Cheguei~~
Ansiosos?
Antes de começar o capítulo eu gostaria de pedir duas coisas, posso?
1- Não comentem o nome do assassino no twitter ou em capítulos anteriores a esse, sem spoilers para futuros leitores, quando ele for revelado, surtem sem usar nomes.
2- Eu gostaria de pedir para que se pudessem ou se forem comentar sobre suas reações do capítulo, usassem a hashtag #CODIGO121
Assim eu poderei encontrar oque vocês estão comentando sobre no twitter, fora os comentários que terão aqui...
Mas só se quiserem ta... >.<
Enfim... Esse capítulo está cheio de confusão e reviravoltas e eu espero que se atentem...
Pode ter alguns erros que eu deixei passar durante a revisão, me perdoem
~Boa Leitura
∆
"A maioria dos deuses joga dados, mas o destino joga xadrez, e você não descobre até que seja tarde demais que ele estava jogando com duas rainhas o tempo todo."
— Terry Pratchett
Jimin suspirou cansado e olhou discretamente para seu celular depois de ajudar a equipe de Yoongi a colocar todas as pistas plastificadas no carro da polícia. O Park digitou freneticamente no aparelho e o escondeu logo em seguida, evitando atrair a atenção de Chaeyoung.
A secretária se aproximou confusa do Park, parecia deslocada e Jimin imaginava que não estivesse acostumada a estar "presente" nos locais de suspeitos. O Park forçou um sorriso no rosto e se aproximou da mesma.
— Taehyung me pediu para lhe avisar que você precisa dar um jeito de Jennie estar na delegacia em uma hora — informou e Chae concordou, mesmo sem entender o por quê, sabia que mesmo se perguntasse o detetive não responderia. — Vamos voltar, tenho muito trabalho a fazer — suspirou, aceitando a ajuda do oficial Wang para entrar no veículo.
[Trinta e seis horas atrás]
Jimin franziu o cenho confuso com as mensagens que recebera de Taehyung, o detetive havia o alertado sobre o doutor Kim e pedira para que o mesmo ficasse de olhos e ouvidos bem atentos no hospital e se por um acaso notasse algum acontecimento estranho, deveria informar imediatamente o detetive ou Yoongi. O Park respondeu dizendo a Taehyung que não precisava se preocupar e deixou o aparelho sobre a cômoda.
Não esperava que o Kim estivesse correto sobre suas suspeitas, mas assim que viu o médico sair com a garota do corredor desacordada, não pensou duas vezes em discar o número do delegado, que não atendeu, mas por sorte apareceu a tempo de livrar Jimin de qualquer perigo iminente.
— Seu desgraçado! — xingou Jimin assim que conseguira ligar para Taehyung depois de Yoongi deixá-lo na casa de sua avó, a velha mulher estava na sala preparando alguma coisa para o neto comer e o estagiário não pensou duas vezes em informar Taehyung sobre o ocorrido no hospital.
Só não esperava que Taehyung já soubesse de tudo, ou melhor, que planejara tal ocorrido.
— Relaxa — o Kim revirou os olhos, enquanto se ocupava em analisar alguns documentos e arquivos sobre a investigação. — ela está bem, a oficial Hyeon é bem treinada.
— Não estou falando apenas disso seu idiota! Por que não me avisou? Eu poderia estar morto agora!
— Morto é exagero Jimin — Taehyung bufou, livrando-se dos papéis que não lhe serviram de nada. Precisava de uma pista maior. — ele teria no máximo apagado suas memórias recentes.
— Isso não é brincadeira Taehyung — reclamou Jimin, se sentando na cama desconfortável. Seu corpo ainda estava debilitado devido ao tiro recebido.
— Não me lembro de ter lhe dado liberdade para me chamar assim senhor Park... — murmurou o Kim.
— Desculpe, senhor — Jimin passou os dedos sobre os fios claros. — Mas você poderia ter me avisado, eu realmente fiquei preocupado com a garota, quando ele a levou a salinha e ela apareceu em uma maca e...
— Blá blá blá — zombou o detetive, apoiando o celular entre o ombro e o queixo, as mãos ocupadas. — eu precisava de uma prova maior de que o doutor Kim estava envolvido diretamente nisso, assim como queria que ele soubesse que nós tinhamos conhecimento disso.
— Eu não entendo... — Jimin suspirou.
— O doutor Kim é alguém influente e com muito poder em mãos, por mais que Jisoo fosse esperta não tenho certeza se existem provas o bastante no pendrive para mante-lo na prisão quando for pego, eu precisava de uma ação direta dele, relacioná-lo aos remédios é muito pouco, qualquer bom advogado conseguiria livrá-lo das acusações mais graves.
— Então o induziu a agir diretamente contra uma das vítimas do esquema do grupo dele?
— Sim, e eu não poderia te contar ou a Yoongi, vocês são óbvios demais, ele notaria que havia algo de errado... Conversei com a oficial Hyeon, que se passou por uma estudante e foi diretamente atacada, agora tenho ao menos uma prova descente contra ele. Depois ele o viu e tentou agir contra você para evitar problemas, e como não conseguiu com certeza está desesperado ou perto disso...
— Explique isso melhor.
Taehyung revirou os olhos.
