Automatic - Seulrene

By Mylkyun11

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Um olhar, um desejo, acompanhados pelo prazer... Quais são as consequências de uma relação incerta? Seria pos... More

Capítulo 1 - Prazer em te conhecer
Capítulo 2 - O novo emprego
Capítulo 3 - Trick
Capítulo 5 - I'm little monster
Capítulo 6 - Vamos conversar
Capítulo 7 - Saudade?
Capítulo 8 - Chocolate Love
Capítulo 9 - Atração, desejo... paixão?
Capítulo 10 - Closer
Capítulo 11 - Discussão
Capítulo 12 - Apaixonar? Melhor evitar
Capítulo 13 - Desentendimento, reconciliação?
Capítulo 14 - Você é especial
Capítulo 15 - Love me harder
Capítulo 16 - Vai ficar tudo bem..?
Capítulo 17 - Best mistake
Capítulo 18 - O que esse sorriso significa?
Capítulo 19 - Como da primeira vez e melhor.
Capítulo 20 - Surpresa!
Capítulo 21 - You Aholic.
Mylkyun is back.
Reedição de Automatic

Capítulo 4 - Seu jogo, você perde, nós ganhamos.

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By Mylkyun11


Terça-feira cheguei animada na empresa, porém minha alegria não durou muito tempo, em partes. Irene não estava lá e pelo que Wendy disse, talvez nem aparecesse, pois ela iria à uma reunião em uma outra empresa qual era afiliada com a dela, e sabe o que mais? A patroa ainda me deixou totalmente atolada de serviços. Cheguei em minha sala e vi minha mesa preenchida por pilhas de papéis, alguns relatórios, alguns papéis me explicando o que eu tinha que fazer e no fim da última folha ainda havia um "fighting!" escrito com a bela letra de minha chefe.

— Filha da... mãe deusa. — Murmurei enquanto estava sentada à minha mesa olhando toda aquela papelada, um sorriso se formou involuntariamente em meus lábios.

— Pensei que trabalhar com a srta. Irene fosse ser uma tortura, mas no seu caso... melhor com ela do que sem ela. — Joy falou, eu a fitei e ela sorria enquanto mexia em seu computador.

— Com certeza Joy, com certeza. — Liguei meu computador enquanto ainda ria da minha situação.

Fiquei a parte da manhã ajudando D.ana e depois auxiliei Eunwoo em algumas pesquisas. Pela tarde deixei para fazer apenas o que precisava da ajuda de meu computador e de Joy, que também me ajudou em algumas partes e criou a logotipo do planejamento que eu estava fazendo. Me foquei em terminar tudo o que Irene havia me pedido, inclusive em fazer as várias ligações para os clientes com quem ela tinha mais responsabilidade em manter informados. Fiquei pouco mais de duas horas ao telefone e por fim desci novamente para a sala de D.ana a fim de supervisionar seu trabalho, passei pela de Eunwoo também e pelo departamento de mídia onde fiz um relatório de como as coisas por lá estavam indo. Para mim aquele pedido de Irene pareceu totalmente desnecessário pois ela sabia muito bem como as coisas estavam por lá, acho que ela queria me manter ocupada, por algum motivo, ou talvez estivesse com raiva de mim por eu ter sido cara de pau com ela no dia interior e assim resolveu abusar de mim, porém eu realmente não ligava em ter muito serviço para fazer, a única coisa que me incomodava era ter que ficar sem vê-la pelo dia todo.

Assim que terminei o que eu tinha que fazer pelo segundo andar, eu voltei para a minha sala onde encontrei Joy em pé arrumando suas coisas para ir embora, me sentei em minha mesa e olhei as horas em meu celular, seis e cinco.

— Já vai? — Perguntei enquanto me esparramava em minha cadeira e a olhava. Por um momento me senti cansada.

— Acabei por hoje, vou descer lá na sala da Yeri fazer companhia pra ela, aproveitando que a srta. Bae não apareceu por aqui hoje e pelo jeito nem vai aparecer, pra sua tristeza. — Joy riu, passei meus olhos sobre minha mesa e peguei um papel em branco que estava por ali, o amassei e o joguei nela, acertando em suas costas e fazendo-a me lançar um olhar divertido acompanhado pelo seu sorrisão.

— "Baestosa", você quis dizer. — Ri e me ajeitei na cadeira, comecei a mexer em meu computador.

— Yaa! Meu Deus, meus ouvidos sofreram agora. Nunca a chame assim pois será um ótimo motivo pra uma demissão. Foi ridículo demais. — Provocou rindo.

— Pior que "Yerimimi", não é. — Debochei e fiz ela rir mais uma vez.

