"Ouvimos muito falar sobre as preocupações que causamos a nossos pais devido a um mau comportamento, mas o que fazer quando são os pais que tornam a vida da gente impossível? Claro porque assim como eles sofrem por nossos erros, a gente também sofre pelas consequências dos erros deles." - Lupita Fernández
Flashback
Miguel: ué.. que estranho, caiu a chamada.
Ele olha para o celular, respira fundo.
Miguel: "será que ainda está dormindo?" - ele larga o celular na cama, pensa alguns segundos.
Miguel: melhor eu resolver isso agora. - ele pega o celular novamente, e faz a chamada mais uma vez, porém dessa vez, dizia que o número estava desligado ou fora da rede de cobertura.
Miguel estranha a chamada não completar mais
Antônio respira fundo, pensando no que havia feito.
Antônio: " vale tudo, até trapaça" - enquanto sorria de leve.
Mia dormindo, se mexe, Antônio solta o celular dela e a chama novamente.
Antônio: Mia? - porém Mia não acorda. Ele se levanta da cama e sai em direção a porta, quando Mia abre os olhos, ela sonolenta acha que Antônio é Miguel, se levanta rapidamente sentando na cama.
Mia: Miguel?
Antônio se vira.
Antônio: não, sou eu.
Mia olha sem entender.
Mia: o que tá fazendo por aqui?
Antônio: seu pai mandou eu vir te acordar pra tomar café da manhã.
Mia esfrega o rosto, boceja.
Mia: eu já desço. Obrigada.
Antônio: e.. como você está?
Mia: sim.. estou melhor eu acho.
Antônio: tem certeza, Mia? Eu.. eu só quero te ver bem independente de tudo.
Mia: é... eu.. eu tô bem sim.
Antônio: olha Mia, eu sei que vocês não estão bem e se precisar de conselhos eu..
Mia: ele terminou comigo. - seus olhos enchem de lagrimas, enquanto Antônio sentia felicidade por isso.
Mia: olha, não me leve a mal mas eu não quero falar disso. Só avisa pro meu pai que eu... eu já desço, tá bem?
Antônio: tá bem. Se precisar de qualquer coisa eu tô aqui.
Mia: ok, você é um amor de pessoa, e... Obrigada por me levar até o hospital e estar comigo.
Antônio apenas sorri para ela enquanto saia do quarto.
Mia olha para o celular, pega e abre a tela, então lhe bate um desânimo por não ver nenhuma notificação de chamada ou mensagem. Ela respira fundo e tenta se conformar, mesmo com o coração apertado.
Mia: ele.. ele vai ligar mais tarde, é.. ele vai.
Então ela solta o celular e vai trocar de roupa.
Miguel liga mais uma vez e nada da ligação completar.
Miguel: "não completa. Mais tarde ligo de novo"
A porta do quarto de Miguel estava aberta, Loli entra.
Loli: Oi, mano. Bom dia.
Miguel: Oi maninha. Bom dia, está bem?
Loli: eu que te pergunto se está bem. Dormiu bastante.
Miguel: é.. eu tava precisando.
Loli: já tomou café da manhã?
Miguel: já sim. Acordei mais cedo hoje.
Loli: Miguel, posso te pedir uma coisa?
Miguel: pode sim, tudo o que você quiser.
Loli se aproxima da cama dele.
Loli: pode me levar até o túmulo da mamãe?
Miguel olha para ela bem nos olhos e balança a cabeça.
Miguel: sim. Quer ir agora?
Loli: sim, quero.
Miguel: tá.. vai se arrumar.
Loli: tá bem.
Os dois se aprontam, pegam o carro de sua falecida mãe e logo depois estavam frente ao túmulo de sua querida mãe. Estavam cada um segurando uma rosa e se mantinham abraçados, como se um estivesse acolhendo o outro. era uma perda difícil demais para os dois. Eles conversam alguns instantes, deixam as rosas frente a lápide e saem, se dirigindo ao carro que era de Helena.
Chegando ao carro, os dois entram, colocam o sinto, Miguel liga a chave no contato, segura o volante com as duas mãos, fecha os olhos e respira fundo. Loli olha para ele, claramente via que ele não estava bem.
Loli: mano, posso te pedir uma coisa?
Ele se vira pra ela.
Miguel: sim, pode dizer.
Loli: faz tempo que não saímos, tipo, falo de diversão.
Miguel: bom.. a gente não tem muita coisa pra fazer hoje. Eu tô precisando também.
Músic on RBD - trás de mi.
Loli: legaaal, então vamos.
Miguel sorri pra ela e sai com o carro.
Eles vão até algum fastfood que havia na cidade, e alí fizeram seu almoço, comprando os maiores lanches, os irmãos comem até se encherem e Logo depois, Miguel estava tomando um milkshake bem grande, Loli estava com um sorvete. Ele pede um pedaço do sorvete para a irmã, ela lhe dá e ele acaba por morder um pedaço bem grande, enquanto Loli brigava com ele.
Miguel então suja o dedo no sorvete e passa no nariz dela, enquanto ela reclamava ainda mais pra ele. E logo após estavam no cinema vendo um filme de comédia, o qual riram bastante. Miguel começava a se divertir. E após o filme, foram a uma casa de jogos que havia ali perto. Miguel então compra muitas fichas. E o primeiro brinquedo que vão, era o game "rock Band" onde existem instrumentos onde você pode tocar apertando os botões dos instrumentos que pediam na tela, ele estava na bateria e Loli na guitarra, ambos disputavam quem pontuava mais, porém Miguel era péssimo, e acaba por perder nas pontuações enquanto Loli o provocava.
