Fascínio

By TniaLopes727

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Obra devidamente registrada na Biblioteca Nacional. Direitos autorais - Tânia Lopes. Tema adulto. SINOPSE A o... More

Fascínio
Fascínio - Capítulo I
Fascínio - Capítulo II
Fascínio - Capítulo III
Fascínio - Capítulo IV
Fascínio - Capítulo V
Fascínio - Capítulo VI
Fascínio - Capítulo - VII
Fascínio - capítulo - VIII
Fascínio - Capítulo - IX
Fascínio - Capítulo X -
Bônus
Fascínio - Capítulo - XI
Fascínio - Capítulo - XII
Fascínio - Capítulo - XIII
Fascínio - Capítulo - XIV
Fascínio - Penúltimo e Último - Capítulos
Recado importante aos leitores!
Capítulo 21

Fascínio - Capítulo XV

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By TniaLopes727

{...}

Nathan tentou desvencilhar-se do abraço indigesto, porém a mulher não lhe deu trégua. Diante situação revoltante e embaraçosa, Júlia sentou-se ao lado de Simone. Olhando de soslaio, notou a contrariedade em seu marido, mas isso não foi o suficiente para amenizar o ciúme que começava a lhe corroer as veias. Logo percebia o cunhado arqueando o corpo à frente da namorada, para falar-lhe:

_ Júlia, fique tranquila..._disse Thiago, lançando a cabeça em direção à mulher que conversava com o irmão. _ Ela só está fazendo uma visitinha ao Brasil. Parece que soube do acidente de Nathan, apenas...

_ Quem é "ela", Thiago? _ perguntou Júlia, angustiada.

_ Ah, claro, você não a conhece. _ Thiago perdeu a naturalidade. _ Bem, esta é Elisa.

A resposta não diminuiu a inquietude de Júlia, que elevou uma sobrancelha, ainda com ar inquiridor. A apreensão começava a lhe criar um nó na garganta.

_ Elisa é... a ex-mulher de Nathan; não dê importância a ela.

Júlia sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Voltou a encarar o marido e percebeu que ele a olhava de soslaio. Um amigo de Thiago se aproximou da mesa, pedindo licença em tom de brincadeira, ao tirar Simone para dançar. Assim que Simone acompanhou o rapaz, Júlia tocou o braço do cunhado, dizendo:

_ Muito bem, meu caro! Leve-me para a pista de dança, pois tenho a impressão de que seu irmão tem muito a conversar com a "ex"; e eu não pretendo ficar assistindo isso! _ levantou-se no exato instante em que a mulher cochichava no ouvido de seu marido. O cunhado começava a conduzi-la quando Nathan interceptou-os:

_ Onde estão indo? Pretendia sair da mesa sem me avisar, Júlia?

_ Lembrou que eu existo? _ despejou, olhando de esguelha para a intrometida antes de voltar a encarar o marido e afastar-se abruptamente.

Em um minuto de dança, Júlia teve a proeza de esmagar o pé de Thiago por, pelo menos, cinco vezes.

_ Desculpe, não consigo me concentrar; em verdade, nem consigo tomar conhecimento da música que está tocando. Aquela mulher está agindo como se Nathan fosse propriedade dela! Em contra partida, o seu irmão...

_ Já disse a você, Elisa é maluca! Tenho certeza de que Nathan conseguirá afastá-la sem grandes atropelos.

_ Como assim, sem atropelos?

_ Elisa adora chamar a atenção. Sabe, ceninhas melodramáticas? Fora o fato de ser dependente de drogas.

Júlia voltou o olhar para o marido e sua ex; Nathan falava no ouvido de Elisa, e ela tentava abraçá-lo com intimidade.

Teve a atenção desviada com a aproximação do amigo de Thiago e Simone. O rapaz devolveu a namorada a Thiago e meneou a cabeça num pedido a Júlia para que aceitasse dançar com ele.

Por que, não? _ ela pensou, ao sorrir em resposta positiva.

Acompanhou o rapaz até a pista de dança, sentido o peso do olhar irado de Nathan sobre si. Bastaram dois minutos nos braços do simpático amigo de Thiago, para ela ouvir:

_ Será que posso dançar com a "minha mulher?”.

Júlia lançou um olhar de desagrado quando o jovem reagiu com simpatia, entregando-a aos cuidados do marido. Nathan enlaçou-a fazendo pressão exagerada.

_ Você está me apertando!

_ Era o que o moleque fazia, e notei que você estava gostando. _ disse com arrogância, enquanto olhava para os lados, com expressão casual.