— Ya! Okay, okay, me rendo. Precisa de algo aí? eu tô liberada? — Se aproximou de minha mesa, a olhei.

— Preciso não, vai lá. — Pisquei para ela.

— Então até amanhã e não chora, quem sabe amanhã ela aparece. — Rumou para a porta e eu a observei.

— Engraçadinha... até amanhã. — Trocamos sorrisos e ela se retirou.

Fiz uma rápida revisão em meu trabalho e terminei de salvá-lo, em seguida desliguei o computador e comecei a organizar os papéis quais eu tinha bagunçado conforme eu fui os usando. Pouco tempo depois eu fui surpreendida por Irene, que apareceu em minha sala enquanto eu lia o relatório qual eu havia feito a seu pedido. Seu semblante estava pesado, ela caminhou até minha mesa entre passos firmes e sem desviar o seu olhar de minha direção, admito que por alguns segundos um certo medo tomou o meu peito, acho que outro em meu lugar choraria com o jeito frio que ela me olhava. Algo a incomodava, provavelmente ela estava de mau humor, mas dessa vez parecia pior ainda.

— Fez o que eu te pedi? — Espalmou suas mãos sobre minha mesa com certa brutalidade, eu amava quando ela se debruçava sobre minha mesa daquele jeito. Lhe fiz uma breve reverência.

— Oh, srta. Irene. — Esbocei um sorriso convencido e calmamente me levantei, ela me observava de sobressalto. — Qual das várias e várias coisas que você me exigiu, você se refere? — Guardei as folhas na gaveta de minha mesa e fiquei somente com o relatório em mão.

— Me refiro a tudo, Kang Seulgi. — Se ajeitou e cruzou seus braços enquanto me olhava com suas sobrancelhas arqueadas.

Tão maravilhosa.

— Oh sim... tudo. — Dei a volta em minha mesa e me aproximei dela, o sorriso não se desfazia de meu rosto, eu estava tão feliz por vê-la. — Eu fiz, tudo... Srta. Hyun. — Estiquei o relatório para ela que o pegou enquanto cerrava seus olhos para mim.

— Não me chame assim. — Sua voz soou firme, passou seus olhos pelo relatório.

— É um belo apelido, algum problema? — Perguntei e esperei por uma resposta, qual não veio. — Sinceramente, achei esse relatório desnecessário, pode falar a verdade que você nem precisava dele. — Seu olhar se chocou com o meu e eu engoli em seco.

— Eu te pago para você fazer o que eu mando, não para opinar ou questionar sobre isso. — Arrumou seu cabelo atrás de sua orelha e depois de mais uns instantes encarando meus olhos me deu as costas e rumou apressadamente para a porta de minha sala.

Me desculpe Bae Joohyun, mas de hoje não passa o que estou sentindo.

Suspirei pesadamente e a segui, a alcancei enquanto ela estava no corredor caminhando para sua sala, a puxei com cuidado por seu braço e a fiz me olhar.

— Tá nervosa por quê? — Sorri para provocá-la e ela encarou minha mão qual segurava seu braço, encarou meus olhos e então puxou seu braço com força me fazendo soltá-la.

— Não me toca assim. — Disse rispidamente e tentou me dar as costas novamente, mas eu não deixei, a puxei mais uma vez, a virando de frente para mim.

— Meu deus Irene, quanto mau humor. Por que você não...

— Me solta, Kang Seulgi! Não te dei permissão para falar informalmente comigo! — Gritou ordenando dessa vez e começou a tentar me afastar dela, subi minhas mãos até seus ombros, quais eu segurei com firmeza e a levei à parede a fazendo encostar suas costas na mesma. — Kang Seulgi! — Suas mãos bateram com força sobre meu peito, mas não o suficiente para me afastar, ela me olhou enquanto tinha um semblante nervoso em seu rosto.

— Hyun... — Lhe olhei com certo carinho e desci minhas mãos até seus pulsos, quais os acariciei e os levantei delicadamente, encostei nossas mãos sobre a parede, cercando seu corpo com o meu. Seus olhos fixaram-se nos meus e ela olhou para os meus lábios, seu peito começou a subir e a descer ainda mais depressa, aproximei meu rosto de seu pescoço enquanto sentia meu coração bater forte, aquele calor tomou o meu corpo enquanto eu já sentia meu sexo pulsar com aquela proximidade. — Não me trata assim, por favor... — Falei baixinho próximo de seu ouvido. — Se acalma, não precisa ficar tão nervosa. — Pressionei meu corpo no seu e pude sentir seu calor me tomar, sua respiração batia descompassadamente sobre meu ombro, desci minhas mãos por seus braços lhe fazendo um carinho, e continuei descendo pela lateral de seu corpo até chegar em sua cintura, qual eu apertei, o que fez Irene pressionar ainda mais seu corpo contra o meu, seus seios roçaram nos meus e ela soltou um baixo gemido.