— Seria coincidência demais que uma vítima do caso em que estamos trabalhando aparecesse no hospital em que o doutor Kim trabalha, no corredor de seu quarto particular e bem vigiado e confessasse justo á ele que foi abusada e dopada... — Taehyung murmurou divertido. — Mas ele caiu, tentou atacá-la e acha que conseguiu, a oficial Hyeon fingiu ser atingida e dopada e a enfermeira que a pegou na maca no corredor era outra oficial, a sala em que entraram já estava preparada com câmeras escondidas. Já tenho tudo que precisava contra ele e os arquivos do pendrive serão ainda mais úteis...
— E onde eu entro nessa história?
— Você viu a cena, ele tentou te silenciar e Yoongi interviu, isso fará ele recuar, seu grupo não agirá por algum tempo por medo e iremos usar esse tempo para capturar os membros dessa equipe e o assassino. E você sabe oque o medo faz com as pessoas?
Jimin não respondeu, estava surpreso demais com tudo que o detetive havia lhe contado.
— Ele as torna vulneráveis — respondeu o Kim com um sorriso cínico. — e nós vamos usar isso ao nosso favor.
— O que isso quer dizer? — Jimin piscou confuso, se levantando aflito, não conseguia ficar parado.
Taehyung pendeu a cabeça para o lado, os olhos escuros brilhavam entretidos.
— Que você, meu pequeno peão chegou ao outro lado do jogo e está na hora de ser promovido — respondeu por fim, fazendo Jimin franzir o cenho ainda mais confuso. Nunca entendia o que o Kim queria dizer quando começava a fazer analogias com o jogo de xadrez.
— E oque um peão como eu pode fazer? Eu sou ainda mais inútil agora machucado.
Taehyung balançou a cabeça negando, embora soubesse que o Park não poderia vê-lo.
— Você sabe o que acontece quando o peão chega ao outro lado do tabuleiro?
Jimin deu de ombros bufando estressado e Taehyung já conseguia imaginar oque estava fazendo ou pensando. Mas não era tão idiota assim, conhecia ao menos algumas regras do jogo.
— Ele pode se tornar outra peça — respondeu incerto e Taehyung sorriu contente.
— Exatamente! — confirmou divertido. — E você, senhor Park, será minha rainha.
Jimin não sabia onde Taehyung queria chegar com aquilo, mas sorriu de canto.
— E oque eu preciso fazer?
— Primeiro... Não conte nada a Yoongi, ele não pode saber que estou envolvendo você nisso — ordenou o detetive. — e segundo... Vamos usar ao máximo esse seu rostinho de anjo e nos aproveitar desse seu breve machucado. — murmurou Taehyung, pensativo.
— Estou ás ordens, senhor Kim — Jimin respondeu, andando devagar em direção á sala, após ouvir o chamado de sua avó.
— É claro que está — Taehyung riu baixinho, ligando o carro. — agora, preciso que preste bem atenção ao que eu vou lhe dizer e quero que faça exatamente como eu mandar, entendeu?
— Sim, senhor.
Então Taehyung começou a falar.
[Agora]
Taehyung dirigia calmamente em direção a delegacia, havia acabado de deixar Hoseok em seu restaurante e prometera ao amigo que ligaria assim que resolvesse a situação com Jungkook. Assim que chegou Yoongi o encarou irritado e ambos caminharam em direção ao escritório do Min que parecia ansioso.
— Não o encontraram? — Taehyung perguntou e o delegado negou. — Isso não faz sentido...
— Esse plano é uma droga!
— Sua ansiedade que é, relaxa — o detetive se sentou na cadeira em frente a mesa de Yoongi e suspirou. — Vamos esperar.
— O que te faz pensar que ele vai vir até aqui se entregar? A essa hora Jungkook já deve estar pegando um trem para outra cidade ou um avião para outro país e-
— Pelo amor de Deus, — o Kim revirou os olhos. — você fala demais.
— Onde Jimin está?
— Voltando? Eu não sei — Taehyung deu de ombros e Yoongi o encarou em silêncio.
— Você contou a ele — disse irritado e Taehyung não respondeu. — que porra Taehyung!
— Eu não contei nada!
— Contou sim! — Yoongi agarrou os fios de cabelo, andando de um lado para o outro no cômodo, ainda mais nervoso e ansioso. — Ele acabou de levar um tiro e você está mais uma vez envolvendo-o em seus joguinhos.
Taehyung se levantou por fim, não tinha tempo e nem desejava discutir com Yoongi naquele momento.
— Ele vai atraí-lo para cá. — confessou, despreocupado e Yoongi conteve o impulso de se lançar contra o mais novo.
— Você mandou o Jimin até a pessoa que supostamente é um assassino? Que ideia brilhante! — esbravejou o delegado rindo nervoso. — Quando tudo isso acabar e você perceber que estava errado eu vou demiti-lo e socar a cara do Jungkook!
— Não foi ele!
— Então por quê ele fugiu? — retrucou o Min, de braços cruzados.
— Provavelmente está confuso, suas memórias voltaram e-
— Essa desculpa não cola mais Taehyung, quando pegarmos ele vamos prendê-lo pelo assassinato de Jisoo.
— Claro — o Kim concordou. — isso faz parte do plano.
— Não me refiro ao seu plano suicida, temos provas de que Jungkook pode ser o assassino, então, a não ser que você ou ele encontrem o maldito pendrive e provem o contrário, ele ficará preso.
Taehyung concordou, dando de ombros.
— Ainda temos alguns minutos, logo ele aparece. — respondeu, saindo do escritório de Yoongi sem dizer mais nada.
O tempo estava correndo e Taehyung andava de um lado para o outro esperando uma ligação de Jimin, que não veio, por outro lado, seu coração acelerou assim que sentiu o celular vibrar e o nome de Jungkook surgir na tela brilhante.
