Não se apaixone por mim

By PorECollins

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Existe uma linha tênue entre o certo e o errado? Livia Mitchell não contava com todos os seus planos dando er... More

UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO
TRINTA E CINCO
TRINTA E SEIS
TRINTA E SETE
TRINTA E OITO
TRINTA E NOVE
QUARENTA
Ideias...
Avisos
SAVE THE DATE
Sr. e Sra. Collins
Publicado!

DEZESSEIS

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By PorECollins

CAP novoooo! Boa leitura xuxus ♡

_____________________________________

Livia Mitchell

O dia do baile chegou tão rápido que mal podíamos acreditar. Natalie ainda achava que eu deveria ir acompanhada, mas eu consegui convencê-la a parar de tentar me arranjar alguém. Ela estava feliz demais com Bryan, que estava se mostrando um dos últimos românticos. Eu sempre soube que esses dois se pertenciam, Bryan precisa de alguém como ela.

Natie sabe o que quer e luta pra conseguir. Ela sempre me disse para ir atrás do que eu quero também, seja no jogo ou no amor. Ela sempre disse que a nossa sorte somos nós quem fazemos.

Tento de toda forma aplicar suas palavras ao que sinto por David. Sempre fui corajosa em todos os campos da minha vida, mas se tratando de paixão, amor talvez, o medo sempre me vencia. Talvez por isso eu nunca tenha me apaixonado antes. Talvez por isso eu nunca tenha dado certo com ninguém, mas talvez agora as coisas fossem diferentes.

Esse sentimento por David é uma incógnita pra mim. Eu sempre o admirei, sempre o achei esforçado e batalhador. O admirava por ser forte e ter criado tão bem sua filha, suportando sozinho a barra da morte de sua esposa. Mas admiração é um sentimento normal de qualquer ser humano. Até aí estava tudo normal.

Não sei ao certo quando a atração apareceu, mas com ela vieram os frios na barriga, os sonhos, os desejos. Recebi sua reciprocidade, o perigo de nossa relação deixou tudo ainda mais quente, mas a saudade e as leves crises de ciúmes vieram para me mostrar que eu me sentia um pouco possessiva em relação a ele e foi aí que eu vi que estava fodida.

Conforme nosso desejo um pelo outro foi aumentando, um novo sentimento surgiu. E ele me assustava demais. Eu queria de David uma prova de que poderíamos dar certo juntos, mas ficava difícil manter uma conversa com tanto tesão acumulado. Eu nem sei se nós somos mais do que isso. Mais do que duas pessoas que se desejam.

Talvez fosse besteira minha, isso passou muito por minha cabeça, mas eu queria algo espontâneo que partisse dele, como suas declarações por telefone no dia que estava bêbado. Ainda sinto o desconforto das palavras dele horas mais tarde culpando o álcool por tudo aquilo.

Existe um forte sentimento em mim que eu não quero admitir pelo medo de me machucar e isso torna as coisas um tanto complicadas. O que esse homem me faz sentir eu jamais senti por alguém, ou com alguém.

***

Cheguei na casa dos Collins após passar uma semana sem pôr os pés aqui. Falei algumas vezes com David pela internet, mas nem de longe é a mesma coisa. Meu coração ardeu ao ouvir o som do piano. Eu adorava ouvi-lo justamente por ser um pouco raro. Estávamos cheias de caixas com sobras das decorações do baile nas mãos e nem tivemos tempo de parar para admirá-lo.

- Oi pai. Tchau pai! - Natie brincou com a pressa enquanto corria pela sala.

- Olá Sr. Collins. - David errou as notas e congelou ao ouvir minha voz e eu amei sua reação. Ele se virou rápido para mim e sorriu.

- Precisam de ajuda? - Ele perguntou docemente se voltando para o piano.

- Agora que já chegamos? Carregamos isso pelo quarteirão inteiro! - Eu disse num tom debochado. Natalie riu em concordância.

- Alguém precisa te ensinar umas boas maneiras, Srta. Mitchell. - David sussurrou sobre o ombro e pude ver um sorriso provocador em seu rosto. Um calor se instalou na sala naquele momento.

Continuei subindo as escadas até chegar ao corredor entrando no quarto de Natie.

- Liv, nós já estamos atrasadas. Eu sabia que organizar esse baile seria cansativo.