— Droga... Kang Seulgi... — Senti suas mãos apertarem meus ombros, aproximei meu rosto de seu pescoço novamente e sorri contra sua pele, minhas mãos desceram para o seu quadril qual eu apertei. Ela cravou suas unhas da mão esquerda em meu ombro enquanto a outra mão foi até a minha nuca. Me arrepiei por completa em tamanha surpresa. Subi minha boca lentamente até seu ouvido de novo.

— Se acalmou? Ou preciso continuar te segurando? — Sussurrei em seu ouvido e subi delicadamente minhas mãos até sua cintura novamente.

— Não, eu... me solta... estou calma... — Murmurou enquanto tirava sua mão de minha nuca e apoiava em meu ombro. Aproximei nossos lábios, senti seu hálito bater em meus lábios, mas não cheguei a encostar os meus lábios nos dela, não naquele momento por mais que eu estivesse tentada a fazer isso. Levei minha mão direita ao seu rosto qual estava corado e o acariciei, ela encarava meus olhos de uma maneira totalmente entregue, aquela não parecia a mesma Irene fria com quem eu lidava, não. Sorri ao constatar que eu havia descoberto um jeito de desarmar aquela mulher.

— Okay, bom mesmo. — Me afastei dela enquanto ainda sorria gentilmente. Ela suspirou pesadamente enquanto ajeitava sua saia qual havia subido um pouco, logo voltou a me olhar. — Então... — Me agachei e peguei o relatório qual ela deixou cair ao chão, o estiquei para ela. — Vou indo. Vê se relaxa, está bem? amanhã a gente conversa. — Ela pegou a folha de minha mão e fitou o chão, ela parecia estar confusa, atordoada, envergonhada, quem sabe. — Tchau, Hyun. — Me olhou cerrando seus olhos, ao perceber que eu não receberia uma resposta eu dei um eyesmile para ela e segui para minha sala. Antes de adentrar à mesma, olhei uma última vez para Joohyun e vi que ela caminhava agora em passos lentos até sua sala enquanto amassava o relatório em suas mãos com certa força.

É... como eu suspeitei. Ela nem precisava mesmo daquele relatório.

Bebi um copo de água para me acalmar, peguei meu celular e minha carteira que ficaram sobre minha mesa e rumei para o elevador entre risos nervosos. Ver Joohyun tão entregue a mim foi tão incrível, e o estranho era eu não ter a beijado. Acho que o prazer em provocá-la e deixá-la na vontade foi maior do que se eu simplesmente a beijasse do nada, e também eu precisava pensar nas consequências que isso poderia trazer. Se bem que eu toquei seu corpo, mas acho que um beijo seria pior que isso, pois deixaria muito mais explícito o que houve. Ou não. Ai, não sei de mais nada. Nem sei se amanhã ainda terei meu emprego. Eu estava tão absorta por aquele momento, eu só sentia que eu tinha que mostrar para ela naquele momento como eu me sentia.

Ah, mas como foi bom a ter em meus braços daquele jeito. Ainda é difícil de acreditar.

Assim que cheguei ao térreo franzi o cenho, Moonbyul estava na recepção e conversava animadamente com Wendy. Me aproximei das duas lentamente enquanto as observava, fiquei ao lado de Moonbyul e Wendy me olhou, em seguida a mais alta fez o mesmo.

— Falando nela... — Moonbyul me deu alguns suaves tapas no topo da cabeça.

— Falando bem ou mal? — Indaguei e Wendy olhou para Moonbyul, trocaram olhares divertidos.

— Isso você nunca vai saber. — Moonbyul riu e piscou para mim, esbocei um leve riso.

— Mas afinal, o que você está fazendo aqui?

— Como eu não tinha mais clientes pra hoje, eu fechei o consultório um pouco mais cedo e vim te dar uma carona pra gente bater um papo. — Sorriu feito boba.

— Hum, fala logo a verdade, que você está louca pra me dar uns beijos, hum? — Falei divertida levantando meu rosto enquanto dava um sorriso de lado, e ela riu, deu um tapa no meu ombro. Wendy ria baixinho enquanto fitava o computador.

— Óbvio, olha minha cara de desejo. — Forçou uma cara de safada qual fez eu e Wendy rirmos alto. — Você não presta mesmo, Seulgi. Vamos então? — Riu também.

