Código 121 ∆ taekook (Concluí...

By tkmutuals

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POLICIAL | AÇÃO | MISTÉRIO | DRAMA [LIVRO FÍSICO PELA EDITORA EUPHORIA] Taehyung era considerado muito novo... More

AVISOS
Prólogo: Caso Aberto!
1- Arquivado
2- Um passo atrás
3- Pistas
4- Proposta
5- Suspeitos
6- Confronto
7- Falso
8- Chantagem
9- Ressaca
10- Ex amigo, atual Inimigo
11- Mentiras e Traições
12- Suspeitos Removidos
13- Kim
14- Culpa ou Dolo?
15- Apenas um dia
16- Confissão
17- Instinto
18- Reveja seus aliados
19- Fogo contra Fogo
20- Ajuda
21- Duas Mentes
22- Corra
23- Procurado
24- Traição
25- Procura-se um Coração pt1
26- Procura-se um Coração pt2
27- De olhos abertos
28- Jogo de Mestres pt1
29- Jogo de Mestres pt2
30- Novo Plano
31- Incentivo
32- A Lista
33- Supere
34- Lembranças
35- Viva o Agora
36- O Rei está em Xeque
37- Cavalo de Troia
38- Xeque Mate
39- A queda de uma flor
41- Grande Salto
42-Sentença
43- Vou te amar sem censuras
44- Last Forever
Epílogo: Caso Encerrado
*bonus: ENTREVISTA

40- O Código

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By tkmutuals

Voltei~~

Como vocês estão? Eu estou lotada de trabalho da faculdade ><

Mas isso não me impediu de arrumar um tempinho para escrever.

Esse capítulo é o marco para a reta final de codigo 121!

Em no máximo cinco atualizações a história do detetive Kim e do caso da jovem Jisoo chegará ao fim!

Mas não vamos nos entristecer agora, ainda temos muitas coisas para resolver antes que essa história seja finalizada.

E hoje vocês lerão um capítulo repleto de ação e revelações.

O nome do capítulo ja diz tudo... Qual será o código? Hehe...

Enfim... Boa leitura ~~

"A diferença entre o vencedor e o perdedor não é a força nem o conhecimento, mas, sim, a vontade de vencer."

- Vince Lombardi

As gotas silenciosas da chuva naquela tarde distraiam Taehyung, que se mantinha em silêncio observando o aglomerado de pessoas se dispersarem pelas ruas, a fim de evitar se molharem cada vez mais.

O detetive mantinha o olhar triste e impassível, ignorando totalmente as falhas tentativas de Jungkook de manter um diálogo, por mais simples que pudessem ser. O Kim não queria conversar, não queria se 'distrair' e muito menos afastar os pensamentos que o envolviam naquele momento.

Hoseok.

Tudo se resumia ao homem de cabelos cor de fogo que se encontrava dentro da imensa urna de madeira maciça. Tão linda e polida como o Kim exigira, sendo carregada a passos lentos pelos demais funcionários da funerária, que se ocupavam em colocar cuidadosamente o objeto dentro do imenso carro fúnebre.

O caixão estava fechado, como havia sido a decisão final do detetive.

O Kim sabia que quando chegassem ao cemitério teria de sair do carro e falar ou interagir com as demais pessoas ali presentes e não sabia se estava pronto. No enterro de Jisoo, Taehyung estava ocupado demais trancado no banheiro enquanto se rendia a dor da perda da irmã e havia sido Hoseok a pessoa a lidar com toda aquela situação.

No fim, o detetive nunca parou para pensar o quão difícil havia sido para o melhor amigo ter de lidar com a imprensa e os demais comentários á respeito dele mesmo, que não foi capaz de comparecer ao enterro da irmã. Taehyung sempre teve Hoseok ao seu lado, cuidando de si e assumindo todas as dores que ele poderia sentir. Mas agora a situação era completamente diferente e era o ruivo quem precisava de si.

"Um enterro digno", pensava o Kim assim que notou quando Jungkook estacionou o carro próximo a entrada do cemitério, o local estava cheio, Hoseok sempre teve muitos bons amigos e admiradores devido a pequena fama no ramo culinário e isso fez Taehyung se sentir alegre.

- Veja Hyung - murmurou o loiro, colocando as mãos no bolso do casaco, sorrindo de canto ao sentir as gotas de chuva molharem-lhe a face. - você sempre esteve cercado de pessoas que o amam...

Jungkook arregalou os olhos e apressou o passo para o lado do detetive, erguendo o guarda chuva sobre os dois, mas Taehyung já estava deveras molhado.

- Tae, assim vai pegar um resfriado - reclamou Jungkook com um bico nos lábios e o Kim riu baixinho, desviando o olhar do carro funerário para o moreno ao seu lado que o encarava preocupado.

O Kim se aproximou minimamente e deixou um leve selar nos lábios do mais novo, que arregalou os olhos surpreso. Taehyung riu soprado, dando de ombros, jogando os fios molhados caído sobre seus olhos para o lado.

- Se eu adoecer, vai cuidar de mim, não é? - perguntou divertido e Jungkook mordeu o interior de sua bochecha, contendo um sorriso envergonhado.

- Aish... Vamos logo - o mais novo revirou os olhos, ignorando a pergunta do Kim que entrelaçou os braços nos de Jeon e juntos caminharam em direção ao local do enterro.

Yoongi e Jimin conversavam baixinho próximo a entrada do cemitério, dividiam um guarda chuva azulado e o delegado abriu um sorriso triste ao avistar o detetive, que já se se encontrava perdido em pensamentos novamente.

- Vamos acabar logo com isso - murmurou o Min, caminhando ao lado de Taehyung que engoliu em seco.

O processo não era tão complicado, os funcionários da funerária e do cemitério já haviam preparado a escavação onde o caixão seria enterrado e assim que Taehyung ajudou-os a descer a imensa urna de madeira e com as mãos tremulas agarrou um punhado de terra molhada e então a confirmação lhe veio como um baque.

Estava enterrando seu melhor amigo e jamais voltaria a vê-lo novamente.

