Não se apaixone por mim

By PorECollins

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Existe uma linha tênue entre o certo e o errado? Livia Mitchell não contava com todos os seus planos dando er... More

UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO
TRINTA E CINCO
TRINTA E SEIS
TRINTA E SETE
TRINTA E OITO
TRINTA E NOVE
QUARENTA
Ideias...
Avisos
Sr. e Sra. Collins

VINTE E OITO

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By PorECollins

Tardezinha é hora de: CAP NOVO!
Fortes emoções pra nosso mozão, vulgo David.
Não se esqueçam de votar e comentar.
Boa leitura xuxus ♡

____________________________________

David Collins

Puta que pariu.

Soltei Livia rapidamente sob os olhos raivosos de Bryan e os olhos espantados de Susan. Livia ao meu lado arrumava os longos cabelos e eu juro que pude ver um sorriso em seu rosto. Como ela pode estar achando engraçado? Meu coração estava saindo pela boca.

– Que porra é essa? – Bryan repetiu se aproximando. – O que você está fazendo com a minha irmã?

– Eu... eu posso... – Limpei a garganta na tentativa de parar de gaguejar. – Eu posso explicar.

– Seu desgraçado, você vai se arrepender de ter tocado nela. – Bryan correu em minha direção. A raiva exalava de seu corpo, seus olhos mal piscavam.

Livia correu para minha frente e Natalie desceu as escadas numa velocidade incrível, evidenciando que ela ouvira toda a confusão. A expressão de Susan era de quem tentava entender a situação, de quem estava ligando pontos imaginários. Eu estava imóvel e sem reação.

– Sai da frente, Livia. O que ele fez com você? Eu vou matar esse desgraçado. – Bryan tirou Livia da frente pronto para me acertar quando ela puxou seu braço.

– Chega, Bryan! David não fez nada comigo que eu não quisesse.

– O que? – Bryan estava incrédulo. Só agora ele desviou os olhos de mim, olhando pra ela.

Livia se aproximou de mim e me abraçou encarando Bryan e Susan. Eu estava imóvel, mas sorri ao ver seu rosto sorridente. De repente me senti cheio de uma coragem que antes não me habitava. Segurei a mão de Livia e enfim me pronunciei.

– Eu... queria aproveitar esse momento agradável... – Natalie e Livia riram, Susan me estudava e Bryan ainda exalava toda sua raiva. – Para comunicar a vocês que nós estamos juntos. Eu... eu sei que pode parecer estranho, mas eu queria deixar claro que jamais desrespeitaria a Livia...

– Você está louco? – Bryan me interrompeu. Passou as mãos pelos cabelos, Natalie tentou acalmá-lo. – Ninguém percebe o quanto isso é louco?

– Bryan, calma. Vamos sentar, vamos conversar civilizadamente. – Susan enfim interferiu. – Por favor, sem briga.

– Não vai ter briga, eu vou acabar com esse desgraçado sozinho. – Bryan veio com tudo pra cima de mim pronto para me dar um soco. Segurei seu braço com força e a sala se tornou um caos de gritaria. Susan e Natalie tentavam nos separar.

Caímos no chão segurando os braços um do outro. Não tinha nenhuma intenção de acertá-lo, queria apenas me defender e fazê-lo se acalmar. Mas Bryan não dava trégua, tentava a qualquer custo me acertar e eu já estava começando a perder a paciência.

Livia prontamente correu até a cozinha puxando a mangueira da pia e descarregando o jato de água gelada em nós dois nos deixando completamente ensopados.

No momento em que nós nos largamos Antony entrou pela porta da sala se assustando completamente com a cena: Bryan e eu sentados no chão, completamente encharcados; Natalie e Susan assustadas na sala e Livia na entrada da cozinha segurando a mangueira da pia.

– Alguém pode me explicar de diabos de jantar é esse que está acontecendo? – Ele perguntou com os olhos arregalados.