— Vamos, vamos. — Assenti e me inclinei sobre o balcão, ganhei um beijo em minha bochecha dado por Wendy. Moonbyul a cumprimentou com um suave aperto de mãos e então seguiu comigo para fora da empresa. Atravessamos a rua, chegamos ao seu carro, e adentramos ao mesmo.

— Já pegou ela, é? — Perguntou enquanto dava partida, a olhei.

— Quem? — Indaguei distraída.

— A Recepcionista, ou secretária, a garota lá. — Ri do jeito que ela falou enquanto observava ela concentrada na direção.

— Wendy? Não, e nem pretendo.

— O QUÊ? — Me olhou com os olhos saltados e eu ri mais ainda, ela ficava tão engraçada quando fazia isso. Logo voltou a fitar a rua. — Mas vocês estavam, ah sei lá, senti uma lesbicagem ali. E você também foi gay comigo perto dela.

— É, ela sabe que sou lésbica, mas não peguei e daí? — Tentei recompor minha postura.

— Mas, mas por quê? Meu deus ela é linda! Não acredito... — Murmurou.

— Ela não merece sofrer ou se relacionar com alguém como eu, a considero especial e gosto da nossa amizade. — Moonbyul mais uma vez me olhou, agora ela parecia extremamente surpresa. Parecia que tinha visto um fantasma.

— Você se importando em não fazer uma mulher sofrer, é isso? Desde quando? Estou surpresa. Bateu a cabeça e esqueceu quem é. Seu nome é Kang Seulgi, tá? Lembra?

— Moonbyul! — Ri alto pelo jeito dramático dela — por favor, se eu fiz alguma garota sofrer, com certeza fiz sem consciência disso, pois se eu as conhecesse direito eu não faria, sou sempre muito direta.

— Hum, verdade, geralmente você nem conhece as garotas com quem você transa. — Soltou um riso abafado e eu dei um leve tapa em seu ombro.

— Chega desse assunto, okay? Sem graça. — Ela assentiu e eu sorri, comecei a fitar a rua pela janela.

Enquanto terminávamos de seguir para a minha casa, eu e Moonbyul conversamos um pouco sobre como estava sendo o meu trabalho, quase me deixei contar para ela sobre as minhas intenções com Irene, sobre o que eu estava sentindo, mas preferi deixar para outra hora até porque eu não sabia como as coisas seriam dali pra frente. Moonbyul e eu combinamos de sair no final de semana para beber um pouco, relaxar. Agradeci a carona com um abraço e saí de seu carro, após uma troca de sorrisos entrei em minha casa onde fui direto para o banho. Eu precisava relaxar pelo dia exaustivo que tive, precisava relembrar do momento que tive com Irene e então organizar mais uma vez meus pensamentos.

Coitado de quem um dia subestimou Bae Joohyun, coitada de mim no caso, eu realmente achei que eu iria ser despedida ou se a sorte tivesse ao meu lado lado, no dia seguinte eu iria continuar me aproveitando dos momentos de nervoso dela para dar continuidade no meu processo em provocá-la e seduzi-la, assim dizendo, mas me enganei mais uma vez. Irene sempre dava um jeito de me por aos seus pés novamente. Quarta-feira, a primeira coisa que ela fez foi me chamar, fui toda animada, arrumei minha camisa bem bonitinha, esbocei um sorriso confiante e adentrei à sua sala me "sentindo", porém, me deparei com uma Irene serena, tranquila, com um sorriso tão cínico no rosto que foi capaz de rasgar meu orgulho por inteiro. Sua fala era calma, seu jeito mais firme impossível. Sabe quando você se vê sem reação? Eu estava assim, ela falava olhando nos meus olhos e eu me sentia hipnotizada, eu passei o dia todo tentando encontrar uma forma de quebrar aquela barreira que ela criou, mas de nada adiantou.

O mais impressionante foi que ela não me direcionou uma palavra fria sequer, todo seu modo frio de ser agora estava ainda mais em seus gestos, até mesmo quando ela sorria ou parecia mais amigável, ela estava pior até do que no começo, e quando eu a tocava ou tentava algo mais cara de pau, ela delicadamente se afastava, não reclamava e me direcionava aquele sorriso qual era pior que um tapa em minha cara e eu me via desesperada, não conseguia fazer nada e o que mais dava raiva era que eu conseguia amar aquele sorriso também. Joohyun era tão esperta, ela descobriu que eu sabia um jeito de afetá-la e então encontrou um modo de me afetar também, se ela preferiu isso ao me despedir então de algum modo eu tinha importância para ela, nem que fosse apenas profissionalmente.

