TAKEN - Peter Parker ✔

By sparklesluna

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ᴄᴏᴍᴘʀᴏᴍᴇᴛɪᴅᴏ Depois de sua última aventura como homem aranha e de negar o convite para se tornar um membro o... More

CAST
SOUNDTRACK
I
II
III
IV
V
VI
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
EPÍLOGO
NOTAS FINAIS E AGRADECIMENTOS

VII

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By sparklesluna

Após se despedir de Peter, Olívia entrou dentro de casa, estava tudo escuro, por isso ela imaginou que estavam todos dormindo. Preferia assim, afinal não pretendia contar nada que aconteceu naquela noite, já podia imaginar o surto que seu pai daria se soubesse dos detalhes do ocorrido.

Ela também admitia que estava em um estado quase de choque, uma adrenalina nunca vista ou experimentada corria em suas veias. A cabeça rodada tão rapidamente que parecia que sua alma sairia de seu corpo, estava assutada em pensar que a poucos minutos atrás, quando estava no quintal com o Parker, estava perfeitamente bem mesmo levando em conta o susto que tinha passado antes.

- Olívia? - O Stark apareceu enquanto a garota subia as escadas, ela tentava ser silenciosa, mas não conseguia e nem percebia que estava falha miseravelmente. - Você está pálida, o que você fez? - Talvez fosse um pouco de paranoia da parte do homem, mas naquele momento apenas conseguia pensar que a garota tinha usado algum tipo de droga.

- Eu estou bem. - Falou e sua voz soou mais baixo que o de comum, continuou subindo as escadas devagar, por mais que para ela parecesse que estava indo extremamente rápido.

Assim que no topo da escada, já quase perto do corredor que a levaria para seu quarto quando sentiu o corpo ficar mais fraco e simplesmente apagar. Tony apenas conseguiu pegar a garota pela cintura, impedindo que ela caísse e logo reparando o quão pálida a garota estava.

Tentou checar seus pulsamentos, notando eles extremamente fracos quase que ausentes. Suspirou tentando manter a calma, enquanto dava um jeito de carregar a garota no colo até seu carro para leva-la para o médico.

[...]

2 Dias depois

Peter não teve mais notícias de Olívia, simplesmente não entendeu o motivo de todas suas chamadas e mensagens serem lindamente ignoradas, apenas sabia que aquilo o frustrava de um tamanho só, provavelmente até seu pato já estava frustrado de tanto ouvi-lo murmurando sobre aquele assunto.

Foi então que Peter recebeu uma mensagem de Tony, pedindo para vê-lo, já era quase por do sol de um domingo tedioso, pelo menos ao ver da maioria, de qualquer maneira tal mensagem deixou o garoto ansioso, tanto que a única coisa que fez foi se vestir e sair de casa em direção ao local combinado.

Se não estivesse tão acelerado e ansioso provavelmente estaria moldando possíveis diálogos mentalmente, mas foi só quando avistou o Stark parado em cima da ponte que percebeu que não fazia a mínima ideia do que iria falar para o homem e que ao menos sabia de que assunto aquela conversa iria tratar. Respirou fundo afastando qualquer vontade de sair correndo de si, e indo até o mais velho.

- Sr. Stark! Boa noite. - Ele abriu um sorriso discreto, o homem de terno virou-se para ele, tirando os óculos escuros que deixavam a mostra algumas olheiras que por sua vez eram sintomas de cansaço daquele que a muito não dormia e agora o cumprimentara apenas com um balançar da cabeça.

- Temos muito o que conversar, não é garoto?

- Sobre o que exatamente? - Peter mordeu o lábio inferior, mexendo as mãos dentro do bolso da calça, o Stark fez um sinal para que ele o seguisse, assim atravessaram a ponte e entraram em uma cafeteria, um lugar vazio e que não tocava uma música lá muito agradável, mas que ao menos tinha um café bom.

Sentaram-se lado a lado, logo alguém veio trazer o cardápio mas o Stark negou, sendo direto em seu pedido, optando por um expresso sem expulma e Peter pediu um milk shake. Só depois que os pedidos foram entregues que Peter teve sua pergunta respondida, ainda que bem brevemente.

