 

— C-como... 

"Não sei e não temos como descobrir isso agora... só sei que estou fazendo o que meu lobo instruiu, e olha que é raro eu dar ouvido a ele." — ele disse em minha mente, o que me fez ficar ainda mais pasmo —"Quando eu der o sinal você correr."

— Você não manda em mim.

 "Você quer voltar com eles ou vai me dar um volto de confiança?" — o alfa me olha de lado e nesta nossa distração, um dos alfas que nos cercava veio para cima dele o atacando, mas o lobo negro foi mais hábil e se esquivou do alfa para logo em seguida pular em cima dele cravando suas presas em seu pescoço, arrancando um bom pedaço de carne e fazendo o sangue do alfa jorrar em sua pelagem. O alfa caiu no chão gritando e se convulsionado, vi seus olhos revirando até sua respiração ficar falha, o vi se engasgar com o próprio sangue até a morte.

Outros dois homens começam a avançar em direção do lobo, mas lobo foi para cima deles e  desviou deles com elegância e proeza, ao mesmo tempo que os atacava com precisão e ferocidade. O lobo ia para cima de um deles e os machucava em pontos vitais, até que um dos betas conseguiu segurá-lo e o jogar para longe deles, só o lobo negro caiu sobre suas patas e volta a avançar neles em uma velocidade sobre-humana, fazendo o beta cair no chão. O lobo afunda suas garras em seu peito e logo em seguida cravou suas presas na perna do beta e levantou, jogando seu corpo contra o chão com extrema força e o matando no mesmo instante.

— MATEM LOGO ESSE ALFA... — o alfa que era o líder daquele grupo gritou de modo furioso, e todos os cinco homens restantes avançaram para cima do lobo negro de uma só vez, tirando a atenção de mim e se focando totalmente nele.

 "CORRE..."  o escutei gritando em minha mente enquanto ele se esquivava de um lobo que segurava uma faca.

Não espero ele falar duas vezes e me levanto ainda meio desorientado, começando a correr em direção contraria deles e o deixando sozinho com os alfas e betas. 

Me afasto o máximo que conseguia de onde eles estavam, só que por um motivo estranho, sinto uma fincada em meu coração por estar deixando o alfa para trás. Aquilo me incomodava tanto, que nem percebi que eu tinha parado de correr e começava a olhar para a direção de onde eu tinha vindo... de onde ele ainda estava.

— Idiota. — começo a voltar para lá, voltar para onde o alfa estava, mas sinto alguém segurar o meu braço, me impedindo de continuar a andar.

Fico um pouco apavorado por pensar que alguém tinha conseguido me pegar, mas ao me virar e ver o alfa agora em sua forma humana segurando o meu pulso, eu consigo me acalmar um pouco. E naquele momento eu me deixei prestar atenção nele, no seu corpo, em seu físico. 

O alfa era alto, tem a pele clara e o corpo bem definido, seus cabelos eram em um tom acastanhados só que um tanto mais claro que os meus, seus olhos são negros como jabuticaba, e seus lábios eram avermelhados e finos. Ele também tem uma pequena cicatriz em sua bochecha, e uma pintinha bem abaixo dos lábios e outra no pescoço. Ele possui as coxas grossas, e sua cintura é um pouco fina mesmo seu corpo sendo definido.

E... ele estava completamente nu na minha frente, como veio ao mundo.

— Acabo de salvar sua vida e você esta querendo voltar para lá!

— Como? — ergo o meu olhar e vejo que o mesmo estava um tanto sério e o corpo tenso, mas logo depois um sorriso brotar em seus lábios, ruginhas aparecem nos cantinhos de seus olhos e duas covinhas bem pequeninhas aparecem em suas bochechas quando ele sorri.

O alfa solta o meu braço e os cruza em frente ao seu corpo, sem desviar o olhar de mim.

— Vamos começar de novo. — ele disse calmo, sem se importar com a sua nudez — Prazer, meu nome é Jeon Jungkook, qual é seu?

--- x ---


Notas Finais:

Este foi o capítulo de hoje amorecos, o que vocês acharam deste início?




Personagem de hoje:

Nome: Jeon Jungkook 

Idade: 18 anos

Gênero: Alfa Lúpus 

Aroma: Mentolado

Ocupação: Estudante do último ano.

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