- Natie, nós temos três horas até o baile! - Disse rindo. - Temos tempo o suficiente para ficarmos maravilhosas.

- Liv, você já viu quanto tempo eu demoro pra ficar pronta?

- Então eu acho melhor você parar de reclamar e começar logo. - Disse a empurrando para o banheiro. - Vai eu termino tudo isso aqui.

Natie entrou para o banheiro para começar a se arrumar e eu comecei a separar o que era lixo e o que dava pra ser reutilizado. Eu estava perdida entre cartolinas, glitters, fitas e tudo mais. Acabei de separar e juntei todo o lixo para levar lá pra fora. Lembrei que veria David quando descesse e institivamente comecei a me arrumar.

Soltei o coque dos cabelos, e tentei limpar minha pele azul pelo glitter. Sem sucesso. Fui descendo com a pilha de lixo nas mãos e estava difícil equilibrar tudo. Com calma desci um por um dos milhares de degraus que haviam naquela escada. A pilha em minhas mãos atrapalhava minha visão, mas eu estava descendo com maestria.

No antepenúltimo degrau eu tropecei em absolutamente nada, jogando todo o lixo pro alto e caindo de joelhos no chão.

- Você está bem? - A voz grave de David preencheu o silêncio da sala após o estrondoso som da minha queda. Olhei pra cima e seus olhos estavam em mim, foi quando percebi que ele viu tudo. Mas que merda.

- Sim. Ótima... - Disse com a voz trêmula de ódio e vergonha.

David se ajoelhou na minha frente e eu não consegui olhar em seus olhos. Comecei a pegar as coisas do chão e ele me ajudou. Seu rosto estava divertido e ele não conseguia esconder uma risada.

- Foi engraçado pra você, Sr. Collins?

- Bastante. - No momento em que ouvi aquilo minha raiva aumentou, odiava me sentir vulnerável. Tomei os materiais de suas mãos com força.

Tentei me levantar para ir embora dali e percebi que estava completamente desequilibrada. Que porra está acontecendo com as minhas pernas? David tentou me segurar ficando muito próximo a mim. Nos entreolhamos e o fogo acendeu. Eu estava no chão, apoiada nos cotovelos, e David se pôs em cima de mim, ajoelhado, se inclinando para me beijar.

Aquele momento que precede o beijo, quando as bocas estão muito próximas e os olhos fixos uns nos outros me fez lembrar da saudade que eu estava daquele homem. Seu cheiro era bom demais, sua pele era macia demais, sua boca era linda demais. Ele finalmente me tomou em seus lábios, seu gosto refrescante me invadiu e eu fechei os olhos esquecendo por alguns segundos que estávamos no chão da sala.

Ele se separou do beijou e aproximou sua boca do meu ouvido.

- Esqueceu como se anda, Livia? - Ele sussurrou me fazendo arder numa espécie de raiva e tesão.

- A culpa foi sua. - Disse empurrando-o e finalmente me levantando.

- Eu ainda nem te toquei e você já está de pernas bambas? - Maldito convencido.

- Não tenho tempo para isso, tenho um baile para ir. - Disse saindo pela porta e colocando o lixo na grande lixeira da entrada.

- Com quem você vai? - David perguntou curioso após esperar ansiosamente eu voltar para a sala.

- Sozinha. - David me olhou confuso.

- Sozinha? Ninguém vai te levar?

- Bom... apesar dos últimos acontecimentos, Sr. Collins, eu tenho duas pernas e sei andar sozinha. - David sorriu.

- Não foi isso que eu quis dizer. É que achei que com a festa você escolheria alguém.

- Isso era coisa de Natie, nenhum deles me interessou.

- Vai ver você já está interessada por alguém. - David se aproximou de mim me olhando de baixo pra cima e estacionando em meus olhos.

Segurei seus braços fortes e levantei os pés encostando minha boca em seu pescoço. David pendeu a cabeça para o lado. Beijei toda a extensão chegando a sua orelha. Mordi seu lóbulo e ele soltou um suspiro.

- Vai ver eu estou mais-que-interessada em alguém. - Sussurrei em seu ouvido e senti David se arrepiar.