- Você sabia que a Olívia, esta no hospital desde sexta a noite? - O tom de voz era indecifrável, quer dizer, era óbvio que ele estava preocupado com a filha, mas Peter não sabia se Tony estava bravo com ele.

- Que? Por que? O que ela tem? - Quase se engasgou com a sua bebida tendo uma sensação de culpa quase que imediata ao ver que durante todo aquele tempo que ele a amaldiçoou mentalmente por não estar falando com ele, ela estava na verdade internada. A preocupação o invadiu logo em seguida.

- Ela acordou ontem, fez exames e os médicos chegaram a conclusão que foi algo que ela ingeriu, alguma substância que não deveria estar no corpo dela, alguma droga ou coisa do tipo, e deduzo que isso tenha acontecido na festa que vocês foram, estou certo?

- Não, eu fiquei o tempo todo com ela e não vi nem sinal disso, acho que nem tinha nada do tipo lá.

- Você consegue outra explicação? - Sr. Stark acabou interrompendo involuntariamente as explicações alheias.

- Eu... - Peter suspirou e negou com a cabeça, não tinha como provar, e claro muita coisa podia ter acontecido nos poucos minutos que eles não ficaram juntos na festa, tanto que aconteceu.

- Vocês estão namorando, Peter?

- O que? Não, por que a pergunta? - O rapaz possivelmente sentiu suas bochechas queimarem, olhou para outro lado e se concentrou em seu milk shake, tetando agir naturalmente naquilo que era sem duvida a conversa menos fácil que já teve com o Stark.

- Porque vocês dois se beijaram. - Arqueou uma sobrancelha e deu o primeiro gole em seu café, logo em seguida deslizando o copo na mesa enquanto encarava o rapaz. - Certo?

- Sim. - Peter engoliu seco, não ia mentir sobre aquilo. Na verdade não queria mentir sobre absolutamente nada, porém não sabia como contar as coisas, era como se estivesse bloqueado. - Mas aconteceu uma vez só.

Tony acabou deixando escapar um riso qual o Peter não conseguiu nem de longe captar o significado, mas logo recuperação a expressão seria de antes. Ele estava cansado, seu fim de semana fora exaustivo, tinha mil e uma coisas para fazer, estava organizando sua Expo Stark, e sem mais e nem menos a SHIELD havia convocado sua presença em uma reunião que para ele não tinha lá muita importância (isso porque já nem tinha muitos vínculos com a SHIELD) e isso tudo tendo sua filha no hospital e o restante da família em casa.

- Ok, se eu não estivesse tão cansado e preocupado eu provavelmente estaria bravo. Então vamos lá, você negou quase tudo que eu falei até agora, então vamos ser diretos pois eu não tenho todo tempo do mundo, eu sei que você está escondendo alguma coisa ai Peter, e por mais que eu confie em você, essa é uma situação que eu teria preferência em estar no controle, pois é da Olívia que estamos falando.

Talvez tenha sido exatamente nesse ponto que o Parker veio ver a gravidade da situação, ele realmente já devia ter contado tudo a muito tempo antes que o problema fosse aumentando e chegasse ao ponto que chegou, mas a verdade é que nem o Peter sabia da história toda, somente de uma parte dela.

- Eu não sei como te dizer, enfim eu esperei juntar o máximo de informação o possível mas na verdade eu não cheguei a lugar nenhum... Mas os acontecimentos foram o seguintes: Primeiro eu descobri que ela estava tendo um caso com o nosso professor de biologia. - Foi o suficiente para Tony arregalar os olhos, incrédulo.

- Que horror.

- Na verdade ele não é tão velho. - Falou mais para si mesmo do que para o Stark, mas então viu a expressão no rosto do homem e continuou. - É nojento, mas enfim, era só uma desconfiança, por isso eu te pedi meu traje de volta, eu fui até a casa dele e ouvi uma conversa, ele estava falando no telefone sobre ela, mas eu não consegui ouvir tudo, parecia que ela tinha deixado ele, só que ele a queria de volta. - Soltou um suspiro recuperando o fôlego, ele estava falando rápido de mais para não ter que pensar nas palavras. - Olívia começou a agir diferente comigo, ela estava meio distante, eu associei uma coisa a outra, e bem... Na sexta, o dia da festa, a gente ficou junto por maior parte do tempo, só que quando fui no banheiro começou uma movimentação estranha na casa.