— Onde você está? — perguntou por fim, ansioso.
Jungkook respirou fundo, mordendo os lábios maltratados.
— Que merda está acontecendo detetive? Por que tem um monte de viaturas em frente ao meu prédio?
O detetive mordeu o interior da bochecha nervoso, aquilo não fora planejado, mas era ainda melhor, embora suspeitasse que Jungkook fosse odia-lo por um bom tempo, ou talvez não, Taehyung tinha esperanças de que Jeon entenderia.
— Haviam coisas no seu quarto e...
— Eu posso explicar! — o mais novo respondeu aflito, sua cabeça doía e ainda era difícil lidar com as lembranças que acabara de recobrar. — Eu me lembrei de tudo.
— Eu preciso que venha a delegacia imediatamente — pediu o Kim e Jungkook concordou.
— Eu estou ai perto, você acredita em mim, certo?
Taehyung mordeu os lábios aflito, sentia o coração comprimir.
— Acredito.
Em poucos minutos Jimin apareceu com Chaeyoung e outros oficiais que carregavam as provas coletas no apartamento de Jungkook e levavam em direção a sala de análise. O Kim avistou Jennie próxima a recepção e sorriu discreto, mantendo-se no corredor em frente ao escritório de Yoongi.
— É ele! — o Kim ouviu a voz de um dos oficiais e logo avistou a cabeleira escura de Jungkook que se esquivou dos homens irritado.
— Taehyung! — gritou, atraindo a atenção de todos ali presentes.
O detetive virou as costas para Jeon e chamou por Yoongi que levantou o olhar irritado. Antes que pudesse acompanhar o Min até Jungkook, sentiu o celular vibrar sobre o bolso da calça e respirou fundo antes de atender.
— Taehy! — a voz de Hoseok soou preocupada do outro lado da linha. — E então?
— Você ligou em uma péssima hora Hyung — respondeu o Kim, se aproximando do corredor onde Jungkook parecia ter uma discussão com Yoongi.
— O que aconteceu?
— Jungkook está aqui.
— Ele se entregou?
— Não... — respondeu o detetive se aproximando de Jeon que o olhou perdido e assustado.
— Diga a eles Taehyung! — pediu Jungkook se esquivando das mãos dos policiais atrás de si. — Conte a eles que sou inocente.
O detetive desviou o olhar de Jungkook que arregalou os olhos, assustado.
— Encontramos o celular de Jisoo no seu quarto — disse Yoongi atraindo o olhar confuso de Jungkoook. — fora as milhares de fotografias da garota e informações sobre ela e os membros da polícia — informou o delegado, olhando para Taehyung, aguardando sua confirmação.
Jungkook negou com a cabeça alarmado tentando se aproximar de Taehyung que deu um passo atrás, sem encarar Jeon de fato.
— Isso não faz sentido, deve ser algum engano, eu jamais machucaria Jisoo. — respondeu, engolindo em seco, os olhos escuros não desviavam do rosto do detetive, que mantinha o olhar sobre o chão.
Yoongi deu de ombros e encarou o Kim, esperando por sua resposta que veio fraca e sem emoção alguma, fazendo o coração de Jungkook comprimir em angustia.
— Pode prendê-lo — ordenou o detetive, dando as costas para Jungkook, que arregalou os olhos e trincou o maxilar, irritado.
— Não fui eu! Porra! — gritou tentando se desvencilhar dos homens que tentavam contê-lo. — Eu posso provar, eu sei onde está o pendrive!
Yoongi franziu o cenho e Taehyung mordeu os lábios, agarrando o celular com força, erguendo o olhar confuso em direção a Jeon.
— Ele está mentindo — disse o detetive a Yoongi, que abriu a boca confuso. — não sabia onde estava até ser acusado.
Jungkook cerrou os punhos e forçou os braços se livrando das mãos dos policiais. avançando contra Yoongi e Taehyung que desviou de Jeon, que correu em direção ao escritório do delegado.
— Peguem ele! — gritou Jimin e os policiais o seguiram apressados, juntos de Yoongi e Taehyung. Enquanto todos presenciavam a cena estáticos.
Jungkook entrou no cômodo já conhecido e passou os olhos correndo pelo local, finalmente encontrando oque procurava, antes que pudesse avançar sentiu braços firmes o segurarem e se debateu irritado, não dando ouvidos aos avisos de Yoongi.
— Se resistir será pior — informou o Min.
Jungkook encarava Taehyung irritado e se balançou com mais força, livrando-se do aperto, avançando contra a estante de Yoongi, agarrando a estátua da deusa da guerra, presente que o delegado havia recebido de Jisoo, a íris de Jeon brilhavam de ódio. Yoongi arregalou os olhos, confuso e angustiado.
— Solte isso!
Jungkook riu cínico, jogando a cabeça para trás, segurando com firmeza o objeto, os dedos brancos devido ao aperto e sem pensar duas vezes, em um piscar, lançou a estátua contra a parede, quase acertando o rosto de Yoongi que se esquivou. A estatua se despedaçou sobre o chão e Yoongi levantou o olhar, enfurecido.
— Prendam ele agora! — vociferou o delegado com os olhos cheios de lágrimas. Aquilo era tudo que havia lhe restado desde que a garota morrera e Jungkook havia destruído, nunca em momento algum se sentiu tão enraivecido.
Jungkook grunhiu e gritou, tentando se livrar dos policiais, mas haviam o suficiente para contê-lo, arrastando-o para longe da sala de Yoongi, que seguiu seus homens, que levavam o estudante para o mais longe dali. Taehyung apressou o passo para acompanhar o Min, deixando a porta da sala entreaberta.
