Ensina-me amar

By alinemoretho

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Sarah Rodrigues era uma bela e jovem garota criada sobre a dura disciplina de seu pai e rígida supervisão de... More

Bem-vindo@:
Epígrafe
Prólogo
Um: Desamparada
Dois: Socorro
Três: Amizade
Quatro: Uma Chance
Cinco: Humilhação
Seis: Nova Vida
Sete: Boas-Vindas
Oito: Reencontro
Nove: Ele
Dez: Quebrada
Onze: Perdão?
Doze: Verdade
Treze: Bagunça
Quatorze: Reconciliação
Quinze: Medo
Dezesseis: Adaptação
Dezessete: Covarde
Dezoito: Sentimentos
Dezenove: Ciúmes
Vinte: Viagem
Vinte e Um: Pai
Vinte e Dois: Fé
Vinte e Quatro: Sufoco
Vinte e Cinco: Retorno
Vinte e Seis: Confusão
Vinte e Sete: Temores
Vinte e Oito: Tormento
Vinte e Nove: Fuga
Trinta: Confissões
Trinta e Um: O Retorno
Trinta e Dois: Correção
Trinta e Três: Fazer o certo?
Trinta e Quatro: Temor
Trinta e Cinco: Voltar?
Trinta e Seis: Sujeição
Trinta e Sete: Aniversário
Trinta e Oito: Casar?
Trinta e Nove: Mãe
Quarenta: Padrinho
Quarenta e Um: Casamento
EPÍLOGO:
Agradecimentos

Vinte e Três: Família

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By alinemoretho

Acordei bem cedo com o choro de Mabel. Após amamentá-la e trocá-la, não consegui ficar no quarto esperando por Victor conforme o combinado. Depois de me arrumar, resolvi ir para a cozinha de onde provavelmente vinha o cheiro de café maravilhoso.

Passei pela sala carregando a bebê comigo e fui recebida pelo clarão de sol vindo de uma das janelas. Caminhei até lá e contemplei através do vidro, o lindo céu azul, com nuvens branquinhas passeando lentamente. A chuva do dia anterior parecia ter sido apenas uma mera lembrança e isso era um bom sinal, pois poderíamos voltar para casa naquele dia.

Retornando ao caminho inicial, vi em um canto no sofá alguns cobertores dobrados e travesseiros empilhados, indicando que um certo alguém já estava de pé.

Entrei na cozinha e meu queixo caiu no mesmo instante ao contemplar Vic coando café, o que ja não era comum pra alguém criado cercado de empregadas pra cá e pra lá. E não só isso, sobre a mesa de mármore já havia praticamente um banquete pronto com pães, frios e até um bolo muito apetitoso só aguardando minha chegada. Perto da entrada da cozinha eu notei também como o rapaz realmente cumpriu sua palavra ao ir buscar fraldas para a filha logo cedo.

— Onde está todo mundo? — perguntei repentina e sem querer acabei dando um susto no rapaz que por pouco não derrubou tudo no chão.

Para disfarçar seu desastre, Victor ajeitou sua camisa, dobrou os lábios em um sorriso lindo e fez meu corpo estremecer por isso.

— Bem, deixei meu avô na igreja quando fomos a cidade, pois ele queria tratar alguns assuntos com o presbítero e vovó está cuidando do jardim. A chuva sempre faz estragos terríveis nas roseiras dela — informou e cuidou dos últimos detalhes do preparo da nossa refeição. — Já ia te chamar.

Eu bocejei, me encostei no azulejo frio e fiquei observando o rapaz se movimentar de um lado para o outro pegando uma e outra coisa para ser colocada sobre a mesa.

— Mabel me acorda pontualmente às sete — contei rindo e beijei a menininha agitada, balançando suas perninhas para frente e para trás.

Victor olhou com carinho para a filha e não resistiu a tentação presente naquelas bochechas apertáveis.

— Passe ela pra cá — instruiu, colocou o bule com café sobre a mesa e tirou a bebê do meu colo, recebendo-a com muitos abraços e beijinhos. — Bom dia, meu amor! Sabe o que o papai preparou pra você? — ele perguntou com uma voz engraçada, levou a menina pra perto da mesa e revelou o conteúdo de um dos pratos cobertos por um pano. Ali havi uma das comidas favoritas dela. — Não te prometi ser o melhor pai do mundo? Posso começar te agradando com essas bananas cortadas.

Em resposta, Mabel começou a se projetar em direção a comida, tentando alcança-la com seus bracinhos curtos a todo custo.

— Não, mocinha. Devemos orar antes de qualquer refeição — instruiu o pai com um tom misto de seriedade e graça. Em seguida ele piscou para mim. — Viu como eu a conquistei rápido? Fique esperta, Sarah.