Depois de limparmos a sala e nos recompormos sentamos os seis à mesa para enfim conversarmos como gente. Meu coração não deixava de estar um pouco acelerado.

– Há quanto tempo isso está acontecendo? – Susan nos perguntou séria e atenta.

– Bom... começou um pouco depois da minha festa de boas vindas...

– Quase um ano? Um ano? – Bryan exclamou.

– Bryan, por favor. - Susan chamou sua atenção. - Então era do David que você estava falando com aquele papo na varanda? – Susan perguntou a Livia que assentiu com a cabeça. – Agora as coisas estão começando a fazer sentido. – Ela disse com a expressão pensativa. – David, por que a Livia? É algum fetiche? – Senti a minha boca secar.

– Mãe! – Livia a repreendeu.

– Jamais, Susan! Eu jamais faria algo do tipo, você me conhece. Eu não... eu não sei como isso aconteceu. – Olhei para Livia que não tirava os olhos de mim. – Eu me vi completamente apaixonado por ela. – Livia sorriu para mim e eu derreti quase esquecendo o desconforto daquele momento.

– Livia, o que você tem a dizer sobre isso? – Susan se dirigiu a ela. – Você pode falar tudo o que estiver sentindo.

– Sinto o mesmo por ele. Nunca me senti pressionada a nada e David é totalmente respeitoso comigo...Eu só... não queria ter que esconder.

– Livia, minha filha. Por que você não me disse? Eu sempre fui muito compreensiva, tudo bem que eu estou um pouco em choque, mas não quero que você me esconda nada. Nós teríamos conversado, quem sabe evitado toda essa confusão.

– Susan. – A chamei em alto som. – Eu te peço perdão por isso, mas principalmente para a Livia. Eu estava com medo de que vocês soubessem, eu sei o quanto tudo isso é insano. Lívia sempre foi como uma sobrinha pra mim, cresceu junto com Natie, nunca a olhei com tais olhos. Meu Deus, quando eu paro pra pensar... Eu acho que a reação de Bryan foi a mais esperada.

– Digamos que ver sua irmã caçula se agarrando com seu chefe não é lá a melhor coisa do mundo. – Bryan retrucou parecendo estar mais calmo.

– Ver meu assistente se agarrando com a minha filha também não é muito agradável. – Revidei e pude perceber Antony rindo da situação.

Karen que até então não tinha dado as caras entrou na sala com o maior sorriso do mundo parecendo não saber do que estava acontecendo.

– Já estão sentados à mesa? Vou servir o jantar então.

– Obrigado, Karen. – A observei entrar na cozinha. O silêncio que se formou era cômico.

– Bom, Livia, você sempre soube o que quis, sempre foi decidida, é de maior e vacinada. Então eu acho que nem se eu quisesse poderia te impedir. Reconheço a integridade de David, sei do homem bom que ele sempre foi.

Livia levantou sorrindo e abraçou sua mãe. Natalie comemorava e Antony ria da situação toda.

– E você, Bryan? Tenho seu apoio? - O perguntei com a maior educação que eu poderia dar naquele momento.

– David, eu amo a minha irmã e te dou o mesmo conselho que você me deu quando comecei a namorar a sua filha. - Ele respondeu sério.

– Certo, faz sentido. – Levantei para apertar sua mão.

– Me desculpe por toda aquela... cena. – Ele apertou minha mão.

– Tudo bem, se eu estivesse no seu lugar faria o mesmo.

– Ah, vocês são tão lindos. – Natalie disse fazendo todos rirem.

– Então, vamos jantar, acho que devemos comemorar. – Disse aliviado pela paz que me tomou.

***

O jantar havia sido ao mesmo tempo incrível e embaraçoso. Jamais imaginaria que fosse ser tão simples assim. Certo, tirando a parte em que Bryan tentou me matar. Fora isso tudo havia corrido tão bem que até me chocava. Um arrependimento me batia por ter ficado tanto tempo longe de Livia com medo dessa conversa que tivemos hoje.

