A Guerra de Corona - I

Autorstwa RubiElhalyn

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Em um mundo repleto de diversidade, magia, reinos incríveis e uma beleza incomparável, você pode pensar que é... Więcej

Reino Enydreio
Reino de Coille
Irises- o Reino das Cores
Álfheim- o reino élfico
Um Limiar histórico
Reino de Sunna
Praia das Fadas
Uma aventura esperada
Barreira Maligna
Navio-pião-celeste
Primeiros passos para o futuro
Novos conhecidos
Rainha 'Narigão' Neuf
Mães antes de serem rainhas
Prioridades
RIP Alegria de Sunna
Lesmas paralíticas
Introdução à nova vida
Dias de descanso
Juntas novamente
Entre reinos
Amigos, pero no mucho
Mar de dúvidas
A Rebelião dos Iluminados
Memórias sangrentas
Sentido Fênix em alerta
Investigar é preciso
A líder dos Iluminados
Julgamento
Não fui eu!
Segredos metamórficos
Procurada - Parte I
Procurada - Parte II
Belfast, seu idiota!
A traição
Um dia tenso
V de Vimana

A pequena-grande Princesa Cervo

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Autorstwa RubiElhalyn


O portal levou Rubi e Hanako para frente do castelo da família real de Fèidhuaine que ficava no topo de uma colina onde o castelo de paredes escuras parecia esculpido em uma grande rocha da própria colina. Um caminho sinuoso de terra batida levava ao castelo e os guardas ficavam metros acima na parede do castelo. Na frente estava a rainha Alyssa conhecida por seu espírito forte e guerreiro. Algumas vezes ela dava aulas especiais de combate corpo a corpo nos grandes Templos de Conhecimento. Era uma mulher magra com aparência frágil, o que iludia muitos inimigos que eram pegos de surpresa pela sua força e habilidades de combate. Seus olhos profundos de um verde tão escuro que pareciam negros eram ao mesmo tempo intimidador e acolhedor. Sua pele extremamente clara e seus cabelos curtos e verdes claro davam à ela uma aparência estilosa e poderosa.

- É uma honra, majestade. - Rubi disse quando se aproximou da rainha parada com duas servas ao lado.

- Obrigada por nos receber, majestade. - Hanako disse tão encantada com tudo ali que mal sabia pra onde olhar.

- Sejam bem vindas à Fèidhuaine, princesas. - Alyssa disse com um leve sorriso. - Confesso que fiquei bastante curiosa para ver você, Rubi. Estive em seu velório e é bem estranho ver você aqui agora. Se minha filha não estivesse lá na coroação e não tivesse me contado tudo, não acreditaria.

- Se serve de consolo, majestade, acho que nem eu acredito ainda. - Rubi respondeu com um sorriso de orelha a orelha.

- Bem, vamos entrar. - Ao sinal da rainha dois soldados surgiram não se sabe de onde e pegaram as pequenas malas das meninas. Rubi e Hanako seguiram ao lado dela.

- Não vi a princesa de Fèidhuaine na coroação. Mas também foi uma grande confusão. Gostaria muito de conhecê-la. - Rubi disse.

- Salander deve estar no meio da floresta pintando, como sempre. Ela é um tanto quieta, mas com jeito acho que vocês vão se entender bem. Só precisa ter um pouco de paciência com ela. Ela é tímida...

Deve ter puxado à mãe nisso. Rubi pensou.

- Vocês ficarão nos quartos ao lado do dela. - Alyssa continuou. - E é bem possível que vocês estudem com ela algumas coisas sobre nossa cultura também. Espero que vocês sejam amigas.

- Nós também. - Hanako falou mais focada em observar toda a decoração do que nas palavras da rainha.

As duas servas da rainha Alyssa se afastaram silenciosamente para cuidar de seus afazeres enquanto a rainha mostrava o castelo para as meninas.

Você acha que a princesa tem algo contra nós? Não é comum a rainha apresentar as dependências do castelo e menos ainda a princesa estar ausente. Hanako perguntou mentalmente à Rubi.

Não seja tão sensível, Hana! A rainha disse que ela é quieta. Pessoas assim demoram pra se acostumar com a presença de outras. Além do mais, já ouví falar sobre o temperamento difícil de Salander. Se ela tivesse algo contra nós tenho certeza que já saberíamos a muito tempo.