(...)

O hospital que Olívia estava era bem tranquilo, sem barulhos ou correrias isso apenas ajudava ela a pegar no sono mais pesado o possível, os remédios que estava tomando influenciavam nisso também, ela mais dormia que ficava acordada por isso já tinha até perdido a noção do tempo, mal sabia distinguir se era dia ou noite.

Dener, como sua nova parceria deu seu projeto como concluído, mas o plano continuaria. Não era a melhor pessoa do mundo para demonstrar de fato emoções reais, a grande parte que demonstrava era um enorme fingimento, as vezes ele mal reconhecia o que sentia, se estava triste ou feliz, era indiferente.

Mas nesse em momento em questão, ele podia jurar sentir uma ponta de felicidade em seu peito, junto com uma faísca de orgulho e outra de empolgação, pela primeira vez em tanto tempo as coisas caminhavam bem e sem interrupções voluntárias, pelo contrário, a ajuda que ele havia ganho, surgira do nada, sem aviso prévio e no momento em que ele mais precisou.

Mas obviamente tinham um preço.

O homem que procurou Dener se chamava Jordan, aparentava ser uns dois ou três anos mais novo que o professor, mas esse não especificou sua idade, apenas disse que era filho de um homem que trabalhava para Hydra e que tinha grandes idéias. Disse também que havia tomado conhecimento do plano de Dener pois trabalhava na loja em que o mesmo comprava os equipamentos que Liv estava usando em seu projeto.

Quando Dener comprava as coisas todas, não usava seu nome real, mas ainda assim Jordan conseguiu o encontrar usando apenas um computador. Muitíssimo inteligente, no mínimo.

Obviamente que o Wilson não iria gostar dessa invasão de privacidade, quis acabar com o cara em um primeiro momento, mas acabou que ouviu a proposta do rapaz. Ele queria acabar com o Homem de Ferro.

" Se juntassemos todas as pessoas que culpam o Stark pela morte de alguém, indiretamente na maioria das vezes, seja nos ataques a Nova York ou em qualquer outra luta, ou seja por conta das suas antigas armas, bombas, seja o que for, tem sangue nas mãos dele, e muita, se juntasse todos aqueles que o culpam, teríamos uma facção para destrui-lo, mas podemos fazer isso só eu e você, por isso, eu vou te ajudar."

Era essa o discurso do filho do homem que trabalhava para Hydra, ele tinha sim perdido alguém em um dos desastres em que o Homem de Ferro simplesmente não salvou a todos (Assim como Dener também tinha, por mais que não admitisse) e o fato de estar praticamente dentro da Hydra, lhe dava acesso a muita coisa, muita informação, muitos benefícios.

Dener estava no elevador do hospital, usava um jaleco branco que comprou em uma loja de uniformes qualquer, sinceramente, era péssimo em disfarces, o fato de ninguém perceber que ele não era de fato um funcionário daquele hospital era graças a pouca movimentação e a pura sorte do moreno.

Foi diretamente ao quarto de Olívia, não foi difícil encontrar o mesmo, Jordan tinha conseguido invadir o sistema do hospital e descoberto em que quarto Olívia estava internada.

Quando O Wilson entrou no quarto, Olívia dormia, quem estava de acompanhante com ela naquela tarde, era Vivian, mas a mesma havia ido procurar algo para comer enquanto a amiga dormia.

O rapaz trancou a porta por precaução, se aproximou de Liv observando seu estado físico, ela estava bem, sem nenhuma marca aparente, sinal que seu soro não havia tido nenhum efeito colaterol brusco, apenas o mal estar momentâneo, ele acreditava que o único motivo de ainda não terem dado alta para a garota era para trazer lucros para o hospital com o tanto de dinheiro que Tony devia estar pagando.

Um punhado de papel em cima do móvel branco chamou sua atenção, eram os exames da garota, como o tempo estava correndo, ele apenas pegou o celular no bolso e fotografou tais exames, iria lê-los com calma em outro momento. Voltou sua atenção para garota, agora pegando um pequeno objeto em seu bolso, mais especificamente um aparelho que iria injetar na garota um micro chip, fazendo com que ele pudesse, graças ao soro que já estava em seu organismo, monitora-la.