Quinta-feira, eu passei a deixar de tentar me aproximar para observá-la, percebi algo que eu não havia reparado antes, Irene se incomodava com o meu olhar e muito, antes eu me concentrava tanto em admirar seu corpo inteiro e em provocá-la que eu não reparava realmente em suas reações, naquele dia eu reparei. Ela suspirava, arrumava seu cabelo atrás de sua orelha — sim, agora eu sabia que esse era um gesto que ela fazia quando estava nervosa, seja de maneira positiva ou negativa — os braços cruzados, as mordiscadas de leve nos lábios e até mesmo o sorriso sem graça, no qual era acompanhado por uma ruborização pelas bochechas, eu precisava levar aqueles gestos em consideração para quando ela se fizesse de durona para mim, só assim eu saberia se ela estava afetada ou não com as minhas provocações. Passei o dia todo a estudando, pensando em um jeito de reverter a situação e tomar o controle novamente, pela primeira vez perdi o foco em meu trabalho e ela até me chamou a atenção, mas valeu a pena. Se ela queria jogar, eu aprenderia a jogar seu jogo.

Sexta-feira, eu estava chegando na empresa, ao longe vi um carro preto estacionar em frente a mesma. Continuei com meus passos lentos e vi Irene descer do veículo pelo lado de passageiro, em seguida Bogum também apareceu e caminhou até ela, meu estômago começou a revirar assim como uma certa raiva me tomou ao ver que ele tocou sua cintura, a puxou para ele e de fato ela não parecia confortável, pareciam que viviam brigados, era estranho. Eles conversavam sobre algo com seus rostos próximos, ela olhou para os lados, arrumou seu cabelo atrás da orelha e nisso seus olhos caíram sobre mim que já estava em frente a empresa, Bogum também me olhou, sorri para os dois de forma debochada e entrei no edifício, olhei rapidamente para trás e vi que ele a beijava, pelo jeito que ela tocava os ombros dele apenas com as pontas dos dedos, eu percebi que ela não desejava tanto assim aquele beijo, pelo menos não naquele momento.

— Bom dia Wannie, sua linda. — Sorri ao me debruçar sobre o balcão e ela me olhou retribuindo ao meu sorriso.

— Bom dia, Seulgi-ah. — Se levantou e deu a volta no balcão.

— Está vindo me dar um abraço? — Me virei para ela lhe direcionando um sorriso bobo.

— Claro, oras. — Riu e enroscou seus braços em meu pescoço.

— Você me ama, eu sei. — Abracei sua cintura.

— Só um pouco. Você seria uma ótima irmã mais velha. — Acariciou minha nuca.

— Aish... — Resmunguei ao nos afastarmos de leve — Esse "velha" não soou legal, sou apenas 11 dias mais velha que você, okay? — Acabamos rindo juntas, e nisso meu olhar caiu sobre Irene que entrava com seus olhos sobre mim e Wendy.

— Ah, okay okay. — Escutei Wendy murmurar, mas eu continuava encarando Irene, ela cerrou seus olhos sobre minhas mãos que ainda estavam na cintura de Wendy e no mesmo instante eu me separei totalmente da mais nova que me olhou confusa.

— Srta. Irene... — Sussurrei para Wendy que retomou sua postura e se virou calmamente para a direção de Joohyun e fez reverencia, eu também fiz, mas de leve. Joohyun passou por nós, nos cumprimentou de leve e abriu um daqueles sorrisos cínicos que me apertavam o peito. — Filha da mãe deusa... — Murmurei ao ver ela entrar no elevador e senti dois leves tapas em minhas costas.

— Ih, melhor você subir. — Wendy voltou e se sentar.

— Espera um pouco, se ela estivesse com pressa ou algo do tipo, ela teria me chamado. — Apoiei meus cotovelos sobre o balcão e meu queixo sob minhas mãos.

— Até parece que você já não a conhece. — Wendy disse e eu continuei fitando o lindo quadro atrás da mais baixa, pensando em como agir ao me aproximar de Irene.

— A conheço até demais pelo pouco tempo que estou aqui... — Suspirei, Joohyun mexia tanto comigo.

— Normal, vocês passam o dia todo juntas, só faltam dormirem juntas também. — Soltei um riso ao escutar aquilo, encarei Wendy e ela me olhava com um semblante confuso.

— Seria maravilhoso. — Falei e ela saltou os olhos.

— Seulgi! Tá maluca?! — Falou baixo e num tom firme.

— Desculpe, não está mais aqui quem falou. — Fiz um gesto sobre minha boca como se estivesse a trancando. — Vou subir. — Acenei com a mão para ela.

