Nick Carter
Sinto algo um pouco pesado sobre o meu corpo e abri os meus olhos percebendo uma figura que reconheceria por milhas de distância, era a Dakota, que ainda dormia com uma respiração tranquila. Começo a passar as mão em seus cabelos castanhos com calma, até que sinto a mesma abrir os olhos e sorrir ao ouvir a minha voz exausta falando um bom dia.
- Bom dia, Nick. - Dakota sai de cima do meu tronco um pouco dormente e se senta no outro lado da cama.
- Isso pode parecer idiota, mas... que dia é hoje?
Ri de nervoso e me sento, ainda me orientando. Viro o relógio que tinha no criado mudo e leio, começando a ficar confuso.
- Hoje é seis de janeiro de 1900?!
- O quê? O que é isso?! Deve ser um problema do relógio, não?
- A mesma indaga olhando para o objeto.
- Mas é um relógio novo, Dak.
- Me levanto e coloco uma camisa.
- Vamos preparar alguma coisa para o café da manhã.
- É, vamos. - Ela se levanta e abraça a minha cintura.
Assim que descemos, AJ estava jogado no sofá assistindo a TV. Nós dois quase nos assustamos pensando que fosse algum estranho.
- O que você faz aqui nessa hora?!
- Indago e o mais velho se assusta.
- Mas criança, é feio assustar os outros! - Retrucou se sentando.
- Vocês não sabem da última!
- Sabemos sim! Você invadiu a casa onde estamos passando uma semana!
- Dakota cruza os braços e ele riu fracamente.
- Tirando isso, vocês não sabem o que está acontecendo. Todos estão confusos assim que acordaram. Viram o ano em que estamos?
- Sim, mil e novecentos.
- Digo e AJ assente olhando para a TV.
- Você também viu essa data?
- Sim, é o bug do milênio!
- Sorriu abertamente.
- Não é incrível? Tipo, é o sexto dia de um novo milênio e voltamos mil anos atrás!
- Não, não é. - Howie brota saindo da cozinha. - Eu fiz umas panquecas incríveis para vocês comerem.
- Ah mas vê só, lembra que eu disse no dia 31 só poderia acontecer um tipo de "bug" neste ano?
- Ah eu lembro. - Dorough assente pensativo. - Lembro também de eu ter falado para você parar como seu vício em ficção científica.
- Eu sou um gênio, Howie!
- McLean se levanta indo para a bancada. - Eu posso ser reconhecido pelo prêmio Nobel por ter adivinhado um ocorrido histórico!
- Ai, me poupe AJ. - Dakota senta do lado do mesmo, se servindo.
- Como vocês dois entraram aqui?
- Digo no meio da sala olhando para ambos.
- Com uma chave, ué.
- Howie disse óbvio e fez um high five com o AJ.
— Apertava a campanhia.
- Me sento ao lado da Dakota e começo a me servir.
— A gente apertou, gritou, quase jogamos pedra... - Howie diz ficando noutro lado da bancada.
— Aí nós escontramos uma chave extra debaixo de um dos vasos lá da varanda e entramos. - Sorriu.
— Nós viemos buscar vocês para voltar a Miami mais tarde, o Brian pediu uma reunião com todo mundo. Porém... com esse fantástico bug do milênio, os vôos foram cancelados e nós vamos amanhã. - AJ começa a se explicar. — Aliás... eu e o Howie podemos ficar aqui, né?
— Pode sim, AJ. - Dakota responde assentindo e olhou torto para a mesma. — Eu e Nick estamos muito entediados fazendo absolutamente nada.
Ai droga. Já se foi o meu planejamento.
No dia seguinte
Depois da confusão tecnológica que ocorreu no mundo todo, conseguimos pegar um avião para Miami e fomos diretamente para um de nossos estúdios, se encontrando com as garotas, Brian e Kevin.
— Dakota, quanto tempo!
- Judy pula em cima da mesma, que pensou rápido em segurar a amiga.
— Agora se lembrou da minha existência? - Indagou e a morena desceu imediatamente.
— Nunca mais fale comigo!
— Como foi essa folga de vocês dois?
- Kevin indaga, nós ajudando com as malas.
— Chato. A gente só fez comer e dormir. - Tanner se senta em uma das cadeiras, pegando uma garrafa d'água.
Brian e Judy caíram na risada. Me sento no sofá do outro lado e finjo que tô ouvindo nada.
— Que milagre é esse que não vai negar? - Jane se senta do meu lado comendo uns cookies. — Você tá bem?
— Sei lá, Jane. - Respondo soltando uma lufada de ar. — Eu acho que eu deveria aproveitar melhor os meus momentos com a Dakota.
— Acontece. Eu e Kevin ficamos aqui compondo músicas idiotas e correndo na praia, e foi tediante.
Assinto e volto a olhar para a de cabelos castanhos, que conversava empolgadamente com o Brian, Judy, AJ e Tina.
Fui parando para pensar melhor, não sou eu que estou agindo estranhamente, é a própria. Durante festa de ano novo aconteceu alguma coisa naquela hora que o Leonardo DiCaprio chamou por ela para ir a uma sala. Depois que ela saiu de lá, aparentou estar muito irritada de algo.
Depois da reunião que o Littrell marcou, cada um foram para as próprias casas. Eu cedi a minha casa para a Dakota, que provavelmente iria se hospedar em algum hotel.