Depois eles foram até um game de basquetebol, havia uma espécie de painel com a cesta de basquete onde havia uma contagem de pontos e uma contagem regressiva, sua pontuação determinaria quantos tickets você ganharia pelo determinado tempo e poderia trocar por prêmios. Miguel olha para os dois lados, não tinha ninguém olhando, ele coloca a ficha, pega Loli e coloca nos ombros, ele pega as bolas de basquete rapidamente e dá para Loli, a medida que as bolas caiam, ele rapidamente dava para Loli e ela jogava na sexta. Os dois trapaceiros conseguem rapidamente bater o recorde da máquina, após pegarem os tickets, saem rápido do local para não serem descobertos, e logo depois estavam em mais outro brinquedo, e mais outro e outro até gastarem todas as fichas de Miguel e encher os bolsos de tickets, e foi-se a tarde toda.
já era início da noite, Miguel e sua irmã se dirigem até o local onde podiam trocar tickets por prêmios.
Loli olhava os muitos prêmios.
Haviam três ursos muito grandes, a jovem se encanta por eles.
Loli: Miguel, eu quero aquele!
Miguel: qual?
Loli: o grande, marrom.
Miguel: tá bem. - ele fala com a atendente - Oi, é... Esses tickets, dão pra pegar aquele prêmio ali - ele aponta para um dos ursos.
Atendente: nossa, tem bastante - ela começa a contar.
Atendente: bom, da sim, aliás, da pra dois ursos.
Loli: eu quero dois então.
Miguel: ei, mas e eu, não vou escolher nada?
Loli: não, você já é grande para querer brinquedos.
Miguel: idai? E se eu quiser aquele carrinho ali?
Loli: que nada, você não tem que querer nada - ela fala com a atendente - dois ursos por favor, o marrom com olhos castanhos e o branco de olhos azuis.
Atendente: ok. - ela pega os dois ursos e da pra Loli. Ela os abraça.
Miguel: o que você vai fazer com esses dois ursos?
Loli: eu? Só vou querer um.
Miguel: e o outro?
Loli: você vai dar ele pra Mia e pedir desculpas por ter ido embora!
Miguel á olha.
Miguel: "droga, eu tenho que ligar pra Mia, ela vai ficar maluca!"
Miguel: Loli, você teria interesse em ir pra capital comigo, e estudar no elite way school? Eu já tenho boas condições há algum tempo, posso bancar você lá facilmente.
Loli: bom, eu.. eu tenho meus amigos aqui.. - ela para pra pensar, talvez seu irmão quisesse levar ela pra capital pra poder estar com Mia e ela ao mesmo tempo, ela respira fundo - tá bem, sim mano, eu iria gostar de estudar lá. Com isso você vai ficar bem?
Miguel: eu pareço mal?
Loli: agora não.
Miguel: eu tô muito bem, não vê.
Ele sorria.
Loli: eu acho bom, você estava muito abatido.
Miguel: então, segunda ou terça iremos pedir sua transferência na escola, ok?
Loli: ok.
Os dois saem do local com os ursos indo para casa.
Mia também havia passado a tarde inteira com as visitas em sua casa,
Estavam todos na sala de estar, ela conseguiu se distrair um pouco, porém não tirava o celular da mão, olhando o tempo todo, esperando alguma notificação, ligação ou qualquer coisa. Enquanto isso pensava na criança em seu ventre precisava contar isso logo para Miguel.
Mia: " eu vou ligar pra ele!" - Ela se levanta, indo para o quintal da casa. Antônio percebe sua tensão, sabia que ela iria ligar para Miguel, então ele vai atrás de Mia.
Mia para no meio do quintal, olhando para o celular.
Antônio: ei, Mia.
Ela se vira surpresa.
Antônio: fica calma, você tá tensa a tarde toda. Olha, você quer que eu converse com ele? Sabe.. eu sou homem, e homem entende homem...
Mia: não... Eu.. não precisa. Obrigada. Ele não vai te escutar, conheço ele.
Antônio: bom, se precisar...
Mia tenta sorrir.
Antônio: mas, é estranho.
Mia: o que?
Antônio: ele sair assim.. do nada e sumir.
Mia: ele é um imbecil impulsivo.
Antônio ri - haha fique calma, parece ser um bom rapaz, mas.. não sei, não quero te desanimar.
Mia: me desanimar? Como?
Antônio: deixa pra lá.
Mia se aproxima dele, segura em seu braço.
Mia: FALA!
Incidental instrumental
Antônio: melhor não... Você pode não reagir bem.
Mia: escuta aqui, se você não me disser, pode esquecer que eu existo, tá me entendendo?
Antônio finge estar surpreso, ela estava caindo direitinho no que ele planejava.
Antônio: tá..eu falo. Olha, eu achei estranho a maneira que ele terminou, e tudo mais, e depois sumindo assim, por mais que ele tenha os problemas dele, essas coisas não afetam tanto, esse desânimo todo com o relacionamento, sabe?
Mia olhava pra ele sem entender.
Antônio: eu tenho muitos amigos homens, e... quando vem esse desânimo todo assim é porque... - ele respira fundo - geralmente tem outra na história, ou pelo menos existe interesse.
Mia: q-que.. você acha que ele tem interesse... - vem um nó na garganta de Mia.
Antônio: não.. é que é estranho isso tudo, Ele parece ser um bom rapaz mas, é estranho agir assim.
Mia estava quase chorando.
Mia: s-se ele... Se ele estiver com outra eu morro.
Antônio: Mia, se acalma. Não fica assim - ele pega na mão dela - vai ficar tudo bem, vem cá - ele abraça ela enquanto lhe acariciava seu cabelo. - não fica assim, você não merece passar por isso, se acalme, vai ficar tudo bem, Mia.