Quando feito, saiu do quarto tranquilamente, para seu alívio não havia um só ser naquele corredor, por qual ele passou tranquilamente, mas ao virar a esquerda acabou dando de cara com uma figura loira bem conhecida.

- Professor? O Que você esta fazendo aqui? - Vivian perguntou por reflexo, logo em seguida se auto julgou ter parecido inconveniente. O homem engoliu seco e forçou um sorriso para disfarçar o nervosismo, não tinha preparado um roteiro para caso encontrasse um aluno ali, tão menos para uma aluna que por ser melhor amiga da Stark, possivelmente tinha conhecimento do relacionamento dos dois.

- Boa tarde Vivian, tudo bem? Eu estou trabalhando num projeto relacionado a vacinas, é de um curso cumprimentar que estou fazendo, deve saber o quão fascinado eu sou por essas coisas... Mais e você? O que faz aqui?

- Estou de acompanhante da Olívia Stark. - A garota disse arqueando a sombrancelha.

- Ela esta doente? O que ela têm? - essas perguntas vieram imediatamente.

- Imunidade baixa acabou abrindo espaço para diversos fatores que a deixaram mal, mas agora ela já esta melhorando, não se preocupe, tenho certeza que na próxima aula da turma dela o senhor ira vê-la. Agora tenho que ir, tchau tchau. - A loira falou rápido e se retirou, preferiou não dizer a verdade para Dener, o mesmo não o passava confiança, e além disso Liv já tinha comentado com ela que queria se afastar do homem, por isso, provavelmente era melhor não dar nenhuma informação válida a ele.

Mas ele já tinha todas as que precisava, por isso foi embora também, saindo do hospital com a mesma facilidade em que entrou.


(...)

2 dias depois

- Você levou uma bronca do Stark né? To ligado. - Ned falava enquanto comia pipoca sentado na cama de Peter, e sim, ele prestava atenção em tudo o que o amigo estava falando.

- Não foi exatamente isso, ele não "brigou" comigo, mas ele esta decepcionado, eu sei e eu também estou decepcionado comigo mesmo. - O rapaz estava deitado no chão, usando uma almofada para apoiar a cabeça e segurando outra dentre os braços.

- Mas você não fez nada de errado Peter!

- Claro que eu fiz cara! Eu devia ter contado tudo desde o início para o Tony, se eu tivesse feito isso a Olívia não estaria no hospital agora. E outra coisa, como eu posso ser um super herói se eu nem consegui protege-la?

- Poxa Peter, você está doido, uma coisa não tem exatamente nada relacionada com a outra! Você ter contado ou não para o Tony não mudaria nada, e você cuidou dela da maneira que pode, não é sua culpa que isso tenha acontecido, mas se você não estivesse lá, poderia ter sido bem pior.

Peter ia continuar falando se não fosse pelas batidas na porta, o que fez o garoto estranhar, era quase um milagre que sua tia estivesse batendo na porta antes de entrar.

- Pode entrar May.

- Bom, não é a May, sera que posso entrar mesmo assim? - Assim que a porta se abriu e o Parker reconheceu a voz de Liv, sentiu um sorriso enorme se formar em seu rosto enquanto levantava do chão em um pulo. Estava tão feliz em vê-la, mas também tinha uma pontinha de medo de que ela pudesse ter ouvido algo da conversa.

- Claro que pode, nossa. - Ele se colocou de pé, olhando em volta, tudo estava uma bagunça, incluindo ele próprio, todo descabelado, usando uma bermuda e um moletom, parecia ter sido ele que acabara de sair do hospital e não o contrário já que a garota estava aparentemente bem arrumada, o cabelo preso em um rabo de cavalo, uma calça jeans e uma jaqueta marrom, bem mais simples do que costumava se arrumar, tinha uma feição de cansaço, mas ainda assim estava bonita. - Eu não sabia que você tinha saído do hospital, quer dizer, que bom que você saiu.

A garota apenas deu um sorriso de lado, pela primeira vez se sentindo tímida com Peter, não sabia por que estava difícil de encará-lo, só resolveu não fazer, dando dois passos para frente e simplesmente o abraçando. Parker deixou um suspiro esvaziar de seu peito, retribuindo o abraçando, passando seus braços ao redor da cintura alheia, e ficando assim por algum tempo.