_ Engraçado, também notei o quanto você estava gostando da atenção que recebia da sua...

_ Não estava gostando! _ disse entre os dentes, com um falso sorriso nos lábios. _ Estava apenas sendo cauteloso. Elisa é um tanto, digamos, problemática.

_ Uma drogada, você quer dizer!

_ Não julgue uma pessoa que acabou de...

_ Você a defende?! _ exasperou com ar indignado, paralisando os movimentos _ Por que saiu de perto da maluca, hein? Vá, corra para os braços dela! _ esbravejou, tentando desvencilhar-se, sem êxito, pois Nathan a segurava com firmeza.

_ Não se atreva a se afastar de mim, Júlia. _ sussurrou em tom ameaçador.

_ Saiba que, se eu não me afastar, você corre sério risco de sofrer um arranhão em seu lindo rosto!

_ Deixe de bobagens. Olhe para mim.

_ Sinceramente, não estou a fim de olhar para você, nem falar, muito menos de sentir o seu toque! _ murmurou, virando ao máximo o rosto para o lado, suspirando, contrariada, ao sentir seu corpo sendo mais pressionado de encontro ao dele. _ Não faça isso, não percebe que...

_ Percebo que você está disposta a transformar um mero incidente numa catástrofe. _ resvalou os lábios nos pescoço macio _ Por favor, não estrague a nossa noite.

_ Como tem coragem de dizer que estou... aquela...

_ Shh... respire fundo, concentre-se na música... e me abrace gostoso.

Ao contrário do que ele pediu, Júlia procurou distância ao perguntar:

_ Por favor, seja sincero, o que sentiu ao vê-la?

_ Voltei à vida por você Júlia, não por ela. Precisa mais?

_ Mentira, não foi por mim. Foi por nossa filha!

Nathan segurou-a firmemente pelos ombros:

_ Nunca mais repita isso! Eu poderia usufruir da paternidade, sem estar vivendo ao seu lado, Júlia! Não vou mentir, a nossa filha foi uma força a mais, porém...

A atenção de ambos foi desviada ao ouvirem um barulho vindo do bar. Em segundos, Thiago surgia em frente a eles.

_ Elisa está fora de si. Jogou bandejas, garrafas e copos que estavam sobre o balcão e grita o seu nome sem parar.

Nathan bufou, passando a mão pela testa; ao fazer menção em se afastar, teve o caminho bloqueado por Júlia.

_ O que pretende fazer? Não me diga que irá responder ao chamado daquela alucinada?!

Ele ignorou o comentário da esposa e olhou com ar autoritário ao irmão, antes de ordenar:

_ Leve Júlia para casa!

_ Não! Eu não vou para casa em companhia do seu irmão! Você é o "meu" marido!

_ Por favor, querida, coopere. Não demoro a chegar em casa, prometo.

_ Estou lhe avisando, Nathan, não faça isso!

Tomado por ira, ele esbravejou:

_ Aprenda, Júlia, não ajo sob pressão; ninguém comanda os meus passos!

_ Apenas Elisa, não é? _ disse entre os dentes, voltando-se para o cunhado. _ Vou com você, Thiago.

Ao se afastar, Nathan enlaçou-a pela cintura, buscando seu olhar.

_ Confie em mim. _ sussurrou e, ao tentar capturar os lábios dela para um beijo de despedida foi surpreendido, pois Júlia desvencilhou-se bruscamente, dando-lhe às costas.

No caminho para casa, Thiago e Simone tentavam amenizar a situação.

_ O problema do meu irmão, Júlia, é o excesso de senso de responsabilidade; ele jamais deixaria Elisa sozinha no estado em que ela se encontra. Aliás, Nathan agiria da mesma maneira com qualquer pessoa conhe...

_ Ele continua ligado a ela! _ rebateu Júlia.

_ Não! Você está redondamente enganada! _ garantiu Thiago.

_ Gente, Nathan sentiu pena da mulher. _emendou Simone, antes de receber um olhar repreensivo do namorado.

A ira de Júlia a cegava, ao ponto de não perceber o clima entre o cunhado e a namorada.

_ Sabe, Thiago, não vou discutir com você. Mesmo porque, para você, Nathan sempre estará certo; afinal, é ele quem comanda a empresa e a família com punhos de aço!_ Júlia se arrependeu, de imediato, ao notar que acabara de deixar o cunhado constrangido: _ Desculpe, falei demais.