Abri a boca em espanto pela afronta daquele desaforado.

— Assim será impossível não conquistá-la. Mas se isto for uma competição, saiba que eu tenho vantagens naturais — gabei-me e nós dois rimos quando ela soltou uma daquelas gargalhadas fora de hora.

— Sente-se, mamãe orgulhosa. Vamos aproveitar esse café juntos — ele convidou e eu aceitei no mesmo instante. 

Em seguida nós tomamos lugar a mesa, oramos e demos início ao desjejum como uma verdadeira família, pareciamos até atores estrelando comercial de margarina. Victor e eu conversamos sobre os nossos planos para tarde, ele me falou sobre a igreja e o quanto sentia-se animado para me levar lá, nós também brincamos e rimos muito das caretas de Mabel ao comer suas frutas e fazer gracinhas. E tudo ficou ainda melhor quando Dona Rita voltou do jardim, lavou suas mãos e se juntou a nós também mesmo que já tivesse comido com o marido mais cedo. Durante esse curto tempo a senhora fez várias perguntas sobre o meu conforto e revelou o sua felicidade em nos ter ali com eles, fazendo questão de estender seu convite para mais um e quantos dias nós desejassemos.

— Bem, o papo está bom, mas é hora de ir, ou vamos perder a devocional — avisou Vic e logo começou a fazer pressão para partirmos.

Mesmo sabendo da ansiedade dele, eu resolvi ajudar dona Rita a retirar a mesa, depois passei no banheiro a fim de cuidar da minha aparência e ainda precisei trocar outra fralda de Mabel.  Após extrapolar um pouco o horário e ter levado uma leve bronca de Victor, eu finalmente segui para o carro.

O percurso até a igreja não foi tão longo e graças a Deus não tivemos intercorrências, além de um pequeno trânsito ao chegarmos perto do centro da cidade, que também contribuiu com o nosso atraso de vinte minutos.

— Desculpe, a culpa foi minha — pedi a Vic enquanto subíamos as escadas indo em direção ao templo. A escola dominical já acontecia e eu me senti mal por ter protelado algumas tarefas.

— Não se preocupe, Sarah. Isso acontece. — Ele sorriu, me surpreendendo com sua flexibilidade e em seguida abriu a porta da igreja para mim e sua avó passarmos.

Dona Rita foi para os bancos da frente onde estava Seu João Carlos, enquanto Vic e eu permanecemos nos fundos, afinal nunca se sabia quando Mabel poderia começar um de seus shows particulares.

— Aquele ali é meu primo — apontou para frente e eu vi apenas o jovem pastor expondo suas palavras e fiquei em dúvida se estava olhando na direção correta.  — É, é o pastor Apolo — confirmou e o fato de haver uma parte da família dele a quem eu não conhecia, me incomodou um pouco. — O pai dele era primo do meu, nós sempre nos demos muito bem, mesmo antes da minha conversão.

— Sua família é realmente muito grande — cochichei, ele concordou com a cabeça e eu resolvi prestar atenção nos acontecimentos a minha frente.

O culto seguiu dentro do esperado. O primo de Victor era muito inteligente, expôs muito bem as verdades contidas no Salmo 37, trazendo aplicações valiosas para a vida diária. Uma pena eu ter ouvido apenas metade da mensagem, pois como previ, Mabel começou a ficar inquieta e chorosa, me obrigando a levantar e permanecer balançando-a do lado de fora do templo. Victor foi gentil e quis revezar comigo, mas eu não permiti e acabei mandando-o prestar bastante atenção a Palavra para me fazer um relatório completo da mensagem depois.

Permaneci passeando com Mabel pela área externa, e quando finalmente consegui acalmá-la voltei para o meu lugar com expectativas de me deleitar com algo do culto. Entretanto, a pregação já estava nas considerações finais.

O pastor encerrou sua devocional com um amém e convidou todos a cantarem um hino ao som do piano. Depois deu alguns avisos referente a programação da congregação, cumprimentou poucos irmãos pelos bancos aos quais passou e ansioso veio direto até nós. 

— Victão! — o pastor urrou
e abraçou o médico de um jeito bruto como era de costume aos homens. — Seu avô me falou da sua presença aqui na cidade, mas demorei a acreditar. Estou tão feliz por te ver, menininho da mamãe — falou com uma voz irritante e deu umas batidas grosseiras nas costas de Vic.

— Apolo, não comece — Vic pediu sério, mas logo abriu um sorrisão. — Sou um homem agora e há tempos deixei de ser o menininho da mamãe, por isso você me respeite, seu jeca.