Jungkook fez menção de se aproximar assim que notou que o Kim mordia os lábios com força, mas Jimin segurou em seu braço com delicadeza e negou com a cabeça e o mais novo recuou, observando o detetive com preocupação. O pastor que segurava um guarda chuva cobrindo Taehyung e a si mesmo se afastou assim que notou o loiro se aproximar do caixão sobre a terra, os olhos castanhos brilhavam devido as lágrimas.

"Diga alguma coisa", sua mente gritava e todos ali presentes, amigos, conhecidos, admiradores e claro, a imprensa, que não poderia perder a oportunidade de registrar o famoso detetive Kim em frangalhos, o observavam com atenção. "Ele merece mais do que isso".

Taehyung sentiu seus pés vacilarem e segurou a terra molhada sobre os dedos com mais força, erguendo o olhar. Queria correr, fugir para o mais longe daquelas pessoas, mas tudo que conseguiu ver quando desviou sua atenção do caixão a sua frente foi Jungkook, que sorria de canto, encorajando-o.

"Você consegue", o garoto murmurou, abrindo os lábios devagar, sem emitir som algum e Taehyung respirou fundo, piscando determinado. "Olhe pra mim, só para mim."

- Hobi Hyung - ele falou, a voz rouca fez a todos ali o encararem com ainda mais intensidade. Taehyung manteve os olhos fixos em Jeon. - surgiu na minha vida de maneira inesperada e se foi... - o Kim engasgou, engolindo em seco. - de maneira inesperada também. - o detetive molhou os lábios e Jungkook meneou a cabeça levemente, como se dissesse: "você está indo bem".

O detetive se aproximou do caixão do Jung, sentindo os fios molhados pela chuva fina, que parecia cessar.

- Hoseok era uma pessoa genuinamente boa, é difícil encontrar alguém como ele hoje em dia, que dá tudo de si pelo bem daqueles que ama e que jamais pede algo em troca, ele era assim. - Taehyung sorriu triste, as órbes castanhas consumiam as negras de Jungkook que prendeu a respiração inconscientemente. - Hoseok era como o sol que vem depois da chuva e faz surgir um imenso arco-íris em nossas vidas, que colore cada pedaço cinza e triste que nos domina e nos faz sentir aquecidos com todo seu amor.

As pessoas, amigos próximos ou conhecidos do ruivo concordavam baixinho e pequenos soluços eram ouvidos. Taehyung respirou fundo e desviou o olhar de Jungkook para o caixão, estendendo a mão suja de terra.

- Meu Hyung cuidou de mim em meu momentos mais difíceis, ele esteve comigo mesmo quando eu pensava estar sozinho, ele sempre foi a torre que sustentava o imenso castelo de sentimentos desgovernados que haviam dentro do meu coração e sem ele... Eu teria desmoronado a muito tempo - confessou Taehyung, deixando que uma lágrima silenciosa deslizasse por sobre a face, camuflando-se aos pingos de chuva.

O detetive abriu os dedos trêmulos e deixou que a terra caísse sobre o imenso caixão de madeira e de alguma forma, aquele simples ato fez Taehyung se sentir mais forte, determinado, em paz.

Estava se despedindo de Hoseok, mas jamais da boas memórias que o melhor amigo cultivara ao seu lado.

- Eu não acreditava em anjos, - o Kim murmurou baixinho, mas todos ainda se mantinham atentos as suas palavras. - até descobrir que havia um ao meu lado esse tempo todo. - concluiu, sorrindo de canto, dando espaço para que o pastor do cemitério e os funcionários cuidassem do resto.

Jungkook circulou a cintura do Kim com um braço e sorriu orgulhoso.

- Você se saiu bem, tenho certeza que Hoseok ficaria feliz.

Taehyung concordou e se manteve em silêncio durante todo o tempo restante.

Ao sairem Yoongi expulsou "educadamente" cada repórter que tentava se aproximar do detetive e a passos apressados Taehyung e Jungkook entraram no conversível e o mais novo dirigiu de volta a delegacia. O dia havia acabado de começar, mas segundo Taehyung, não tinham tempo a perder.

- Código? - Yoongi franziu o cenho enquanto analisava o pendrive que Taehyung lhe entregara. - Devo chamar um de nossos hackers?

O Kim concordou.

- Eu tentei acessar assim que o retirei da estátua e... aqui - o detetive sorriu sem jeito, estendendo o objeto de cerâmica que parecia intacto, embora houvesse um sinal visível de uma rachadura. - eu paguei para hum... concertarem, sei que é importante.

Yoongi sorriu de canto concordando, a estátua desfigurada tinha ainda mais importância agora.

- Vou cuidar disso, já tem alguma idéia de como deseja que façamos a prisão das pessoas envolvidas?

Taehyung concordou, cruzando os braços.

- Preciso do número exato, mas já tenho em mente oque fazer para que a mídia acompanhe tudo de primeira mão, precisamos prender todos e expô-los, para evitar que haja mais vítimas no futuro e também atrair a atenção de estudantes que podem ter sido alvos e que não estejam na lista de Jisoo.

Yoongi concordou, desviando o olhar para Jungkook que estava sentado no sofá, jogando algum game de fazendinhas que acabara de baixar.

- Não sabe o código pirralho?

Jungkook deu de ombros, sem desviar o olhar da tela do aparelho.

- Provavelmente sei, mas não me lembro.

- Pensei que havia se lembrado de tudo - comentou o delegado e Jeon negou.

- Ainda há algumas coisas memórias meio... nubladas - comentou, sorrindo quando uma enorme estrela brilhou sobre o aparelho, indicando que subira de nível. - posso negociar tomates agora - murmurou e Yoongi franziu o cenho, Taehyung, no entanto, riu.

Yoongi queria perguntar como o garoto conseguia se manter tão calmo depois de recuperar memórias tão dolorosas, mas imaginava que, depois de tanto sofrimento, não ser capaz de se lembrar de nada era ainda pior. Ao menos agora, Jungkook sabia porque seu coração doía tanto e poderia, aos poucos, lidar com a culpa que sentia, mesmo sabendo que não era responsável por nada.