_ Tudo bem, você está nervosa. Nestas horas costuma-se falar sem pensar. _ disse em tom compreensivo.

Ao chegar em casa, Júlia correu para o quarto de hóspedes e chorou até ser vencida pelo cansaço.

Horas depois, Júlia foi acordada por um forte estrondo. Ela havia passado a chave na porta e Nathan tentava pô-la abaixo.

_ Pare com isso! Está louco? Vai acabar acordando todo mundo!

_ Abra agora, precisamos conversar! _ esbravejou possesso.

_ Não! Conversamos amanhã!

_ Pela última vez, abra essa maldita porta!

A velha Júlia de guerra despertou, respondendo com indignação:

_ Não vou abrir, e fique você sabendo que eu também não ajo sob pressão, meu querido!

Em segundos, uma Júlia boquiaberta via a porta ceder à força de Nathan, indo bater violentamente de encontro à parede, provocando um barulho ensurdecedor.

Ela se manteve estática, vendo-o se aproximar com olhar feroz.

_ Pois muito bem, se é desta maneira que quer ser tratada, assim será! _ com agilidade, jogou-a sobre os ombros.

Júlia cerrou os punhos e o golpeou nas costas, enquanto sentia os joelhos batendo de encontro ao tórax dele.

_ Seu troglodita, casca grossa!

_ Continue, estou adorando!

Chegando ao corredor, Nathan deparou-se com os pais, atônitos com a cena.

_ Está tudo bem... Estamos passando por um problema doméstico. _ disse Nathan, mantendo a esposa sobre os ombros.

_ Júlia está de cabeça para baixo, filho! Isto não é...

Nathan cortou a frase da mãe, demonstrando irritação:

_ Desculpe-me, mas isso não é assunto seu, mãe! _ notando que fora um tanto ríspido, emendou em tom divertido _ Júlia adora ser tratada assim!

Júlia, por sua vez, sentia-se envergonhada, encolerizada. A situação que o marido a expunha era, no mínimo, ridícula.

Walter, até então calado, reagiu com voz autoritária:

_ Afinal de contas, que diabos está acontecendo?

Júlia teve certeza de que era sua hora de reagir:

_ Tudo isso está acontecendo porque decidi dormir no quarto de hóspedes, depois de seu filho ter me deixado sozinha para dar atenção exclusiva à...

_ Quer calar essa boca?! _ vociferou Nathan, temendo ter de dar mais explicações.

_ Ele preferiu ficar com Elisa. Foi isso! _ despejou ela por fim.

_ Ouvi bem?! _ Walter encarou o filho _ Júlia disse... Elisa?

_ Amanhã, amanhã responderei a todas as suas pergun...

_ Coloque sua mulher no chão! _ ordenou o pai.

_ Não! Você disse bem, ela é "minha" mulher, portanto...

_ Agora, Nathan! Enquanto eu estiver vivo, exijo respeito e acato às minhas ordens! _ determinou o pai.

_ Mas, que droga! _ Nathan praguejou, deslizando Júlia até que seus pés alcançassem o chão. Não demorou a captar com contrariedade uma expressão zombeteira na face da esposa.

Júlia alisou os cabelos e lançou um olhar angelical ao sogro; com voz mansa, murmurou:

_ Obrigada, papai!

Em seguida beijou a sogra, completando:

_ Bem, vamos ao sono dos justos, boa noite! _ lançou um olhar matreiro e debochado ao marido, antes de voltar ao quarto de hóspedes. Algum tempo depois, ouvia Nathan fechar com violência a porta do outro quarto.

Na manhã seguinte, Júlia seguiu cambaleando para a sua suíte, pois estava convicta de que Nathan já teria saído para o trabalho. Jogou-se sobre a cama, pensando que poderia desfrutar de pelo menos mais duas horas de sono. Minutos depois, entrou em alerta ao ouvir a chave sendo virada na porta. Ainda sonolenta, ergueu a cabeça ficando lívida ao ver o marido, seminu, com apenas uma toalha envolta na cintura.

_ Ainda não foi trabalhar? _ sussurrou, um pouco tensa.

_Não costumo trabalhar aos domingos, doçura! _ respondeu, tendo na face um sorriso zombeteiro.

Júlia sentia-se como se estivesse na cova de um leão.

_ Não me chame assim, e... Não se aproxime! _ pediu, esgueirando-se, com intuito de sair da cama.

Ele avançava rapidamente, provocando-a:

_ Doçura... Doçura... Doçura!

_ Pare com isso!

_ Não tenho medo de você, doçura!