Ele me olhou profundamente, com um sorriso convencido nos lábios, e me beijou mais uma vez. Nossas línguas dançavam de uma forma extremamente sensual.

David Collins

Enquanto nos beijávamos eu queria segurar Livia ali pra que ela não fosse nesse maldito baile, queria passar aquela noite com ela, perto dela, beijando-a, matando essa saudade que ultimamente andava em meu peito.
Livia mordia meus lábios e nós não parávamos de sorrir. Poderia ficar ali para sempre.

- David, cheguei! - A voz de Antony soou alta e meu corpo todo se esfriou.

Nos soltamos numa velocidade anormal, Livia se virou para a estante ao nosso lado e fingiu estar olhando os livros enquanto eu não consegui me mexer, permanecendo imóvel.

Antony se aproximou devagar olhando para nós dois com a maior cara de desconfiança que eu já vira. O maldito estava sacando tudo.

- Eu atrapalhei algo? - Ele perguntou rindo.

- Eu estava justamente te esperando... tem uns documentos que você precisa assinar... - Falei entre engasgos tentando mudar de assunto.

- Sr. Collins, Sr. Hall, tenham uma boa tarde. - Livia disse sorrindo inocentemente e se virando para subir.

- Me chame de Antony, Livia! Deixe a formalidade pro David, ele que gosta dessas coisas. - Olhei feio para a cara de Antony e ele ria em provocação.

Livia sumiu nas escadas e Antony olhou fixo pra mim, tentei ignorá-lo mas era impossível.

- O que foi? - Perguntei impaciente.

- Nada... Vocês são bons em disfarçar...

- Disfarçar o que?

- David... - Antony riu. - Quer mentir pra mentiroso? - De fato, pra Antony eu não conseguia mentir.

- Antony, os documentos por favor, vamos falar sobre isso. - Mudei o assunto e ele riu vitorioso.

- Certo David, dessa vez eu deixo passar.

Passamos cerca de uma hora no meu escritório até que acabamos todo o trabalho. A casa estava tranquila quando Antony foi embora. Livia estava no quarto com Natalie e eu comecei a pensar nela.

Comecei a pensar sobre o quanto ela se tornara especial para mim. Sobre o quanto ela estava colorindo os meus dias e me fazendo olhar para mim mesmo com outros olhos. Por causa dela eu passei a acreditar que posso me apaixonar de novo. Passei a acreditar que posso viver um romance.  

A ansiedade, as borboletas no estômago, as risadas, a saudade. Ela estava me dando tudo isso, e era bom demais. Livia estava me mostrando que eu estava vivo, e que dentro de mim um coração ainda batia fortemente.

Me levantei rapidamente com uma ideia na cabeça. Peguei minha carteira e saí de casa.

Livia Mitchell

Saímos de casa às pressas, esqueceria minha máscara se não fosse por Natie. Estávamos lindas em vestidos azuis. Essa ideia foi da Natie, que adora azul. Ela sugeriu que os homens fossem de preto e as mulheres de azul royal, e movimentou o instagram do campus com postagens divertidas e interativas sobre as cores e o tema do baile. Foi o marketing perfeito, todos adoraram. Ela realmente tem visão pra essas coisas.

Chegamos ao baile na limusine que alugamos e eu estava me sentindo uma princesa. O tapete azul-veludo da entrada era mágico como toda a decoração lá dentro. Lembrei-me do trabalho que deu para deixar tudo pronto e agradeci por ter valido à pena.

Uma leve melancolia me bateu por estar ali sozinha, mas eu só desejava estar aqui com uma pessoa e isso me parecia impossível. Entrei com o pensamento de que iria me divertir ao máximo. Tudo estava escuro com nuances azuis e os detalhes de galáxia nas paredes estavam maravilhosos modéstia à parte.

Bryan estava nos esperando lá dentro com seu smoking e sua máscara em mãos. Ele estava realmente lindo. 

- Vocês estão lindas demais! - Bryan disse se aproximando para beijar o topo da minha cabeça.

- Você também, Bryan. Acho que ser meu irmão te deixou mais bonito. - Eu disse, mas não fui ouvida. Bryan e Natie já se olhavam e sorriam apaixonados. - Vou deixar os pombinhos aí e ver o que tem pra comer.

