Uma noiva para Ares

By fadadas_historias

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4° LIVRO DA SÉRIE NOIVAS Dizem que o luto corrói a alma, destrói os corações. Seguido de momentos de dor... More

Nota inicial | Avisos | Pré-venda livro I
Epígrafe
Prólogo
Dando início
A garota que toca
O começo de um novo inicio
O pedido do deus da guerra
Coisas as escondidas
Conversa de deuses
Um objeto sagrado
Uma breve Descoberta
As páginas roubadas
É tudo pelas ordens do Pai?
Um lampejo de vida
O lado oculto de um deus
Algo que aflora
A musica da mortal
Algo repentino
Revelação
Ser obediente para um deus
Descobrindo certos problemas
Conhecendo o problema
A verdade do deus do sol
Confissão do deus sol
Uma prova de Confiança
O início da perdição
A procura do amor
Sentimento de destruição
Epílogo
Agradecimentos
New Book Uma noiva para Tanatos

Um desejo sombrio

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By fadadas_historias

*Laura*

    Estar com Ares era mágico, por diversas vezes senti amada e acolhida por ele e poder contar o que Pandora disse me fez tirar um peso da consciência, não tinha motivos para esconder de Ares afinal ele me amava e compartilhar os problemas era o que tornava um casal unido. Confesso que ele tirou minhas dúvidas quanto a última noite, tinha me deixado muito satisfeita agora.
    Encostei minha cabeça em seu peito e enrolei meu dedo no cabelo de Ares, não posso deixar de notar que ele era muito bonito e sensual. Me lembrei de Tânatos e tive curiosidade sobre o que ele cochichou para Ares.

     — Posso te perguntar algo? — falei sem jeito, levantando para olhar em seus olhos.

   Ares me olhou e riu, me envolveu em seus braços. Estavamos deitados lado a lado de novo e lá de fora vinha um barulho de chuva.

   — O que você quer saber? Pode me perguntar qualquer coisa. — comentou ele rindo. 

    — Tânatos? O que ele te disse antes? — perguntei sem jeito, pois vi que Ares ficou vergonhoso quando ele cochichou e eu desejava saber se era sobre mim.

    — Ele me disse sobre como tratar uma mulher, apenas isso Laura. — comentou ele desviando do assunto.

   —E isso significa você me trazer aqui para me satisfazer, fazer amor comigo como fez? Ou outra coisa Ares? — perguntei rindo, queria muito ouvir as palavras de Ares.

   — Ele me disse para te mostrar como sou viril. Satisfeita, você entendeu agora? — falou Ares e eu ri muito, pelos deuses, o abracei e ele riu.

   — Você já é muito viril para mim. —comentei fazendo um circulo em seu peito com o dedo indicador. — Ainda mais depois do que fez comigo agora não acha?

   — O que fiz com você? Sabe que você é importante para mim e cuidarei de você sempre. — respondeu acariciando meu cabelo.

   — Me deixou de corpo mole. — respondi a ele que riu.

   — Bom, você que me pediu para fazer daquela forma não se esqueça. — disse me beijando.

   O abracei, realmente Ares era tudo, amoroso, engraçado, vergonhoso e sincero. Acho que ele só me disse por eu ter contado de Pandora, ela era ardilosa e sei que tinha de ter cuidado.
Ouvi passos e olhei para perto da piscina, ali estava uma mulher. Ela tinha um capuz no rosto e usava um vestido dourado. Ares jogou meu vestido em cima de mim e se cobriu com sua capa, que situação vergonhosa para ambos.

   — Isso é pessimo, não sabe chamar? — falou Ares sem jeito.

   — Essa é a garota que toca música? —perguntou ela tirando o capuz e mostrando os longos cabelos castanhos. Seus olhos por sinal estavam brancos e sem cor, era cega. Quem seria?

  — Atena, por favor. — pediu Ares.

  — Sou cega lembra, se estão nus podem se vestir não precisam se importar comigo e antes que perguntem eu ouvi vocês. — comentou ela rindo. — Você bom, são bem fogosos com todo respeito.

   Segurei o riso e a vergonha, Ares me encarou sem jeito. Rapidamente coloquei o vestido e fiquei de pé, por qual motivo ela tinha ficado cega será? Que vergonha.

   — Desculpe. — falei baixo e sem jeito.

  — Está tudo bem, fiquei cega após a ultima batalha contra Gaia. Fiquei muito ferida e a visão me foi tomada, passei a ouvir melhor eu que peço desculpas por atrapalhar vocês. — pediu ela, parecia muito compreensiva. — Não queria atrapalhar o momento de vocês.