Quando ele a segurou pelos pulsos, Júlia desvencilhou-se bruscamente, acabando por ir ao chão.

_ Ai, mas que droga! _ ela praguejou, massageando os quadris.

Nathan saltou agilmente da cama e tocou-a com carinho, ao mesmo tempo em que murmurava:

_ Onde machucou... Aqui? Pobrezinha.

_ Não! Tire essas mãos sujas de mim! _ arrastou o corpo para trás, encarando-o com frieza.

Nathan puxou-a pelas pernas e, agilmente, posicionou-se sobre ela.

_ Afaste-se. Você não sabe com quem está brincando!

_ Ah, sei sim, feiticeira tempestuosa! _ provocou com um sorriso sedutor.

_ Não vê que estou sentindo profundo asco de você?

_ Sério? Nossa, que palavra pesada. Posso saber o porquê?

_ Sabe muito bem o porquê. Você preferiu ficar ao lado daquela...

_ Ei, cuidado! _ pediu, tentando se livrar dos golpes que ela desferia com os pés. _ Juro que não toquei em Elisa; não da maneira que você está pensando; está bem, me desculpe; prometo que jamais repetirei o erro. _ murmurava, procurando os lábios dela._ Agora pare de ser turrona e me beije.

_ Acha que é simples, fácil, assim?! _ estalou os dedos _ Um beijo apaga tudo? Está decidido Nathan, nosso casamento está acabado! _ disse com falsa determinação.

_ Não está não! Porque "eu" não quero e você não quer. E sabe muito bem disso! _ suspirou angustiado _ Já pedi desculpas, não seja tão dura comigo._ disse num murmúrio. _ Sabe que eu a amo.

O tempo, simplesmente, parou. Olhos nos olhos, corpos se tocando, respirações alteradas. Júlia sabia que estava entregue; não conseguia resistir ao magnetismo daquele homem. Aproximou o rosto lentamente e, para torturá-lo, contornou-lhe os lábios com a língua.

_ O que está tentando fazer, feiticeira? _ sussurrou tomado por prazer.

_ Quero prender o seu coração e sua mente. Quero fazê-lo totalmente dependente de mim.

_ Já conseguiu, acredite.

_ Não o suficiente.

_ Mais e ficarei maluco.

_ Acertou. Eu o quero completamente maluco por mim.

_ Deixe-me mostrar a que ponto chega minha loucura por você.

Após algum tempo, conversavam entrelaçados em meio aos lençóis.

_ Tenho consciência de que ando negligenciando você e nossa filha; eu deveria ter explicado antes.

_ Explicado o quê?

_ Estou trabalhando como um louco, a fim de colocar tudo em dia; para, então, poder delegar encargos. Thiago está me surpreendendo, demonstra maturidade nos negócios. Pretendo administrar apenas uma das empresas. Menos trabalho, mínimo de viagens e mais tempo para as duas garotas da minha vida.

_ Está falando sério?

Nathan beijou-a com volúpia, antes de continuar:

_ Só peço mais um pouquinho de paciência. Pode ser, “doçura”?

_ Seu bobo! _ resmungou, fazendo-o sentir um tapa de amor.

_ Enquanto isso, bem que você poderia começar a ver alguns terrenos que estão à venda neste condomínio.

_ Está pensando em construir? Imaginei que...

_ Não vejo a hora de termos a nossa casa. Desentendimentos sempre acontecem num casamento, e eu não quero que você esteja cercada por protetores que a incentivam a dormir longe de mim. Odiei a sensação de abandono. _ encerrou a conversa cobrindo de beijos os lábios amados.

Quatro dias depois, Júlia folheava uma revista especializada em decoração de interiores quando elevou o olhar ao ouvir a voz de Marina.

_ Júlia, você tem visitas.

_ Quem?

_ Surpresa, pediram que eu dissesse isso.

Chegando à sala, Júlia deparou-se com Henrique e Eduardo. Sem pensar duas vezes, jogou-se nos braços do irmão exibindo um sorriso radiante. Em seguida, cumprimentou o amigo com carinho. Passaram boa parte da manhã trocando novidades em meio a sorrisos. Nathalie monopolizou as atenções dos tios. Após o almoço, Henrique mostrou-se ansioso por rever os amigos.

_ Acho que vou fazer uma visita a Thiago e a Nathan no escritório. Vamos, Edu?

_ Vamos, sim. _ respondeu solícito.

_ E você, Júlia, vem com a gente? Ou já está cansada de aparecer por lá? _ perguntou Henrique.