Entrei na pista de dança que já estava lotada e peguei uma batida de kiwi com vodka pra beber. Me sentei em uma das mesas e comecei a observar tudo e todos ao meu redor. Eles estavam aparentemente felizes.

O foda é que todo mundo resolveu estar apaixonado justamente hoje. Pra onde eu olhava havia um casal dançando, aos beijos, rindo, e eu estava sentada na mesa observando todos eles.

Apoiei o queixo com as mãos e fitei o chão. Eu não precisava dessa superficialidade de ter uma noite perfeita no baile, não precisei disso na adolescência e não preciso disso agora. Mas estando aqui, hoje, vendo todos apaixonados vivendo esse "sonho" me fez querer um pouco da sensação também. Como se não fosse suficiente, uma música lenta e romântica começou a tocar. Ótimo.

Eu ficava cada vez mais melancólica quando um cheiro familiar me invadiu.

- Sentindo minha falta? - Olhei para cima, seu rosto quase completamente coberto por uma máscara preta com dourado, deixando exposto apenas sua boca perfeita. Aquela boca que eu conhecia bem demais. - Me concede essa dança? - Ele estendeu a mão para mim e meu coração acelerou.

Peguei sua mão e me levantei, ainda em choque, colocando minha máscara. Não podia acreditar que ele estava aqui. Ele estava aqui por mim! Por uma eternidade de segundos eu não consegui dizer sequer um "oi", só sorria sem acreditar naquele momento.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei enquanto dançávamos aquela música lenta que há pouco eu estava odiando.

- Eu vim te trazer ao baile. - Ele sorriu.

- Tecnicamente eu vim sozinha... - Brinquei.

- Eu tive que ir comprar uma máscara, e foi difícil entrar aqui... Você está reclamando, Srta. Mitchell?

- De jeito algum, Sr. Collins. - Olhei em seus olhos castanho-esverdeados.

Dançamos mais uma, e outra, e mais outra música. Me perdi na quantidade, parecia que o tempo havia parado. Enquanto eu estava envolvida em seus braços, comecei a lembrar do que havia pensado mais cedo. David estava aqui, dançando comigo, de máscara para não ser reconhecido. Tudo isso era mágico demais e naquele momento todo o meu medo tinha ido embora.

Eu o olhava espantada com tamanha beleza. Me sentia sortuda por ter seu afeto, por ser eu quem o deixa louco, por poder beijar sua boca carnuda e avermelhada.

- Eu queria te beijar agora. - Disse numa confissão que deveria ser só um pensamento.

- Beija Livia. Eu estou aqui por você, por que não consigo ficar um segundo sem você. - Ele dizia olhando nos meus olhos. - Me beija. - Meu coração ardeu e eu o beijei, ali, na frente de todos.

Quando descolamos os lábios percebi Natie vindo em minha direção com o sorriso mais largo de todos e meu corpo gelou.

- Natie! - Sussurrei para David.

- O que?

- Natalie está vindo, rápido! - David me soltou elegantemente e saiu pela porta ao nosso lado.

Me sentei novamente na mesa e comecei a pensar em desculpas para dar a Natie, nem deu tempo, ela chegou até mim e sentou do meu lado.

- Quem era!? - Perguntou animada.

- Um cavalheiro mascarado. - Disse sorrindo.

- Você não sabe? - Dei de ombros em resposta. - Um Cinderelo.

- O que? - Perguntei.

- Um Cinderelo. Ele veio, dançou com você, te deixou nas nuvens e sumiu. - Não pude evitar rir.

- Onde está Bryan?

- Ele foi pegar o carro...

- Como assim?

- Estamos querendo escapar...

- VOCÊ VAI ME DEIXAR AQUI SOZINHA?

- Não! Certo, seria horrível da minha parte... desculpa Liv, não vou fazer isso.

- Eu estou brincando sua boba, eu sei me cuidar. Pode ir, eu chamo um taxi... espera, vocês vão pra minha casa? Não quero ter uma surpresa quando chegar...

- Garanto que não estaremos na sala. - Natie disse debochada.

- E o que eu digo pro seu pai?

- Meu pai? Acho que vocês não vão mais se ver hoje... - Natie olhou confusa. - De qualquer forma eu disse que dormiria na sua casa, o que não é mentira... - Nós rimos.