- Me diga Jungkook - o delegado continuou, e Jeon desviou o olhar do celular. - como conseguiu invadir os dados da policia, ingerir um programa espião no meu computador e criar um código tão complexo em um pendrive? Para um estudante de fotografia, diria que tem habilidades avançadas demais em informática.

Taehyung piscou em compreensão e observou Jungkook sorrir de canto. O Kim sabia oque o delegado estava fazendo, queria os nomes de quem o havia ajudado em tudo aquilo, afinal, era um crime tremendo e mesmo que o detetive não desejasse, Jeon teria de responder por tais alegações.

Não seria incriminado pela morte de Jisoo, mas teria de arcar com as consequências de suas outras ações.

Jeon no entanto deu de ombros, não parecendo abalado com o olhar intimidador de Yoongi que fazia até mesmo Taehyung baixar a cabeça.

- Não sei do que está falando, sou unicamente responsável por tudo isso - falou, afinal, prometera ao amigo Joe que se fosse pego, não o colocaria em encrencas.

Yoongi o analisou devagar e suspirou, não querendo insistir no assunto, se o estudante estava disposto a responder por todas as alegações sozinho, o Min não iria se opor.

Não demorou muito tempo para que o hacker, um homem de expressão ranzinza chegasse a delegacia, estendendo um crachá de autorização de seu departamento, onde as inicias 'Brow Lee' se destacavam. Imediatamente Jungkook notou que era o mesmo sobrenome de Joe, seu colega de quarto e finalmente compreendeu de onde toda a genialidade do rapaz viera.

Era até engraçado notar que o pai fo rapaz estava ali para hackear um sistema feito pelo próprio filho.

"O aluno superou o mestre?", Jeon pensou com um sorriso pequeno, decidindo que não faria nada para ajudar o homem a acessar o código do pendrive.

Não se lembrava da senha de qualquer maneira. Sua mente continuava nublada.

"Vejamos quanto tempo vocês dois levam para destravá-lo..."

Taehyung, Yoongi, Jimin e Jungkook se mantinham de pé atras do homem que digitava freneticamente em outro laptop, com um cabo usb acoplado ao do delegado.

O homem suspirou assim que uma mensagem esverdeada surgiu na tela em inglês e Taehyung grunhiu frustrado. O delegado Min e os demais o encaram confusos.

- Conseguiu? - Jimin perguntou curioso e o homem negou. - Como não?

- Ele destravou, mas... - Taehyung franziu o cenho, olhando irritado para Jungkook que parecia contente por Joe ter feito um bom trabalho.

- Está criptografado com uma assinatura 'PGP' - disse o hacker coçando o queixo pensativo. - e meu programa não consegue acessar a segunda chave por causa disso, eu fui capaz de hackear e invadir a primeira senha, que são de algarismos aleatórios mas... a segunda chave são de números variados e eu não sei quais podem ser, sem contar que, se errar, os arquivos presentes podem ser excluídos ou transferidos para outro lugar... - murmurou depressa e Yoongi ficou ainda mais confuso.

Taehyung observou Jungkook com o canto dos olhos, o estudante parecia estranhamente calmo e o detetive riu soprado, compreendendo.

- É claro que você não iria perder a piada, não é? - disse entediado e Jeon desviou o olhar para o Kim.

Jimin e o senhor Brow Lee observavam os dois com curiosidade.

- Do que está falando? - o delegado cruzou os braços.

Taehyung indicou o computador, onde os algarismos aleatórios se encontravam.

- Veja, essa é a primeira senha do código - disse o detetive, com um sorriso de canto e todos no cômodo, mais uma vez piscaram desorientados.

A tela do laptop indicava uma sequência complexa de letras brilhantes, onde três caixas vazias indicavam a falta do "restante" do código:

MHRQ MXQJNRRN

- Como eu disse... algarismos aleatórios e-

- Não são aleatórios - interrompeu Taehyung e o homem franziu o cenho. - é a cifra de César.

- A o quê? - Jimin perguntou, tão confuso quanto os outros ali presentes e Taehyung olhou com o canto dos olhos para Jeon que o observava com curiosidade.

- A cifra de César é uma técnica de criptografia, é bem simples e conhecida, por isso não costumam usá-la mais, trata-se de uma troca de letras, quando uma é substituída por outra no alfabeto e a troca de posições tem um número fixo, neste caso, o três.

- Eu não entendi nada - confessou Jimin, arrancando um risinho soprado de Jungkook.

- Com uma troca de posições, por exemplo, a letra 'A' seria substituído por 'D', 'B' se tornaria 'E', e assim por diante.

- Tipo uma tabela de código morse, onde substituímos os pontos por uma letra, neste caso é a letra real por outra - disse Yoongi e Taehyung concordou. - Neste caso, o código de acesso do pendrive está criptografado com a cifra de César?

- Exato e tudo que precisamos fazer é o oposto, se na cifra de César nós avançamos alguns caracteres, no caso do código, três, para descobrir a verdadeira mensagem por trás dele, nós retornamos três caracteres - explicou o detetive e o hacker piscou surpreso.

Taehyung sorriu e pegou um papel sobre a mesa, anotando lentamente o cógido hackeado que o homem havia descoberto e logo abaixo, substituindo as letras, retornando exatas três contagens, como havia dito. E então o código tornara-se:

MHRQ MXQJNRRN

JEON JUNGKOOK

- Só pode ser piada - Yoongi murmurou, encarando irritado o estudante atrás de si que piscou inocentemente.

Taehyung abriu um sorriso largo, aquele mesmo sorriso excêntrico que fazia os pelos de Yoongi se levantarem assustado, como um louco prodígio fazia ao descobrir ou inventar alguma engenhoca revolucionária.

- Você disse que estava criptografado com uma assinatura 'PGP' - o detetive falou, desviando o olhar para o hacker que concordou em silêncio. - pode explicar o quê seria isso, exatamente?

O senhor Lee concordou, se sentando ereto sobre a cadeira, indicando os três espaços vazios sobre o código, era a senha que restava para o pendrive ser acessado.