- Eu fiquei preocupado com você. - Admitiu baixinho assim que separaram-se do abraço.

- Desculpa, pra ser sincera até agora eu não entendi o que aconteceu comigo... - Provavelmente iria continuar falando se encontrasse palavras e se Peter não a tivesse interrompido.

- E eu senti sua falta. -Falou fazendo Liv sorrir, quando ele soube que ela estava no hospital, pensou em ir visitá-la, mas ficou sem jeito devido aos fatores, de toda forma talvez estivesse sendo dramático, mas realmente tinha se preocupado e sentido a falta dela.

Liv se sentou na cadeira em frente da mesinha onde seu pato estava em uma espécie de gaiola que May tinha comprado, era bem espaçosa, tinha até uma vasilha enorme que poderia servir como piscina particular para o pato, mas ainda assim era uma gaiola, não era legal.

Ela conseguia fazer carinho nos pelos amarelados do bichinho colocando o dedo através das grades da gaiola, o pato não parecia se importar com o contato. Enquanto isso, ela contava para Peter acontecimentos aleatórios, importantes ou não, do curto período que ficou no hospital.

- Ei! Você esta bem? - Peter acabou se assustando ao ver a garota tirar a mão da gaiola com tanta rapidez que acabou fazendo um barulho, as mãos foram até as têmporas, enquanto ela fechava os olhos com força sentindo uma dor forte na cabeça por alguns segundos.

Suspirou algumas vezes até que a dor passasse, então abriu os olhos lentamente, observando Peter que a encarava de forma preocupada, ela balançou a cabeça negativamente e murmurou que estava bem, embora já não soubesse mais o que estava acontecendo consigo mesma. Já era a terceira vez no dia que aquela dor de cabeça lhe pegava de surpresa.

A única conclusão que tinha chego, foi que em algum momento da festa alguém teria colocado algo em sua bebida e por isso ela veio a passar mal, mas isso já não fazia mais sentido pois tinham se passado alguns dias, era ridículo pensar que o efeito se o que quer que fosse iria durar tanto assim. Provavelmente era outra coisa, mas ela nem conseguia imaginar o que.

- Eu vou deixar vocês a sós. - Ned finalmente se manifestou, largando o pote de pipoca já vazio em cima da mesa e saindo do quarto, fazendo Peter olhar assustado ao perceber que tinha esquecido da existência do amigo por alguns minutos.

(...)

Dener estava mexendo no computador com um outro homem que estava supostamente disposto a ajuda-lo, esse tinha lhe desenvolvido mais um outro sistema e conseguia agora observar tudo que acontecia no corpo de Olívia, graças a um chip que ele tinha implantado na garota quando fora visitar no hospital.

Era de longe o sistema mais complexo que ele já havia visto em sua vida, tanto que para este rodar com exatidão em seu computador, ele precisou dar uma aprimorada bem complexa no mesmo. O homem ao seu lado não parava de lhe explicar coisas, durante todo o tempo, sem pausas, a cabeça do professor chegava a doer com tantas informações, mas ele não fazia questão alguma de parar.

- E como eu vou saber que estou realmente a controlando? - Perguntou rodando em sua cadeira.

- Como assim? Você ouve o que ela fala, a localização esta em seu computador, pode mexer com qualquer um de seus sentidos a hora que quiser, não era exatamente isso o que queria?

- Ela vai me obedecer? - Era essa sua maior duvida, era esse o ponto que ele precisava que funcionasse, o resto ele poderia adaptar com o tempo.

- Apenas tente. - O de cabelos mais claros sorriu para o Wilson que entendeu aquilo como um sim, se permitindo sorrir de volta enquanto pegava seu celular no bolso.

(...)

A conversa rolou naturalmente como sempre, isso era o que Peter mais gostava da companhia de Olivia, o jeito que as conversas e as historias se desenrolavam com facilidade e espontaneidade, mesmo quando eles não concordavam sobre determinado assunto, o que não era algo tão comum, mas quando um assunto onde qual eles possuíssem opiniões divergentes viesse atona esse terminava em risada, mas fora isso falavam sobre acontecimentos em suas vidas, sobre suas famílias, coisas que gostavam de fazer, coisas que haviam feito e depois se arrependido, lugares que queriam conhecer e também sobre física e politica.