Parecendo ler meus pensamentos ela se aproximou de mim e levantou os pés para cochichar em meu ouvido.

– Da próxima vez, eu acho melhor fazer o que eu digo, Sr. Collins.

– Dessa vez tenho que concordar com você. – Virei a cabeça olhando em seu olho.

– Quando será que todos vão embora? Quero comemorar com você.

– O que exatamente você quer comemorar, Livia? – Perguntei devolvendo o sorriso que ela me dava.

– Não faltam opções. – Ela disse enquanto comecei a beber o whisky em minha mão. – Mas em especial, eu quero comemorar a nova fase do nosso relacionamento. – Livia sussurrou em meu ouvido e eu engasguei instantaneamente fazendo-a rir.

– Eu não... – Limpei a garganta. – não entendi... – Menti. Um rubor violento surgiu em minhas bochechas.

– Eu tenho certeza de que você entendeu. – Ela disse mordendo o lóbulo da minha orelha e passando a mão por meu abdômen coberto pela camisa social branca. Meu corpo todo se arrepiou com seu toque.

– Livia... – Segurei sua mão fazendo-a parar. – Isso não é nem um pouco apropriado. – Fiz uma pausa olhando para todos na sala. – E eu acho que eles não vão embora tão cedo...

– Eu quero que o apropriado se foda, com todo respeito. – Ela sussurrou arrancando um sorriso meu. Em seguida pegou o copo da minha mão e bebeu meu whisky.

– Acho que eu preciso dar um jeito nessa sua boca suja. – Sussurrei observando Antony se aproximar de nós dois.

– Olha só se não é o meu casal favorito! – Ele abriu um sorriso divertido. – David, divida a Livia com o resto de nós, você não pode monopolizá-la! – Antony puxou Livia pelo braço tirando o copo da mão dela e a levando de volta para sala onde todos estavam.

Apertei o queixo enquanto via Antony tirá-la de mim e me recostei no bar da sala, Livia olhou para trás procurando meus olhos e sorriu assim que os encontrou. Observei sua expressão leve e divertida rindo de algo que Natalie lhe disse.

Engoli mais uma dose de whisky e me juntei a eles na sala, Bryan quando me viu automaticamente tirou a mão boba das coxas de Natalie. Era bom saber que ele ainda me respeitava. Antony olhou pra mim e apontou para a cozinha, sinalizando que queria falar comigo em particular. Caminhei até lá e o esperei.

– Cara... – Antony estava pálido, nunca o vira assim antes.

– O que aconteceu?

– Susan... – Ele limpou a garganta. – Acho que ela está... dando em cima de mim.

– O que? – Soltei uma risada alta demais para a situação. – E por que você está assim?

– Eu não sei se eu... dou conta. – Engasguei ao ouvir aquilo.

– Antony Hall com medo de não dar conta de uma mulher? Isso é... novo.

– David. Essa é a mulher mais louca que eu já conheci. – Eu tinha ciência das aventuras de Susan, desde a faculdade ela tinha esse jeito... liberal. Antony me olhava assustado e eu não pude evitar rir.

– Antony, se você desistir agora você vai se arrepender pro resto da sua incrível vida. – Ironizei. – Para todos os casos, na farmácia sempre tem aquele famoso remedinho azul. – O provoquei.

– Ora, David. Eu nunca precisei dessas coisas. – Ele disse tentando parecer confiante, mas ainda com expressão assustada. Ri.

– Bom, então do que você está com medo? Se ela quer e você também quer...

– Acho que você está certo. – Ele disse roendo as unhas.

– Só não estrague tudo, ela é mãe da Livia, estará muito presente por aqui, o que significa que se você estragar eu vou ter que te isolar. – O provoquei novamente e ele me encarou. – E por Deus, pare de roer as unhas! Parece uma criança assustada.