- Existem duas chaves diferentes - disse e Yoongi piscou atento. - uma é responsável por trancar e esconder alguma mensagem, ou neste caso, um arquivo. - explicou. - A outra é usada para destrancar e revelar a mensagem. - ele se calou por alguns instantes, se certificando de que todos estavam acompanhando. - A primeira chave, todos têm acesso a ela, e foi assim que eu consegui descobrir a senha inicial, que no caso são os algarismos aleatórios. Só que a chave principal, a segunda chave, só aquele que criptografou a mensagem tem acesso á ela, é secreta. - disse por fim, e todos direcionaram seus olhares a Jungkook que concordou.

- Então, apenas Jungkook, assim como os algarismos que Taehyung decodificou, é o único que pode nos dizer o código? - Yoongi cerrou os punhos, irritado.

Taehyung no entanto, mantinha um sorriso divertido nos lábios.

- É como eu pensei, - se vangloriou o detetive, lançando um olhar cativante a Jeon. - Jungkook, no fim, você é o código.

Jungkook não negou, mas também não parecia muito contente com a informação, afinal, não se lembrava de nada, muito menos de algum número importante o bastante para ser o código do pendrive. No entanto, Taehyung parecia tranquilo, como se, mais uma vez, tudo estivesse sob controle.

- Mas eu não me lembro, não faço idéia do que possa ser... - disse alarmado.

- Você sabe sim, lembra-se de nossa conversa no ponto de ônibus? - perguntou o Kim arqueando a sobrancelha e Jungkook piscou, ainda confuso. - Você acha que não se lembra do código, mas é tudo psicológico Jeon, então me diga, naquela noite, se queixou sobre um numero. - disse Taehyung e Jeon piscou surpreso.

"- Caso 121... - murmurou Jungkook, irritado. - Me sinto perseguido, o ônibus, o número de meu apartamento..."

- Cento e vinte e um - murmurou Jungkook, junto de Taehyung que mantinha o sorriso cínico no rosto. - O código é 121.

O hacker se virou afoito e digitou os números, arfante surpreso quando a tela se iluminou e diversas pastas, repletas de arquivos, todos muito bem separados, ordenados e nomeados se encontravam.

Yoongi mordeu os lábios contente e se aproximou do proprio laptop.

- Conseguimos! Temos os nomes! - comemorou, lançando um olhar rápido a Jimin que balançou a cabeça em confirmação antes mesmo de receber alguma ordem do delegado. - Vamos à caçada, pessoal!

***

Taehyung ajeitava cuidadosamente a gravata de linho no pescoço, enquanto Jungkook o observava curioso.

- Não vai mesmo participar da captura dos suspeitos? - insistiu no assunto e o detetive negou. - Por que? Esteve esses anos todo trabalhando no caso e sequer vai presenciar Yoongi e os policiais prendendo os culpados na Universidade?

Taehyung penteou os fios loiros com os dedos e se virou para o estudante, que o observava com fascínio nítido. A beleza do detetive era surreal.

- Irei acompanhar Jimin em outro lugar - respondeu simplista, entregando a Jungkook um pequeno crachá, que o autorizava a ir e vir dentro da delegacia sem causar confusão.

- Me conta. - insistiu o moreno, se aproximando devagar do Kim que mordeu os lábios, entretido. - O que essa mente brilhante está armando e por que não posso ir com você?

- A mídia ainda acredita que você é o responsavel pela morte de Jisoo e a prisão de Jackson ainda é um segredo, iremos usar isso para pegar de surpresa todos os envolvidos no esquema ilegal da universidade, mas há algumas pessoas que bem... - Taehyung deu de ombros, embora ainda tentasse manter o rosto impassível, era evidente que estava se divertindo com toda aquela situação. - Não estão presentes na KU e nem fazem parte dos funcionários da universidade...

- Os Kim - disse Jungkook, compreendendo. - me leve com você!

- Não posso, mas relaxa, você irá presenciar tudo em primeira mão, assim como o restante da população.

- O que quer dizer? - Jeon arqueou a sobrancelha, sem entender onde o Kim queria chegar com tudo aquilo.

- Só continue aqui quietinho no meu escritório e... - ele agarrou o controle da televisão e o entregou ao mais novo. - mantenha no canal 5.

Jungkook bufou baixinho, mas concordou a contragosto, sentindo o leve selar de Taehyung sobre seus lábios, antes do detetive sair a encontro de Jimin que estava tão elegante quanto o loiro, estampando o mesmo sorriso presunçoso.

- Não se machuque! - Jungkook gritou da porta e Taehyung ergueu a mão, fazendo um gesto em 'V' com os dedos.

- Sabe o que isso significa? - perguntou elevando a voz para que Jeon o escutasse e o mais novo franziu o cenho.

- V? Paz?

Taehyung riu soprado e virou o rosto o suficiente para que Jungkook notasse o sorriso quadrado no rosto do detetive.

-Victory!

Jimin sacudiu a cabeça em desaprovação, embora tivesse um sorriso pequeno nos lábios.

- Vamos, senhor vitorioso, temos uma patricinha e um médico para prender.

Taehyung concordou.

- Chame Chaeyoung, está na hora de ela agarrar a coroa - zombou o detetive e o Park riu cínico, agarrando o telefone celular.

- Mesmo quando o jogo acaba, você continua com essas metáforas - murmurou.

- E porque eu iria parar? A melhor parte após vencer um jogo, é vangloriar-se Park. - respondeu entrando em seu conversível.

Taehyung olhou com o canto dos olhos as dezenas de viaturas e camburões da polícia, onde Yoongi ditava ordens baixas, indicando localizações por todo o campus da universidade em um pequeno mapa de papel estendido sobre o capô do veículo.

- Não deixem ninguém escapar! - vociferou o Min. - Seja funcionário ou estudante, eu quero esses carros cheios desses desgraçados!

- Sim, senhor! - os homens responderam em uníssono e se dispersaram.

- Chae, antes de acompanhar Taehyung - Yoongi a chamou e a garota o encarou atenta. - Contatou a imprensa?