_ Na verdade, ainda não conheço o ambiente de trabalho do meu marido.

_ Então venha conosco!

_ Está certo; dê-me apenas quinze minutos!

Algum tempo depois, Júlia olhava-se detidamente no espelho, analisando o visual. Optara por usar um vestido preto, que delineava com perfeição as curvas de seu corpo. Calçou as sandálias de saltos altos, antes de se ocupar em prender os cabelos. Na hora de se maquiar, decidiu-se por leveza. Sorriu satisfeita, pegando a bolsa que estava sobre a cama; porém, antes de sair correu em busca do frasco de perfume que ganhara de Nathan.

Ela deixou a filha sob a mira da sogra e de Ana, dizendo que logo retornaria.

A empresa ocupava três andares de um edifício na avenida paulista. Júlia ficou extasiada com o bom gosto do local. A recepcionista do saguão conduziu-os até o elevador privativo da empresa. Entraram em uma sala espaçosa, onde estofados emprestavam ar de conforto. Plantas ornamentais davam mais vida ao ambiente. Uma mesa ao lado direito chamou a atenção de Júlia. Nesse momento percebeu uma morena esguia se aproximando com movimentos graciosos.

_ Boa tarde. Em que posso ajudá-los?

_ Você é nova aqui, não? _ perguntou Henrique, logo emendando _ Se bem que faz tanto tempo que eu não...

Júlia irritou-se ao notar o irmão de queixo caído pela morena. Resolveu tirá-lo de ação.

_ Por favor, avise Nathan...

_ E Thiago... _ cortou-a Henrique, enquanto reunia todo o charme disponível, a fim de chamar a atenção da garota.

Júlia revirou os olhos, concluindo, mentalmente, o quão patético ficava seu irmão quando resolvia dar uma de Don Juan. A voz da bela morena tirou-a do devaneio.

_ A sala do senhor Nathan fica no terceiro andar._ olhou para Henrique, antes de finalizar com simpatia _ Juntamente com a de Thiago.

_ Ah... sei... é claro que sei _ dizia Henrique, exibindo um sorriso tolo. _ Eu conheço o local... olha só... o destino às vezes nos prega cada uma _ olhou para a irmã, antes de perceber que Eduardo segurava o riso. _ Poderíamos ter seguido diretamente ao terceiro andar, mas esqueci desse detalhe e _ encolheu os ombros _ Estamos aqui...

Júlia não suportou mais o monólogo. Deu um tapinha no queixo do irmão, como se quisesse selar os lábios dele, antes de puxá-lo até o elevador. Quando se voltou para agradecer a atenção da funcionária, notou Eduardo em transe, com os olhos pregados na garota.

_ E-du-ar-do! _ Júlia brincou num deboche. _ Você vem ou não?

_ Estou indo!

Assim que pôs os pés no andar indicado, Júlia foi tomada por inevitável apreensão, detendo-se nas sinuosas curvas da secretária. _ Mas, que droga; gostaria de saber quem seleciona essas funcionárias? _ clareou a garganta, tentando disfarçar o incômodo, antes de proferir:

_ Boa tarde, gostaríamos de falar com o senhor Nathan, por favor.

_ Desculpe, mas, no momento ele se encontra em meio a uma reunião._ deu uma olhadela no relógio de pulso, antes de continuar: _ Já faz algum tempo que estão reunidos, acredito que não levará mais que uma hora.

_ Thiago também está participando da reunião? _ quis saber Henrique.

_ Está sim.

_ Esperamos? _ perguntou, olhando para o amigo e a irmã.

Ao vê-los assentindo, voltou o olhar à secretária, dizendo:

_ Há problema em esperá-los?

_ Problema algum. Fiquem à vontade.

Enquanto Henrique e Eduardo saboreavam o café que fora gentilmente servido pela secretária, Júlia sentia os primeiros indícios de ansiedade e impaciência. Fora o fato de sentir-se deslocada no ambiente de trabalho do marido.

Após meia hora de espera, ela reagiu.

_ Definitivamente, não nasci para esperar. Vou dar uma volta!

_ Acompanho você. _ ofereceu-se Eduardo.

_ Não é preciso...

_ Será bom poder esticar um pouco as pernas. Não suporto ficar parado.

_ Deixe que Eduardo a acompanhe, Júlia. Não é bom ficar andando sozinha por aí. _ aconselhou o irmão.

Um pressentimento de que algo sairia errado invadiu-a, porém, era tarde demais para voltar atrás.

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