- É seu orgulho falando ou esse amor que você acha que ainda sente por mim?
As palavras de Jimin rolavam ao redor e em volta na mente de Jungkook enquanto ele o seguia até Yves Saint Laurent e o observava examinar as prateleiras. Uma vendedora veio falar com ele e Jimin se envolveu com ela, permitindo que a mulher a conduzisse mais adiante para a loja e lhe mostrasse mais alguns itens. Ele riu. E sorriu.
Jungkook encontrou seus lábios contraídos em um sorriso ao som de seu riso e a visão de seu sorriso. Quando Jimin sorriu, acendia uma sala e, quando riu, fez as pessoas quererem estar perto dele. Ele deslumbrava as pessoas facilmente e era algo que Jungkook sempre tinha amado nele.
- É seu orgulho falando ou esse amor que você acha que ainda sente por mim?
Incomodava-o, como ele tinha formulado a última parte: esse amor que você acha que ainda sente por mim.
No entanto, ele não tinha realmente mostrado o amor que nunca tinha deixado de sentir por ele, não é? Não, porque o seu orgulho, juntamente com a dor e a raiva que sentia em relação à sua traição, nublavam todo o resto. Seus desejos de beijá-lo e segurá-lo ficaram ofuscados pela traição que sentia. Quando pensou na dor que tinha suportado achando que ele estava morto e como ele tinha sido devastado cada vez que tinha chegado a um beco sem saída em sua busca para provar que Jimin estava vivo, ele sentiu tudo de novo.
"Há três lados para cada história", Woong lhe disse uma vez quando era um jovem rapaz e ele e Junghyun tinham entrado em uma discussão sobre algum jogo estúpido que estavam jogando. "Seu lado, o lado dele, e a verdade. Às vezes a verdade é difícil de compreender, então por que não começamos com vocês dois contando cada um o seu lado da história. "
Ele tinha aprendido naquele dia a importância de ouvir o outro lado, porque não importa o quão certo você pensa que estava, havia outro lado que talvez viu e experimentou as coisas um pouco diferente. Lembrou-se de estar chocado por Junghyun ter pensado que Jungkook iria sabotá-lo quando não era sua intenção. Lembrou-se de tentar se defender, o que havia provocado Junghyun, e os dois acabaram gritando um com o outro até que o patriarca dos Park apareceu.
"Vocês dois precisam ouvir o que o outro tem a dizer," tinha dito. "Então eu quero que pensem sobre o que ouviu."
Nostalgia inundou Jungkook forte e duro. Deus, ele sentia saudades desse homem. Junghyun também. Lembre-se que Jimin não é apenas o seu esposo, mas o filho de seu mentor, ele pensou. Como ele quer que você continue com Jimin?
Jungkook pensou na garvata e as fitas adesivas. De como ele o tinha arrastado para dentro da casa e mesmo quando disse que estava machucando, ele não parou. Ele disse que não se importava. Mostrou seu desrespeito na frente de seus homens ao ponto de Yoongi o ameaçar. Eleo fez pensar que ia estuprá-lo, pelo amor de Deus.
A vergonha o atingiu com força.
Não é de admirar o que Jimin tinha lhe dito: esse amor que você acha que ainda sente por mim.
Jimin não havia acreditado apenas porque foi ele que disse isso, sendo que sequer tinha dito? Na verdade, agora, ele não tinha certeza se podia. Não com toda aquela raiva e dor e por Deus, ele tinha que encarar isso: Jimin iria torná-lo vulnerável a ele. E depois que ele o havia deixado, tinha medo de ficar exposto na frente dele. Antes, ele era o único que Jungkook se deixava ficar vulnerável a sua frente.
Não admira que se sentisse morto por dentro. Tinha passado tanto tempo não mostrando como se sentia que se tornou fácil empurrar tudo para baixo e fingir que não sentia nada. Com sua linha de trabalho, embora não se pudesse mostrar sentimentos, especialmente sendo o chefe. Era considerado uma fraqueza. No entanto, fazia você expressar sua dor de outras maneras, como cortando a mão de seu inimigo quando ele fazia uma observação depreciativa sobre seu esposo e seu casamento.
Jungkook empurrou-se para a frente, se aproximando de Jimin enquanto movia os cabides numa prateleira. Ele o viu e disse: "Eu prometo que não tomarei muito do seu tempo."
- Tudo bem, Jimin. Temos o dia todo.
"Você odeia fazer compras", ele murmurou. "Ou pelo menos costumava."
"Não, eu ainda odeio, mas eu..." Eu não te dei muito tempo para fazer as malas porque eu só queria te levar pra casa. "Eu quero que você tenha o que precisa. Não se preocupe comigo."
Ele o olhou e assentiu. "Obrigado."
"Por nada." Ele esfregou a parte de trás de seu pescoço. "Há alguma coisa, que eu posso ajudar?"
Jimin riu e sorriu gentilmente. "Eu não vou fazer de você uma mula para segurar todas as minhas coisas", disse ele. - Vou precisar de algo elegante?
- Sim, provavelmente, mas por que não vamos àquela boutique em Seomyeon que você gosta tanto?
"Claro." Jimin não parecia saber o que fazer com aquilo, ou a bondade repentina dele também."Obrigado."