Hoseok continuou perguntando o que estava acontecendo e irritado Taehyung levou o celular ao rosto.
— Hyung, não é uma boa hora – o Kim avistou Jimin próximo a porta dos fundos e entregou o celular o estagiário. — Jimin, fale com ele e desligue, eu não tenho tempo. – ordenou ao Park que concordou prontamente.
Todas as outras pessoas presentes na delegacia — funcionários e civis — observavam o ocorrido curiosos, enquanto o oficial Wang tentava conte-los de se aproximar do corredor dos funcionários da delegacia, empurrando a todos e pedindo que voltassem a recepção, acompanhado de Chaeyoung que murmurava baixinho para Jennie, explicando o que acabara de acontecer.
Jimin saiu do corredor e se sentou próximo ao balcão da recepção, tentando acalmar o melhor amigo de Taehyung.
— Está tudo bem, – afirmou. — ele ordenou a prisão de Jungkook e o garoto surtou, quebrou algumas coisas na sala de Yoongi, gritou sobre algum pendrive e agora estão levando Jungkook para uma sala afastada, o mais distante possível. – explicou ao Jung que parecia nervoso na ligação. — Taehyung não pode falar agora... Você não precisa se preocupar.... Bom, sim, se quiser tanto falar com ele pode entrar pelos fundos a porta está aberta... Ele vai demorar, Yoongi está com ele em outra sala tentando conter Jungkook.... Sim, ele está em segurança, até mais senhor Jung – finalizou a ligação, suspirando ansioso.
O olhar de Jimin encontrou o de Jennie que o observava mais distante, atenta a ligação, curiosa.
Longe dos corredores, Jungkook era brutalmente arrastado em direção a outra sala, enquanto gritava enfurecido com Taehyung e Yoongi, que o seguia logo atrás. Assim que os policiais entraram com Jeon em uma sala mais distante da recepção e dos corredores o soltaram e Jungkook torceu o pescoço, cansado. O detetive entrou logo em seguida com um sorriso cínico no rosto.
— Me sai bem? – Jungkook perguntou entretido, as sobrancelhas erguidas, enquanto massageava os pulsos doloridos. Se aqueles homens quisessem, certamente o teria segurado na recepção, mas Taehyung já tinha tudo preparado.
[Uma hora atrás]
"Jimin estava esperando a recepcionista Chae descer com o pessoal e as provas coletadas, quando avistou Jungkook na esquina da rua, observando as diversas viaturas. O Park pigarreou e apressou o passo em direção ao rapaz que recuou e se escondeu atrás de uma banca de jornais.
— Achei você – exclamou aliviado e Jungkook franziu o cenho. — sei o que está pensando e vim avisar que tá' tudo sob controle.
— Estão invadindo meu apartamento – exclamou Jungkook, irritado. — Vocês não precisam de um mandato pra isso?
— Nós temos um.
— Tão rápido assim?
— Taehyung havia solicitado ontem de manhã — explicou o Park.
Jungkook engoliu em seco, sentindo o coração comprimir.
— Então ontem a noite... Quando nós... – murmurou confuso e magoado e Jimin franziu o cenho.
— Não sei o que fizeram ontem a noite mas não estava nos planos de Taehyung, ele enviaria as viaturas ao seu apartamento enquanto estaria na cafeteria, não hoje tão cedo.
Jungkook mordeu os lábios sentindo-se aliviado, embora ainda estivesse confuso.
— Por que ele está fazendo tudo isso?
— É um plano idiota dele – Jimin deu de ombros. —, ele só não esperava encontrar aquelas coisas no seu quarto... – alertou.
— É um mal entendido, eu posso explicar a ele, isso é de quando eu estava investigando o assassinato de Choo sozinho, não é oque parece ser – explicou alarmado, mal havia começado qualquer relação com o detetive e estava colocando tudo a perder.
Jimin suspirou, olhando ao redor.
— Olha, eu preciso ir, mas vim dar um recado de Taehyung – se aproximou de Jungkook, que franziu o cenho, mas se manteve atento. — ele sabe que você é inocente, mas precisa que você faça uma coisa antes...
— Como assim?
— Não tenho tempo para dar detalhes agora, mas vá a delegacia e faça um escândalo, chame atenção de todos para si e Taehyung disse que você precisa quebrar a estátua – o Park franziu o cenho, confuso. — não sei o que isso quer dizer, mas ele disse que você entenderia.
— Quebrar a estátua....? – Jungkook murmurou confuso. — Por que ele-
— Olha, não importa, por mais que eu também queira saber onde ele quer chegar com todos esses joguinhos, ele não contará, então tudo que posso dizer é que Taehyung pediu para você confiar nele. Ligue se precisar.
Jungkook concordou.
— Tudo isso é para pegar o assassino, não é? – Jimin concordou. — E quem é?
— Eu não sei, tudo que me contou é que existem três suspeitos e que hoje confirmaria de uma vez quem poderia ser. – o Park deu de ombros. — Meu trabalho é atrair todos para a delegacia.
Jungkook piscou em compreensão, a mente trabalhando rapidamente e concordou.
— Mas como eu vou chamar atenção na delegacia?
Jimin sorriu cínico.
— É bem simples, você vai ser preso – respondeu, sorrindo contente ao notar a expressão surpresa nos olhos arregalados de Jungkook."