- Cada um deles, senhor Min - confirmou a jovem e o delegado sorriu de canto, checando o revólver sobre o coldre.

- Ótimo, temos muito trabalho a fazer, mas quando acabarmos - O delegado olhou ao redor para seus homens que terminavam de se preparar. - Eu vou pagar uma rodada de cerveja pra todos aqui! - gritou e os policias ergueram as mãos em comemoração.

Taehyung riu alto, agarrando o volante e piscou para o chefe e também grande amigo.

- Chute algumas bundas por mim!


- Todas em legítima defesa - zombou o Min entrando na viatura, ajeitando a bandana escura sobre a cabeça.

O tecido cobria-lhe a testa e o dava um ar ainda mais intimidador e Jimin suspirou entristecido, entrando no carro do detetive.

- Jiminnie - Yoongi chamou e o Park ergueu o olhar esperançoso. - Tenha cuidado.

- Sim, senhor - respondeu contendo um sorriso ainda maior, embora toda sua felicidade estivesse explícita em seus olhos pequenos.

- Vamos encerrar esse caso e... - o Min lhe lançou uma piscadela maliciosa. - mais tarde o papai vai ter uma conversa seria com você, está bem?

Jimin sentiu o rosto queimar tamanha a vergonha e balançou a cabeça rapidamente.

- Ce-Certo.


- Até daqui a pouco. - o delegado acelerou a viatura para o mais distante do estagiário que sentia o coração martelar sobre o peito.

- Papai, hein? - zombou Taehyung com um sorriso malicioso e Jimin revirou os olhos, sentindo as bochechas corar.

- Cale a boca.

Taehyung gargalhou e ligou o carro, sentindo a adrenalina percorrer-lhe todo o corpo.


*****


Jungkook estava sentado na poltrona macia de Taehyung enquanto comia descaradamente todos os bombom's que o detetive tinha escondido na última gaveta.

Os olhos escuros assistiam com tédio um comercial qualquer sobre um casal em um carro, enquanto observavam a lua com animação.

- Tudo encenação - bufou irritado enquanto o comercial se desenrolava e piscou surpreso ao notar que os atores eram um casal de fato na vida real. - Ou não... -

suspirou.

Estava prestes a ligar seu celular e voltar a jogar 'Farm Ville' quando uma mulher surgiu de repente na tela com uma expressão séria e ao fundo dezenas de viaturas eram gravadas.

- Neste instante, dezenas de policiais, seguindo as órdens do delegado Min estão adentrando a Universidada da Coreia com mandato e ordem de prisão a mais de setenta funcionários e alunos. - informou e Jungkook se endireitou aumentando o volume da televisão.

O helicóptero do jornal televisivo circulava o imenso campus da universidade, onde curiosos observavam Yoongi e seus homens sair de prédio em predio arrastando dezenas de professores e inspetores, que em vão, tentavam cobrir os rostos.

Yoongi reunia os presos no gramado, onde outros policiais os observavam e o delegado voltava as salas e surgia com mais suspeitos, sendo muito deles alunos que gritavam a plenos pulmões que desejavam um advogado ou que eram inocentes.

A repórter narrou o caso rapidamente, sem conseguir esconder o choque a cada nova informação.

Então a filmagem se dividiu em duas e Jungkook observou outra imagem surgir ao lado do gramado cheio do campus. Era Taehyung e ao seu lado Jimin empurrava o doutor Kim algemado que mantinha a cabeça baixa junto de sua filha que tinha as mãos também algemadas por Chaeyoung.

- Tudo que disser pode e será usado contra você - orientou o Park com uma carranca que só o tornava mais adorável, embora aquela expressão claramente amedrontasse Jennie.

- Eu já disse que não fiz nada!

- Quieta, filha - disse o médico e Taehyung diminuiu o passo no meio dos diversos repórteres propositalmente, para que tivessem a oportunidade de registar cada segundo.


- Não! - Jennie de sacudiu irritada. - Você me obrigou!

O doutor Kim riu soprado.

- Garota insolente.

- Foi ele! Eu posso depor contra se for preciso e confirmar tudo que sabem, mas foi ele, o tempo todo, eu não sabia de nada! - continuou a jovem.

- Calada vadia - vociferou Chaeyoung empurrando a Kim para dentro do carro.

Jennie a fuzilou com os olhos.


- Eu pensei que fosse minha amiga, como pôde?

A recepcionista Chae sorriu sem humor e Jungkook notou a tensão que transpassava sua feição.

- Amiga? Você deixou que me dopassem e abusassem de mim! - esbravejou a garota e Jennie arregalou os olhos, o ato foi seguido de murmúrios surpresos. - Tudo que eu mais quero agora é vê-la pagar!

Jimin e Chae colocaram os dois no veículo escuro e Taehyung se virou com uma expressão séria no rosto, pedindo que todos se afastassem e que daria um relato à respeito do caso na delegacia.

Suas palavras soaram como mágica, assim que o Kim se virou a multidão de repórteres de dispersou e Jungkook respirou fundo, imaginando a confusão que seria quando todos surgissem como animais famintos em frente a delegacia.

A reportagem se seguiu por muitos minutos e Yoongi, acompanhado de seus homens colocou todos os suspeitos de pé sobre o gramado, enquanto ditava ordens aos policiais que confirmavam com a cabeça e partiam para locais diferentes.

Mas Jungkook sabia que aquilo era só uma desculpa, que estavam fazendo aquilo para a imprensa ter tempo de filmar e registrar o rosto de cada um dos criminosos, de diversas idades, sexo ou posição profissional.

O aglomerado de prisioneiros iam de alunos, "clientes" do grupo criminoso, a professores, inspetores ou patrocinadores da universidade. E a notícia só chocava cada vez mais, conforme os minutos se passavam.

Não demorou muito para que Jungkook escutasse a algazarra no saguão de entrada e discretamente ele se aproximou do corredor, espiando curioso as dezenas de pessoas que chegavam ao local.