— Juízo, Seulgi... Juízo... — Falou enquanto eu rumava para o elevador e eu sorri para ela de um modo malicioso, ela balançou a cabeça negativamente e tinha um leve riso em seus lábios.

Cheguei à sala de Irene, ela estava em pé mexendo em um armário onde guardava documentos importantes, contratos e coisas do tipo. Me sentei na cadeira à frente de sua mesa e ela me olhou, nos cumprimentamos brevemente, e ela voltou a me dar as costas, suspirei. Eu precisava me controlar e principalmente precisava não me afetar tanto com o jeito dela, eu precisava ser firme. Dobrei as mangas de minha camisa enquanto ela se sentava à minha frente, em sua cadeira.

— Só para te lembrar caso você tenha esquecido, um cliente irá vir daqui a pouco para fazermos o acerto final com a empresa dele, à tarde vamos cuidar desses documentos por aqui mesmo já que você acabou tudo o que eu pedi para você ontem. — Disse tranquilamente enquanto ajeitava os tais documentos sobre sua mesa.

— Okay, vou pedir pra Joy encaminhar o planejamento para o resto do pessoal então. — Me levantei. — Já volto. — Ela assentiu sem me direcionar seu olhar, esbocei um leve sorriso e segui para fora de sua sala.

Fui até minha sala, cumprimentei Joy e após um pouco de conversa jogada fora e mais piadinhas sobre minha relação com Irene, eu pedi a ela que encaminhasse as informações necessárias para D.ana e para o departamento de mídia sobre o novo trabalho. Depois segui para a sala de Irene novamente onde esperamos o cliente chegar dentre um silêncio desconfortável, pelo menos Irene parecia desconfortável, mexia em seu cabelo a todo minuto enquanto eu fazia questão de olhá-la e ela me ignorava, fingia estar muito concentrada em seu computador.

Depois da reunião e de concluirmos mais um negócio, Irene me liberou mais cedo para o almoço e como eu sabia que ela não iria me chamar para almoçar com ela, eu aproveitei para passar um tempo com Wendy e a levei para almoçar comigo. Fomos no mesmo restaurante que Wendy costumava ir, qual fomos na primeira vez, e depois novamente a fiz tomar um sorvete comigo, o motivo era que eu havia acostumado a comer doce depois do almoço graças à Moonbyul e quando eu não comia, isso me fazia falta.

Logo voltamos à empresa e mais uma vez lá estava eu sentada em frente de Irene, enquanto observava ela mexendo com os tais documentos e os separando, eu fiquei imaginando o que ela estaria imaginando, era para ela estar satisfeita já que eu aparentemente demonstrava que havia parado com minhas provocações. Passei a reparar mais em seu olhar e pude ver certa confusão nos mesmos, nossa situação estava complicada.

Passei a tarde toda tentando me focar no trabalho e no que ela me pedia para fazer, aliás, tive que fazer contas e mais contas e isso exigia atenção, então deixei de pensar um pouco na pessoa maravilhosa que estava a minha frente. O tempo passou rápido, terminamos e quando olhei as horas em meu celular já eram vinte para às seis. Irene se encostou corretamente em sua cadeira e tentou relaxar, fechou seus olhos, passou suas mãos por sua testa e olhos, e então me olhou, nossos olhares se firmaram. Acho que mesmo que eu quisesse fugir daquele contato eu não conseguiria, aquilo era loucura.

— O que foi? Não entendo o porquê que você tanto me encara, quer me dizer algo? — Ela ainda se fazia de calma, se debruçou sobre a mesa e continuou a encarar meus olhos.

— Por que você está noiva do Bogum? — Disparei, a expressão de Irene foi mudando lentamente, seu olhar buscou outra direção, ela se ajeitou em sua cadeira e juntou os documentos que estavam sobre a mesa.

— Esse não é um assunto que tenha a ver com você, então não me sinto obrigada a responder. — Sorriu, apertei meus punhos e suspirei disfarçadamente, ela se levantou com os papéis em mãos e caminhou até o armário em que os guardava.

— De fato você não é obrigada a responder, mas sinceramente não entendo o porquê que uma mulher como você está com um cara como ele. — Me levantei e comecei a arrumar as folhas com as anotações que fizemos enquanto sentia minhas mãos suarem e meu coração bater forte, eu não poderia me desesperar, não podia. Mas já era tarde demais.

— Como é que é? — Ela me olhou após fechar as portas do armário e veio até mim. — Você o conhece por acaso? — Soltou um riso irônico ao se aproximar de mim, cruzou seus braços e encarou meus olhos daquele jeito frio, engoli em seco e tomei fôlego para continuar.

