O UNIVERSO ENTRE NÓS - COMPL...

By ailujcoutinho

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(+18) LIVRO DE CONTEÚDO ADULTO. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. PLÁGIO É CRIME. Júpiter Witkowski é uma mulhe... More

DEDICATÓRIA
EPÍGRAFE
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
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JÚPITER
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JÚPITER
JÚPITER
NEWS E EXPLICAÇÕES
JÚPITER - PARTE I
JÚPITER - PARTE II
JÚPITER - PARTE III
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
DOMINIC
JÚPITER
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
🪐 PLAYLIST 🪐

DOMINIC

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By ailujcoutinho


O dia está lindo, do jeito que sempre gostei e estou caminhando para fora do consultório da minha psicóloga depois da minha primeira sessão de terapia. 

Depois de muita insistência, Júpiter havia me convencido a tentar conversar com um profissional sobre meu passado. Alguém que realmente pudesse me ajudar. Às vezes, as pessoas que amamos não podem nos livrar de todos os nossos demônios. Júpiter havia expulsado grande parte deles, mas sempre haveria uma sombra em meu coração que era inalcançável para qualquer pessoa. Ela sabia disso. É claro que ela sabia. Eu era um bastardo sortudo por tê-la. Sei que foi a minha melhor decisão e que voltarei na próxima semana porque parece que um peso de mil quilos saiu de meus ombros após essa sessão. Era um passo gigante em direção há uma vida sem culpa e medo. Eu estava orgulhoso, principalmente porque sabia que estava deixando Júpiter orgulhosa. A vida caminhava com suavidade agora. Sem correntes e grilhões. 

Meu celular toca e sorrio ao ver seu nome estampado na tela.

- Oi, minha linda. – Eu digo, sorrindo.

- Oi, amor! – Ela fala animada do outro lado e sua voz faz meu corpo estremecer. Ela é a porra do meu coração. – Como foi? – Ela pergunta, suavemente.

- Foi... muito bom, Júpiter. – falo, honestamente. E a ouço suspirar aliviada. – De verdade. Foi uma boa ideia. – digo, e quase posso ver o sorriso se espalhar por seu rosto bonito.

- Eu sabia! – Ela diz, vitoriosa e eu rio. – Vai dar tudo certo, querido. – fala, suas palavras suaves são como flechas em meu coração. – Vamos passar por isso juntos. – ela garante.

- Não gosto de falar com você no telefone. – reclamo, bufando e Júpiter ri com minha mudança súbita de assunto.

- E por que não? – Ela pergunta, com um sorriso na voz.

- Por que não posso te beijar e fazer coisas com seu adorável corpo quando você diz algo fodidamente doce. – declaro e ela suga o ar. Sorrio.

- Que horas você vem pra casa? – Ela pergunta e sorrio com a familiaridade em sua voz. Como se sua casa fosse nossa.

- Vou sair com Gael, tem algo de estranho acontecendo com ele e vou descobrir hoje. – Falo. – Vou até você em seguida.

- Ele está bem? – Júpiter pergunta, alarmada.

- Não sei. – Respondo honestamente. – Tem horas que sim, tem horas que não tenho tanta certeza assim.

- Entendo. – Júpiter diz. – Faça o que tiver que fazer, fico te esperando.

- Tudo bem, linda. A gente se vê depois. – Garanto, vendo o carro de Gael se aproximar. – Amo você.

- Amo você. – Ela diz, antes de desligar. Coloco o celular no bolso e entro no carro do meu primo.

- E aí, cara? – Gael pergunta, colocando o carro em movimento. – Como foi?~

- Foi bom. – digo – Valeu a pena. Como você está?

- Estou bem. – Ele diz, simplesmente. Os olhos focados no trânsito.

- Desde quando você mente pra mim? – Pergunto, o fuzilando. Recebo um olhar de aviso de Gael e isso só me deixa mais puto.

- Não vou falar sobre essa porra com você e nem com ninguém então para de encher o saco. – Ele diz, seu tom mortal. Nunca vi Gael dirigir esse tom para qualquer pessoa. Ele percebe o choque em meu rosto, e sacode a cabeça, como quem tenta espantar pra longe os pensamentos. – Desculpa. – Ele pede. – Obrigado pela preocupação, mas tenho tudo sob controle.

- Quando isso começou? – Pergunto. – Eu sempre soube que você escondia alguma coisa, mas por que isso está te tirando do sério agora? – pergunto, o encarando.

- Conheci alguém. – ele diz, simplesmente. – E não posso tê-la.

- Ok. – Digo, tentando fazer tudo se encaixar na minha cabeça. Vejo a direção em que Gael dirige e saio do carro rapidamente quando ele estaciona na frente do meu bar favorito. Andamos em silêncio e nos sentamos em uma das mesas de fora. Pedimos duas cervejas e continuamos em silêncio.

- Vai me dizer por que você não pode tê-la? – indago, o olhando. O cabelo loiro está mais curto do que o meu, mas vejo os nossos traços iguais.

