Um Jardim no Inferno - Antolo...

By RaulBrasil8

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"Onde se plantaram tantas flores do mal nasce um Jardim, e onde se vivencia o torpor máximo do sofrimento se... More

Prefácio.
Sumário.
Seção I - O Poeta
I - L'âme de l'écrivain! (Alma de escritor!)
I - Ser o que Ser
I - Eu, que um dia sorri
I - Minha Treva
I - Odeio escrever poemas
I - Soneto Ridículo Escrito Por Uma Alma Ridícula
I - Carcaça de Poeta
Seção II - As Madonnas
II - Amor Infindo
II - À Carolyne
II - Um Devaneio de Amor
II - Cantos à Imagem da Inês
II - Ode à Divina Candura Da Inês
II - O Sonho e o Bailar
II - Soneto à Umbrosa Ternura de Maria
II - O Perfume
II - Vênus Rafaela
II - Poema dos Idênticos
II - Hoje
II - Amar-te I
II - Beleza Morena na Varanda
Soneto do Genocídio das Antigas Ninfas
Seção III - Spleen e Amor
III - Amar-te II
III - Amar-te III
III - Amar-te IV
III - Paixão Pútrefe
III - A Sinfonia
III - À Em...
III - Soneto a um Amor Profano
III - Soneto de Fogo nos Campos Elíseos
III - Rosas
III - Anseio de viver
III - Rosas no Sepulcro
III - Elegia dos Contrários
III - Eutanásia
III - Eutanásia II
III - Delírio Fúnebre
III - Morto-vivo
III - Elegia aos Românticos Solitários
III - Lembranças de Uma Chaga Insuperável
III - Mein Herz(Meu Coração)
III - Sete Tercetos de Ciúme
III - Loucura Lúcida
III - Elegia de Ausência, Solidão e Esquecimento
III - Elegia de Traição, Decepção e Inimizade
III - Entschuldigung(Desculpas)
III - Apenas Devolva-me
III - Como tudo terminou
Seção IV - Pesadelos, Angústia, Tristeza e Insônia
IV - Sinfonia da Aranha Fantasma
IV - O Monstro que Estalava
IV - Mórbida Macieira
IV - Onicofagia Compulsiva
IV - Se eu pudesse(morrer)
IV - O Dia em que Chorei
IV - Meu Anjo-da-Guarda me Convidou ao Suicídio
IV - N'um dia qualquer
IV - A Morte
IV - A Morte do Poeta
IV - Soneto Escrito Nas Portas Da Necrópole
IV - Soneto Cor-de-Dor
IV - Elegia da Abstinência
IV - Elegia Breve de Uma Madrugada Triste
IV - Elegia de Suicídio e Aniversário
Seção V - Poemas de Luxúria
V - Uma Peça de Tecido Vermelha
V - Poema do Desejo
V - O Sonho e o Despertar
V - Conhecer-te
V - Sinfonia de Mulher
Seção VI - Absurdos, Belezas e Quimeras
VI - Fundamento Bio-Antropológico da Natureza Humana
VI - Um quase-soneto existencialista
VI - O ciclo da Banana
VI - Uma Mentira Sobre Peixes
VI - Deus
VI - Retrato de Um Derrotado
VI - Niilismo Estético
VI - Elegia Escrita Nas Estrias de um Cadáver Obeso
VI - Elegia da Beleza
Seção VII - Críticas, Sátiras e Dedo do Meio
VII - Moça-camarão
VII - Poema-Discurso do cidadão de bem
VII - Protesto Vão dos Anciões Mesquinhos
VII - Aos Poetinhas e Seus Leitores
VII - Um Pedaço de Esterco Com Olhos Verdes
VII - Aos anciãos
VII - Uma Ode ao Dedo do Meio
Seção VIII - Poemas Curtos e Fragmentos
VIII - Poemas Curtos e Fragmentos I
VIII - Poemas Curtos e Fragmentos II
VIII - Poemas Curtos e Fragmentos III
VIII - Poemas Curtos e Fragmentos IV
Seção IX - Frases e Aforismos
IX - Frases e Aforismos I
IX - Frases e Aforismos II
IX - Frases e Aforismos III
IX - Frases e Aforismas IV
IX - Frases e Aforismos V
IX - Frases e Aforismos VI

IV - Elegia do Botão Vermelho

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By RaulBrasil8

De quando eu queria que a morte estivesse apenas a um botão de distância


As lâminas cintilavam a esperança

da paz, que seria perpétua e imutável.

Venenos bailavam na sublime dança

do meu suicídio, minha dor incomensurável!

Mas... E agora? - Te pergunto eu. -

Profundissimamente afogado em breu;

Perdi meus objetos de emergência suicida.

Jogaram fora as lâminas, o veneno acabou.

Fiz um chá suicida, como um druida;

Mas o chá, traidor, não me matou.

Eu estou vivo, mais vivo do que nunca!

E isso é horrível, péssimo; é triste.

A dor, pantera dos infernos, ainda existe.

E frágua chagas ainda oriundas.

Sinto enxaquecas inconvênias e moribundas;

Eu choro em silêncio no meu quarto;

Eu falo em silêncio para o meu quarto

psicólogo, ele tenta ajudar, mas é inútil.

Meu acalanto sereno é a possibilidade

de morrer. Exercito meu suicídio todo dia.

Em minha imaginação, longe da amarga verdade;

Jogo para longe, assassino (me) a melancolia.

Me mato. Todos os dias eu me mato.

De diversas formas em minha mente.

Suicido-me de maneiras diferentes, diariamente;

Se eu pudesse, me mataria de fato.

Eu me mato, e isso me deixa feliz.

Em meus desvarios eu sangro como um chafariz.

Eu morro. Todo santo dia eu morro.

A morte imaginária é meu único socorro.

E a possibilidade de morrer me deixa feliz.

Meu suicídio favorito é o botão vermelho.

Imagine! Sublime! A somente um click

de distância, apagando a ânsia do meu centelho.

Um botão. Simples, pequeno e vermelho.

Um clique, assim simples, para morrer.

Esse, agora, é todo o meu querer!

Imagine! O sublime e carmesim escaravelho

Imóvel, espreitando-me com o seu evangelho

de sangue. Em um desejo já velho.

Apertar o botão da morte, vermelho.

E morrer! Finalmente morrer!

Seria pedir demais?

Apertar um botão para não sofrer jamais.

Um botão, que apagaria-me o centelho.

Ah! Como eu queria - Tanto eu queria -

Apertar o imaginário botão vermelho!

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