— Não preciso o conhecer para saber que ele não te merece. — Delicadamente toquei seu rosto com uma de minhas mãos, no mesmo momento Irene vacilou seu olhar, e agora me olhava curiosa, confusa. — Eu vi o jeito que ele te beija, me diz, o que você sente? — Me aproximei mais dela enquanto eu acariciava seu rosto e ela descruzou seus braços. — Você sente seu corpo paralisar? Seu coração pulsar forte? — Toquei sua cintura, aproximei nossos rostos, Irene paralisou e olhou para os meus lábios. — Você sente o calor, o desejo te tomar?

— Para, Kang Seulgi! — Me empurrou e eu a soltei. — Que porra é essa que você está falando? Para de me tocar assim, você está me deixando com ódio de você! — Sua respiração estava descompassada, ela mexeu em seu cabelo e tentou me dar as costas, mas eu a puxei, eu estava envolvida demais naquele momento para engolir as palavras dela em vão. Eu não aguentava mais segurar tudo aquilo comigo. Segurei seus braços com força e aproximei nossos rostos.

— Essa "porra" de que eu estou falando, é o que eu sinto quando eu estou perto de você. — Ela me olhou tão surpresa que não soube como responder. Desci minhas mãos até sua cintura e a guiei rapidamente a fazendo se encostar na mesa, ela espalmou suas mãos sobre a mesma enquanto nos perdíamos em nossos olhares. Cerquei seu corpo com o meu, enquanto apoiava minhas mãos sobre as delas, deixei nossos lábios bem próximos. — Não me importo com o que você fará comigo hoje ou amanhã, mas não consigo mais guardar isso comigo, Hyun... não consigo — Falei contra seus lábios olhando seriamente em seus lábios e em seguida em seus olhos. Aproveitei para encaixar minha coxa entre suas pernas.

— Kang... — Arfou enquanto eu passava meus lábios pelo canto de sua boca e descia até seu pescoço — Hm... é melhor pararmos... — Em seguida fez uma tentativa leve em me afastar colocando suas mãos em meus ombros, levei minhas mãos até seu quadril e os apertei enquanto chupava a pele de seu pescoço, ela se contorceu e levou suas mãos de meus ombros para minhas costas, e assim pressionando meu corpo contra o dela. Fiz pressão com minha coxa em seu sexo e ela cravou suas unhas em meus ombros. Subi minha boca até seu ouvido.

— Eu quero sentir você, Hyun... — Sussurrei. Desci minhas mãos por suas coxas e levantei sua saia, agarrei suas coxas e a fiz se sentar na mesa, ela gemeu com meu movimento brusco. — E eu sei que você também quer me sentir. — Passei minha mão por seu rosto e a guiei até sua nuca, aproximei nossos lábios e os rocei enquanto prendia os cabelos de Joohyun entre meus dedos, ela fechou seus olhos e deixou sua boca entreaberta, seu hálito quente fazia minha boca formigar, meu sexo pulsava fortemente. Apertei a coxa de Joohyun enquanto passava minha língua por seus lábios lentamente, fui subindo minha mão e alcancei seu sexo, mordi seu lábio inferior e ela gemeu contra minha boca, minhas pernas tremeram.

— Hum... — Ela murmurou ao sentir meus dedos tocando seu sexo sobre sua calcinha já molhada, senti meu estômago revirar de tesão. — Desgraçada... — Agora era ela quem mordia meu lábio inferior.

Pressionei seus lábios contra os meus e estremeci assim que invadi sua boca com minha língua, automaticamente sua língua se encontrou com a minha com desejo, senti meu peito se apertar enquanto ela arranhava as laterais de meu corpo fazendo um caminho lento até apertar minha bunda e subir até minhas costas. Após sentir seu sexo pulsar mais um pouco contra meus dedos, eu levei minha mão até seu quadril e a puxei para mim, ela jogou suas pernas em volta de minha cintura e eu fiz meu sexo se esfregar contra o dela, esfregar com força. Ela gemeu em meio ao beijo e mordeu meus lábios. Continuei me movendo contra ela e chupei sua língua, seu gosto era tão maravilhoso, seus lábios parcialmente cheios eram mais viciantes do que eu imaginava, eu estava totalmente louca. Separei nossos lábios para recuperarmos o fôlego, mas não perdi tempo e ataquei novamente seu pescoço, sua pele era tão macia e cheirosa, passei minha língua por ela e Joohyun me puxou ainda mais para ela com suas pernas.

— Não deixa marca... por favor... — Murmurou enquanto eu descia minhas mordidas por seu colo, comecei a desabotoar sua camisa. — Seulgi... a porta... ah... — Chupei parte de seu seio qual não estava coberto pelo sutiã.

