Uma noiva para Ares

By fadadas_historias

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4° LIVRO DA SÉRIE NOIVAS Dizem que o luto corrói a alma, destrói os corações. Seguido de momentos de dor... More

Nota inicial | Avisos | Pré-venda livro I
Epígrafe
Prólogo
Dando início
A garota que toca
O começo de um novo inicio
O pedido do deus da guerra
Coisas as escondidas
Conversa de deuses
Um objeto sagrado
As páginas roubadas
É tudo pelas ordens do Pai?
Um lampejo de vida
O lado oculto de um deus
Algo que aflora
A musica da mortal
Algo repentino
Revelação
Ser obediente para um deus
Descobrindo certos problemas
Um desejo sombrio
Conhecendo o problema
A verdade do deus do sol
Confissão do deus sol
Uma prova de Confiança
O início da perdição
A procura do amor
Sentimento de destruição
Epílogo
Agradecimentos
New Book Uma noiva para Tanatos

Uma breve Descoberta

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By fadadas_historias

*Ares*

    Todos tinham medo e com razão, parece que Gaia jamais nos deixaria e os pecados de Hera também. Hades foi a sala dos portais, sua maior prioridade era Nikaia e Melissa, Nicolle tinha limpinho suas lágrimas. Acredito que ela tinha muito medo por sua família especialmente por Zeus.

   — Isso parece um pesadelo que não para. — comentei baixo.

   — Nisso tenho de concordar com você. — disse uma voz vindo da porta.

   — Finalmente você apareceu Ártemis, achei que o mundo ia acabar e você nem daria as caras. — respondi me virando, Ártemis tinha longos cabelos loiros com algumas mechas negras, seus olhos azuis e a pele morena.

   Que eu me lembre desde o começo ela prefiriu viver nas terras selvagens do norte, caçando e vivendo sem se importar muito com o Olimpo. Parece que algo a fez voltar.

   — Minha querida. — disse Zeus a abraçando.

    Nicolle sorriu e ela a beijou, era dificil de acreditar que tinha um lado sentimental naquela coisa e no começo Ártemis teve ciúmes de Nicolle com Zeus.

   — Estava com muitas tarefas, é uma honra estar em sua presença Nicolle, mas temo que sejam tempos difíceis. —comentou.

   Olhou a árvore seca e morrendo, deixou as mãos de Nicolle para ir até ela, a tocou. Permaneci em silêncio, espero ao menos que ela explique o que fez para vir aqui. 

   — Está morrendo. — comentou se levantando. — Isso significa que as moiras correm perigo também.

   — Não acho, elas não tem ligação com a árvore apenas Nikaia, esposa de Hades. — disse Zeus.

   — Se refere a Perséfone no caso? Não acredito que ela prefere ainda o nome humano, as pessoas são estranhas. Enfim, vim do norte e passei pela ilha e não as encontrei. — contou, do bolso retirou um colar azul e ele brilhou.

   O brilho inundou todo o lugar e mostrou uma imagem, a ilha das moiras, a porta de seu esconderijo. Lá dentro tudo estava escuro, com pouca luz próximo a uma lareira vimos dois corpos. Eram as irmãs, menos Cloto estava lá.

   — Quem faria isso? — brandou Zeus.

   — Vai saber, o problema não é isso olhem no chão. Ali no canto perto do vaso de rosas vermelhas. — falou Ártemis apontando para o vaso.

   Me aproximei dele e vi que tinha um papel escrito, estava rasgado e amassado, mas consegui notar um nome.

  — Laura, a garota do jardim. — Li em voz alta.

  Por um momento quase cai para trás, Laura estava envolvida no meio de tudo? Olhei para Zeus sem entender e nesse mesmo momento as imagens desapareceram voltando ao colar e Hades passou pela porta junto com Nikaia e Melissa.

   — Quem é Laura? — perguntou Ártemis cumprimentando Nikaia com  a mão. — Deve ser alguma pessoa que vocês conheçam.

   — Ela toca no jardim em Pireu todas as noites. — respondi sem muitos detalhes.

   Todos me olharam, não estava fazendo nada de errado querendo esconder Laura. Senti o peso de todos em mim por conhecer Laura.

   — Já falei que as vezes o destino não é nosso em alguns momentos, Ares precisamos da Laura. — contou Nikaia, ela tinha um grande coração e era uma deusa muito amorosa, na maioria das vezes nos ajudava com palavras de apoio.

   — Está bem, vou atrás de Laura. Irei sozinho, se o que você mostrou e disse é verdade precisamos de cautela. —informei, ia buscar Laura. Espero só que ela não ache ruim comigo.

    — É verdade, esse colar guardou as imagens, pois ele iluminou a sala para mim andar lá. O frio está aumentando e não é por conta dos deuses, isso me fez voltar. Algo de muito errado está acontecendo. — explicou rapidamente.