Antony rapidamente tirou os dedos da boca e se virou para Susan que passou a devolver o olhar. Ele andou até ela com uma confiança recém adquirida e sussurrou algo em seu ouvido. Os dois se levantaram e anunciaram que já estavam de saída.

– Eu adorei o jantar, David! E novamente desejo felicidades a vocês dois. Acho que não preciso pedir para cuidar dela, não é? – Susan disse com um sorriso simpático nos lábios. – Bryan, Livia, não me esperem em casa. – Ela recomendou ainda sorrindo. Percebi Livia devolver o sorriso e o rosto de Bryan se fechar.

Susan saiu pela porta acompanhada de Antony e Natalie começou a rir.

– Vocês não acham isso constrangedor? – Ela perguntou.

– Na verdade eu já estou acostumada com o jeito dela. Bryan é que fica morto de ciúmes. – Livia apontou para o irmão e começou a rir.

– Não é ciúmes. – Bryan se pronunciou. – É só proteção.

– Ah Bryan, eu garanto que a mamãe sabe se defender.

– Disso eu não posso discordar. – Finalmente me pronunciei. – Susan sempre foi o terror dos garotos na faculdade. – Nós rimos.

– Bom, eu acho que eu já vou. – Bryan se levantou.

– O quarto de hóspedes está a sua disposição, Bryan.

– Agradeço, David. Mas acho que vou adiantar uns trabalhos em casa. Mas agradeceria muito se pudesse levar Natalie para um sorvete. A trago sã e salva.

– Claro, claro! Não cheguem muito tarde. – Recomendei, mas no fundo, queria ter a casa inteira para mim e Livia.

Senti meu corpo queimar enquanto eles saiam pela porta deixando somente Livia e eu naquela casa enorme.

– Enfim, sós. – Ela disse inclinando a cabeça e me olhando de cima a baixo.

– Sabe... – Me aproximei dela e a levantei do sofá. – Mesmo com todos sabendo, eu ainda me sinto namorando escondido. – A tomei em meus braços.

– Namorando? – Ela perguntou num tom divertido de espanto e eu gelei completamente.

– N-Não... – Limpei a garganta. – Não estamos namorando? – Minha boca secou.

– Eu não sei... não recebi nenhum pedido oficial de namoro... – Ela sorria e eu só ficava cada vez mais gelado com os olhos fixos nela. – Eu estou brincando, seu bobo! – Ela beijou meus lábios docemente. – Você é um alvo tão fácil. – Me provocou.

A puxei para mim ferozmente agarrando seus cabelos e matando toda a saudade dos nossos beijos quentes e selvagens. Corri meus lábios por seu pescoço e seu cheiro me deixou inebriado. Livia tinha um dos melhores cheiros que já sentira em toda a minha vida, e ele não podia ser comprado ou fabricado. Era só dela.

Ela me virou e me jogou no sofá, subindo em mim. Minhas mãos agarraram sua cintura apertando-a. Dei um tapa forte em sua bunda que fez Livia rebolar gostoso em mim. Ela agora beijava o meu pescoço e a temperatura quente da sua boca me deixou louco.

– Você me enlouquece, Lívia.

– Eu já esperei demais, Sr. Collins. – Ela disse levando suas mãos até a minha camisa e desabotoando-a. – Eu quero sentir você. – Sua voz fez meu corpo estremecer.

Nós estávamos totalmente no clima, eu queria deitá-la naquele sofá e finalmente fodê-la quando a campainha começou a tocar desesperadamente.

– Merda. – A tirei do meu colo, ajeitando meu membro duro na calça e abotoando de volta a camisa. – Me desculpe, meu amor.

Caminhei até a porta e a abri com toda a raiva que poderia me habitar.

– David! – Laura estava plantada na minha porta e se jogou em meus braços, completamente bêbada.

O destino adora atrapalhar esse casal, ? Até amanhã ♡

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