- A delegacia não vai suportar tantas pessoas - reclamou Yoongi enquanto se esquivava das mãos com microfones e gravadores dos repórteres. - Okay, okay, já chega! - o Min se virou irritado, as mãos na cintura e os cabelos bagunçados só o tornava mais intimidante e Jungkook prendeu a respiração ao notar como ele parecia bonito e impotente na filmagem da televisão que tinha o canal 5 ligado na recepção.

- Senhor delegado, pode nos explicar o que esta acontecendo? Qual o motivo da prisao exatamente? - uma voz soou alta e distante.

- Delegado Min, ouvimos algo sobre um homicídio é verdade? - insistiu outra voz.

- Detetive Kim Taehyung está envolvido nesse caso? - perguntou outra pessoa.

- Ele não estava ocupado com o caso fracassado da morte da irmã? - questionou outra pessoa e Yoongi cerrou os punhos.

- Nós iremos reunir todos os suspeitos e criminosos no estacionamento, vocês irão filmar, fotografar e registar oque precisar e logo em seguida iremos distribui-los para delegacias vizinhas porque não podemos comportar todos aqui, - respondeu o Yoongi, ignorando todas as perguntas anteriores. -Mas manteremos os suspeitos principais aqui conosco, entao aguardem que em breve Taehyung e eu iremos responder suas perguntas, mas por ora, me dêem licença - pediu o Min, curvando-se educadamente, apressando o passo para o mais longe dos repórteres, entrando na delegacia nervoso, suspirando aliviado quando seus policiais conteram a locomoção dos mesmos, mantendo-os do lado de fora.

Naquele momento, Jungkook entendeu oque Jisoo vira no Min ou até mesmo Jimin. O delegado tinha algo que o fazia reluzir, que o tornava estranhamente fascinante e Jungkook piscou em compreensão, sentindo pela primeira vez, um imenso respeito pelo homem.

Yoongi agarrou a bandana e a tirou dos fios escuros, jogando-a no chão irritado.

- Onde está Taehyung? - gritou e bufou quando ouviu a recepcionista Kang, a mulher do segundo turno, dizer que o detetive ainda nao havia chegado. - Eu preciso de café e... Brownies! -esbravejou andando de um lado para o outro com as mãos na cintura, observando a televisão que noticiava oque ele acabara de dizer.

- Ma-Mas senhor...

- Eu sei, esqueça os brownies - ralhou, se jogando na cadeira.

Jungkook se manteve calado, igualmente ansioso. Taehyung estava demorando.

- Eu sei que está aí pirralho - Yoongi disse rouco e Jungkook pulou assustado e surpreso. - Venha aqui, relaxa.

Jeon se colocou ao lado do delegado, apreensivo.

- Tae está bem?

- E quando ele não está? - retrucou o Min. - Fisicamente, digo.

Jungkook deu de ombros.

- Eu me preocupo.


- Você não é o único.

Os dois se mantiveram em silêncio até a chegada de Taehyung, que fora anunciada como se o próprio rei da Inglaterra estivesse pisando na delegacia. E Yoongi grunhiu cansado, se levantando a contragosto, analisando o doutor e Jennie Kim serem empurrados por Jimi que caminhava com um ar triunfante.

- Pegamos eles, senhor - o Park disse com um sorriso no rosto e Yoongi mordeu os lábios entretido.

- Ótimo, bom trabalho garoto - agradeceu o delegado, fazendo um gesto simples com as mãos e logo dois outroa policiais os levaram em direção a cela. - agora me traga um pouco de café, meu pequeno herói. - pediu e Jimin concordou contente, as bochechas coradas.

Jungkook franziu o cenho, confuso com a disposição do estagiário.

Taehyung se aproximou com um sorriso de canto.

- Como voce tá?

O estudante deu de ombros.

- Confuso, mas foi um belo espetáculo.

- E ainda não acabou, preciso conversar com o doutor Kim, Jennie, o vice diretor e diversos professores agora antes de poder dar algumas respostas concretas a imprensa então... - o Kim coçou a nuca envergonhado e Jungkook piscou ainda mais confuso. - Isso pode demorar um pouco, desculpe.

- Quer que eu vá embora?

- Não! - Taehyung arregalou os olhos e virou o rosto emrubecido. - Fica, só... Me diga se ficar com fome ou quiser... Alguma coisa - disse sem jeito e o mais novo concordou.- É isso eu... Volto logo.

E mais uma vez, antes que Jungkook pudesse raciocinar, os lábios do Kim estavam contra os seus, de forma tão simples e delicada que fazia o coração se Jeon tropeçar, se fosse possível.

- Não saia daqui, não quero que os repórteres caiam matando em cima de você - pediu e Jungkook concordou mordendo os lábios contente.

*****

Uma hora.

Foi o tempo necessário para Taehyung "conversar" com os principais suspeitos e conseguir uma confissão em troca de "penas reduzidas".

Não que o Kim fosse de fato cumprir oque dissera. Afinal, propôs tentar melhorar a decisao do juíz, mas nunca que conseguiria de fato.

Mas para Jungkook, aqueles exatos sessenta minutos foram como anos. Os repórteres pareciam não de cansar e Jeon imaginou se Jisoo seria como eles.

"Ela seria melhor", concluiu depois de analisar todas as figuras desengonçadas e famintas por informação.

Taehyung saiu da sala de interrogatório com Yoongi e Jimin, os três pareciam imersos em uma conversa que Jungkook não compreendia e que não desejava, de qualquer forma.

Durante essa uma hora, sua mãe havia ligado exatas onze vezes e todas foram encaminhadas a caixa postal. Se ela estava preocupada com o filho ou com a reputação dos Jeon, o garoto não sabia, mas assim que avistou o detetive se aproximar com um ar triunfante Jungkook decidiu que já estava na hora de encerrar as desavenças que tinha com a mulher.

"Está na hora de viver", pensou seguindo o detetive com os olhos e Taehyung lhe lançou uma piscadela, antes de sair da delegacia, rumo aos repórteres desesperados. "Com ele".

****

- Uma pergunta de cada vez! - pediu Yoongi e com um gesto os repórteres ficaram em silêncio. - Ótimo! Você. - ele indicou uma mulher que abriu um sorriso animado.