- Não. – Ele diz, bebendo um gole longo, depois que somos servidos. – Eu só... Não posso. Não posso encostar nela.

- Isso não faz a porra do menor sentido. – eu digo, o encarando. Gael ri, mas sem um pingo de humor.

- Você não faz ideia. – ele fala. – Mas, seguimos a vida.

- Mesmo se isso te deixa miserável?

- Eu sempre fui miserável, Dominic. – Ele declara, os olhos perdidos. Mal consigo reconhecer meu primo babaca de riso solto. – Um pouquinho a mais ou um pouquinho a menos não faz muita diferença.

- Como você conseguiu esconder isso tão bem? – pergunto, chocado. – Eu achei que dividíssemos tudo. Pensei... Que você era feliz.

- Eu sou feliz. – ele diz, testando as palavras. – Tenho uma boa vida. Uma boa família. Um bom irmão. – Ele diz, me olhando e eu quase sorrio. – Só que a vida é fodida às vezes e prefiro lidar com isso sozinho, tudo bem? – Ele pede. E eu concordo com a cabeça sem nem pensar. É claro que eu não iria deixar aquele assunto morrer, mas ele havia sido a única pessoa que não havia insistido em nada relacionado a morte de Clara. O mínimo que eu podia fazer era respeitar seu tempo e seu espaço também.

- Você sabe que eu estou aqui, certo? – pergunto e Gael me olha nos olhos.

- Eu sei, mano. – Ele diz. Concordo com a cabeça e nós brindamos em silêncio.


                                                    ~


Gael vai embora e me deixa no bar, uma vez que o garanto que chamarei um táxi até a casa de Júpiter. Ele concordou e se foi. Eu queria contar as novidades, então peguei meu celular, fui para a mesa mais isolada do bar e liguei para meus pais. Minha mãe atende no terceiro toque.

- Oi, filho! – Ela diz, animada.

- Oi, mãe. – Eu respondo com um sorriso. – Como a senhora está?

- Muito melhor agora que estou falando com você, querido. – ela responde, carinhosa.

- O pai e Lena estão por aí?

- Sim, vou chamá-los. – Ela avisa, antes de gritar pelos dois. Eu rio. Ela não mudava. Depois de dez segundos, ela põe a chamada no viva voz.

-Fala, filho. – Meu pai diz, com sua voz grossa parecida com a minha.

- E aí, babaca? – Lena pergunta, recebendo um resmungo de minha mãe.

- Oi pai, oi peste. – eu digo. – Todos bem?

- Sim, o mesmo de sempre. – Meu pai responde. – O que houve? – ele pergunta de uma vez.

- Queria contar pra vocês que eu e Júpiter estamos namorando. – Eu falo de uma vez e recebo gritinhos de felicidade no outro lado da ligação.

- Mas, espera aí, - Lena diz – Isso significa que você contou tudo pra ela? – indaga, chocada.

- Sim. – Respondo, sem hesitar. – Ela sabe de tudo sobre Clara. – falo, e recebo um arfar do outro lado. Meu coração se aperta.

- V-você acabou de falar o nome dela? – Lena pergunta, e quase posso ver suas sobrancelhas alcançado a raiz do cabelo em choque.

- Sim. – Eu digo. – Clara merece ser relembrada. Celebrada. Júpiter tem me ajudado com isso. E hoje também fui a minha primeira sessão de terapia. – conto e recebo silêncio total em resposta. Vinte segundos depois ouço um soluço e sei que minha mãe está chorando.

- Mãe, você tá bem? – Pergunto, preocupado.

- Sim, querido. – Ela garante. – Só estou emocionada. E orgulhosa. Estou tão orgulhosa, Dom. – Ela diz pela primeira vez em três anos. Eu não permitia que ninguém me chamasse de Dom desde que Clara havia ido embora. Agora, não havia mais dor. – Diga para Júpiter que ela é a melhor nora que existe nesse universo. – Ela diz e eu rio.

- Fico feliz por você, meu filho. – meu pai diz. – Por você e por Júpiter. Vocês serão muito felizes, eu tenho certeza. – ele declara e eu sorrio. Conversamos por mais alguns minutos e então meus pais se despedem, deixando apenas Lena no telefone comigo. Pergunto sobre o Pet Shop, a faculdade e descubro que ela terminou o namoro com o bundão do Pietro, graças a Deus. Rimos um pouco e ela promete vir visitar logo. Digo que tenho que ir e ela concorda. Antes que eu possa desligar, ela me chama.

- Dom?

- Sim, querida? – respondo. Lena respira fundo e solta todo o ar devagar, como se o mundo tivesse sido tirado de suas costas. Meu coração se aperta. Ela era a minha irmãzinha.

- É bom ter você de volta. – Ela diz, simplesmente. E sem me dar chance de resposta, encerra a chamada. Fecho os olhos e choro. Dessa vez, pelos motivos certos. 

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