As aulas terminaram. Josh disse que iria me levar em algum lugar especial, isso está martelando desde do momento que ele falou isso. Porque não faço a mínima idéia de aonde seja.
-Me fala para aonde nós vamos, você como eu sou curiosa.- digo manhosa.
-Se é surpresa. Não posso falar.- faz cara de óbvio e eu reviro os olhos.
-Uma dica pelo menos.- falo tediosa.
-Okay, uma dica. Primeira vez.- primeira vez? Que dica merda. Não, espera.
Fomos chegando mais perto de um restaurante e é familiar.
-Não. Mentira!- fico boquiaberta.
-Chegamos!- ele diz empolgado.
-Não acredito!! Faz anos que a gente não vem aqui, eu sempre peço para os meus pais para vir aqui no Crab Crab. Só que eles achavam que tinham fechado e eu dizia que não, e eu estava certa esse tempo todo.- solto o ar que ficou preso, balanço as mãos empolgadas e rimos.
-Por isso mesmo que vim para cá. Relembrar a nossa história, nossos momentos juntos e essa linda amizade que construímos.
-Você sabe muito bem encantar uma garota.- ele disfarça a sua timidez.
Descemos do carro e o mesmo abre a porta do restaurante para mim, me senti como uma princesa agora.
Entramos e que saudade desse cheiro maravilhoso.
-Estou me sentindo criança outra vez.- digo.
-Eu também, saudades que eu estava daqui.- assenti.
-Lembra onde a gente se sentou?- desafio.
-Claro.- vejo o seu olhar preocupado e nervoso. Claramente está tentando lembrar.
-Mesa dez.- respondo.
-Isso! Mesa dez eu sabia, eu que estava te testando.- faz cara de óbvio. Riu.
-Nós sentamos no dez, porque era a nossa idade.- relembro.
-Verdade, a gente era meio retardadinho naquele ano.- concordo.
Fomos nos sentar. A garçonete apareceu, entregou os cardápios e deu uma olhada para Josh, ainda piscou e depois saiu. Vou fingir que não vi.
-Quem é Peter?- Josh pergunta.
-É um menino que eu conheci naquela hora. Teoricamente me salvou.
-Tá afim dele.- a olha perplexa.
-Claro que não.- falo nervosa.
-Isso não foi uma pergunta.- que saco, odeio quando ele faz isso.
-Você tem que parar de fazer isso.- ele ri.
-Não tenho culpa se eu já te conheço. Você é muito fácil Frankie.- a olha indignada.
-Claro que não.- ele arqueia a sobrancelha.- talvez, mas só um pouco.- ele continua.- tá bom eu sou fácil.- Josh ri.- idiota.- cruzo os braços e escoro no banco.
-Falei, eu te conheço.- reviro os olhos.- o rapaz é até que bonito, isso posso concordar, eu deixo você namorar com ele.
-Agora comanda a minha vida Randall?
-Tá me chamando de lixo? E ainda por cima me ofendendo.
-Agora que percebi, esse xingamento foi pesado.- seguramos as risadas. Mas não conseguimos e rimos.
Logo que jantamos fomos para a minha casa, ele mora do nosso lado mesmo. Então na há tanto problema.
-Não sai, eu que vou abrir a porta.
-Tá bom.- falo desconfiada.
Ele vai até a porta e abre. Deu a sua mão para me ajudar a sair.
Josh fecha e se escora no carro, achei esquisito virei as costas e sai. Mas ele acaba segurando o meu pulso e me puxa para o seu corpo. E desceu as suas mãos até a minha cintura.
Nossos lábios estavam a pouco centímetros longe, meu coração já estava errando as batidas e os seus olhos não saiam do meu.
-Você acha mesmo que eu não vi o seu olhar ameaçador para a garçonete né?- ele coloca uma mecha atrás da minha orelha.
-Sério mesmo que você fez esse clima todo. Para falar isso?- pergunto nervosa.
-Claro.
-Aí Josh pela amor de Deus. Larga de ser idiota.- empurro ele e o mesmo ri.- vamos entrar.
Nós entramos e fomos para o meu quarto.
-Assistir filme?- Josh pergunta se jogando na cama.
-Sim. E vai se trocar.- ele revira os olhos e se levanta indo para o meu guarda roupa.
A gente tem as nossas próprias roupas no guarda roupa um do outro, é estranho. Nós sabemos, mas é mais fácil não precisa ficar andando para lá e para cá.
Josh ainda está se trocando e eu estou no andar de baixo fazendo pipoca, escuto passos na escada.
-Olha, está usando o roupão que eu te dei.- diz descendo.
-Me faz sentir mais confortável.- abraço o meu corpo.
-Mas você não usa para se acalmar ou algo do tipo?
-Uso, mas hoje me deu vontade.
-Há sim, entendi. E esse cheiro?- cheiro e me viro para a panela.
-Eita pega a pipoca!- ele ri.- ainda bem que só foi alguns que queimaram.- pego o balde e jogo.
Subimos e começamos assistir o filme, enquanto estávamos sentados, ele me puxa para mais perto dele e eu deito em seu ombro.
Alguns minutos depois o braço dele está em volta de minha cabeça, ele nunca fez isso comigo só com ex namorada. Ouço o coração dele bater mais forte e respiração de nervosismo. Naquele momento senti algo estranho que eu nunca senti antes com ele, mas com aquele abraço quentinho acabo adormecendo.