Parker estava pensativo, ele queria fazer algo para ter respostas sobre Liv, mas não sabia bem como, estava meio inseguro mas decidiu arriscar.

- Eu tenho uma ideia. - falou arqueando uma sobrancelha e sentando-se mais próximo da garota. - Vamos contar nossos segredos um para o outro.

- Por que? - Ela riu sem entender da onde ele havia tirado aquilo, não sabia se queria ou não ''brincar'' daquilo.

- Sei la, talvez eu queira te contar algo, talvez você queira me contar algo ou talvez seja so para nos conhecermos melhor, um jogo de confiança. - Sorriu. - Mas sem problemas se não quiser.

- Tudo bem. Vamos.- Acabou aceitando, falava co mo se tivesse certeza, mas na verdade não tinha, não queria que o Parker soubesse de algumas coisas sobre si, ficaria obviamente envergonhada em contar algumas coisas em especifico. Mas ao mesmo tempo queria ouvir algum segredo dele, ou não necessariamente um segredo, somente ouvi-lo falar sobre si já seria interessante.

- Eu começo antes que eu desista... - Liv já estava com os olhos fechados pronta para colocar umas verdades para fora.

- Espera! Primeiro vamos fazer um juramento de que tudo que vai ser dito aqui, vai morrer aqui.

Olivia riu, mas era uma boa ideia, ela ainda gostava desse tipo de coisa de ''juramento'' ela se sentia uma criança de novo, quando sua mãe era viva e elas faziam esse tipo de coisa juntas. Peter inventou um discurso curto qual foi repetido pela garota, por fim, eles apertaram as mãos, combinaram que iriam começar com coisas mais bobas e que nenhum iria questionar o que o outro dissesse. So regras boas. Olivia começou:

- Quando eu tinha sete anos eu roubei um filhote do gato da minha vizinha e fiz minha mãe deixar eu ficar com ele, falei para ela que o gato não tinha uma casa. - Olivia disse lembrando do pequeno crime que cometeu quando era uma criança.

- Eu já derrubei um menino da escada e ele quebrou o nariz, mas foi sem querer, eu era pequeno e ate hoje ele acha que caiu sozinho, não faz a menor ideia de que foi eu quem esbarrou nele. - Peter falou e Olivia segurou o riso já pensando na sua próxima confissão.

- No primeiro ano eu paguei para um garoto fazer meu trabalho de geografia, tirei 4 e peguei o dinheiro de volta.

- Eu já ganhei um bom dinheiro fazendo trabalho para outras pessoas, só que elas sempre tiravam nota boa. - Peter riu e continuou. - Isso foi no ensino fundamental, o diretor acabou descobrindo e eu quase fui expulso.

- Eu meio que estava saindo com o professor de biologia. - Liv falou quase que automaticamente e Peter apenas assentiu e suspirou, agora tendo mais uma confirmação do que já sabia. - Mas eu me afastei e por isso agora ele esta extremamente ignorante.

- Eu sou o Homem-Aranha.

- O que? - Agora sim o choque fora tão grande que ela teve que indagar não conseguindo apenas prosseguir com o jogo da forma que estavam fazendo.

- Sua vez. - Peter riu, estava nas regras, não podiam questionar nenhuma das confissões ali realizadas.

- Ok... Eu... - Parou para pensar, tinha perdido totalmente o fio da brincadeira, suspirou tentando se concentrar, mas escutou seu celular vibrar, pressionou o botão do meio para ver suas notificações, vendo uma mensagem de Dener na sua tela de bloqueio.

'' Eu preciso que você faça aquilo que te pedi da ultima vez, agora.''

E apenas de ler sentiu que seu corpo precisava fazer aquilo, embora no texto não mencionasse nada ela se lembrava bem do que ele havia '' pedido da ultima vez''. Não podia contar para Peter o que estava indo fazer, mas também não estava conseguindo manter seu corpo ali, como se algo lhe puxasse.

- Eu preciso ir agora, Peter.

- Mas é a sua vez.

- Ok, vamos la. - Tentou pensar em algo que ainda não tinha revelado, já estava de pé, não tinha nem visto quando isso aconteceu, mas estava pronta para sair andando assim que dissesse a próxima frase. - Eu acho que estou me apaixonando por você, Peter.

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