   — Atena, o que faz aqui? — perguntou Ares terminando de arrumar sua capa.

   — A chuva, ela está forte e senti a presença de Hera. — comentou ela.

   Ares me olhou e entendi que precisava sair dali, andei pelo corredor sem parar enquanto Ares ficou com Atena.
Algo me tomava e eu sentia medo, talvez de encontrar com Hera e Cloto e descobrir morte? Voltei aos aposentos de Ares e abri a porta, encontrei Melissa com uma espada e uma menina junto de um menino abraçados, ela abaixou a arma quando me viu e entrei rapidamente.

    — Estão todos bem? — perguntei abraçando Melissa. — O que aconteceu, contem para mim?

   Melissa segurava o choro, corri até a porta e fechei ela, tranquei com as chaves e chamei as crianças para perto de mim. Estavam com medo, o que tinha acontecido.

    — Sim, vamos ficar. — respondeu ela.

   Para a idade que aparentava ter Melissa era muito inteligente, escondi eles no banheiro atrás de uma cortina e fiquei de olho na porta, arrastei o criado mudo e encostei. Ouvi passos novamente e fiquei próxima da parede para escutar. A maçaneta rodou, mas não foi aberta eu tranquei e me certifiquei que estava bem fechada.

   — Esse é o aposento de Ares? — perguntou uma voz masculina.

  — Sim senhor, esse mesmo. Está trancado ? — respondeu, acredito que era um dos guardas e um comandante não sei dizer.

   — Então vamos voltar, Hera nos espera. É ótimo estar de volta, principalmente quando posso tomar tudo de volta e em breve Cronos também vai estar. — falou a voz se distanciando, quem seria ele.

   Sai de perto da porta e fechei as cortinas do quarto, Melissa estava na porta do corredor do banheiro me encarando, ela tinha deixado a arma e parecia triste.
Sentei no chão do lado da cama e ela veio me abraçar, seu abraço era apertado e percebi algo molhado. Melissa estava chorando e aquilo me fazia ter dó dela.

   — Fique calma, está tudo bem. Sua mãe está bem e tudo ficará bem. — comentei e ela me olhou.

    — Eu não quero que mamãe morra, eu sei que ela briga com o papai as vezes e tem pesadelos horríveis de quando era humana, mas eu não quero perder ela. — explicou chorando e por fim as crianças que estavam escondidas também se aproximaram.

   Fiz um gesto chamando eles e vieram ao meu encontro, o menino e ela abraçaram Melissa e eu abracei os três juntos.

   — Obrigada titia. — comentou Melissa e ainda tinha me chamado de titia.

   — De nada, mas por que titia? —perguntei a ela.

   — Você é a namorada do tio Ares e provavelmente vai se casar com ele e então será titia. — comentou ela e riu, Melissa tinha um grande coração e me lembrava Nikaia. — Além disso vocês também vão ter bebês não vão?

   Segurei o riso, Melissa era persuasiva. A abracei e ficamos em silêncio. Novamente ouvi barulhos na porta, corri com as crianças para que se escondessem no banheiro e voltei me escondendo na cama, precisava ver o que estava ali.

   Fiquei em silêncio quando vi abrirem a porta com força, não consegui ver os rostos deles. Mas tinha um que era diferente, tinha cabelos avermelhados e olhos dourados. Os cabelos desciam até os ombros e ele possuía um sol desenhado em seu manto.
Percebi que um dos guardas ia em direção ao corredor e pensei nas crianças, não podia deixar isso acontecer.
No impulso rolei debaixo da cama gritando para que parrasem, fiquei cara a cara com aquele homem que por sinal era muito bonito e ele riu.

   — Segurem ela. — ordenou ele e os guardas me prenderam.

   — O que deseja senhor Apollo, agora que Hera lhe trouxe com a ampulheta podemos ficar a espera de Cronos? —perguntou um dos guardas.

   — A leve para meus aposentos e tenham cuidado com ela, Ares não vai gostar de saber que sua querida está comigo. — respondeu ele friamente.

   Agora entendi o sol, ele era Apollo e o que mais temíamos aconteceu, Hera usou a maldita ampulheta. Como Nicolle fala, ela é uma praga.

   — Que ridículo. — soltei sem querer, Apollo me olhou e me deu um tapa no rosto.

   — Silêncio mortal, está na presença de um deus. Deve saber obedecer. — rebateu ele e fiquei em silêncio.

   Os guardas me amarraram e Apollo ria daquela cena, ao menos os pequenos estavam a salvo.

  

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