Taehyung abriu um sorriso largo assim que entrou no cômodo e viu Jungkook, apressando o passo para perto do mais novo, segurando seu rosto com delicadeza, trazendo seus lábios para junto de si, deixando um leve selar em sua boca. Jungkook sorriu.
Os policias desviaram o olhar, tentando não demonstrar qualquer reação ao ato carinhoso entre os dois homens
— Você foi incrível – elogiou o detetive, se afastando.
Yoongi entrou logo em seguida, com uma carranca no rosto.
— Você sabia onde estava o pendrive esse tempo todo! – esbravejou, lançando um olhar enraivecido a Taehyung que deu de ombros. — Por que não me contou?
— Por que você não saberia reagir corretamente a situação, é um péssimo ator, começaria a dar risada ou ficaria vermelho – explicou o Kim cruzando os braços. — Mas confesso estar surpreso, você quase chorou — sorriu o loiro.
Yoongi o encarou enfurecido.
— Mas é claro! Eu não sabia e nem imaginava que estava na estátua, era um presente de Jisoo e ele destruiu de repente e-
— Relaxa, eu cuidei disso — o detetive sorriu, lhe lançando uma piscadela, Yoongi semicerrou os olhos, desconfiado.
— Precisamos voltar e pegar o pendrive! – o Min fez menção de se virar mas Taehyung segurou seu ombro, negando. — O que foi agora? Vamos deixar que alguém pegue e suma com ele?
Taehyung sorriu de canto, convencido.
— O plano é exatamente esse – afirmou, contente com o olhar surpreso de Yoongi.
— Então não foi o garoto? — Yoongi fitou Jungkook descaradamente. Ainda não simpatizava com o estudante de fotografia.
— Não. — afirmou o Kim.
Yoongi analisou Jungkook friamente e suspirou, olhando irritado para os policiais.
— Ao menos coloquem uma algema nele, façam isso parecer real – ordenou aos homens que estremeceram e logo acataram, prendendo o objeto de metal aos pulsos de Jungkook que suspirou entediado.
— Precisamos ficar alertas, não podemos deixar que o pendrive seja pego ou destruído, isso é um plano muito arriscado – Yoongi murmurou, andando ansioso de um lado para o outro, enquanto Taehyung se colocava ao lado de Jungkook que estava apoiado na mesa, alerta.
— Relaxa, o pendrive verdadeiro não está naquela estátua – murmurou Taehyung, brincando com os anéis nos dedos.
Yoongi levantou o olhar ainda mais confuso.
— Como assim?
— Eu troquei.
— O que?!! – o delegado abriu a boca, chocado e Taehyung riu. — Como você fez isso? Eu sempre deixo a sala trancada quando não estou.
O detetive deu de ombros.
— Jimin ainda tem a cópia da chave que deu a ele – murmurou. — eu entreguei a réplica da estátua com um pendrive falso a ele, então ele entrou e trocou.
— O Jimin? Mas quando ele....? — o delegado piscou confuso e surpreso.
— Vocês subestimam ele demais — o detetive sorriu, convencido. —, um simples estagiário vocês pensam... — murmurou, de forma audível o suficiente para que todos ali no cômodo pudessem ouvir. — mas alguém que conhece cada canto da delegacia, tem acesso a informações de diversos casos e ainda por cima a chave reserva do escritório do delegado — Taehyung inclinou a cabeça, observando a expressão do Min.
Taehyung analisou Yoongi entediado.
— Esse é o ponto fraco de vocês, peças de grande valor — continuou, a menção ao jogo de xadrez fez o delegado franzir o cenho. — um cavalo jamais temeria um peão, — comentou, cruzando os braços. — mas eles esquecem que esse peão pode evoluir e se tornar uma rainha.
Yoongi mordeu os lábios irritado com o pequeno sermão disfarçado.
— Você disse que já tinha uma rainha — comentou, lembrando-se do dia em que o detetive usou a peça como uma analogia a sua irmã. — não pode jogar com duas.
— Eu posso ter quantas eu quiser — o Kim sorriu sarcástico. — eu sou o jogo.
Yoongi revirou os olhos, já estava cansado de ouvir o Kim falar daquela forma, só queria solucionar aquele caso o quanto antes e livrar Jimin das garras do detetive, que parecia não pesar as consequências de seus atos.
— Jimin é confiável, mesmo que tenha todos esses acessos ao caso, isso não o torna um suspeito — tentou argumentar, imaginando que o Park poderia ser um alvo do Kim, no entanto Taehyung riu soprado.
— Eu sei disso, mas qualquer pessoa que seja ardilosa o bastante pode usá-lo para benefício próprio... — o Kim desviou o olhar do delegado para Jungkook que mordia os lábios e fitava o chão envergonhado.
— Desde quando sabia sobre o pendrive? — perguntou Yoongi.
— Desde o dia em que Jungkook disse que havia outro — ele deu de ombros e aquela foi a vez de Jeon arregalar os olhos, embora Yoongi parecesse tão chocado quanto.
— Me fez andar em círculos buscando por nada? — reclamou e Taehyung não esboçou qualquer expressão.
— Eu precisava que pensassem que não sabíamos, sabe por que?
Yoongi o encarou irritado, não queria aumentar ainda mais o ego do detetive, que se divertia com sua falta de raciocínio.
— A melhor forma de vencer um jogo é fazer seu oponente pensar que está encurralado, prestes a perder e então...
— Ele baixa a guarda — sussurrou Jungkook, contente ao receber um sorriso orgulhoso de Taehyung.