- Delegado Min, poderia nos explicar qual o motivo dessa prisão em massa? E a quanto tempo estão trabalhando neste caso?

Yoongi suspirou.

- Acho que não aprendeu a contar no jardim de infância, eu disse uma e não duas - criticou e a mulher desviou o olhar, constrangida.

- Ora, não seja rude -Taehyung sorriu de canto para a moça que corou ainda mais, desta vez por outro motivo. - Estamos trabalhando nessa investigação a um mês, mas os motivos ao qual fomos levados a ele vem de outro caso em que estava envolvido. - explicou o Kim.

- A morte de sua irmã? -uma voz masculina soou distante e Taehyung não conseguiu identificar de onde viera.

- Bem, sim.

- Então o suicídio de Kim Jisoo tem ligação com a operação de hoje?

- Minha irmã não se suicidou e se me deixarem explicar oque aconteceu, serei grato - grunhiu o detetive e os repórteres se calaram. - Obrigado.

Taehyung lançou um olhar a Yoongi que logo começou a explicar.

- As pessoas que prendemos hoje estão diretamente envolvidas em um esquema ilegal de medicamentos ilícitos que por meio destes, foram usados para o abuso sexual contra estudantes da universidade -

disse e todos os repórteres balançaram a cabeça em compreensão.

- E como funcionava? - perguntou outra mulher.

- Os responsáveis pela distribuição dos medicamentos os usavam para dopar as vítimas, que eram jovem estudantes de dezessete a vinte e cinco anos, previamente selecionadas por... clientes, ou seja, estudantes ou professores que pagavam para ter acesso a elas de forma... Sexual ou carnal - o delegado engasgou, colocar aqueles atos em palavras era ainda pior.

Os repórteres arregalaram os olhos, chocados e se mantiveram em silêncio, aguardando mais informações.

- É nisso que minha irmã se encaixa -

Taehyung disse por fim, voltando a assumir a liderança.

- Ela foi uma vítima?

- Podemos dizer que sim. - concordou o Kim. - Jisoo descobriu sobre esse grupo criminoso e tentou denúncia-los a mim, mas foi pega em seu quarto por um dos homens que faziam parte desse grupo, um policial chamado Jackson Wang, que trabalhava nesta delegacia - revelou e se os repórteres ja estavam chocados, agora pareciam horrorizados. - ele friamente perseguiu minha irmã, invadiu seu dormitório e a assassinou brutalmente, afim de evitar que a informação sobre a organização vazasse.

Yoongi apenas balançava a cabeça em afirmativa, sentindo a garganta arder.


- Como descobriram isso?

- Uma testemunha, Jeon Jungkook, um... Amigo de minha irmã - o detetive engoliu em seco. - estava presente no momento, ele tentou tentou impedir que um rapaz, Taemin, tentasse fazer algo ruim contra uma das vítimas desse grupo e acabou sendo contido e drogado. No entanto, ele presenciou o momento em que Jackson agrediu Kim Jisoo e atirou seu corpo da janela do sexto andar.

Os murmurios dos repórteres deixavam o Kim ansioso. Mas o detetive respirou fundo e indicou um homem, lhe dando a palavra.


- Por que as jovens violentadas não fizeram nada?

- Essa é uma ótima pergunta, eu ia chegar nessa parte - o loiro sorriu. - o medicamento ingerido nas vítimas tinham efeitos amnésicos, que as faziam esquecer oque ocorrera horas ou momentos antes do abuso ocorrer. - explicou. - Por isso o esquema se desenrolou por tantos anos sem que pudessemos ter seu conhecimento.

- Então esse garoto, Jungkook, é inocente? E oque foi relatado na mídia a uns dias atrás?

- Sim, eu o usei para distrair os reais culpados para poder pegá-los desprevenidos essa tarde. O senhor Jeon me deu total aprovação para que usasse sua imagem e eu afirmo que ele não tem qualquer relação criminosa com os acontecimentos e que irá, com a aprovação de um juiz, depor contra Jackson Wang pelo assassinato de Kim Jisoo.

- Esse homem, Wang - uma mulher ergueu as mãos e Taehyung sinalizou para que continuasse. - é a mente criminosa por trás de todo o esquema na universidade?

- Não - Yoongi respondeu, atraindo os flashes das câmeras para si. - doutor Kim, o famoso médico dono das indústrias farmacêuticas Kim e chefe do hospital regional de Seul é o líder desse grupo. - revelou e mais uma veze Taehyung e o Min sentiram suas cabeças doerem com tantas luzes e falatórios ao seu redor.

- Ele é o responsável pelos remédios?

- Sim - confirmou Taehyung.

- E sua filha?

- Ela ajudava diretamente na seleção das garotas que seriam dopadas - respondeu Yoongi.

- Vocês tem provas que comprovem oque estão dizendo?

- Temos gravações, filmagens, transações bancárias e até mesmo a confissão dos acusados - informou o delegado, cansado.

Taehyung se remexeu desconfortável. Já era demais para um único dia.

- Jackson Wang é o assassino de seu namorado Jung Hoseok? - a pergunta fez Taehyung piscar confuso.

- Não, quer dizer, sim - o Kim franziu o cenho. - Hoseok acabou sendo vítima de Jackson durante a investigação e o policial Wang também responderá pela sua morte. - respondeu. - Mas ele não era meu namorado.

Em qualquer outra situação, Taehyung estaria rindo da cara emburrada do melhor amigo.

- Qual decisão judicial você quer que seja decretada? -

um homem magricela e alto gritou e todos encararam Taehyung curiosos.

O Kim não respondeu.

- Jackson Wang assassinou sua irmã, ele merece a pena de morte, concorda detetive Kim? - outra voz insistiu e Taehyung mordeu os lábios irritado.

- Seu melhor amigo também foi morto pelo oficial Wang, em momento nenhum pensou em vingá-los com as próprias mãos? - uma repórter baixinha perguntou proximo ao detetive.