Vi a mesma subir para o meu quarto e fui para a cozinha preparar algo para a gente comer, que com o passar de alguns minutos ficou pronto. Então, eu resolvi subir para chamá-la sendo que a Tanner estava no banho. Assim que dei meia volta, vi um papel dobrado em cima da beirada da cama, até eu descobrir o que era.
— Mas o que é isso? - Digo tentando distinguir o que era. — Um contrato de quinze milhões?!
Ouço a porta ser destrancada e deixo o papel no mesmo lugar que estava e ando até a janela que estava aberta.
— O nosso jantar já está pronto, Dak.
- Digo olhando para o céu poente.
Preciso me controlar.
— Ah. Bom, eu vou me vestir e daqui a um minuto eu desço, okay?
- Ela diz me fitando.
— Sim, meu amor. - Sorri para a mesma. — Fique a vontade, a casa também é sua.
Desço até a mesa onde vamos comer. Que contrato é esse que o valor é mais alto que o meu salário?! Eu preciso descobrir mais coisa sobre isso.
— O cheiro está ótimo, Nick.
- A sua voz me faz voltar a realidade e sorri rapidamente para ela.
— Bem, é a especiaria da casa.
- Digo lhe servindo.
— Isso se chama pão-pizza. É melhor do que aquelas pizzas borrachudas que vendem por aí.
— A pizza do Danny. - Ela riu de si mesma. — Lá em Atlanta, tinha um homem estranho que fazia essas pizzas horríveis! Tinha gosto de detergente.
— Ai que nojo! - Digo fazendo careta e a mesma gargalha. — Está rindo.
Dakota me olhou estranho e em seguida para o pão-pizza, começando a comer o mesmo e se deliciando.
— O que tem nisso? - Perguntou de boca cheia.
— Isso é segredo do chef. - Retruco e dei uma rápida risada.
— Depois tá falando mal de Leonardo DiCaprio de novo. - Debochou.
— Ai, corta essa Dakota. Esse plagiador do meu corte de cabelo se passa!
— Não é só ele e você que tinham o mesmo corte! - Ela começou a rir.
— Brendan Fraser também aderiu esse corte uns anos atrás.
— Mas só foi para aquele filme, A Múmia.
— Verdade. Agora fui me lembrando, esse era um dos filmes que estavam em cartaz quando assistimos A Casa da Colina.
— Culpa do AJ. - Digo.
De repente, surgiu um silêncio que começou a me incomodar. Queria ser direto, mas tenho medo no que pode dar.
— Dak... - A chamo. — Na festa de ano novo, até hoje, está estranha. Quer falar sobre?
A mesma ajeita a sua postura e a sua expressão fica séria.
— Nick... eu... não quero falar sobre isso. - Se levanta, pois já tinha comido.
— Por que não?
— Porque eu não sei como explicar a você... é tão complexo. - Argumentou olhando pra mim.
— E o que papel era aquele em cima da cama? - Me levanto cruzando os braços. — Era seu?
— Você leu?! - Indagou e assenti rapidamente. — Eu posso explicar.
— Ninguém sabe explicar quinze milhões de dólares, Dakota!
- Digo olhando em volta de casa.
— Isso é maior do que o meu salário, tem noção disso?! Por que esse valor é tão alto? Pressão?
— Olha, não tô afim disso.
Dakota foi subindo as escadas e fico parado a seguindo com a minha visão.
— E se tivesse afim para falar teria rasgado essa merda de contrato, né?!
- Indago mais uma vez, começando a me sentir chateado.
— Nick, para de falar besteira!
- Ela grita me assustando.
— É só um contrato normal, oka-
— De quinze milhões?! - Começo a subir as escadas. — Isso significa de que você vai deixar de trabalhar comigo e o resto do pessoal, Dakota? Vai deixar a gente assim, sem avisar o motivo por causa de um dinheiro miserável?!
— JÁ CHEGA, NICK! - Ela me empurra e quase caio da escada. — Vê se pare de fazer essas perguntas estúpidas pra mim! Você não sabe o truque que tem naquele contrato, não sabe da pressão que estou levando, você não sabe de nada! Não faz ideia!
— Se ao menos se explicasse, eu poderia te entender! Mas é verdade, sou criança demais para saber!
- Começo a seguir os seus passos, ela começou a arrumar as malas.
— Nunca mais, seja tão persistente com uma coisa, ouviu?!
- A de olhos esverdeados aponta um dedo em meu peito e começa a descer as escadas. — Se for me procurar em qualquer lugar, até um cabaré, saiba que estarei bem longe de uma pessoa metida a cuidar da vida alheia!
— Dakota! - Corro até a porta e a mesma bate na minha cara, machucando o meu nariz.
Dois dias depois
— Vocês discutiram? - Brian indaga começando a rir. — Como isso fosse novidade.
— Não, dessa vez não foi de brincadeira. - Digo pondo o gelo no meu nariz mais uma vez. — Se fosse, os gelos não teriam mais uma utilidade.
— Okay, mas tenho certeza de que foi você quem começou.
Tiro o gelo e pego o espelho, olhando o meu nariz ainda bem vermelho. Suspiro e olho para o ruivo que comia um pão-pizza que sobrou.
— É, a culpa é minha. - Digo pondo o gelo novamente. — Será que ela iria se explicar no dia certo?
Brian olha pra mim sério, e não diz mais nada. Isso é sinal de que eu errei mais uma vez na linguagem dele. Antes do mesmo ir embora, disse que preciso ter mais cautela antes de descobrir alguma coisa fora do normal.
Mais uma vez, todos ficam contra a mim.