O outro rapaz fez uma careta, os dois trocaram alguns tapas, se afastaram, mas as risadas continuaram e eu permaneci de canto, ouvindo atenta e esperando a chance de ser apresentada.

— Desculpe, é força do hábito, afinal você é o primo rico e pomposo criado em berço de ouro, que não podia sujar suas roupinhas alvejados como a neve — ironizou, imitando os trejeitos de um lorde inglês.

Pobre, Victor, com Raquel sempre em seu encalço deve ter sido difícil pra ele ser uma criança bagunceira normal.

— E você sempre sujo de esterco — revidou Vic sem piedade.

O pastor Apolo ergueu o dedo indicador, fazendo-se de sábio.

— O esterco dignifica o homem — proferiu brincalhão, e se aproximou dando tapinhas no rosto do primo. — Mas não se preocupe, apesar de rico você sempre foi meu primo favorito.

Vic sorriu, honrado por aquela declaração, eu supus.

— Bem, você também sempre foi o meu melhor primo. E Depois de tanto tempo, é ótimo revê-lo.

Apolo relaxou os ombros, soltou um suspiro e desalinhou o cabelo de Victor.

— Pois é, primo. Não nos encontramos desde aquele almoço na casa do vô Cição, quando eu estava pra me casar. Essa vida de médico chato não te deixa com tempo para visitar os caipiras, não é?

Victor uniu os lábios e pareceu triste por ouvir aquilo. Eu senti pena, pois sabia o quanto administrar o tempo era algo difícil pra ele.

— Eu sinto muito, Apolo. São tantas provas e coisas acontecendo ao mesmo tempo e...

— Por Deus, fique tranquilo, meu irmão — O primo interrompeu. — Sei o quanto sempre foi esforçado e aprecio a ideia de ter um primo médico na família. Assim posso ligar quando minha esposa não acreditar como sofro com uma gripe.

O sorriso voltou aos lábios de Vic mais uma vez e isso me trouxe alívio.

— Quem diria, hein? Você se tornou um pastor excelente, está casado e já não é mais aquela tripa seca! Quanto orgulho.

Apolo manejou a cabeça.

— É, muitas coisas mudaram.

— Concordo. — Victor olhou um pouco para baixo. — Lembra-se daquela última ligação onde você me aconselhou a tomar uma decisão? — perguntou voltando aos poucos a encarar o primo. — Bem, eu tomei. — Em seguida, pegando-me um pouco desprevenida, Vic virou o tronco para mim e esticou sua mão me convidando a me aproximar com Mabel. Meu coração acelerou com o simples gesto de segurar-me ao meu antigo amor e eu senti ainda mais vergonha por estar diante de alguém tão importante para o rapaz ao meu lado. — Essas são minhas garotas.

Minhas garotas.

As bochechas esquentaram por ser tratatada com tamanho carinho e em seguida, eu me repreendi por aquele pensamento.

— Essa é a Sarah, mãe da nossa filha, a pequena Maria Isabel — ele informou com muito orgulho incutido na voz.

Esbocei um sorrisinho tímido.

— Como vai? — eu murmurei e logo fui cumprimentada pelo bonito rapaz com um abraço rápido.

Apolo se afastou, nos encarou demonstrando seu choque. Ele piscava rápido, talvez tentando assimilar as novas informações.

— Há algum tempo eu estava te ensinando a interpretar os textos bíblicos e agora você é pai! Você é pai! — Ele constatou e eu achei engraçado a forma exagerada como lidou com tudo, acabando acariciando as costas de Mabel reclinada em meu ombro. — Meu Deus, ela é tão linda e parece mesmo sua filha!

— Não diga uma coisa dessas. Você despertará o orgulho paterno dele — brinquei também e recebi um olhar franzido do rapaz de quem eu zombava.

Em seguida, para a minha surpresa, Apolo foi em direção ao primo e lhe abraçou novamente.

— Você tomou a decisão certa, meu irmão. Sei o quanto Deus tem sido constantemente gracioso com sua vida e agora te deu uma filhinha — congratulou emocionado. — Por isso, seja um bom pai e companheiro pra moça, do contrário vamos acertar contas.

Victor assentiu veemente. 

— É minha missão tomar conta dessas duas. — garantiu, aquecendo meu peito com aquelas palavras. — Onde está Marrisol? Quero apresentá-las a ela também. 

Apolo deu alguns passos para trás, pediu licença e chamou uma meninha de cachos dourados para vir até ele.

— Faz um favor para o tio, Nina? — pediu e a simpática garota concordou. — Vá até sua sala e chame sua tia. Diga que é urgente.

A esperta menininha franziu a testa e colocou as mãos na cintura.

— Tá, mas o senhor vai me levar ao rio Sião como prometeu? — ela quis saber.

— Nina...