A rainha parou em frente a uma porta verde escura com flores formando um círculo com chifres de cervo no centro esculpidos em tons azulados. Ali seria os aposentos das meninas. Era uma enorme sala com jogos, mesas e poltronas muito bonitas, um cômodo com vários livros numa estante e duas mesas repletas de materiais para estudos, varanda com vistas para a entrada do castelo e uma floresta enorme, dois quartos com suítes, tudo decorado em tons de verde, marrom e preto.

- Vocês podem decorar o que desejarem também. - Alyssa disse olhando para Hanako que era bem famosa pela neurose de decorar tudo.

- É incrível! - Rubi gostou, mas não da decoração em si, mas sim da possibilidade de dividir os aposentos gerais com alguém. Como ela nunca teve e sempre desejou irmãos, aquilo era o paraíso.

- Com licença, majestade. - Uma jovem de cabelos rosados, não muito magra e nem muito gorda, de olhos pequenos e com uma falsa expressão de modéstia, chamou a rainha na porta fazendo uma reverência.

- Sim, Rebeca? - A rainha disse e Rubi de cara já estava com seu sensor fênix gritando para ter cuidado.

- Sua alteza, Salander chegou.

- Ótimo. Já avisou para ela subir aqui? - A rainha perguntou para a moça que parecia ser uma serva dela, mas com um cargo de confiança ou algo do tipo.

- Sim senhora. Ela já está vindo.

- Muito bem. Pode ir, Rebeca.

Com uma reverência e uma olhada sutil para as princesas, Rebeca saiu.

- Esta é Rebeca, minha serva de maior confiança. Qualquer coisa que precisarem, podem falar com ela.

- Ela perece legal. - Hanako disse.

Legal como mordida de tubarão. Rubi pensou consigo mesma.

Com passos silenciosos Salander chegou. Era uma jovem no mínimo curiosa. Muito parecida com a mãe, Salander era uma menina baixinha de 1,59m, cabelos verdes curtos e mais claros que os da rainha Alyssa com poucas mechas castanhas, bem magrinha, com orelhas, chifres e cauda de cervo, olhos castanhos que lembravam o tronco de uma árvore, lábios pequenos e finos com um tom negro natural, pele muito clara, quase branca como papel, nariz e queixos pontudos e muitas tatuagens. Apesar da magreza e do tamanho lhe darem um aspecto delicado, o resto de suas características demonstravam claramente a forte personalidade da moça. Quando ela foi apresentada para as meninas pela rainha e olhou diretamente em seus olhos Rubi teve a sensação de olhar nos olhos de um animal selvagem poderoso.

- Sejam bem vindas. - Salander disse de uma forma que parecia grosseira, mas Rubi entendeu que era apenas o reflexo de alguém que não está nem aí para aparências e etiqueta.

- Obrigada, alteza. - Rubi disse evitando usar uma intimidade que não lhe havia sido concedida.

O olhar de Salander parecia ler a alma das meninas e isso não passou desapercebido por elas. Hanako que era mais delicada que a Rubi (não que isso signifique algo porque até um coice de mula era mais delicado que a princesa de Sunna) tentou amenizar o clima estranho no ar, enquanto Rubi e Salander não desviavam o olhar uma da outra nem por um segundo como se estivessem em uma disputa de quem pisca primeiro.

- A rainha disse que você desenha. Adoramos artes. Podemos ver seus desenhos? - Hanako perguntou.

- Não. - Salander disse sem desviar o olhar de Rubi ainda.

- Salander, querida, leve as meninas para conhecer a floresta. - A rainha disse em um tom firme disfarçado de gentileza que deixou claro que ela não aceitaria um não como resposta.

Rebeca, que até então ninguém tinha notado que estava ali, pigarreou atraindo o olhar fuzilante de Salander que nitidamente não gostava dela. - Majestade, a senhora está sendo requisitada no salão principal.

Com um suspiro e algumas palavras educadas, se retirou. Salander parecia estar a ponto de explodir quando se virou de volta para Hanako e Rubi e pediu para que aguardassem enquanto ela ia em seu quarto. Quando ela saiu, Hanako respirou fundo com se não respirasse a décadas e disse:

- Ela é estranha. Será uma psicopata???