— Onde está o verdadeiro? – Yoongi perguntou ansioso, finalmente entendendo que o plano de Taehyung não era tão ruim assim. Na verdade, era brilhante.
O Kim fez menção de abrir a boca, mas se calou assim que ouviu um disparo reverberar pelo local, ecoando alto. Taehyung congelou, junto de Yoongi e Jungkook, confusos.
Aquilo não fazia parte do plano. E Yoongi, como se sentisse que algo havia saído do controle, se endireitou apavorado.
— Jimin! – sussurrou, se lembrando que o Park ficara na recepção e era o único fora daquele cômodo que sabia e fazia parte do plano.
Taehyung abriu a porta rapidamente e correu atrás de Yoongi pelos corredores, em direção a recepção e paralisou ao notar a porta do escritório do delegado escancarada. Ambos trocaram olhares rápidos e Taehyung fez menção para os dois policiais cuidarem de Jungkook, que vinha logo atrás, as mãos algemadas em frente ao corpo.
O Kim tomou a frente de Yoongi e apressou o passo para dentro do escritório, pronto para confirmar suas suspeitas, mas arregalou os olhos assim que a ficha lhe caiu.
— Hoseok! – sussurrou, alarmado, se aproximando do ruivo.
Seu corpo estava caído no chão, e o Jung tossia dolorido, as mãos pousadas sobre o peito que estava molhado de sangue, onde a bala havia cravado.
Taehyung correu em direção ao corpo do melhor amigo confuso e abalado, olhando ao redor em busca da estátua, que se encontrava destruída sobre o chão, no entanto, o pendrive falso não estava mais ali.
— Taehy — o Jung sussurrou sofrido e o Kim segurou sua cabeça, apoiando-a sobre o colo, olhando apavorado para a poça de sangue que se acumulava sobre o tronco do ruivo. — Isso...
— Chamem uma ambulância! — Yoongi gritou para um de seus homens que saiu em disparada, Jungkook se aproximou da porta confuso e arregalou os olhos.
— Por que você estava aqui? — Taehyung piscou alarmado, contendo as lágrimas.
— Jimin me disse que eu poderia falar com você se viesse... — Hoseok grunhiu de dor e Taehyung arregalou os olhos, observando Yoongi arrancar o terno, colocando-o sobre a ferida da bala, estancando o sangue. — eu estava... preocupado.
— Por que? — o Kim reclamou, sentindo a garganta arder. — Isso não fazia parte do plano, você não... Se não era você então...
Hoseok franziu o cenho, a testa se enchendo de vincos. E então piscou em compreensão, magoado.
— Isso tudo foi um plano para me atrair para cá? — perguntou triste e Taehyung desviou o olhar de seu semblante pálido. — Você pensou que eu... Taehy?
— Não diga mais nada, vai ficar tudo bem.
— Por que, Taehy? — insistiu o ruivo, contendo os gemidos de dor.
Um dos policiais surgiu, informando que a ambulância chegaria em cinco minutos.
— É muito tempo, droga — grunhiu Yoongi, mantendo os braços firmes sobre o tronco do Jung, que ainda encarava Taehyung, aguardando uma resposta.
— Taehy...
— Droga Hyung! — Taehyung mordeu os lábios, sentindo o gosto metálico do sangue sobre a língua, estava irritado consigo mesmo por não ter cogitado a ideia de que mesmo se o Jung não fosse o assassino, sua personalidade o atrairia para o local de qualquer forma. Fazendo-o dar de cara com o verdadeiro culpado. — Eu nunca acreditei que era você, mas eu precisava ter certeza.
— Por que não me perguntou?
— Eu não podia...
— Você não confiou em mim... — o Jung desviou o olhar e Taehyung notou a lágrima deslizar por sobre sua face.
— Não é isso Hyung, mas você mentiu pra mim — argumentou o Kim, tentando manter Hoseok alerta, acordado. — me disse que não estava em Seul naquela noite, mas estava.
— Eu ia fazer uma surpresa de boas vindas pra você, Taehy... — explicou o ruivo, os olhos castanhos pareciam opacos e o Kim piscou alarmado. — mas então Choo morreu e eu não consegui e você estava tão descontrolado que eu menti, desculpe.
— Não precisa se desculpar, é minha culpa Hyung, mas vai ficar tudo bem, a ambulância já esta a caminho, vai ficar tudo bem.
Hoseok sorriu contente, embora suas esperanças não fossem imensas.
— Não foi ele — sussurrou e Taehyung franziu o cenho. — não foi seu garoto — o Jung ergueu o olhar com dificuldade, encontrando Jungkook na porta, encarando-os assustado.
— Eu s-sei disso — soluçou o Kim, sentindo as lágrimas molharem o rosto.
Hoseok riu baixinho, grunhindo de dor logo em seguida.
— É claro que sabe...
— Pare de falar Hobi Hyung, só vai piorar...
Yoongi se afastou do ruivo assim que enfermeiros invadiram a sala, colocando o corpo de Hoseok com cautela sobre a maca, carregando-o o mais rápido possível para a ambulância. Taehyung se levantou, as mãos estavam repletas de sangue, mas não era pior que Yoongi e seguiu o melhor amigo angustiado, Jungkook os observou em silêncio, não sabia se o plano ainda estava em curso.
Do lado de fora da delegacia, o céu nublado e a chuva fraca combinavam com o humor sombrio que perseguia Taehyung, que caminhava apressado ao lado da maca.