Jungkook acenou com a cabeça e sentou-se na cadeira vazia perto do camarim. Ele o observou enquanto se movia pela sala, murmurando para si mesmo, segurando coisas contra si mesmo, e olhando no espelho. O sol entrando pelas janelas pegou seu cabelo algumas vezes e lembrou-o de como ele sempre tinha amado aquele cabelo ruivo. Como, apesar de tudo, parecia fogo era sempre fresco ao toque e tinha um cheiro bom. Ele sempre amou enterrar o rosto naqueles fios acobreados.
Lembrou-se de adormecer envolvido em torno dele, seus membros entrelaçados e seu rosto em seu cabelo, inalando seu cheiro doce. Lembrou-se de amar como sua pele se sentia como seda contra a sua própria quando ele se moveu e que não importa o quão perto eles estavam, nunca sentiu como se estivessem perto o suficiente.
Eu amo você, pensou enquanto o observava, tomado pela emoção. Eu te amo tanto que não aguento mais. Eu só não sei como mostrar isso. Năo sei como lhe dizer. Você me machucou tanto, Jimin.
"Eu já volto", disse Jimin enquanto ia até o vestiário. Ele queria estender a mão e tocá-lo, pará-lo, fazê-lo o olhar e vê-lo. Não o Jungkook que estava na frente de seus inimigos. Não o Jungkook que estava com seus homens. Não o Jungkook que tinha se tornado cada vez - um monstro - mas ele como Jimin costumava vê-lo. O que ainda estava lá em algum lugar, enterrado debaixo dos corpos de suas vítimas, sobre o derramamento de sangue, a dor e a raiva.
Ele tinha estado com ele. O que tinha se perdido. O que ele uma vez amou.
"Você quer um café gelado?" Perguntou depois que ele saiu do vestiário. Ele precisava de algum ar; Sentia como se estivesse sufocando.
- Sim, por favor, obrigado - disse ele.
- Já volto - disse, forçando-se a manter a voz firme. E saiu antes que ele pudesse responder.
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Jungkook voltou a tempo de pagar suas roupas. Inferno, se ele havia o sequestrado de sua casa, então poderia pagar por suas roupas. Com ele, estava o café gelado e um pacote com seus lanches favoritos.
Sorria para ele, Jimin, disse a si mesmo. Plante verde para colher maduro. Ele sorriu. "Obrigado."
"Por nada." Jungkook olhou para ele como se quisesse dizer alguma coisa. Ou estava pensando algo. Talvez ambos? Então ele se virou, assinou o recibo e eles foram embora.
"Você precisa de um novo telefone", disse ele. - Vou pedir a Yoongi que pegue um, mas talvez possamos comprar um Tracfone barato por enquanto?
"Claro," disse. "Lidere o caminho."
"Vamos colocar suas coisas no carro primeiro."
Depois que ele colocou as malas no carro e eles tinham conseguido um telefone temporário, voltaram para o carro. "Eu estava pensando sobre as vezes que nós viemos aqui antes de ir para a Ilha Tranquila e você ficava em todo o lugar, pulando de um lugar para o outro. Você era um redemoinho - disse Jungkook enquanto enfiava as mãos nos bolsos.
"E eu me lembro de você desistir de me seguir e sentar em um dos bancos para me esperar", disse ele com um pequeno sorriso.
Jungkook sorriu. "Com um café gelado e um bolinho de limão na mão para você reabastecer."
Ele riu. "Sim! Você era como aquelas pessoas que esperam em linhas de chegada com garrafas de água para distribuir. "
Jungkook riu. - Muitas vezes parecia ser assim.
Oh meu Deus, ele pensou. Estamos nos dando bem! Não chame a atenção por isso.
"As coisas não foram todas ruins, não foram?", Perguntou ele suavemente quando voltaram para o carro.
Jimin parou e olhou para ele. - Não, não foram.
O silêncio caiu, e novamente parecia que Jungkook queria dizer algo mais. Mas ele não o fez. Finalmente, disse. "Bem então. Vamos à nossa casa pelo mar?
Ele assentiu com a cabeça. "Certo."
Esta coisa era agradável, mas na parte de trás da mente de Jimin ele não podia deixar de pensar quando o outro sapato cairia e o que aconteceria. Antes que as coisas fossem para o outro lado entre eles, ele tinha sido capaz de lê-lo como um livro. Agora ele se sentia como se fossem estranhos tentando agarrar as lembranças do passado para fazer uma conexão. Se eles não estivessem atirando uns contra os outros, então eles estavam inábeis na presença um do outro.
Não faz muito tempo que estava pensando nele e sentindo sua falta. Chorando por ele. Então ele apareceu e eles estavam um segurando a garganta do outro desde então. Jimin estava desaparecido e chorando quando pensava em Jungkook, mas quando se deparou com a realidade - a versão dele que tinha deixado, e a versão de agora - descobriu que não estava lá?
Ele pensou na faísca que sentira quando suas mãos haviam tocado naquela manhã, e na noite passada quando ele se recusou resolutamente a olhar para seu torso nu. Ok, então talvez ainda houvesse algo lá. Mas era real? Ou foi alimentado por lembranças, muito parecido com o fato de se darem bem quando faziam viagens de "Quando as coisas estavaam limpas"?
Ele supôs que só o tempo diria. E se descobrisse que não havia mais nada para sustentá-los, seria Jungkook capaz de enfrentá-lo? E por que o pensamento de que não havia nada deixado na verdade o deixava triste?