- Certo... Vou dar um tempinho por aqui, quando me encher o saco eu vou pra casa. Grito "cheguei" da sala pra vocês ficarem cientes. - Disse enquanto fazia cócegas em sua barriga.

Natie me deu um beijo e saiu feliz da vida. Tentei apagar da minha mente a imagem dela com meu irmão, até que lembrei de mim.
Com o pai dela.
Ri de nervoso ao pensar que em algum momento teremos que contar.

Eu estava sozinha no enorme espaço azul, com um vestido lindo e uma máscara incrível para absolutamente nada. Queria ainda estar com David, não sabia ao certo para onde ele foi, mas uma leve esperança de que ele estava lá, me esperando, me animava.

Saí para tomar um ar e fui surpreendida com a melhor visão de todas: ele apoiado ao muro do estacionamento olhando o movimento da cidade. O paletó em seu ombro e seus braços apoiados ao muro lhe davam uma aparência despojada e leve que disparou meu coração.

Pensei em formas de abordá-lo, pensei em chegar por trás e abraçá-lo, pensei em sussurrar em seu ouvido, mas ele sentiu a minha presença e se virou pra mim sem nem me deixar decidir.

- Livia! - David abriu seu sorriso encantador.

- Estava me esperando? - Sorri de volta.

- Queria te ver mais uma vez.

- E se a Natie tivesse comigo?

- Imaginei que não... Seu irmão falou comigo hoje, disse que estão apaixonados, foi quase um pedido de permissão pra namorá-la. Achei muito nobre da parte dele...

- Ele o que? - Quase gritei. - Natie sabe?

- Não sabe e nem pode saber. Ele quer pedi-la oficialmente.

- E não está mais preocupado com a fama do meu irmão?

- Estou dando um voto de confiança... O que você quer dizer com isso?

- Nada! - Ri de nervoso com medo de pôr Natie em problemas.

- Eu os vi saindo, Livia... Não sou bobo... Mas Natie sempre soube escolher o melhor pra ela... - Havia sinceridade em sua voz.

- As vezes você é muito sábio, Sr. Collins. - Provoquei rindo.

- Você está linda, sabia?

- Obrigada, eu achei que tinha colocado esse vestido em vão.

- Eu o adorei - Ele me olhou. - Mas iria adorar mais ainda tirá-lo. - Tremi.

- Sabe Sr. Collins... - Me aproximei dele. - Você me atiça, mas nunca termina seu trabalho. - O olhei nos olhos provocativa. David paralisou.

- Não te ouvi reclamar quando gozou na minha mão... - Ele beijou meu rosto - Ou na minha boca. - Beijou agora meu pescoço. MAL-DI-TO.

David se aproximou cada vez mais de mim até estarmos colados. Ele tomou meus lábios nos seus segurando forte em minha cintura.

- Vem pra casa comigo. Dorme comigo hoje. - David sussurrou em súplica.

- Eu não posso. Disse ao Bryan e a Natie que logo estaria em casa... - David me olhou com cara de quem queria dizer algo mas não conseguia.

- Certo - ele abaixou a cabeça mas rapidamente me olhou de novo. - Dance comigo mais uma vez. - ele me pediu.

- Sem música?

- Me conceda mais essa dança, minha dama. - Ele se curvou e eu ri pegando sua mão estendida.

David me guiou com maestria pelo estacionamento numa dança onde a música eram os sons da noite e a plateia eram as estrelas no céu. Eu não poderia imaginar nada mais mágico do que isso. Eu estava completamente apaixonada por ele.

Passamos um longo tempo juntos, conversando, dançando, matando saudade até que ficou tarde e mais tarde. Precisei ir pra casa e David me deu carona. Chegando em frente à minha casa meu coração se apertou pela noite que acabara.

- Boa noite, Livia. - Sua voz era doce e hesitante. Ele não queria se despedir.

- Obrigada por salvar a minha noite, David. - Sorri com os olhos.

- Você salvou todos os dias em que passamos juntos. Uma noite não é nada comparado a isso. - David colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

- Não quero que essa noite acabe. - Tomei uma certa coragem e confessei. David sorriu e me beijou lenta e docemente.

- Durma bem, Livia. - ele disse enquanto eu saía do carro. Eu estava nas nuvens.

Muito amor nesse cap 😍
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