Os paramédicos cuidavam do Jung, conversando com o mesmo a fim de mantê-lo acordado, Taehyung se aproximou depressa assim que ouviu o melhor amigo murmurar o seu nome. Os fios molhados devido a chuva grudavam em seu rosto e as lágrimas se misturavam a eles.
— Taehy... eu estou com medo — confessou, seu olhar parecia perdido e Taehyung engoliu em seco, segurando sua mão. Hoseok estava pálido além da conta. — e-eu nã-ão quero morrer...
Taehyung soluçou baixinho, sentindo as lágrimas queimarem seu rosto.
— Não precisa ter medo Hyung.
— Eu gostaria que você soubesse qu-que eu te amo muito Taehy... — grunhiu o ruivo e Taehyung concordou apressado, sentindo sua garganta arder, tamanho era o esforço que fazia para não chorar. — você sempre foi como um irmão pr-pra mim...
— Você também Hyung — disse o Kim. — agora por favor, não fale mais se não você-
— Taehy... — o ruivo o encarou irritado. — eu não sinto mais o meu corpo — disse por fim e Taehyung balançou a cabeça em negação.
— Não Hyung, eles são bons enfermeiros, você é forte e-
— Taehy!
Taehyung o encarou assombrado, aquilo não podia estar acontecendo de novo, não podia.
— Eu preciso que me escute — Hoseok olhou para um enfermeiro que o colocava dentro da ambulância, o detetive entrou junto, ouvindo reclamações. — me promete que vai se alimentar direitinho.
— H-Hyung — Taehyung soluçou, negando com a cabeça. — por favor, não.
O ruivo ignorou os pedidos do mais novo.
— Você precisa ter três refeições por dia, saudáveis e também... — Hoseok arfou cansado. — pare de tomar muito café, você nunca gostou e não faz bem.
— Ce-Certo — concordou o Kim.
— Coma bastante e beba muita água — continuou Hoseok, segurando levemente os dedos do melhor amigo que chorava copiosamente. —, e sobre o garoto... Ele é bonito — ambos sorriram cúmplices. — investe nele.
Taehyung concordou rapidamente, as lágrimas não cessavam e o peito do Kim se comprimia dolorido.
— Eu farei tudo isso Hyung, mas com você ao meu lado — respondeu o Kim, observando os enfermeiros entrarem na ambulância, um deles pediu que saísse. — você vai ficar bem.
— Eu gostaria que isso fosse verdade.... Eu ainda estou com muito medo.
Taehyung se aproximou e deixou um leve selar na testa do Jung que sorriu triste.
— Você se lembra de quando eramos criança e você tinha medo do escuro?
— S-Sim...
— Se lembra do que eu dizia a você?
— Para fechar os olhos, que tudo ficaria bem.
Taehyung concordou, forçando um sorriso encorajador.
— Então faça isso Hyung, feche os olhos e quando abri-los novamente, verá que está tudo bem.
— Você é um péssimo mentiroso. — comentou o Jung, seguindo as orientações do Kim.
— Não sou, acredite em mim. — murmurou, saindo da ambulância, sentindo o coração comprimir.
— Como pode ter certeza? — Hoseok perguntou e Taehyung mordeu os lábios.
— Eu nunca erro, Hyung — respondeu alto e as portas da ambulância se fecharam, a sirene soou e o veículo saiu em disparada ao hospital mais próximo.
E o Kim, pela primeira vez, estava errado.
Taehyung observou em silêncio a ambulância partir e assim que a mesma sumiu de seu campo de visão sentiu os joelhos fraquejar e caiu no chão, as mãos cobriam o rosto e o Kim se esforçava para não desabar ali, naquele momento.
O detetive respirou fundo, tentando organizar sua mente, se manter calmo e ergueu o olhar assim que sentiu que as gotas de chuva não o molhavam mais.
Sobre sua cabeça havia um guarda-chuva transparente e o Kim direcionou o olhar ao cabo do objeto, onde as iniciais 'MYG' estavam gravadas.
— Não deveria ficar na chuva, pode pegar um resfriado — a voz soou calma e rouca e o detetive conteve o impulso homicida que o dominou naquele breve momento.
— Eu quero ir pra casa — respondeu o Kim, se levantando devagar, os olhos castanhos finalmente encontrando os escuros da pessoa a sua frente.
— Eu posso leva-lo se quiser — ofereceu e Taehyung concordou, olhando de relance para Yoongi que encarava o guarda-chuva estático.
O delegado sussurrou ordens aos seus homens e puxou Jungkook para longe, enquanto o garoto o encarava confuso e assustado, sua expressão já confirmava oque o Kim já suspeitava a meses, mas que finalmente podia confirmar.
— Eu lhe agradeço, Jackson.
— É sempre bom ajudar, senhor — o oficial Wang sorriu e guiou o Kim em direção a viatura.
Taehyung se manteve em silêncio durante todo o trajeto até seu apartamento, embora sua respiração estivesse pesada.
Passara anos imaginando oque faria quando descobrisse quem era o assassino de sua irmã e estar ao lado do homem o fazia sentir um embrulho no estômago, mas precisava seguir com o plano.
— O senhor não prefere ir ao hospital ver seu amigo? — perguntou o policial, assim que estacionou em frente ao prédio.
— Eu só quero ficar sozinho — negou o Kim e Jackson concordou.
— Se quiser, posso acompanhá-lo até seu apartamento.
O Kim concordou, mordendo a bochecha internamente e saiu devagar do carro, caminhando em direção a entrada do prédio ao lado do oficial Wang, que segurava o guarda-chuva a fim de proteger ambos.