- Justiça - o loiro disse por fim, e a palavra soava amarga em sua boca. - é algo relativo. Eu posso desejar a morte daquele homem e meus pais a sua prisão perpétua. Mas não sou eu quem decide oque acontecerá com ele, confio no julgamento e nas leis de meu país e sei que a decisão final será a correta - declarou, virando-se, pronto para dar como encerrada aquela coletiva.

- Espere detetive Kim! - um homem gritou. - O que pretende fazer agora? Ficou três anos trabalhando no caso de sua irmã, agora que o concluiu o que pretende fazer? Voltar a cuidar de outros casos?

Taehyung se virou para o homem de cabelos grisalhos e sorriu de canto.

- Farei uma pausa - anunciou, sentindo-se estranhamente contente ao dizer tais palavras. - não irei trabalhar em nenhum outro caso por enquanto.

- Irá se aposentar? - reclamou uma mulher.

- Precisamos de você - gritou outra jovem repórter.

Taehyung riu baixinho.

- Eu deixei que o ódio guiasse a minha vida. - falou, a voz rouca soava determinada e o detetive encarou fixamente a câmera de um dos repórteres. Jungkook, que assistia a coletiva de imprensa atentamente pela televisão sentiu o coração falhar uma batida, como se o detetive pudesse enxergar a sua alma. - Está na hora de viver pelo amor. - declarou por fim.

Taehyung se virou e fugiu tão rapidamente dos repórteres que Jungkook mal notou quando o Kim surgira no corredor, o loiro respirava com dificuldade e assim que se colocou de frente a Jungkook puxou-o para perto de si, unindo as bocas de forma afoita, chupando o lábio inferior do mais novo, que arfou baixinho, agarrando os ombros do Kim a fim de se manter de pé.

- Ta-Taehyung... - Jungkook gemeu baixinho e o Kim riu contra seus lábios atrapalhando e dificultando o beijo.

- Sim? - o detetive se afastou minimamente, mantendo as testas unidas.

- Isso foi sério?

- Eu acho que sim... Quer dizer, eu estive trabalhando incansavelmente neste caso, eu preciso de uma folga - o detetive riu baixinho.

- Mas ainda não acabou, não é? - o mais novo perguntou e Taehyung concordou.

- Agora vem a parte realmente difícil - murmurou e antes que Jeon perguntasse oque seria o Kim prosseguiu. - mantê-los presos ou... - o loiro engoliu em seco.

- Conseguir a pena de morte - concluiu Jungkook. - O que você quer, Tae? - murmurou preocupado.

Taehyung suspirou pesado e o mais novo notou quando uma lágrima silenciosa molhou-lhe a pele bronzeada.

- Justiça Jeonggukie - o Kim engasgou. - eu só quero justiça.

- E nos vamos obtê-la meu amor - Jeon acariciou sua bochecha gentilmente e deu um leve selar, arrancando um sorrisinho de Taehyung.

- Posso facilmente me acostumar a isso - suspirou o detetive abraçando o estudante que retribuiu o ato.

- Se acostume então, - Jungkook apoiou o queixo no ombro do Kim. - pode ser o fim da investigação, mas é o início de uma relação.

- Você até rimou - Taehyung riu divertido.


- Eu sou um homem de muitos talentos - zombou Jungkook e Taehyung se afastou com um sorriso malicioso.

- Oh, claro que é...

Jungkook revirou os olhos e jogou os braços pelos ombros do detetive.


- Vamos embora, você precisa descansar.

- Você vai ficar comigo? - o Kim piscou os olhos castanhos de forma manhosa e Jungkook sentiu o coração acelerar.

- E eu tenho escolha? - Jeon sorriu de canto.

Taehyung negou com a cabeça, aproximando o rosto de Jungkook, deixando um beijo casto no pescoço do mais novo que estremeceu com o ato.

- Você sempre tem escolha Jeonggukie... - sussurrou proximo ao lóbulo do menor. - A questão é, qual é a sua?

- Você - Jeon arfou baixinho, sequer notando que continha um gemido sôfrego. - eu escolho você.

Taehyung sorriu de canto e deslizou os dedos longos pela cintura do estudante que prendeu a respiração.

- Ótimo - murmurou, a voz rouca acariciando a pele eriçada de Jeon e os lábios finos morreram levemente o lóbulo alheio. - porque está noite, eu pretendo me livrar do estresse de maneira diferente...

- Tu-Tudo bem... - cedeu Jungkook.

- Eu vou te mostrar o que acontece quando eu estou totalmente no controle - o detetive sorriu cínico e afastou-se de Jungkook que piscou decepcionado.

Jeon desviou o olhar do detetive e entrelaçou seus dedos aos dele, sentindo a bochecha esquentar.

- Vamos? - Taehyung perguntou, e Jungkook piscou atordoado, concordando. - Bom garoto.

***

"Even if I still had a thousand choices, I'd still choose you."

( Mesmo que eu ainda tivesse mil escolhas, eu ainda escolheria você )

***





++++++++++++++++++++++++++++++++

Taekook é Flex!!

O que acharam? ><

O código foi revelado e vocês não estavam erradas, mas também se errassem eu ficaria decepcionada.

Mas vocês esperavam por essa? Jeon Jungkook era o código, LITERALMENTE.

Enfim... Os culpados foram todos presos e nos próximos capítulos vocês descobrirão o que será decidido judicialmente.

Jackson, doutor Kim, Jennie... Se vocês fossem o juiz, qual seria a sentença?

Lembrando que justiça é algo relativo.

Também teremos muitos momentos dos taekook e finalmente um pouco do nosso delegado Yoongi... E jimin? Vamos ver....

O que acharão desse capítulo?

Deixem críticas, elogios ou comentários aqui. E usem a hashtag #CODIGO121 no twitter, eu estou sempre de olho là.

Código 121 está em sua reta final :(

Mas eu tenho "Entre Duas Almas", minha próxima história como projeto para publicaçao.

E quem sabe... Até o fim de C121 não rola um livro físico... Apoiam?

Enfim...

Deixem seu purple heart aqui.

~até breve 🐰💜🐯

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