- Hana, fala sério ne. Temos várias amigas introspectivas e você não pensa isso delas.

- Rubi, qual é, você não percebeu como ela ficou com raiva só porque a tal de Rebeca veio gentilmente chamar a mãe dela pra fazer o trabalho dela? Ou como ela te encarou? Ou aquele olhar esquisito????

- Hana, ela é observadora. Só isso. Se você parasse de ver só o bem nas pessoas, também teria notado que aquela Rebeca é um crocodilo traiçoeiro disfarçado num sorrisinho escroto.

- Não sei não... Ela me pareceu muito gentil e sorridente.

- Exatamente. Nunca confie em gente que sorri com os lábios, mas não sorrí com os olhos. - Rubi disse e percebeu de repente Salander parada na porta as observando.

- Vamos. - Salander disse e esperou que Hanako e Rubi passassem por ela. Quando Rubi passou ela perguntou: - Porque Fèidhuaine? Você poderia ir para qualquer reino que desejasse, até mesmo um reino de uma de suas amigas. Porque este onde você não conhece ninguém, só minha mãe por algumas aulas que teve com ela?

- Porque eu não conheço ninguém aqui. Mas vou conhecer. - Rubi disse.

Salander entendeu que a princesa de Sunna queria muito mais do que conhecer alguém. Mas preferiu esperar para descobrir o que era.

Quando as três saíram do castelo, já chegando na floresta, Rebeca montada em um cavalo correu até elas e, com um sorrisinho que, por alguma razão misteriosa, fazia Rubi querer avançar na garganta dela, disse: - Princesa Salander, espero que não se esqueça de sua aula mais tarde sobre a história de sua família. Sabe que é muito importante.

A raiva de Salander fazia seus olhos parecerem mais escuros, como se a parte branca do olho e a íris fossem uma coisa só. Ou será que era mesmo uma alteração por raiva.

- Você não tem que me dizer minhas responsabilidades, sua criatura podre! - Salander parecia que ia derrubar Rebeca do cavalo, incrivelmente a serva parecia estar adorando aquilo.

Hana, use suas estrelinhas, rápido! Rubi disse mentalmente para Hanako.

Hanako começou a moldar com as mãos uma bola imaginária, até que uma esfera escura com pequenas estrelinhas piscando surgiu e ela soprou na direção da princesa de Fèidhuaine. Aquele encanto tinha o poder de acalmar os corações das pessoas, mas Salander parecia ter uma raiva muito mais difícil de controlar. Rubi era uma princesa do fogo e do sol, perder o controle de sua raiva significava uma catástrofe capaz de destruir muito mais do que um único reino. Por isso ela passou por inúmeros treinos de auto controle a vida toda, um dos que mais usava era direcionar a raiva pra outra coisa. Assim, ela criou um Rebeca ilusória em outra direção e fez a Rebeca real desaparecer em uma ilusão feita com luz. Deu certo. Salader pulou na Rebeca falsa e bateu muito nela. Só que em certo momento parecia que a Salander raivosa tinha percebido que aquela Rebeca era falsa, mas mesmo assim continuou batendo até sua raiva passar. Quando ela se acalmou, Hanako manteve o feitiço enquanto Rubi mandava a Rebeca de volta ao castelo com aquela voz mandona e aquele olhar dourado que causava terror.

- Você está bem? - Hanako perguntou para Salander.

- Sim. - Ela respondeu e depois disse para Rubi: - Truque interessante.

- Como sabia que essa Rebeca era falsa e porque não parou de bater para atacar a verdadeira? - Rubi perguntou.

- Essa serva é capaz de regenerar seu corpo mesmo que esteja bem destruído e não se fere facilmente. A Rebeca que você fez era mais fácil de ferir. Além do mais, se eu atacasse ela estaria fazendo justamente o que ela quer. - Salander se levantou, obviamente querendo mudar de assunto. - Vamos. É melhor seguirmos nosso caminho.

Elas começaram a andar.

- Ah. Obrigada. - Salander disse, se virou e seguiu na frente para guiar o passeio.

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