— Vou ser rápida. — Levei minhas mãos até suas coxas e as apertei. — Por hoje só quero te chupar. — Mordi outra parte de seu seio e ela gemeu alto.

— Merda, Seulgi... — Agarrou meus cabelos com suas mãos. — Eu não vou... conseguir... me controlar... vão escutar... — Abaixei um dos lados de seu sutiã e pude ver a perfeição de seu seio. Meu rosto, meu corpo queimavam, senti minha boca salivar, meu deus que mulher. Ataquei seu seio e o suguei com vontade.

— Oh meu deus... — Gemeu entredentes e pressionou meu rosto com suas mãos assim que coloquei o máximo que pude de seu seio dentro de minha boca, o chupei todo lentamente e com força, até chegar ao bico qual eu mordi levemente e brinquei com minha língua lentamente. — Seulgi... — Joohyun começou a empurrar minha cabeça. — Bogum...

— O que tem ele? — Levei meus lábios até os dela enquanto massageava o seio que ainda estava coberto, ela fechou seus olhos e eu chupei seu lábio inferior.

— Hum... — Separei nossos lábios. — Ele já vai chegar... eu tenho... um jantar... com os pais dele... hoje... — Abriu seus olhos e encarou os meus. Por um momento me senti sem reação, aos poucos caí na real e olhei para trás. A porta estava escancarada e qualquer um que chegasse ali veria exatamente o que estávamos fazendo. — Temos que parar, eu tentei te avisar quando começamos — Mordeu seu lábio inferior ao fim da frase e fechou seus olhos, segurei seu rosto com minhas mãos e colei nossas testas, ela esfregou seu sexo contra o meu enquanto apertava minha bunda e eu arfei.

— Então me diz... me diz... que vamos continuar... o que começamos aqui... outro dia. — Murmurei enquanto ainda sentia ela se esfregar.

— Vamos..., mas agora... vai embora. — Selou nossos lábios demorado e eu senti meu coração bater mais forte ainda com aquele gesto. Meus olhos se abriram num impulso e assim que ela separou nossos lábios, ela me olhou, seus olhos tinham um brilho tão encantador, seu olhar me aqueceu totalmente naquele momento.

— Tudo bem... — Sorri, ajeitei seu sutiã e comecei a abotoar sua camisa, ela observava meus movimentos de um jeito tão sexy e encantador, eu não saberia expressar o quão maravilhoso era o que eu estava sentindo, a puxei para que ela pudesse descer da mesa com a minha ajuda, ela pareceu sem graça enquanto ajeitava sua saia e eu a observava.

— Vai logo, não quero que ele te veja aqui, eu acabaria nos entregando, preciso de um tempo para me recompor. — Suspirou e passou suas mãos por seus cabelos.

— Tá... tá bom. — Murmurei enquanto sentia certa alegria me tomar. — Então... — Toquei seu rosto. — Até... segunda. — Selei nossos lábios enquanto sorria, pedi passagem com minha língua e apesar de um pouco hesitante ela retribuiu novamente ao meu beijo na mesma intensidade.

— Agora vai. — Levemente me afastou por meus ombros e sorriu levemente, deixei um beijo em sua bochecha. Ajeitei minha camisa, meu cabelo, e segui para a porta de sua sala, mas antes de sair lhe direcionei um último olhar. Trocamos olhares profundos, cúmplices e então me retirei.

Enquanto eu rumava para o térreo eu ainda sentia meu corpo todo reagir, eu estava tão excitada, eu nunca havia sentido algo tão intenso como senti com Joohyun, acho que eu a desejei demais e quando consegui fiquei muito impressionada, na verdade era difícil acreditar que eu havia conseguido, ela realmente também gostava de mulheres e ainda realmente me queria. Eu estava tão boba, meu deus. Ela era tudo e muito mais do que eu imaginava, ela era inteiramente gostosa, incrível, maravilhosa, e eu não via a hora de provar ela por inteira.

Me despedi rapidamente de Wendy para que ela não pudesse perceber o estado em que eu me encontrava e saí da empresa. O mais cômico foi ver Bogum descendo de seu carro e me olhando com aquela cara de idiota, eu nunca lhe direcionei um sorriso mais sincero e satisfeito. Ele entrou na empresa e eu fiquei ali por um curto tempo esperando um carro por aplicativo, quando o carro chegou, segui para casa enquanto ainda tinha um sorriso em meus lábios e desejava que Joohyun tivesse um ótimo jantar com seus sogros.

Eu sinceramente lhe desejava uma ótima e longa noite... pensando em mim.

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