Taehyung entrou no elevador em silêncio e se encostou cansado, sem mover um músculo e Jackson o acompanhou, teclando o botão do térreo assim que entrou.
O Kim sentia o coração disparar no peito e respirou fundo diversas vezes, enquanto entrava no local bagunçado devido a invasão recente, dando passagem para Jackson fazer o mesmo, o policial olhou ao redor entediado.
— Parece que você teve uma visita inesperada, senhor — observou o homem e Taehyung deu de ombros, caminhando em direção a sala.
— Não tanto assim...
Jackson franziu o cenho.
— Esperava que seu apartamento fosse invadido?
— Eu esperava muitas coisas, mas não oque acabou de acontecer — confessou e notou o leve sorriso que surgiu os lábios do homem. O Kim cerrou os punhos, se sentando na poltrona intacta. Até mesmo seu sofá estava rasgado, em frangalhos.
— Sinto muito pelo seu amigo.
— Você fala como se ele estivesse morto, Hoseok é forte, vai sobreviver — respondeu sério e o semblante de Jackson escureceu.
— Talvez esteja errado senhor — o homem andou devagar em sua direção, embora seus olhos não parassem de analisar o local.
— Procurando alguma coisa, oficial Wang?
Jakcson negou, sorrindo de canto.
— Só estou... surpreso. — mentiu.
Taehyung concordou com a cabeça, os olhos castanhos analisavam atentamente o homem a sua frente.
— Essas coisas acontecem, o importante é que temos câmeras de segurança na delegacia, em breve descobriremos quem fez isso — comentou o Kim, brincando com os anéis grandes em seus dedos, o olhar ainda fixo no policial.
— O escritório do delegado Min não tem câmeras — observou Jackson, tranquilo.
— Eu sei disso — Taehyung sorriu de canto, apoiando o rosto na mão direita. — por isso que escondi uma entre seus livros — disse por fim e Jackson paralisou, encarando-o estático.
A postura tranquila do homem mudou drasticamente e Taehyung se endireitou, sem deixar a pose autoritária, encarava o policial com crueldade e Jackson deu um passo atrás, levando a mão em direção a cintura, onde o revólver se localizava.
O Kim sorriu entretido e levou o dedo indicador em direção a própria testa.
— Mire bem, oficial Wang, essa é sua ultima jogada.
Jackson riu com escárnio, agarrando a arma por fim.
— Você está sozinho detetive e sua mente brilhante não pode salvá-lo de uma bala — respondeu, engatilhando o revolver.
Antes que pudesse pensar em disparar a porta se quebrou com um arrombo e o policial Wang pulou surpreso, desviando a mira do Kim para Yoongi, que estava acompanhado de mais dois homens, ambos com as armas apontadas para Jackson.
Taehyung riu soprado.
— Foi tão fácil... — murmurou se levantando por fim, caminhando devagar em direção a porta de entrada, olhando atentamente para o corredor vazio. O detetive ergueu a madeira da porta quebrada com dificuldade e a apoiou contra a abertura, calmamente.
Yoongi e seus homens se mantinham em alerta, enquanto Jackson engolia em seco.
— Não podem me prender por apontar uma arma pra cabeça dele.
— Na verdade podemos, — Yoongi respondeu, engatilhando a pistola. — mas não é por esse crime que estamos aqui.
Jackson sorriu convencido.
— E contra oque seria? Onde estão as provas?
— Oras... — Taehyung voltou para a sala, segurando um copo de água. — não estão com você? — zombou, indicando o bolso da calça de Jackson que trincou o maxilar. O detetive sorriu. — Eu acertei?
Jackson soltou o revólver, erguendo as mãos.
— Tudo bem... Eu me rendo — disse por fim, fazendo Yoongi piscar confuso.
Taehyung negou com a cabeça se aproximando devagar do homem.
— Não é assim que funciona, meu caro. — disse o Kim e o policial franziu o cenho, confuso. — eu peguei você e agora... Vou decidir oque fazer. — sorriu diabólico.
— Não pode fazer isso! — esbravejou o Wang encarando o delegado e os policiais logo atrás.
Taehyung sorriu ainda mais, colocando as mãos sobre o bolso da calça.
— Eu posso fazer oque eu quiser! — esbravejou, a voz grossa e rouca soando firme e amedrontadora. — E nesse momento... Meu conceito de justiça acabou de mudar.
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
CARALHO!!!
Eu estou ansiosa demais.... o que acharam?
Já desconfiavam?
Por favor, não surtem ou reclamem sobre o Jackson ser o assassino da Choo, no próximo capitulo serão revelados os motivos dele (não que isso justifique oque ele fez) e será revelado o restante do plano de detetive.
Hoseok morreu... Ele sinceramente era meu segundo personagem favorito, depois do Yoongi, porque ele sempre foi expressivo e direto, ele cuidava do Taehyung e era no fim a unica pessoa realmente confiável durante toda a história....
Vocês ainda terão acesso a alguns flashbacks com o ruivinho injustiçado e FALSAMENTE ACUSADO!
Me digam o que acharam desse capítulo.
Estão decepcionadas comigo? Não fiquem... Código 121 só vai melhorar depois dessa revelação...
Por favor usem bastante a hashtag #CODIGO121 eu vou correr pra lá, para ler oque estão dizendo hein....
Enfim....
Agora me digam as teorias de vocês sobre oque acham que vai acontecer... HEHE
Deixem suas criticas e elogios sobre esse capitulo aqui.
Não se esqueçam do purple heart.
~até breve 🐰💜🐯