Ela bateu o pé, insistente em sua decisão.

— Por favor, tio! Você prometeu que me levaria hoje!

— Chame sua tia e depois vemos isso, ok? — propôs e só conseguiu convencer a espertinha depois de encher a barriga dela de cosquinhas.

Ela saiu correndo e Apolo retornou a nós, ajeitando o nó da sua gravata.

— Se lembra do Rio Sião? Nós fomos lá quando você esteve aqui pela última vez. Foi um dia ótimo — comentou o pastor com um ar de nostalgia.

— Claro que eu me lembro. Foi lá onde apostamos a corrida de uma margem a outra e você perdeu — contou Victor com um ar de deboche.

Apolo fez um bico e cruzou os braços em frente ao peitoral.

— O pai da sua filha só pode estar com amnésia, Sarah — acusou e eu caí na risada. — Foi eu quem ganhei.

— Minhas medalhas de natação expostas em meu quarto provam o contrário, seu falso — gabou-se Victor provocando o primo. — Você pode ser muito melhor do que eu arrando terra, andando a cavalo e pregando, mas meu título de melhor nadador permanece intacto.

— Mas é metido mesmo — brinquei e os dois riram. 

— Não é? Ele não quer admitir que eu ganhei dele. Coitadinho do doutorzinho. — Apolo o irritou ainda mais apertando as bochechas do primo.

— Isso não está certo. Você é pastor, não pode mentir assim, primo — argumentou Vic fazendo cena. — Quer saber, precisamos tirar a prova.

— Oh, não. Sou um homem casado e minha esposa, apesar de pequena, é muito brava. Deus me livre irritar Marissol. Aquela mulher é só a graça — exagerou e ele quase teve um treco quando a figura de uma bela loira se aproximou.

— Apolo, se você está com medo de competir não me ponha no meio. Pode ir se quiser, homem — rebateu a moça, esposa do tal pastor e eu ri novamente. Ela logo percebeu nossa presença e sorriu abertamente. — Victor, quanto tempo! — Abraçou o rapaz rapidamente e veio falar comigo. — E você deve ser o tal motivo urgente, estou errada?

— Não, está certíssima — eu disse com simpatia. — E pelo visto você é a famosa Marissol de quem seu marido fala com tanto orgulho.

Os olhos claros da moça se arregalaram.

— Ele não falou da minha comida, não é? Apolo vive contando pra todo mundo sobre meus dotes culinários, enche as pessoas de expectativas e quando vão comer se surpreendem. Negativamente, eu garanto. — explicou e aquilo me fez gargalhar.

— Eu também não sou boa na cozinha. Embora me esforce bastante — revelei e ganhei a simpatia da moça. — Mas não se preocupe ninguém falou nada dos seus dotes.

— A ausência deles, você quis dizer — corrigiu e logo de cara, achei Marissol muito engraçada.

— Você se casou com Apolo, Sol. Isso pelo menos te qualifica como uma mulher extremamente paciente. Um dote valioso, certamente — comentou Victor, Apolo fez uma careta e nós rimos.

— Mas você faz um sanduíche de frango maravilhoso, eu sou o maior fã — declarou Apolo apaixonado e e depositou um beijo na bochecha da esposa após puxá-la para si.— Pode prepara-los para levarmos ao nosso piquenique às margens do rio Sião. Aliás, Vic e Sarah, vocês estão oficialmente convidados.

Sol animou-se batendo palmas.

— Seria incrível! Eu amei a ideia. Sarah, você vai amar nadar naquelas águas, são quentinhas e limpas — sugeriu empolgadissima. — Vocês topam?

Victor tocou meu ombro, chamando minha atenção.

— Você quer ir ou prefere voltar para casa? — perguntou preocupado.

Eu notei nos olhos dele o desejo de estar mais tempo com sua família e tive misericórdia. Ainda assim haviam ressalvas para serem consideradas, por isso o encarei com incerteza.

— Eu não tenho certeza. Estou sem roupas de banho e não trouxe protetor solar, nem para mim ou Mabel — sussurrei triste, mas ele não pareceu mudar de ideia.

— Se esse for o problema, podemos passar no centro da cidade e comprar todo o necessário. — Ele me encarou fixamente, esperando minha aprovação. — E então?

— Tudo bem, vamos. Mas avise seus avós, por favor.

Sol ouviu minha resposta e ficou em plena euforia, começando a descrever minuciosamente as belezas naturais da cidade e como eu não podia sair de Nova Canaã sem visitar isso ou aquilo.

— Esperem por mim lá fora. Vou me despedir dos irmãos e já nos encontramos para a tarde mais emocionante de suas vidas! — avisou Apolo, erguendo os braços com grande euforia.

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