    Olhei para os outros e apenas balancei a cabeça, caminhei de volta até a sala dos portais e passei por um portal dourado que levava ate Pireu.
Andei pelas ruas cheias de pessoas, estavam comerciando tecidos, frutas, verduras, animais e calçados. Cheguei próximo a casa de Laura e senti a presença de Cloto. Aquilo foi o suficiente para me fazer correr sem pensar, abri a porta que estava trancada e não tinha ninguém.
Subi as escadas rapidamente e entrei no quarto de Laura, olhei a penteadeira e senti seu perfume. Era um perfume floral, com leve toque adocicado. Era realmente de acordo com a sua personalidade, aquilo me fez esquecer por um instante o que fazia ali.

   Um gemido alto me tirou desse devaneio e caminhei até a cama de Laura, observei os pés da cama e notei que ela fora arrastada e colocada de volta ao lugar. O gemido mais uma vez soou alto, abaixei e levantei o lençol da cama de Laura.
Cloto estava lá, parecia muito fraca, mas era ela.

   — Pelos deuses, Cloto. — afirmei surpreso, o que ela fazia ali.

   — Ares, a Laura é a única que pode achar uma solução. Ela começou a ter sonhos, visões. — disse fraca. — E a música dela pode revelar muitas coisas. — Apontou para a harpa que estava jogada ao chão quebrada.

   O que Laura era e por que sua harpa estava quebrada? Será que ela fez isso com raiva de mim? Se fosse por conta deu não ter ido ontem ao seu encontro vou lhe dar outra.

   —  Onde está Laura? Por favor Cloto, se ela pode salvar o Olimpo, eu preciso dela. — perguntei nervoso.

   — O governador. — murmurou fraca. — Ares, ela pode mudar o rumo das coisas e a música quando vem da alma cura o coração mais ferido. As vezes precisamos deixar o passado ir, a vida é um rio que sempre flui com a corrente e ela nunca volta atrás. — explicou tocando meu rosto.

   Naquele instante lembrei de Afrodite e senti uma lágrima escorrer por meu rosto, consegui sentir o gosto salgado em meus lábios. Deixar ir, viver o presente, ainda era tão difícil.

   — Eu vou atrás dela. — comentei e tirei do bolso o espelho que Zeus me dera. O abri e a imagem de Ártemis apareceu.

  — Achou a moça? — perguntou ela curiosa. — Temos coisas a fazer Ares.

   — Achei Cloto, venham buscar ela rápido está muito fraca, vou atrás de Laura. — expliquei.

    Deixei o espelho com Cloto e fui até a janela, ela disse governador então Laura estaria na casa dele.
Cobri meu rosto com a capa e pulei da janela assim que senti a presença de Hades chegando, abri a porta e sai.
Parei um dos cidadãos de Pireu, era um vendedor muito insistente.

   — Pode me informar onde fica a casa do governador? — perguntei a ele.

   Apontou para o fim da rua, nem sequer ousou me responder, estava tentando finalizar sua venda.
Quando cheguei a casa notei que era bem protegida, apertei o colar em meu pescoço e passei pela segurança sem que me vissem, dentro da casa ouvi vozes e a porta estava aberta de relance, consegui ouvir a conversa toda e ver Felipe se jogando para cima de Laura.
 Eles iam a sala de música, corri pelo corredor procurando a maldita sala e por fim abri a porta certa, lembrei da harpa de laura e vi uma no fundo daquela sala. A toquei e a segurei, entregaria a Laura e por que? Eu estava tão inseguro quanto a presença de Felipe, ele tocava a mão dela, piscava para ela.

   Ouvi a porta se abrir, tirei o capuz e encarei Felipe. Elevei um pouco de meu poder para que ele sentisse que estava na presença de um deus e nesse momento Laura me encarou, segurando a harpa sorri para ela. Felipe estava tocando a cintura de Laura e aquilo me incomodava demais.

   — Ares. — ela sussurrou baixo.

   Caminhei até eles enquanto Felipe ainda tentava assimilar tudo e peguei Laura pela mão, a puxei devagar e ela soltou de Felipe. A abracei e lhe dei a harpa, permaneci em silêncio com a mão direita desenhei um portal, a segurei fortemente contra meu peito e passei por ele.
   Laura estava em meus braços e por um momento algo diferente apareceu dentro de mim.

     — O que estou fazendo aqui? —perguntou ela quase caindo de meus braços.

    — Preciso te deixar segura. — respondi a segurando com mais força, peguei ela em meu colo.

      — Como assim? Por que me pegou no colo meu senhor, eu sei andar sabia? — perguntou relutante.

    A forma como ela disse meu senhor foi suficiente para me despertar desejo, mas não podia abdicar de Afrodite.
Caminhei com ela nos braços pelos corredores e abri a porta de meus aposentos, a coloquei na cama e fiquei a admirando.

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